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CURSO ON-LINE
LEI Nº 8.429/92 EM EXERCÍCIOS (CESPE)
CURSO REGULAR
PROFESSOR: ANDERSON LUIZ

APRESENTAÇÃO

Prezados(as) alunos(as),

Meu nome é Anderson Luiz, sou Analista de Finanças e Controle da


Controladoria-Geral da União (CGU), da área de Correição. Lotado na
Corregedoria-Geral da União, atuo nas atividades relacionadas à apuração
de possíveis irregularidades cometidas por servidores públicos federais e à
aplicação das devidas penalidades.

Também sou professor das disciplinas de Direito Administrativo, Ética


na Administração Pública e Correição no Poder Executivo Federal. Antes,
fui Oficial da Marinha do Brasil, instituição em que ingressei através do Colégio
Naval, em 1996. Graduei-me em Ciências Navais, pela Escola Naval, em 2002.

Será um enorme prazer acompanhá-los nesta caminhada rumo à sonhada


aprovação em um concurso público. Apresento-lhes, por isso, o curso Lei nº
8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa) em Exercícios (CESPE).
Neste curso, pretendo transmitir a vocês as informações atualizadas mais
importantes acerca dessa Lei, a fim de auxiliá-los, com seriedade, no estudo
didático, objetivo e compreensivo dos principais dispositivos da referida norma.

As aulas serão repletas de dicas e macetes para que mesmo os alunos


iniciantes no estudo desse assunto consigam assimilar todo o conteúdo com
facilidade e rapidez. Além disso, estudaremos as jurisprudências que têm sido
cobradas pelo CESPE.

Comentarei 360 questões de concursos públicos. Preferencialmente,


aquelas elaboradas pelo CESPE. Sempre que julgar necessário, apresentarei,
também, questões de outras bancas, bem como questões inéditas. Tudo isso
para que vocês sejam capazes de gabaritar as questões desse assunto, que é
cobrado em quase todos os concursos da esfera federal. Eu garanto!

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Nosso estudo será focado naquilo que realmente é importante, naquilo


que verdadeiramente é exigido nas provas de concurso público. Com efeito, ao
final deste curso, vocês terão adquirido um conhecimento compatível com o
nível de cobrança dos principais certames do País. Pois, hoje, o conhecimento
da literalidade da lei é imprescindível, mas não é suficiente para uma boa
pontuação em um concurso público de grande porte.

Deve ficar claro que se trata de um curso de revisão em exercícios.


Destarte, os comentários a algumas questões serão sucintos. Entretanto,
isso não significa que deixarei de abordar os pontos mais importantes do tema
tratado. Pois, sempre que necessário, farei uma explanação acerca dos
aspectos jurisprudenciais e doutrinários relativos ao assunto tratado.

Com a metodologia adotada neste curso, será possível revisar a


matéria, consolidar o conhecimento, manter-se atualizado e adaptar-se
ao estilo da referida banca examinadora. Tudo isso em poucas semanas!

Serão 3 aulas no total (sem contar com esta demonstrativa), sendo uma
a cada semana.

Aula Data Assunto

01 02/08 Lei nº 8.429/92 (parte 1) – 120 questões

02 09/08 Lei nº 8.429/92 (parte 2) – 120 questões

03 16/08 Lei nº 8.429/92 (parte 3) – 120 questões

Dito isso, vamos em frente!

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AULA DEMONSTRATIVA

ATENÇÃO:

Para que vocês conheçam o formato deste curso, comentarei, a seguir, 10


questões sobre temas tratados em aulas futuras. Vamos lá!

1. (CESPE/TRT-17ªRegião/2009) Retardar, indevidamente, ato de ofício


constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública.

Comentários:

CERTO. Nos termos da Lei nº 8.429/92, os agentes públicos de qualquer


nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos
que lhe são afetos (art. 4º).

Assim, constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os


princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os
deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às
instituições (art. 11).

São exemplos de atos de improbidade administrativa que violam os


princípios da administração pública:

• Praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso


daquele previsto, na regra de competência.

• Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício.

• Revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições


e que deva permanecer em segredo.

• Negar publicidade aos atos oficiais.

• Frustrar a licitude de concurso público.

• Deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo.

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• Revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da


respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz
de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

LESÃO AO ERÁRIO PRINCÍPIOS DA ADM. PÚB.

Frustrar a licitude de processo Frustrar a licitude de concurso


licitatório ou dispensá-lo público.
indevidamente.

2. (CESPE/TRT-17ªRegião/2009) Concorrer, dolosa ou culposamente, para


que terceiro se enriqueça ilicitamente constitui ato de improbidade
administrativa que causa prejuízo ao erário.

Comentários:

CERTO.

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO LESÃO AO ERÁRIO

Auferir (ou perceber ou receber) Permitir, facilitar ou concorrer para


qualquer tipo de vantagem patrimonial que terceiro se enriqueça ilicitamente
indevida...(art. 9º). (art. 10, XII).

3. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) Será punido com pena de multa o


agente público que se recusar a prestar declaração dos bens e valores que
compõem seu patrimônio, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.

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Comentários:

ERRADO. Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço


público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se
recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que
a prestar falsa (art. 13, §3º).

4. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) Segundo a Lei n.º 8.429/1992 - Lei


de Improbidade Administrativa -, para que o servidor público seja punido com
as penalidades nela previstas, é imprescindível a efetiva ocorrência de dano ao
patrimônio público.

Comentários:

ERRADO. Segundo o art. 21, a aplicação das sanções previstas na Lei de


Improbidade Administrativa independe da:

• Efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto


à pena de ressarcimento.

• Aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno


ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

Isso significa que um agente público responsável pela prática de ato de


improbidade administrativa, em regra, não pode usar como justificativa para se
eximir das sanções cabíveis, os seguintes argumentos: “os atos que cometi não
causaram dano ao patrimônio público. Além disso, as contas que gerenciei
foram aprovadas pelo TCU”.

5. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) O servidor público processado por


ato de improbidade administrativa que importe em violação aos princípios da
administração pública está sujeito à perda do cargo público.

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Comentários:

CERTO. O art. 12 da Lei nº 8.429/92 estabelece as penas aplicáveis ao


responsável pela prática de atos de improbidade administrativa. Ressalta-se
que as cominações previstas no referido artigo, que podem ser aplicadas
isoladamente ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato,
independem das penalidades penais, civis e administrativas, previstas em
legislação específica.

Por exemplo: um servidor público pratica um ato que configura infração


disciplinar punível com a pena de demissão. Esse ato está previsto no Código
Penal, como crime contra a Administração Pública, e na Lei nº 8.429/92, como
ato de improbidade administrativa.

Nessa hipótese, ele será punido administrativamente, com a pena de


demissão; ademais, não há impedimento para que seja punido
criminalmente e, também, por improbidade administrativa.

Esse artigo é muito cobrado em provas de concursos públicos. Por isso,


tenham muita atenção ao estudá-lo! Memorizem-no!

COMINAÇÕES POR ENRIQUECIMENTO ILÍCITO

• Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio.

• Ressarcimento integral do dano, quando houver.

• Perda da função pública.

• Suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos.

• Pagamento de multa civil de até 3 vezes o valor do acréscimo


patrimonial.

• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou


incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 10 anos.

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COMINAÇÕES POR LESÃO AO ERÁRIO

• Ressarcimento integral do dano.

• Perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se


concorrer esta circunstância.

• Perda da função pública.

• Suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos.

• Pagamento de multa civil de até 2 vezes o valor do dano.

• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou


incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 5 anos;

COMINAÇÕES POR VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS DA ADM. PÚB.

• Ressarcimento integral do dano, se houver.

• Perda da função pública.

• Suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos.

• Pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração


percebida pelo agente.

• Proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou


incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo
de 3 anos.

