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INDISSOCIABILIDADE DO CORPO E A QUESTÃO SOCIOLÓGICA

PRIMEIRO BLOCO DA PROVA:

 SONACIREMA
 ANTRHOPOLOGICAL BLUES
 OBSERVANDO O FAMILIAR
 DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS

-Uma questão do familiar que pode ser conhecido, mas não necessariamente é tanto
conhecimento, como se dá dentro de um fazer que é antropológico para uma ciência que é
olhar o próprio homem, pensar no que o antropólogo tem que fazer que é afastar as pré-
noções em cima do relativismo, como o Sonacirema apresenta uma visão etnocêntrica de
nós mesmos.

RESPOSTA: Gilberto Velho em seu texto volta a uma colocação feita por DaMata, sobre
familiar/exótico e exótico/familiar e a interpreta dizendo que o familiar pode ser de fato o que
vemos de forma mais frequente, mas não é necessariamente conhecido. Talvez até o exótico,
que nesse caso representa o que não nos está próximo pode até ser mais conhecido de uma
certa forma do que propriamente o familiar. Ele ainda diz que a forma como conhecemos o
familiar pode ser extremamente preconceituosa e um tanto quanto ideológica, por que
“conhecemos” os aspectos da vida social por meio de um mapa que nos familiariza com
cenários sociais, que classifica as pessoas, dando-lhes nomes e lugar, isso, no entanto, não
quer dizer que conheçamos de fato tais pessoas e situações. Esse grau de familiaridade varia e
não é igual ao grau de conhecimento, pode até se tornar um impedimento se não for
relativizado, por que meu conhecimento pode estar baseado em estereótipos. O fazer
antropológico, como bem diz Gilberto Velho é permeado por coisas que tornam impossível a
neutralidade. O próprio pesquisador está inserido em uma sociedade hierarquizada, com
relações de poder definidos, com interesses políticos desiguais e além disso com todos os seus
“ingredientes”, emoções, medos, angustias, alegrias e saudade, sendo a dita imparcialidade e
neutralidade impossível, pois sua subjetividade está sempre presente é uma interpretação dos
fatos sociais.. O que o pesquisador pode e deve fazer é utilizar-se do distanciamento das suas
pré-noções, afastar-se do etnocentrismo e sempre utilizar-se do relativismo cultural, além
disso deve saber que toda sua pesquisa se baseia na relação com o outro e não em um campo
vazio, sabendo isso o etnólogo vai conseguir realizar sua pesquisa sem paranoias de não
conseguir a imparcialidade e neutralidade como dito. O sonacirema é uma visão etnocêntrica
de nós mesmos. Ao escrevê-la o autor baseou-se em sua própria cultura, em sua própria lógica
para fazer seus julgamentos e pré-noções sobre nós. Desconsiderou interpretações
importantes de como se realizam alguns daqueles aspectos, como por exemplo, descreveu, a
seu modo todo o ritual dos boca-sagrada, mas desconsiderou o quão importante é uma boca
saudável na sociedade em que vivemos, e quanto isso é importante para cada indivíduo, não é
somente questão de saúde, mas estética. Enfim, ele usou a “lupa” de sua própria cultura para
nos observar, logo foi etnocêntrico e não agiu como um verdadeiro pesquisador.
-Pegar uma frase do damata ou Gilberto velho falando sobre a relação do familiar e
conhecido e uma parte do sonacirema e pedir pra escrever o que é a ciência antropologia,
qual objeto dessa ciência, pensar no aspecto metodológico e como determinados conceitos
são fundamentais para esse conceito, significado do conceito, conseguir observa-los no
sonacirema, (relativismo, etnocentrismo) impacto do campo, muda suas referencias.
Familiar conhecido.

A ciência antropologia é uma ciência que estuda o homem, mas mais abrangente do que isso,
estuda toda a possiblidade de realização humana, estuda a cultura a diversidade de cultura
que esse homem está inserido. O fazer antropológico envolve ainda outras questões
metodológicas, envolve o distanciamento do etnocentrismo, visão que poderia colocar em riso
qualquer conceito por ela descrito e o uso do relativismo sendo este necessário e
indispensável ao saber cientifico.

-Uma questão sobre esse primeiro bloco metodológico do que é antropologia e tudo mais,
de transformar o familiar em exótico e o exótico em familiar, mas que o familiar não é
necessariamente conhecido. Ritual de macumba.

Antropologia é uma ciência que busca valorizar o relativismo cultural vendo e reconhecendo as
diferenças culturais se distanciando do etnocentrismo. Roberto da Mata ao enfatizar o exótico
e o familiar trabalha o conceito de antropologia, dizendo então que fazer antropológico é se
distanciar, estranhar, no entanto diz que precisamos manter um equilíbrio entre estranho e
familiar no sentido que o estranho não pode se tornar familiar e o familiar não pode se tornar
estranho, esse é o equilíbrio para se fazer antropologia. Giberto Velho introduz a esse conceito
a questão de que o familiar que assumimos conhecer pode ser um impedimento para o
conhecimento do mesmo, pois esse conhecimento que supomos ter pode ser baseado em
estereótipos dado pelo mapa que obtemos da sociedade

- Comente um trecho considerando as questões metodológicas do fazer antropológico


pedindo pra você discutir isso apontando como essa discussão aparece no Gilberto Velho e
no Da Matta.

