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DICAS PARA A PROVA DO ITA

O PROCESSO SELETIVO – ITA 2014 A FÍSICA NO ITA


O ITA apresenta, sem sombra de dúvidas, um dos vestibulares A prova de Física do vestibular do ITA apresenta uma seleção de
mais desafiantes do país. O ingresso é fruto de muito esforço dos assuntos bem variados. Assim como a maior parte dos vestibulares, o
candidatos, mas não é uma missão impossível. O grau de ITA apresenta uma forte ênfase em mecânica na distribuição dos
complexidade dos conteúdos cobrados e das questões é assuntos das questões. Entretanto, esta prova se diferencia porque
propositadamente elevado para selecionar apenas aqueles candidatos com frequência o nível de complexidade das questões se torna
melhor preparados e que estão decididos a entrar em uma instituição elevado, apesar de tipicamente se partir de conceitos relativamente
reconhecida como uma das melhores engenharias do país, ao lado do simples.
IME. A exemplo da mecânica, as demais grandes áreas do conhecimento
da física são cobradas em um nível de complexidade bastante
Propomo-nos com este material passar algumas dicas para o elevado. Por exemplo, o efeito Hall (eletromagnetismo), malhas
melhor rendimento nos dias de exame que estão por vir, com complexas (eletrodinâmica) resolvidas pelo teorema de Thévenin,
resumos de tópicos não tão enfatizados (e até mesmo não vistos) no Cinética dos Gases (Termofísica) e, digna de nota devido a sua
ensino médio. Estes tópicos fazem parte da filosofia do vestibular do considerável incidência, a Lei de Gauss (tanto para a eletrostática
ITA: cobrar cada vez assuntos mais específicos, para valorizar o quanto para a gravitação).
candidato que realmente se preparou para este vestibular. Diferentemente dos vestibulares tradicionais, temos uma incidência
muito grande de fenômenos ondulatórios, como ótica física,
Para ajudá-lo, analisamos os anos anteriores e fizemos nossas polarização, interferência, filmes finos, difração, experimento de
apostas. Este resumo irá lhe ajudar em algumas questões que Young e rede de difração, que são tópicos cobrados com frequência
possuem alta probabilidade de serem cobradas. pelo vestibular do ITA. A banca de Física do ITA busca, além de forte
capacidade analítica e profundo domínio da Matemática,
conhecimento sólido dos conceitos da Física do Ensino Médio,
DICAS GERAIS incluindo assuntos específicos que outros vestibulares normalmente
não cobram. Um outro assunto recorrente nesta prova é a Física
De maneira geral, para as questões dissertativas do vestibular do ITA, Moderna, especialmente a Quântica, o que normalmente causa
o candidato deve necessariamente esclarecer como chegou à surpresa nos estudantes menos preparados.
resposta. Na correção é dado ponto parcial, ou seja, pode-se Há ainda tópicos clássicos, como Análise Dimensional. Quase
conseguir algum ponto por resolver apenas parte da questão. Por todas as provas dos últimos 20 anos do ITA apresentam uma questão
isso, é importante não deixar nenhuma questão em branco. deste assunto. Assim, este tópico, apesar de relativamente simples, é
quase certo no vestibular. Vale lembrar que conhecimentos de
Nos testes, preste bastante atenção às alternativas. Frequentemente Análise Dimensional podem ser extremamente úteis para ajudar a
há questões que apresentam vários caminhos a se seguir e a lembrar de alguma fórmula esquecida, além de ser uma
observação das alternativas ajuda a entender o esperado pela ferramenta importante para verificar a coerência das respostas
banca examinadora. Também neste tipo de questão, existe aquela obtidas. Outro ponto que chama atenção é que no vestibular de 2007
chance do “chute”, que não deve ser desprezada mesmo quando você a primeira questão cobrava conhecimentos de algarismos
não está conseguindo resolver nada. Assim, seja crítico no momento significativos, enfatizando a importância de se analisar o quanto o
do chute, onde, por exemplo, uma análise dimensional e dos resultado encontrado faz sentido levando em consideração as
valores das alternativas pode lhe ajudar a eliminar alternativas incertezas das medidas realizadas.
absurdas. Tipicamente, quando abordados assuntos mais complexos, as
questões são simples e diretas, cobrando em muitos casos apenas
Um bom plano de prova é fundamental. Existem diferenças entre o um contato básico com os principais conceitos envolvidos. Podemos
peso das questões dissertativas e dos testes: cada questão dizer que tais questões não são necessariamente mais difíceis do que
dissertativa vale o dobro de uma questão objetiva. Entretanto, não aquelas de assuntos mais clássicos, mas apenas mais específicas.
despreze demais os testes, pois só serão corrigidas as questões Entretanto, é indispensável que o vestibulando tenha contato com
dissertativas dos candidatos que acertaram pelo menos 40% dos esses temas, caso contrário não terá condições de resolver as
testes de cada disciplina e 50% do total dos testes. questões relativas a esses assuntos, restando-lhe apenas o velho (e
não tão bom) “chute”.
Independente dessas informações, é importante que você se Você encontrará neste material um resumo de alguns assuntos
concentre na prova do dia. As provas anteriores já foram e você não bastante cobrados no vestibular do ITA nos últimos anos,
tem como mudar suas respostas. As posteriores, encare quando seguidos de exemplos de como esses assuntos são abordados.
vierem. Confie em sua preparação: independentemente do nível Os tópicos descritos, de maneira geral, não são abordados com a
de dificuldade da prova, se você estudou então você sabe a ênfase necessária no Ensino Médio, visto que grande parte deles
matéria! Tenha isto em mente ao resolver as questões. Cada uma é não faz parte do programa de muitos vestibulares importantes, como
um desafio a ser superado. FUVEST, Unicamp, UNESP etc.

