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Contr Systems Text08p PDF
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8 – Equações de Estado
1
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
2
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Equações de Estado
Aqui veremos uma outra forma de representar sistemas com o uso de variáveis inter-
nas ao sistema (variáveis de estado). Com as variáveis de estado se constrói um sis-
tema de equações diferenciais de 1ª ordem que são chamadas de “equações de
estado”.
u S y
variáveis
(entrada) de estado (saída)
=
⋮
(A dimensão do vetor poderá eventualmente ser maior que ordem do sistema, mas
neste caso haverá equações redundantes).
3
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
= + , 0 =
= +
eq. (7.1)
onde
A é uma matriz ×
B é uma matriz × p = número de entradas
C é uma matriz × q = número de saídas
D é uma matriz ×
No caso de sistemas com apenas uma entrada u(t), i.e., p = 1 e uma saída y(t) i.e.,
q = 1, temos que
= , = … ! " = # !
⋮
Exemplo 8.1:
Sistema carro-massa-mola
A equação diferencial ordinária (EDO) que descreve este sistema, conforme já visto
no capítulo 2 (“Modelização de Sistemas”) é dada por:
4
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
# #
$ +& +' % = %
#% #%
=( )
então o par
%
% =4 5
%
0
0 = =( ),
−3
pela origem ( 0 = 0) com velocidade – 3m/s, ou seja 3m/s para trás ( 0 = −3).
então isso significa que no instante t = 0 o “estado” do sistema é o carro passando
= =
' & 1
= = =− − +
$ $ $
e, como = e = , então
=
' & 1
=− − +
$ $ $
=
5
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
logo,
A B
0 1 0
=( ) +( )
−'/$ −&/$ 1/$
= 1 0!
C =0
que é a representação deste sistema em equações de estado na forma eq. (8.1). Note
que neste caso D = 0.
Exemplo 8.2:
Agora, considerando o sistema carro-massa-mola do exemplo anterior com
$=1
&=5
'=4
então
A
0 1 0
B
=8 < +8 <
−4 −5 1
= 1 0 ! + 0!
C D
Exemplo 8.3:
y′′′ + 4 y′′ + 5 y′ = 3 u
Y (s) 3
=
s ⋅ (s + 4 s + 5)
2
U (s)
3
=
s + 4 s + 5s
3 2
6
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
3 ⋅U (s)
X 1 ( s) = Y ( s) = 3
+ + 5s
2
s 4 s
X 2 (s) = s ⋅ Y (s)
X 3 ( s) = s 2 ⋅ Y (s )
s ⋅ X 1 (s) = X 2 (s)
2
⇒ s ⋅ X 1 (s) = X 3 (s)
s 3 ⋅ X 1 ( s ) + 4 s 2 ⋅ X 1 ( s ) + 5 s ⋅ X 1 ( s ) = 3 ⋅ U ( s )
Mas,
s ⋅ X1 (s) = s ⋅ X 2 (s)
2
e
s ⋅ X 1 (s) = s ⋅ X 3 (s)
3
logo,
s ⋅ X 1 ( s) = X 2 ( s)
⇒ s ⋅ X 2 ( s) = X 3 ( s)
s ⋅ X 3 ( s ) + 4 s 2 ⋅ X 1 ( s ) + 5 s ⋅ X 1 ( s ) = 3 ⋅ U ( s )
s ⋅ X 1 (s) = X 2 (s)
s ⋅ X 2 (s) = X 3 ( s)
⇒
s ⋅ X 3 ( s) + 5 ⋅ X 2 ( s) + 4 ⋅ X 3 (s) + 3 ⋅U ( s)
Y ( s) = X 1 (s)
e portanto,
7
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
s ⋅ X 1 (s) = X 2 (s)
s ⋅ X 2 (s) = X 3 (s)
⇒
s ⋅ X 3 (s) = − 5 ⋅ X 2 (s) − 4 ⋅ X 3 (s) + 3 ⋅ U (s)
Y (s) = X 1 (s)
0 1 0 0
x& = 0 0 1 x + 0 u
0 −5 − 4 3
y = [ 1 0 0 ]x
0 1 0 0
A = 0 0 1 B = 0 C = [1 0 0] e D=0
0 −5 − 4 1
Exemplo 8.4:
# # B #
+/ + ⋯+ / +/ % = %
#% #% B B
#%
D +
=
E + + +/ + B + ⋯+ / B ++/
8
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
=
⋮
+J + = J +
J + =D + I
I G +J + = JL +
G J + = +D + G
⇒ ⋮ ⋮ ⇒
H ⋮ ⋮ H
G G +J + =J +
FJ + = + B
D + G B
F + +/ + B
+⋯+/ B ++/ J + = E +
+J1 + = J2 +
I
G
G
+J2 + = J3 +
⇒ +J + =J + ⇒
H
−1
G
G
+J + = −/ J1 + − / −1 J2 + − ⋯ − /1 J + + 0E +
F D + = J1 +
0 1 0 ⋯ 0
B
0
P 0 I 0 1 ⋯ 0S P 0S
O G
G R O⋮R
=O ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯
R + OR
⇒ O 0 0 0 ⋯ 1R O 0R
H N−/ −/ −/ ⋯ /1 Q N 1Q
G
G
−1 −2
F = 1 0 0 ⋯ 0! + 0!