Em Gilberto Velho podemos destacar como algo importante o fato de recolocar a situação do
exótico e familiar, e mais do que isso ele diz que grau de familiaridade não é sinônimo de grau
de conhecimento, esse conhecimento pode ser baseado em estereótipo, preconceitos e
equívocos, isso por que nós recebemos da sociedade um mapa que dá nome, qualidade e
posição para as pessoas, e o que supomos conhecer pode não passar de um mapa genérico e
superficial das pessoas.

- Analise o trecho do Sonacirema abaixo a partir da leitura explique como se dá


metodologicamente o fazer antropológico apontando a importância da discussão do
etnocentrismo e do relativismo na sua resposta e indicando ou a questão do Gilberto Velho
ou a discussão do Roberto Da Matta.
Primeiramente para que ocorra o fazer antropológico precisamos nos afastar de nossas pré
noções, preconceitos e estereótipos, e afastar do etnocentrismo, que é usar nossa cultura
como centro, usando-a como “lupa” para comparar e julgar, além de barbarizar tudo o que for
diferente a ela, ao contrário disso e de suma importância para o fazer antropológico temos o
relativismo, que é entender a cultura dentro de sua lógica própria. Roberto DaMata trabalha o
etnocentrismo e o relativismo dizendo a respeito do exótico e do familiar, o exótico seria tudo
aquilo que não conhecemos, que não sabemos, e o familiar tudo o que vemos (Gilberto velho
continua dizendo o fato de algo ser familiar não o faz conhecido).

SEGUNDO BLOCO DA PROVA:

 Laraia (primeira parte até o antecedentes históricos do conceito da cultura)


 Invenção do conceito de homem

-Por que é só a humanidade que concede ao homem o direito de ser homem propriamente.
Por que o individuo aparece como categoria dentro de um contexto de mudança na sociedade
e como isso tem a ver com outras que não com a existência do homem em si. E como esse
conceito de individuo aparece como isso gera uma reação com relação aos outros indivíduos
que existem no mundo. Discussão sobre o surgimento do individuo enquanto categoria, logo é
social, por que nenhuma categoria pode ser oriunda de algo que não seja da sociedade e o
olhar dirigido aos outros indivíduos.

- Surgimento do conceito de individuo isso tem a ver como uma sociedade específica é a nossa
sociedade moderna, na qual o individuo pode escolher coisas, passa a ter valor, antes o
casamento era arranjado, a profissão era da família não era você que escolhia. O conceito de
individuo só vai surgir nesse momento que é a discussão que está no texto, e que a gente
também precisa aprender a olhar os outros e que esse olhar pros outros também passa por
um processo e é um processo de desfazer essas concepções etnocêntricas, de trabalhar o
relativismo pra não cair naquela discussão do bom civilizado e mal selvagem, primeira parte do
laraia.

TERCEIRO BLOCO DA PROVA

 Laraia segunda parte( conceito de cultura)

-Surgimento do conceito de individuo isso tem a ver como uma sociedade específica é a nossa
sociedade moderna, na qual o individuo pode escolher coisas, passa a ter valor, antes o
casamento era arranjado, a profissão era da família não era você que escolhia. O conceito de
individuo só vai surgir nesse momento que é a discussão que está no texto, e que a gente
também precisa aprender a olhar os outros e que esse olhar pros outros também passa por
um processo e é um processo de desfazer essas concepções etnocêntricas, de trabalhar o
relativismo pra não cair naquela discussão do bom civilizado e mal selvagem, primeira parte do
laraia.

-Segunda parte falando do conceito de cultura especificamente pensar como é que surge o
conceito de cultura e as dimensões que o Laraia enuncia. Essa segunda parte que é
importante, discutir o surgimento do conceito de cultura, transformações que o conceito de
cultura tenha sofrido, pensar as discussões que aparecem no final de como a cultura funciona.
Um bloco só sobre cultura.

-Concepção, surgimento do conceito, desenvolvimento do conceito e como que ela funciona


que á a parte de que a cultura condiciona nossa visão de mundo, que a cultura é dinâmica,
que a cultura muda que ela não fica parada, os indivíduos participam de cultura de um jeito
diferente, por que estamos subdivididos em diferentes grupos.

O surgimento do conceito de homem não foi algo dado, nem algo que surgiu subitamente,
de um ano para o outro, pelo contrário, foi uma construção continua,

Ainda no séc xvi surgiu a expressão cogito por descartes, cogito simbolizava o ser pensante e
nem todas as pessoas eram consideradas como tal. Mulher, loucos e crianças por exemplo.