Do exame da gravidade dessas sanções, percebe-se que a Lei nº


8.429/92 estabeleceu uma idéia de hierarquia entres as espécies de
improbidade administrativa. Assim, os atos que importam enriquecimento ilícito
seriam os mais lesivos e juridicamente reprováveis. Já os atos que causam

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prejuízo aos cofres públicos (sem importar enriquecimento ilícito do agente)


ocupam uma posição intermediária. Por fim, os atos que violam os princípios da
Administração Pública são menos graves que os demais.

Nesse diapasão, o parágrafo único do art. 12 estabelece que na fixação


das penas previstas na Lei o juiz levará em conta a extensão do dano
causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente. Isso significa
que as sanções previstas na Lei da Improbidade Administrativa podem ser
graduadas pelo juiz, em face da extensão do dano ou do proveito patrimonial
obtido pelo agente.

IMPORTANTE: SUSPENSÃO MULTA PROIBIÇÃO

“ENRIQUECIMENTO” 8 a 10 anos até 3 x “ganho” 10 anos

“LESÃO” 5 a 8 anos até 2 x “dano” 5 anos

“PRINCÍPIOS” 3 a 5 anos até 100 x R$ 3 anos

6. (CESPE/Analista/STJ/2008) Se um indivíduo pretende tomar posse e


entrar em exercício em cargo público efetivo no âmbito do STJ, nesse caso,
como não se trata de cargo em comissão, ele não estará obrigado a fornecer a
declaração de bens e valores que compõem seu patrimônio privado, a fim de
ser arquivada no serviço de pessoal competente.

Comentários:

ERRADO. É considerado agente público todo aquele que exerce, ainda


que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação,
designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades citadas como sujeito passivo
(art. 2º).

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Segundo o art. 13, a posse e o exercício de agente público ficam


condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que
compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de
pessoal competente. Tal medida visa a instituir um mecanismo que permita
controlar a licitude da evolução patrimonial do agente público.

A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes (bovinos,


ovinos, suínos, caprinos, equinos, etc.), dinheiro, títulos, ações, e qualquer
outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no
exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do
cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a
dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e
utensílios de uso doméstico (art. 13, §1º).

IMPORTANTE:

• A declaração compreende:

9 Imóveis

9 Móveis

9 Semoventes

9 Dinheiro

9 Títulos

9 Ações

9 Bens e valores patrimoniais

• No País ou no exterior.

• Abrange cônjuge ou companheiro, filhos e dependentes.

• Exclui apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

A fim de efetivar o controle da evolução patrimonial a Lei dispõe que a


declaração de bens será atualizada anualmente e na data em que o

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agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função


(art. 13, §2º).

Em substituição à declaração obrigatória, bem como às devidas


atualizações, o agente público poderá (faculdade) entregar cópia da
Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física apresentada à Receita
Federal (art. 13, §4º).

O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro


do prazo determinado, ou que a prestar falsa será punido com a pena de
demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis (art. 13, §3º).

IMPORTANTE:

• A declaração de bens será atualizada anualmente e na data em


que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo,
emprego ou função.

• O agente público poderá (faculdade) entregar cópia da Declaração


do Imposto de Renda Pessoa Física apresentada à Receita Federal.

• O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro


do prazo determinado, ou que a prestar falsa será punido com a pena
de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis.

7. (CESPE/Analista/STF/2008) Não houve, no caso em tela, ato de


improbidade, já que os dirigentes de instituição privada não respondem por ato
de improbidade, de que trata a Lei n.º 8.429/1992.

Comentários:

ERRADO. Os dirigentes de instituição privada também podem responder


por ato de improbidade. Pois, considera-se agente público todo aquele que

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exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,


nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades citadas como sujeito
passivo (art. 2º).

Podem ser sujeito passivo do ato de improbidade administrativa (art. 1º):

• Os órgãos da Administração Direta e Indireta, de quaisquer dos


Poderes (PL, PE e PJ) de quaisquer esferas de governo (U, E, DF e
M) e dos Territórios.

• A empresa incorporada ao patrimônio público ou a entidade para


cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
mais de 50% do patrimônio ou da receita anual.