C D
9
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
+ =+ +/ + B
+ ⋯+ / B ++/
Uma matriz quadrada (n x n) A que satisfaz as propriedades (a), (b) e (c) acima é dita
estar na forma companheira.
Observe que as matrizes A do exemplos 8.1, 8.2 e 8.3, também estão ambas na forma
companheira.
+ = /T + + / + B
+⋯+/ B ++/
0 1 0 0 L 0
0 0 1 0 L 0
0 0 0 1 L 0
A =
M M M M M M
0 0 0 0 L 1
− an − an−1
− an −2
− a n −3
L
− a1
ao a
o a
o a
o o
a
10
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
0 1 0 0 L 0
0 0 1 0 L 0
0 0 0 1 L 0
A =
M M M M M M
0 0 0 0 L 1
− a n − a n −1 − a n −2 − a n −3 L − a 1
p(s) = s n + a 1s n −1 + a 2s n −2 + L + a n −1s + a n
Exemplo 8.5:
= +2 +2 = +2
u(t) S y(t)
D + ++2
=
E + + + 2+ + 2
E +
IJ + =
⇒ ⇒
G + + 2+ + 2 +J + = J +
U
H +E + + J + + 2+J + + 2J + = E +
GJ + =
F + + 2+ + 2
11
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
A B
8 < 8<
+J1 + = J2 + 0 1 0
C D
0 1 0
e portanto:
=8 < , B = 8 < , C = 2 1! e = 0!
−2 −2 1
e observe que aqui novamente a matriz A deste exemplo está na forma companheira,
pois a equação característica do sistema é:
+ = + + 2+ + 2
Exemplo 8.6:
Considere o sistema cuja função de transferência é dada por:
D + 2+ + 7+ + 3
=
E + + + 4+ − 2
Neste caso o sistema é de segunda ordem, logo tem 2 polos, mas como o numerador
da função de transferência tem o mesmo grau que o denominador, o sistema também
tem 2 zeros.
2+ + 7+ + 3 + + 4+ − 2
−2+ − 8+ + 4 2
−+ + 7
D + 2+ + 7+ + 3 −+ + 7
= =2+
E + + + 4+ − 2 + + 4+ − 2
12
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
ou seja,
−+ + 7 E +
D + = + 2E +
+ + 4+ − 2
eq. (7.2)
E +
J + =
+ + 4+ − 2
+E +
J + =
+ + 4+ − 2
temos que
+E +
+J + = =J +
+ + 4+ − 2
+J + = −4+J + + 2J + + E + =
e logo,
=
=2 −4 +
Portanto, A B
0 1 0
=8 < +8 <
C
2 −4 1
= 7 − 1! + 2!
C D
Observe que a matriz A aqui neste exemplo também está na forma companheira.
13
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
= +
= +
u(t) S y(t)
+ = det +] −
+ =
det +] − .
Como é sabido, os autovalores de A são as raízes do polinómio característico
Exemplo 8.7:
Observe que para o sistema do exemplo 8.2 acima, o polinómio característico é dado
+ −1
por:
+ = det +] − = #"% =
`+ + _b
^ a
_
& '
=+ + + +
$ $
e, no caso de m = 1, & = 5 e k = 4
+ = $+ + &+ + ' = + + 5+ + 4
Logo, a equação característica pode ser escrita como:
+ + 5+ + 4 = 0
c = −1 e c = −4
Observe que a polinómio característico p(s) e os polos c " c obtidos aqui são os
mesmos que os obtidos através da função de transferência.