Para auxiliá-lo, você encontrará a seguir um resumo teórico do que Bons estudos!
tem maior probabilidade de ser cobrado nas provas do ITA de 2014.

Bons estudos!

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ANÁLISE DIMENSIONAL ⎧α + τ = 0
α +τ −3α + β +γ −τ − β −τ ⎪
1= M ⋅L ⋅T ⇒ ⎨−3α + β + γ − τ = 0
Estabelece as relações dimensionais entre uma grandeza derivada e
⎪− β − τ = 0
as fundamentais através de suas dimensões ou símbolos ⎩
dimensionais. Utilizando o Operador Dimensional: [ ]
Ex.: [v]=L.T-1; a velocidade tem dimensão 1 com relação ao Resolvendo o sistema, tem-se: α = t, β = t, γ = t e τ = −t, p / t ∈ .
comprimento e dimensão -1 com relação ao tempo (v=Δs/Δt). A única alternativa compatível é a alternativa A.
Princípio da Homogeneidade Dimensional MOMENTO LINEAR
“Toda equação que traduz um fenômeno físico verdadeiro é, → →

necessariamente, homogênea do ponto de vista dimensional”. Momento Linear: grandeza vetorial definida por: Q = m v
→ → → → → →
Em outras palavras, a dimensão do membro esquerdo de uma
equação é necessariamente igual à dimensão do membro direito.
Q de um sistema: Q sist = Q1 + Q2 + Q3 + .... = ∑m v i i

Além disso, havendo parcelas, todas elas devem apresentar a mesma Impulso de uma Força: Mede o efeito de uma força num certo
dimensão. → →
intervalo de tempo. É uma grandeza vetorial definida por: I = F Δt .
Teorema de Bridgman Obs: No caso de uma força variável com o tempo, o módulo do
“Se uma dada grandeza física depende apenas de outras grandezas impulso é numericamente igual à área do gráfico de Força X Tempo
físicas independentes entre si, então esta grandeza pode ser t2
expressa pelo produto de um fator puramente numérico (constante de ou à integral I = ∫ F (t ).dt .
proporcionalidade) por potências das grandezas das quais ela
t1
depende”.
Teorema do Impulso: a variação da quantidade de movimento de um
Fórmulas Dimensionais sistema, num certo intervalo de tempo, é igual ao impulso produzido
À luz dos conceitos anteriores, toda grandeza física tem uma fórmula pela resultante das forças que agem no corpo, no mesmo intervalo de
dimensional. Utilizamos o símbolo [G] para representar a fórmula → → → →
dimensional da grandeza física G. tempo. I Re s = Δ Q = Q f - Q i
a) Uma grandeza derivada na Mecânica possui uma fórmula Sistema Mecanicamente Isolado: é aquele no qual a resultante das
dimensional do tipo: [G] = Ma Lb Tc forças externas que agem no sistema é nula. Sendo assim, sua
sendo M a dimensão de massa, L, de comprimento, e T, de tempo. quantidade de movimento é constante.
b) Uma grandeza derivada na Termodinâmica possui uma fórmula → ext → → ext → → → → →
dimensional do tipo: [G] = Ma Lb Tc θd F Re s = 0 ⇒ I Res = 0 ⇒ Δ Qsist = 0 ⇒ Qf = Qi
sendo θ a dimensão de temperatura. Obs: no caso de explosões e choques mecânicos, as intensidades
c) Uma grandeza derivada na Eletricidade possui uma fórmula das forças internas são tão maiores que as das forças externas, que o
dimensional do tipo: [G] = Ma Lb Tc Id sistema pode ser tratado como um Sistema Mecanicamente Isolado.
sendo I a dimensão de corrente elétrica.
Exemplo: (ITA 2005) Quando camadas adjacentes de um fluido REFERENCIAL DO CENTRO DE MASSA
viscoso deslizam regularmente umas sobre as outras, o escoamento Tão importante como o Momento Linear de um sistema de partículas
resultante é dito laminar. Sob certas condições, o aumento da é a determinação Centro de Massa de um sistema. Em questões de
velocidade provoca o regime de escoamento turbulento, que é Mecânica do ITA, muitas vezes se faz necessário adotar um
caracterizado pelos movimentos irregulares (aleatórios) das partículas referencial que normalmente diminui muito o esforço algébrico na
do fluido. Observa-se, experimentalmente, que o regime de resolução: é o referencial do Centro de Massa do sistema.
escoamento (laminar ou turbulento) depende de um parâmetro Observe a seguir as relações matemáticas para o referencial do
adimensional (Número de Reynolds) dado por R = ρ α v β d γη τ , em Centro de Massa:

que ρ é a densidade do fluido, v , sua velocidade, η , seu
Posição: r cm =

∑m r i i
⇒ xcm =
∑m x i i
e y cm =
∑m y i i
coeficiente de viscosidade, e d , uma distância característica M M M
associada à geometria do meio que circunda o fluido. Por outro lado, → →
num outro tipo de experimento, sabe-se que uma esfera, de diâmetro
Velocidade: v cm =

∑m v i i
Aceleração: a cm =

∑m a i i

D, que se movimenta num meio fluido, sofre a ação de uma força de M M


arrasto viscoso dada por F = 3π Dηv . → →
→ d Q sist d M v cm
→ → ext →
Assim sendo, com relação aos respectivos valores de α , β , γ e τ , Note que: Q sist = M v cm ⇒ = ⇒ F Re s = M a cm
uma das soluções é: dt dt
a) α = 1, β = 1, γ = 1, τ = -1 b) α = 1, β = -1, γ = 1, τ = 1 Isso nos permite concluir que o centro de massa de um sistema se
c) α = 1, β = 1, γ = -1, τ = 1 d) α = -1, β = 1, γ = 1, τ = 1 move como se fosse uma partícula única cuja massa é igual à
e) α = 1, β = 1, γ = 0, τ = 1 massa total do sistema sujeita à força externa nele aplicada. Assim,
num Sistema Mecanicamente Isolado, como a resultante das forças
Resolução: (Alternativa A) externas é nula, o centro de massa não possui aceleração,
Da expressão da força de arrasto em uma esfera se movimentando movendo-se, portanto, com velocidade constante.
em um fluido, temos que → ext → → → → →

⎛ M ⋅L ⎞ Sistema Mecanicamente Isolado: F Re s = 0 ⇒ a cm = 0 ⇒ v cm = cte .


⋅T
⎡⎣F ⎤⎦ T ⎝⎜ T 2 ⎠⎟ M
⎣⎡η ⎦⎤ = 2 = = = M1 ⋅ L−1 ⋅ T −1 Exemplo: (ITA 2000) Uma lâmina de material muito leve de massa m
2 L ⋅T está em repouso sobre uma superfície sem atrito. A extremidade
L L
Escrevendo as expressões dimensionais para as grandezas ρ , v , d : esquerda da lâmina está a 1 cm de uma parede. Uma formiga
considerada como um ponto, de massa m 5 , está inicialmente em
M L
[ρ] = 3 = M1 ⋅ L−3 ; [v ] = = L ⋅ T −1 ; [d ] = L ; repouso sobre essa extremidade, como mostra a figura. A seguir, a
L T
formiga caminha para frente muito lentamente, sobre a lâmina. A que
Substituindo na fórmula dimensional para R, tem-se: distância d da parede estará a formiga no momento em que a lâmina
(M ) ⋅ (L ⋅T ) ⋅ (L ) ⋅ (M )
α β γ τ
⋅ L−3 −1
⋅ L−1 ⋅ T −1 tocar a parede?
⎣⎡R ⎦⎤ =
1 1