• A entidade que receba Benefício, Incentivo ou Subvenção, fiscal ou


creditício, de órgão público (por exemplo: as ONGs) bem como
aquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou
concorra com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual
(parágrafo único). (*)

(*) Nesses casos, diferentemente dos demais, a sanção patrimonial


é limitada (proporcional) à repercussão do ilícito sobre a
contribuição dos cofres públicos.

ATENÇÃO:

Não é preciso saber como essa limitação ocorre na prática. Para provas de
concurso público basta conhecer a redação do parágrafo único de art. 1º.

“Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade


praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício
ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como daquelas para
cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes
casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
cofres públicos.”

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IMPORTANTE:

Sujeitos Passivos:

• Administração Direta e Indireta + “3 Poderes” + U/E/DF/M/T.

• Incorporada ou +50%

• “BIS” ou -50% (LIMITADA)

8. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) As penalidades previstas na lei de


improbidade (Lei n.º 8.429/1992) se aplicam, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indiretamente.

Comentários:

CERTO. Podem ser sujeito ativo da improbidade administrativa:

• Os agentes públicos.

• Os terceiros.

IMPORTANTE:

Sujeitos Ativos:

• Agentes públicos.

• Terceiros.

De acordo com a LIA, é considerado agente público todo aquele que


exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição,
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou

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vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades citadas como sujeito
passivo (art. 2º).

Portanto, para que o agente público sujeite-se aos ditames da LIA não é
necessário que possua vínculo efetivo com Administração Pública ou então,
desta, receba remuneração. Assim, as condutas dos mesários de eleições e dos
jurados do Tribunal do Júri, por exemplo, também podem ser avaliadas
segundo a LIA.

Percebam que a Lei nº 8.429/92 também estende a responsabilização


pela prática de ato de improbidade administrativa a terceiros (arts. 3º, 5º, 6º
e 8º), quais sejam, aqueles que:

• Mesmo não sendo agente público, induzam (deem a idéia) ou


concorram (auxiliem) para a prática do ato de improbidade ou dele
se beneficiem sob qualquer forma direta ou indireta.

• Figurem como sucessores do agente público que praticou o ato


de improbidade administrativa ou sucessores dos terceiros
referidos no item acima (induzam/concorram/beneficiem-se).

Deve ficar claro que a prática de ato de improbidade administrativa


pressupõe o envolvimento de um agente público. Assim, a responsabilização de
particular depende de co-autoria com um agente público.

No que tange aos sujeitos ativos, a Lei nº 8.429/92 estabelece que:

• Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão,


dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral
ressarcimento do dano (art. 5º).

• No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou


terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ao seu
patrimônio (art. 6º).

• O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou


se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações da LIA até
o limite do valor da herança (art. 8º).

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Em relação ao sucessor do ímprobo, notem que as sanções de natureza


pecuniária cominadas na LIA limitam-se ao valor da herança. Tal fato
decorre do regramento contido no art. 5º, XLV da Constituição Federal, segundo
qual, “nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de
reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido”.

IMPORTANTE:

Em relação ao sucessor do ímprobo, as sanções de natureza pecuniária


cominadas na LIA limitam-se ao valor da herança (art.8º).

9. (CESPE/Fiscal/SEFAZ-AL/2002) Um indivíduo apresentou perante o


Ministério Público uma representação imputando ato de improbidade
administrativa contra agente público, configurador exclusivamente de infração
administrativa, ciente de que era inocente. Instaurado inquérito civil para
apurar os fatos concluiu-se pela improcedência da imputação, tendo o Ministério
Público arquivado os autos. Nessa situação, o indivíduo responderá pelo crime
previsto na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992).

Comentários:

CERTO. O art. 19 da Lei tipifica como crime (pena: detenção de 6 a 10


meses e multa) a representação por ato de improbidade contra agente
público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente.

Ademais, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos


danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado (art. 19,
parágrafo único).

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IMPORTANTE:

• Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente


público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe
inocente.

• Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o


denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver
provocado.