14
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.8:
+ = det +] − =
+ −1 0 ⋯ 0
P0 + −1 ⋯ 0 S
O R
= #"% O ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ ⋯ R
O0 0 0 ⋯ −1 R
N/ / B / B ⋯ ++/ Q
= + + / + B
+ / + B
+ ⋯+ / B + + /T
e os polos dos sistema (autovalores de A) são as n raízes de p(s), podendo ser repeti-
das, i.e., duplas, triplas, etc.
Exemplo 8.9:
+ −1
+ = det ( ) = + + 2+ + 2
2 ++2
c = −1 + d
c = −1 − d
Exemplo 8.10:
+ −1
+ = det ( ) = + + 4+ − 2
−2 ++4
c = −4,45
c = 0,45
15
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Considere o sistema:
= + , 0 =
= +
eq. (7.3)
u(t) S y(t)
cuja variável de estado é x(t). Definindo-se agora uma nova variável de estado ̅
como sendo:
̅=f
̅=f
= fB ̅
temos que:
W
= fB ̅
̅ g
e substituindo na eq. (8.3) obtém-se:
⇒
fB ̅ = fB ̅ + ̅ = f fB ̅ + f
W W
= fB ̅ + = fB ̅ +
̅ h
̅= ̅ ̅+ g , ̅ 0 = ̅
= ̅ ̅+h
16
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
̅ = f fB
onde:
h=
Exemplo 8.11:
8 < 8<
0 1 0
W
= +
−2 −2 1
= 2 1! + 0!
=( )
0 1
f=8 <
Agora, escolhendo-se,
1 0
̅=f =( )
temos que
Ou seja, a nova variável de estado ̅ é a antiga variável de estado x com a ordem das
componentes trocadas.
0 −1
1 0 1 0 1 − 2 − 2
A = PAP = ⋅ ⋅ =
1 0 − 2 − 2 1 0 1 0
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J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
0 1 0 1
B = PB = ⋅ 1 = 0 ,
1 0
0 1
C = CP −1 = [2 1] ⋅ = [1 2] ,
1 0
e
D =D=0
̅ g
− 2 − 2 1
&
x = 1 x + u
0 0
y = [ 1 2 ]x
̅ h=0
0 1
P = P −1 =
1 0
P2 = I
18
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.12:
=0
0 −5 − 4 3
y = [ 1 0 0 ]x
C
Para que a nova variável de estado ̅ ser igual à antiga x apenas trocando a terceira
componente L pelo dobro: ̅L = 2 L , P deve ser:
1 0 0
f = i0 1 0j
0 0 2
1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0
−1
A = PAP = 0 1 0 ⋅ 0 0 1 ⋅ 0 1 0 = 0 0 1
0 0 0,5 0 −5 − 4 0 0 2 0 − 2,5 − 2
2 0 0 0 0
B = PB = 0 1 0 ⋅ 0 = 0
0 0 1 3 3
0,5 0 0
C = CP = [1 0] ⋅ 0 0 = [0,5 0]
−1
0 1 0 e D=D=0
0 0 1
19
̅ g
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
0 1 0 0
x& = 0 0 1 x + 0 u
h=0
0 − 10 − 4 6
y = [1 0 0] x
Exemplo 8.13:
A B
0 1 0
=8 < +8 <
−4 −5 1
= 1 0!
onde
% = posição do carro
% = velocidade do carro
Vamos definir uma nova variável de estado ̅ de tal forma que a sua primeira compo-
20
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
̅
̅=( )
̅
̅ % = %
̅ % = % +2 %
̅=f
então,
1 0
f=8 <
1 2
1 0
fB = 8 <
−0,5 0,5
̅ = f fB = (−0,5 0,5 )
−3,5 −4,5
g = f = 80<
2
̅ = f B = 1 0!
h = =0
̅ g
−0,5 0,5 0
̅=( ) ̅+ 8 <
V −3,5 −4,5 2
= 1 0!
̅
21
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.14:
l = 8−1 0 <
0 −4
l = f fB
lf = f
que equivale a,
−1 0 / / 0 1
8 <8 <=8 <8 <
ou seja,
0 −4 # # −4 −5
l P P A
−/ = −4
I
⇒
G −4 = −4# /=4
W
H − =/−5 =#
G
F−4# = − 5#
Observe que este sistema não tem uma única solução pois as 4 equações se reduzem,
por redundância, a apenas duas. Uma das formas que podemos escrever a solução é
/ #! = / //4 !, / ≠ 0, ≠ 0.