a) 2 cm
⎡⎣R ⎤⎦ = M 1α ⋅ L−3α ⋅ Lβ ⋅ T −1β ⋅ Lγ ⋅ M 1τ ⋅ L−1τ ⋅ T −1τ ⇒ b) 3 cm
α +τ −3α + β + γ −τ c) 4 cm
⎣⎡R ⎦⎤ = M ⋅ L ⋅ T − β −τ
d) 5 cm
Como R é adimensional, [R] = 1, assim: e) 6 cm

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Resolução: (Alternativa E) Colisão perfeitamente inelástica ( e = 0 )


Considerando o sistema isolado, temos que seu Centro de Massa, A Energia não se conserva; a perda de energia é máxima. Os
inicialmente em repouso, deve permanecer em repouso. corpos não se afastam após a colisão (a velocidade de afastamento
Dessa forma, assumindo a parede como referencial para o cálculo do é nula).
centro de massa do sistema, temos que:
Colisão parcialmente elástica (ou parcialmente inelástica)
m
⋅ x1 + m ⋅ x2 (0 < e <1)
XCM = 5 A Energia não se conserva; há certa fração da energia que é
6m dissipada (pode ser por atrito, emissão de calor, emissão de som,
5 por deformação plástica desses corpos etc.).
x1 x2 x2 x1
Calculando nos instantes inicial e final e considerando o comprimento Colisões bidimensionais:
total da lâmina igual a c, temos: Mas como tratar o coeficiente de restituição em colisões
m ⎛ c⎞ bidimensionais? Vamos tratar aqui apenas do caso em que as forças
.1 + m. ⎜ 1 + ⎟ m c
.d + m. de contato durante a colisão atuam em uma única direção (colisões
i 5 ⎝ 2⎠ f 5 2 entre duas superfícies sem atrito é um exemplo disto).
XCM = e XCM =
6.m 6.m Suponha que dois discos ou esferas A e B colidem sem atrito e na
5 5 ausência de ações externas ao sistema de acordo com o diagrama
Como o centro de massa não altera sua posição (sistema isolado e abaixo.
i f
com velocidade inicial do centro de massa nula), temos XCM = XCM : y
ANTES DEPOIS
m ⎛ c⎞
.1 + m. ⎜ 1 + ⎟ m .d + m. c
5 ⎝ 2⎠ 2 ⇒ m + m + m. c = m .d + m. c ⇒ vA '
= 5
6.m 6.m 5 2 5 2 vA mA φ
5 5
6.m m mA
= .d ⇒ d = 6cm b
5 5 b mB θ
mB
vB '
COEFICIENTE DE RESTITUIÇÃO [COLISÕES] x
Colisões unidimensionais: As forças impulsivas (interação entre as massas) acontecerão
Suponha uma colisão unidimensional entre dois corpos: somente no eixo x indicado, acontecendo, portanto, conservação da
quantidade de movimento para cada massa individualmente no eixo y
ANTES DEPOIS (não existem forças atuando em cada massa nessa direção).
Para que tenhamos mesmo coeficiente de restituição caso a colisão
seja elástica ou inelástica, note que devemos considerar apenas as
vA B vB vA ' B vB ' velocidades na direção x. Isso é evidente, pois a colisão frontal é
A A
apenas um caso particular da colisão bidimensional (quando a
velocidade no eixo y é nula). Assim, define-se mais apropriadamente
mA mA o coeficiente de restituição como:
mB mB
v '− v Ax ' v afastamento em x
e = Bx =
Verificou-se experimentalmente que na colisão frontal de duas esferas v Ax − v Bx v aproximação em x
sólidas, tais como duas bolas de bilhar, as velocidades depois da Assim, a razão entre o módulo da velocidade de afastamento e o
colisão são relacionadas com as de antes pela expressão: módulo da velocidade de aproximação, ambas na direção das forças
v A '− v B ' = −e ⋅ ( v A − v B ) impulsivas, é constante para um par de corpos.
onde e (chamado de coeficiente de restituição) tem valor entre zero e
1 e é característico do par de corpos que estão interagindo. Exemplo: (ITA 2008) A figura mostra uma bola de massa m que cai
Note que existem subtrações vetoriais. Podemos relacionar esses com velocidade v1 sobre a superfície de um suporte rígido, inclinada
vetores com seus módulos e, em outras palavras, temos: de um ângulo θ em relação ao plano horizontal.
v '− v A ' v Sendo e o coeficiente de
v B '− v A ' = e ⋅ v A − v B ⇒ e = B = afastamento m
v A − vB v aproximação restituição para esse impacto,
calcule o módulo da v1
Assim, a razão entre o módulo da velocidade de afastamento e o v2
módulo da velocidade de aproximação é constante para um par de velocidade v 2 com que a bola
corpos. é ricocheteada, em função de
α
v1 , θ e e . Calcule também o
O coeficiente de restituição está diretamente relacionado com a
conservação ou perda de energia durante a colisão. Pode se ângulo α .
demonstrar que: θ
1 ⎛ m ⋅m ⎞
ΔK = − (1 − e 2 ) ⋅ ⋅ ⎜ A B ⎟ ⋅ v A − v B
2

