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Por G1*
05/02/2018 19h27 Atualizado há 1 hora
A Bolsa de Valores de Nova York fechou em queda de 4,6% nesta segunda-feira
(5), a maior retração diária desde agosto de 2011. O índice Dow Jones
Industrial, o principal indicador do mercado, assim como os índices S&P 500 e
Nasdaq despencaram uma hora antes do encerramento do pregão.
Dow Jones caiu 4,6%, para 24.345 pontos
o custo do crédito fica mais caro para as empresas quando o juro básico sobe.
Segundo o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, existe
uma apreensão muito grande entre os investidores sobre o que vai acontecer
com uma eventual alta de juros nos Estados Unidos. “O mercado aposta que é
melhor ter títulos do Tesouro dos EUA no bolso”, explica.
Ele também aponta para um possível movimento de correção após as bolsas
renovarem seguidas máximas. “A combinação de bolsas batendo recordes com
volatilidade em baixa não pode se manter por muito tempo”, diz.
Em nota divulgada após o fechamento dos mercados, a Casa Branca afirmou
que o foco do presidente Donald Trump são "os fundamentos econômicos a
longo prazo, que continuam excepcionalmente fortes, com fortalecimento do
crescimento dos Estados Unidos, desemprego historicamente baixo e aumento
de salários para trabalhadores americanos". O comunicado é assinado por
Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca.
Virada
A queda na cotação das ações, no entanto, ocorre dias após as bolsas de
valores americanas atingirem seu maior patamar, em meio a um otimismo
sobre o crescimento da economia do país.
A virada nas bolsas americanas começou na sexta-feira (2), que foi o pior
pregão do mercado de ações nova-iorquino em quase dois anos. O índice Dow
Jones terminou com forte baixa de 2,54%.
A crise dos últimos dois pregões, no entanto, não chega perto dos piores dias da
história do mercado financeiro. Em 19 de outubro 1987, na chamada "Segunda-
feira Negra", o índice Dow Jones caiu 22,6%, diante de um ataque do Irã a
navios petroleiros americanos.
Na bolsa de Nova York, a sessão tinha começado em baixa, mas apresentou
alguma recuperação uma hora depois. No entanto, por volta das 13h locais (16h
em Brasília), os principais indicadores começaram a despencar.
*Com agências internacionais