22
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
/ //4
f=4 5, / ≠ 0; ≠0
⇒
4 1 1/3 −1/3
f=4 5 f B
=4 5
1 1 −1/3 4/3
l = f fB = 8−1 0 <
0 −4
1
o =f =( )
1
l = fB = 1/3 −1/3!
p= =0
ou seja, l o
−1 0 1
̅=8 < ̅+ 8 <
0 −4 1
= 1/3 −1/3!
l
No exemplo acima nós encontramos uma forma equivalente para o sistema de tal
forma que a matriz A é diagonal. Entretanto, nem sempre é possível se obter uma
representação equivalente:
q = lq + o
= lq
eq. (7.5)
23
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
c ,c ,⋯,c
r= 1 1 … 1 !
(Note que esta matriz M não é única pois qualquer autovector 1s pode ser substituído
por um múltiplo '1s , com ' ≠ 0 ).
f = rB
Escolhendo-se:
q=f
l na forma diagonal. Na
verdade já sabemos que l será:
nos levará às equações de estado da eq. (8.4) acima com
c 0 … 0
l = f fB = rB r = 0 c … 0
⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 0 … c
e também sabemos que p = . Portanto nós só precisamos da eq. (8.4) para calcular
o e l.
Exemplo 8.15:
Considere o sistema do exemplo 8.2 acima, cujos autovalores de A (calculados no
exemplo 8.7) são:
c = −1 c = −4
24
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
e os respetivos autovectores,
u −v
1 =8 < 1 =( )
−u 4v
1/3 −1/3
r=4 5 = fB
−1/3 4/3
1 1
r = fB = 4 5
−1 −4
e portanto,
4/3 1/3
f = rB = 4 5
−1/3 −1/3
l = f fB = 8−1 1 <
0 −4
1/3
o =f =( )
−1/3
l = fB = 1 −2!
l o
ou seja,
−1 0 1/3
q=8 <q+( )
0 −4 −1/3
= 1 1! q
l
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J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Não há uma regra única para se transformar sistemas descritos pela sua equação
diferencial ordinária (EDO) ou, equivalentemente, pela sua função de transferência,
em equações de estado.
80
x + =
+ + + 2 + + 10
Exemplo 8.16:
Considere o sistema descrito pela equação diferencial ordinária (EDO)
= 20 = 80
w + 12 +
80 D +
Facilmente podemos achar a função de transferência do sistema G(s) = Y(s)/U(s)
x + = =
+ L + 12+ + 20+ E +
= =
Definindo as variáveis de estado:
= ⇒ = L
L = = L = −20 −12 L + 80
=
A
0 1 0 0
B
⇒
x = i0 0 1 jx + i 0 ju
0 −20 −12 80
= 1 0 0!
C
Observe que a matriz A está na forma companheira.
26
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.17:
Vamos considerar o mesmo sistema do exemplo anterior. Entretanto aqui vamos rees-
crever a função de transferência G(s) da seguinte forma:
5 4 4 D +
x + = ∙ ∙ =
+ ++2 + + 10 E +
J +
E +
J +
E +
JL +
E +
temos que
I
+J1 + = 5E +
G
= 5
5E + 1
⇒ ⇒ }
+ + 2 J2 + = 4. = 4. J1 +
= 4 −2
H
+ 2 1 2
G + + 10
20 E +
F
J3 + = 4. = 4. J2 + = 4 − 10
+ ++2 3 2 3
que nos dá uma outra formulação em equações de estado deste sistema, diferente do
exemplo anterior. Escrevendo na forma matricial temos
0 0 0 5
⇒
= i4 −2 0 j + i0j
0 4 −10 0
= 0 0 1!
27
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.18:
indicada abaixo,
4 −5 1 D +
x + = + + =
+ ++2 + + 10 E +
J + J + JL +
E + E + E +
temos que
4E +
J + =
+ +J + = 4E +
−5E +
⇒
J + = +J + = −2J + − 5E +
++2
+JL + = −10JL + + E +
E +
JL + = D + = J + + J + + JL +
+ + 10
J + J + JL +
D + =( + + )E +
E + E + E +
=4
A
0 0 0 4
B
⇒
= −2 −5 = i0 −2 0 j + i−5j
= −10 + 0 0 −10 1
L L
= + + = 1 1 1!