2 ⎝ mA + mB ⎠ Resolução: Ao analisarmos o choque, devemos notar que o


coeficiente de restituição relaciona as velocidades de aproximação e
Onde ΔK é a variação de energia cinética do sistema. de afastamento em relação à direção normal à superfície de contato.
Também devemos atentar que, como há dissipação de energia no
Visto que, num sistema isolado há conservação da quantidade de eixo normal, o ângulo de incidência não é o mesmo que o ângulo de
movimento (pois só há forças internas, que é o caso de uma colisão),
usaremos, para caracterizar os tipos de colisão, a relação do reflexão. Denotando como v1⊥ a velocidade de aproximação na
coeficiente de restituição com variação da energia cinética do sistema direção normal e v2 ⊥ a velocidade de afastamento nessa mesma
ΔK:
direção, temos:

Colisão Elástica (ou colisão perfeitamente elástica) ( e = 1 )


A Energia se conserva.

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m um material, ou seja, quando os fótons chegam à superfície do


v1t
v2⊥ material transportando uma determinada energia, arrancam elétrons
v1 v2 dessa superfície, conferindo energia cinética a esses elétrons. A
v1⊥ θ
relação entre essas energias é dada por:
90 − α h ⋅ f = φ + EMAX
v2t Nessa equação, E = h ⋅ f é a energia do fóton incidente, φ é a
α energia necessária para arrancar um elétron da superfície, também
. chamada função trabalho do material, e EMAX é a energia cinética
θ
máxima que o elétron poderia adquirir se desprezássemos a
. 90 − θ θ dissipação de energia na colisão.
Dois fatos importantes a serem observados no efeito fotoelétrico:
Assim: (I) A energia cinética máxima que aparece na equação acima não
v 2⊥ depende da intensidade da luz que incide sobre o material. Ao
v 2 ⋅ senα aumentarmos a intensidade luminosa, apenas aumentamos o número
e= = ⇒ e ⋅ v1 ⋅ cosθ = v 2 ⋅ senα (I)
v1⊥ v1 ⋅ cosθ de elétrons que conseguimos arrancar da superfície, mas não
mudamos a energia de cada fóton, já que esta se relaciona com a
Como não existem forças externas atuando na direção tangencial, os frequência da luz, e não com sua intensidade. A proporção fóton-
módulos das componentes das velocidades nessa direção são iguais. elétron é de um para um, ou seja, não há possibilidade de um único
Denotando essas componentes das velocidades como v1t e v2t fóton arrancar mais de um elétron.
podemos escrever: (II) Existe uma frequência mínima f0 necessária para que os
v1t = v 2t ⇒ v1 ⋅ senθ = v 2 ⋅ cos α (II) elétrons sejam arrancados do material, de modo que se a luz incide
com uma frequência f < f0 , nenhum elétron deixará a superfície do
Elevando as equações (I) e (II) ao quadrado e somando membro a material, independentemente da intensidade da luz (quantidade de
membro temos: fótons) incidente. Essa frequência mínima pode ser obtida da equação
acima, pois corresponde à situação em que toda a energia do fóton
v12 ⋅ ( sen 2θ + e 2 ⋅ cos2 θ ) = v 22 ⋅ ( sen 2α + cos2 α ) incidente é utilizada para arrancar o elétron, não sobrando energia
adicional sob a forma de energia cinética do elétron. Assim, fazendo
v 2 = v1 ⋅ sen 2θ + e2 ⋅ cos2 θ
φ
A resposta do valor de α poderia ser expressa de diversas maneiras. EMAX = 0 na equação, vem que: h ⋅ f0 = φ ⇒ f0 = (frequência mínima)
h
Entre elas citaremos três:
a) substituindo o valor encontrado para o módulo de v2 em (I): Muitas questões no vestibular do ITA a respeito deste assunto exigem
e ⋅ cosθ ⎛ e ⋅ cosθ ⎞ apenas o conceito teórico do comportamento de superfícies sujeitas a
senα = ⇒ α = arcsen ⎜⎜ ⎟⎟ uma radiação eletromagnética (luz). Entretanto, a abordagem
sen θ + e ⋅ cos θ
2 2 2
⎝ sen θ + e ⋅ cos θ ⎠
2 2 2
quantitativa também é cobrada, como no exemplo a seguir:
b) substituindo o valor encontrado para o módulo de v2 em (II):
EXEMPLO: (ITA 2004) Num experimento que usa o efeito fotoelétrico,
senθ ⎛ senθ ⎞ ilumina-se sucessivamente a superfície de um metal com luz de dois
cos α = ⇒ α = arccos ⎜⎜ ⎟⎟
sen 2θ + e 2 ⋅ cos2 θ ⎝ sen 2
θ + e 2
⋅ cos 2
θ ⎠ comprimentos de onda diferentes, λ1 e λ2 , respectivamente. Sabe-se
c) Pela divisão de (I) por (II): que as velocidades máximas dos fotoelétrons emitidos são,
e ⋅ cosθ senα respectivamente, v 1 e v 2 , em que v1 = 2 ⋅ v 2 . Designando c a
= ⇒ tgα = e ⋅ cot gθ ⇒ α = arc tg ( e ⋅ cot gθ )
senθ cos α velocidade da luz no vácuo, e h a constante de Planck, pode-se,