No séc XVi a preocupação ainda era com a fauna, flora, e o estudo das mesmas

No séc xvii surgiu a preocupação com o homem físico, ou biológico

No séc xviii surge algumas curiosidades a respeito do homem, e após isso essas curiosidades
vão sendo reunidas, e surge a etnologia, preocupada em estudar o homem em si, a questão
tornou-se como coletar

QUARTO BLOCO DA PROVA

 Laraia (parte final: primeiros teóricos da antropologia)


 Texto do Marcel Mauss
 Relações entre a psicologia e antropologia

-Pensando no xamã, momento de transe, como um momento em que essas relações entre o
corpo e todas as coisas que vem da mente são coisas complicadas da gente falar, o limite
não é claro, nessas duas instâncias que essas coisas se confundem, trazer a questão do filme.

No xamanismo observamos claramente a relação entre psicológico e o social. Esses conceitos


se confundem mesmo, não distinguimos ainda onde termina o psicológico e onde começa o
social. Nem podemos dizer que isso é apenas uma questão psicológica e/ou social. O fato é
que o psicológico está diretamente ligado ao social, todo fato psicológico é social. No filme que
assistimos, os mestres loucos, observamos muitos coisas e conceitos relacionados
principalmente ao que Mauss vem nos dizer. Para a psicologia a atitude daqueles africanos
poderia ser considerada anormal, ou patológica, no entanto, a sociologia, ou mesmo a
antropologia, observa-os como normal, visto que possuem características bem especificas
mesmo em outras sociedades. Como mauss mesmo disse, a forma que usamos o nosso corpo
é diferente em cada cultura e isso está diretamente ligada com os padrões culturais. E a
sociologia está ligada a psicologia com uma relação de causa e efeito, ou vice versa. Não
podemos reduzir o social em individual.

-Imagem ou a descrição de algum rito e pedir pra você falar, se perceber nas reações das
coisas que a gente vê, e pensar um pouco como a nossa cultura aparece, como nosso
etnocentrismo aparece, que é difícil trabalhar nosso relativismo quando a gente se depara
com uma coisa nova, pode fazer algo assim em cima do próprio filme os mestres loucos,
pedir pra falar sobre esses elementos como você observa esses elementos a partir do filme.
Como a nossa cultura condiciona a nossa visão, sentir nojo, etnocentrismo que é um
fenômeno universal, faz parte das coisas que percebemos e sentimos,

Falamos de relativismo como se fosse algo muito fácil, algo natural e de fato não é, nossa
cultura condiciona a forma como agimos e como vemos as outras culturas (por que sem o
relativismo vemos tudo sob a lógica de nossa própria cultura).
RECOMENDAÇÕES:

-Comente o trecho, Utilize tal conceito e tal conceito E aponte a teoria de um autor: tem que
conter tais coisas.
-Lembrar-se das discussões que fizemos em sala.
-Lembrar-se dos filmes que vimos. (Redandá, Os Mestres Loucos, Primeiro Contato).
-Primeira Parte do Laraia: Fala por que que o homem é social, por que só é homem dentro da
humanidade e fora da humanidade ele não é sequer homem mais
-Segunda parte do Laraia: desenvolvimento do conceito de cultura em específico (COMO NO
LAPLANTINE)
-Vai ter uma questão nesse primeiro bloco sobre o conceito de cultura.
-Ideia de um conjunto de assuntos dos quais poderemos falar e poderemos escolher dentre 3
ou 4 e falar sobre eles.
-Dar exemplos mas conceitua-los teoricamente. Operar o conceito
-Fazer antropológico: pensar na antropologia uma ciência que vai pensar todas essas relações
do individuo e a sociedade pensando em como o individuo sintetiza isso, é o que aparece
muito no Marcel Mauss. A gente está falando de coisas que vão que por mais que discutamos
religião aqui, politica ali, isso está em um individuo só e é só nesse indivíduo que a cultura
ganha materialidade, você não pega essas coisas, isso fica claro na vivência de uma pessoa,
então é pensar nesse contato do individuo com a sociedade, da antropologia como uma
ciência que está dentro desse fazer cientifico sociológico também e que vai pensar como
estudo do individuo da sociedade, como o estudo destes fatos sociais, que são essas, que a
soma das consciências individuais não é igual a consciência coletiva, que ela é mais do que
isso, pensar que aquela distinção entre senso comum e o fazer cientifico é importante. Dentro
da questão da antropologia, como a gente fala de coisas da vida é muito fácil você achar que
está fazendo uma coisa que é cientifica mas que não é, que você está trabalhando só no senso
comum, precisa-se ter um respaldo teórico e um exercício metódico mesmo de trabalhar
todos aqueles conceitos que a gente falou.

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