L
C
da diagonal principal. Obviamente que isso ocorre pois: se a matriz é diagonal, então
os elementos da sua diagonal principal são os próprios autovalores do sistema.
28
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
o INTEGRADOR:
Este elemento, como se pode imaginar, transforma um sinal s na sua entrada em s na
sua saída, ou seja, integra. A simulação analógica de um sistema de ordem n precisará
de n integradores.
s s
o SOMADOR:
Este elemento, obviamente, soma os sinais que entram num único sinal de saída.
+
+ +~
'
s ' s
29
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.19:
Só para exemplificar vamos ver, na figura a seguir, como se escreveria a equação
= −3
−3
−3
Exemplo 8.20:
Vamos agora ilustrar, na figura a seguir, como se escreveria a equação
= −2 −3
−2
−2
−3
−3
Exemplo 8.21:
Na figura a seguir ilustramos como se escreveria a equação
= −2 −3 +
−2
−2
−3 −3
30
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.22:
Vamos agora fazer a simulação analógica do sistema de segunda ordem dado abaixo.
Note que precisamos de 2 integradores, um para cada uma das equações diferenciais
de 1ª ordem do sistema de equações de estado.
=
= −2 −3 +
=
−2
−2
+
=
−3
−3
−2
−2
+
=
−3
−3
31
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.23:
Vamos agora fazer a simulação analógica do sistema de terceira ordem dado abaixo,
já analisado no exemplo 8.16. Note que é preciso de 3 integradores, um para cada
uma das equações diferenciais de 1ª ordem do sistema de equações de estado.
=5
=4 −2
L= 4 −10 L
= L
−10
5 4 + 4 +
L L =
−2
10
5 4 + 4 +
L L =
−2
32
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.24:
Vamos agora fazer a simulação analógica do mesmo sistema de terceira ordem do
exemplo anterior, mas com uma representação diferente em equações de estado, dada
abaixo, obtida no exemplo 8.17.
=4
= −2 −5
= −10 L +
= + + L
Observando agora a caixa que abrange a simulação, vemos mais uma vez que nesta
caixa entra apenas a entrada u e sai apenas a saída y. O que fica dentro (i.e., a
representação interna do sistema) é diferente do exemplo anterior, apesar de simular
o mesmo sistema do exemplo anterior. Isso porque as variáveis de estado , e L
são diferentes e as equações de estado também não são as mesmas.
−5 + +
+ + L =
−2
−10
+ L
L
33
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
A representação de um sistema em equações de estado que vimos aqui [na eq. (8.1)],
= +
= +
de estado ̅ como,
não é única. Na realidade, como já vimos na secção 8.3, definindo-se a nova variável
̅=f
= ̅ +g
= ̅ +h
̅ = f fB
g=f
̅ = fB
h=
r= 1 1 ⋯ 1 !
34
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
D +
E +
no caso de uma entrada u t e uma saída y(t)
é única (a menos, claro, de uma multiplicação por uma constante nos coeficientes do
numerador e do denominador).
Observação:
As funções de transferência
D + 4 ++1
=
E + 2+ + 11+ + 15
e
D + 2 ++1
=
E + 11 15
+ + ++
2 2
são a mesma. Nitidamente elas diferem apenas de uma multiplicação por uma cons-
= −3 e = −1,5 e um zero ~ = − 1.
tante em ambos o numerador e o denominador. Esta função de transferência é a única
deste sistema que tem polos
Para converter a representação de um sistema [que tem entrada u(t) e saída y(t)]
u S y
de equações de estado
= + , 0 =
= +
eq. (7.6)
D +
para função de transferência
E +
a fórmula é dada por,
D +
= +] − B
+
E +
eq. (7.7)
35
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.25:
Considere o sistema de segunda ordem abaixo dado pela sua equação de estado
A B
0 1 0
=8 < +8 <
−2 −2 1
= 1 0!
+ −1
+] − =8 <
2 ++2
++2 1
e a sua inversa,
+] − B
= + + 2+ + 2 + + 2+ + 2
−2 +
+ + 2+ + 2 + + 2+ + 2
++2 1
D + + + 2+ + 2 + + 2+ + 2 (0)
= 1 0! −2 +
E + 1
+ + 2+ + 2 + + 2+ + 2
+] − B
C
B
D + 1
=
E + + + 2+ + 2
36
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.26:
Considere o sistema de segunda ordem abaixo dado pela sua equação de estado
A B
0 1 0
=8 < +8 <
−4 −5 1
= 2 1!