10. (ESAF/AFRFB/2009) O Supremo Tribunal Federal excluiu da sujeição à


Lei de Improbidade Administrativa os agentes políticos que estejam sujeitos ao
regime de crime de responsabilidade.

Comentários:

CERTO.

JURISPRUDÊNCIA DO STF:

Quanto ao mérito, o Tribunal, por maioria, julgou procedente a reclamação


para assentar a competência do STF para julgar o feito e declarar extinto o
processo em curso no juízo reclamado. Após fazer distinção entre os regimes
de responsabilidade político-administrativa previstos na CF, quais sejam, o do
art. 37, § 4º, regulado pela Lei 8.429/92, e o regime de crime de
responsabilidade fixado no art. 102, I, c, da CF e disciplinado pela Lei
1.079/50, entendeu-se que os agentes políticos, por estarem regidos por
normas especiais de responsabilidade, não respondem por improbidade
administrativa com base na Lei 8.429/92, mas apenas por crime de
responsabilidade em ação que somente pode ser proposta perante o
STF nos termos do art. 102, I, c, da CF. (...) Rcl 2138/DF (INFORMATIVO
Nº 471)

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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/TRT-17ªRegião/2009) Retardar, indevidamente, ato de ofício


constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública.

2. (CESPE/TRT-17ªRegião/2009) Concorrer, dolosa ou culposamente, para


que terceiro se enriqueça ilicitamente constitui ato de improbidade
administrativa que causa prejuízo ao erário.

3. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) Será punido com pena de multa o


agente público que se recusar a prestar declaração dos bens e valores que
compõem seu patrimônio, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal
competente.

4. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) Segundo a Lei n.º 8.429/1992 - Lei


de Improbidade Administrativa -, para que o servidor público seja punido com
as penalidades nela previstas, é imprescindível a efetiva ocorrência de dano ao
patrimônio público.

5. (CESPE/Procurador/PGE-PI/2008) O servidor público processado por


ato de improbidade administrativa que importe em violação aos princípios da
administração pública está sujeito à perda do cargo público.

6. (CESPE/Analista/STJ/2008) Se um indivíduo pretende tomar posse e


entrar em exercício em cargo público efetivo no âmbito do STJ, nesse caso,
como não se trata de cargo em comissão, ele não estará obrigado a fornecer a
declaração de bens e valores que compõem seu patrimônio privado, a fim de
ser arquivada no serviço de pessoal competente.

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7. (CESPE/Analista/STF/2008) Não houve, no caso em tela, ato de


improbidade, já que os dirigentes de instituição privada não respondem por ato
de improbidade, de que trata a Lei n.º 8.429/1992.

8. (CESPE/TRT-9ªRegião/2007) As penalidades previstas na lei de


improbidade (Lei n.º 8.429/1992) se aplicam, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indiretamente.

9. (CESPE/Fiscal/SEFAZ-AL/2002) Um indivíduo apresentou perante o


Ministério Público uma representação imputando ato de improbidade
administrativa contra agente público, configurador exclusivamente de infração
administrativa, ciente de que era inocente. Instaurado inquérito civil para
apurar os fatos concluiu-se pela improcedência da imputação, tendo o Ministério
Público arquivado os autos. Nessa situação, o indivíduo responderá pelo crime
previsto na Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992).

10. (ESAF/AFRFB/2009) O Supremo Tribunal Federal excluiu da sujeição à


Lei de Improbidade Administrativa os agentes políticos que estejam sujeitos ao
regime de crime de responsabilidade.

GABARITO

1-C 2-C 3-E 4-E 5-C 6-E 7-E 8-C 9-C 10-C

Amigos(as), chegamos ao final desta aula demonstrativa. Se


ficarem com dúvida em alguma questão, utilizem o fórum. Aguardo
vocês na próxima aula. Até breve!

Bons estudos, Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br)

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BIBLIOGRAFIA

ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo


Descomplicado. São Paulo: Método, 2009.

BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio


de Janeiro: Lumen Juris, 2010.

CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008.

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas,


2008.

GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pacheco. Improbidade Administrativa.


Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo:


Malheiros, 2008.

MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São


Paulo: Malheiros, 2008.

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