+] − ,
Novamente, para se obter a função de transferência, primeiramente achamos a matriz
+ −1
+] − =8 <
4 ++5
e a sua inversa,
++5 1
+] − B
= + + 5+ + 4 + + 5+ + 4
−4 +
+ + 5+ + 4 + + 5+ + 4
++5 1
D + + + 5+ + 4 + + 5+ + 4 (0)
= 2 1! −4 +
E + 1
+ + 5+ + 4 + + 5+ + 4
+] − B
C B
D + ++2
=
E + + + 5+ + 4
37
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.27:
Considere agora o sistema de terceira ordem abaixo, já visto no exemplo 8.15, dado
pela sua equação de estado
0 1 0 0
= i0 0 1 j + i0j
0 −20 −12 80
= 1 0 0!
+ −1 0
+] − = i0 + −1 j
0 20 + + 12
e a sua inversa
+ + 12+ + 20 + + 12 1
P S
O + + + R
O + + + 12 + R
+] − B
=O 0 R
+ +
O R
O 20+ + R
0
N + + Q
Agora, como D = 0,
D + 0
= 1 0 0! +] − B
i0j
E +
80
C B
D + 80
= L
E + + + 12+ + 20+
38
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.28:
l o
−1 0 1/3
q=8 <q+( )
0 −4 −1/3
= 1 −2! q
l
++1 0
€+] − l • = 4 5
0 ++4
1
cuja inversa é
0
€+] − l • = ++1
B
1
0
++4
e portanto,
1 1
D + 0
= l +] − o = 1 ++1 3
1!
B
E + 1 1
0 −
++4 3
1/3 −1/3
= +
++1 ++4
1
=
++1 ++4
1
=
+ + 5+ + 4
39
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
Exemplo 8.29:
A B
0 1 0
=8 < +8 <
−4 −5 1
= 1 0 ! + 0!
C D
+ −1
€+] − l • = 4 5
4 ++5
++5 1
cuja inversa é
€+] − l • = + + 5+ + 4 + + 5+ + 4
B
−4 +
+ + 5+ + 4 + + 5+ + 4
e portanto,
++5 1
D +
= l +] − o = 1 + + 5+ + 4 + + 5+ + 4 80<
0!
B
E + −4 + 1
+ + 5+ + 4 + + 5+ + 4
1
= 1 0! + + 5+
+
+4
+ + 5+ + 4
1
=
+ + 5+ + 4
40
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
=ƒ ⋮ † =ƒ⋮†
„ ‡
‚ … ‚ …
p (entradas) q (saídas)
⋮ S ⋮
„ ‡
D + D + D + D +
P S P ⋯ S
E + E + E„ + R PE +
OD + R OD + D + D + S
O R O R E +
O ⋯ RO ⋮ R
O ⋮ R= E + E + E„ + O R
O RO ⋮ R
O ⋮ R O ⋮ ⋮ ⋱ ⋮ R E +
O R O D‡ + D‡ + D‡ + N Q
⋯ R „
ND‡ + Q NE + E + E„ + Q
Y(s) U(s)
matriz de transferência
do sistema
D + = +] − B
+ !∙E +
eq. (7.8)
41
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
= 0):
das equações de estado da eq. (8.6) quando as condições iniciais são nulas (i.e.,
+J + = J + + E +
W
D + = J + + E +
+] − J + = E +
ou seja,
W
D + = J + + E +
J + = +] − B E +
e portanto,
W
D + = J + + E +
D +
= +] − B
+
E +
D + = +] − B
E + + E +
Exemplo 8.30:
O sistema abaixo…
42
J. A. M. Felippe de Souza 8 – Equações de Estado
0 1 0 0
= 0 0 1 0
L 0 0 0 1 L
ˆ 0 0 −1 0 ˆ
(t) A x(t)
1 0 0 0
8 <=8 <
0 0 1 0 L
ˆ
y(t) C x(t)
Exemplo 8.31:
O sistema abaixo…
−0,5 0
( )=( )8 <
0 −0,25
(t) A x(t)
0,5 0
8 <=8 <8 <
0 1
y(t) C x(t)
43