Últimas ressalvas e alguns fatos interessantes


então, afirmar que a função do trabalho φ do metal é dada por:
Além das análises indicadas acima, vale ressaltar algumas colisões a) (2 ⋅ λ1 − λ2 ) ⋅ h ⋅ c /(λ1 ⋅ λ2 ) b) (λ2 − 2 ⋅ λ1 ) ⋅ h ⋅ c /(λ1 ⋅ λ2 )
notáveis (pode-se demonstrar esses fatos): c) (λ2 − 4 ⋅ λ1 ) ⋅ h ⋅ c /(3 ⋅ λ1 ⋅ λ2 ) d) (4 ⋅ λ1 − λ2 ) ⋅ h ⋅ c /(3 ⋅ λ1 ⋅ λ2 )
a) Colisão unidimensional perfeitamente elástica entre corpos de
e) (2 ⋅ λ1 − λ2 ) ⋅ h ⋅ c /(3 ⋅ λ1 ⋅ λ2 )
massas iguais: as velocidades dos corpos são “trocadas”.
b) Colisão bidimensional perfeitamente elástica entre corpos de Resolução: (Alternativa D)
massas iguais: as velocidades dos corpos após a colisão formam um h⋅c
No efeito fotoelétrico, temos que h ⋅ f = φ + EMAX , onde E = h ⋅ f =
ângulo de 90° entre si. Além disso, as velocidades na direção das λ
forças impulsivas são trocadas. é a energia do fóton, φ é a função trabalho (característica do metal) e
c) Colisão entre um corpo muito massivo e um corpo muito mais leve:
o corpo muito massivo praticamente não muda de velocidade após a m ⋅ v MAX 2
EMAX = é a energia cinética máxima do elétron emitido.
colisão (a velocidade do corpo mais leve pode, no entanto, variar 2
livremente). Escrevendo esta equação para as situações (1) e (2), temos:
d) Colisão perfeitamente elástica entre um corpo muito massivo e um h⋅c m ⋅ v12 mv 22
corpo muito mais leve: o corpo muito massivo praticamente não muda =φ + =φ + 4⋅ (I)
de velocidade após a colisão e a velocidade do corpo leve inverte o λ1 2 2
seu sentido na direção das forças impulsivas. h⋅c m ⋅ v 22
=φ + (II)
EFEITO FOTOELÉTRICO λ2 2
Fazendo a subtração [4 x (II) – (I)] membro a membro, vem que:
Este tópico em algumas oportunidades da prova da ITA chegou a
h⋅c h⋅c (4 ⋅ λ1 − λ2 ) ⋅ h ⋅ c
aparecer em 2 questões num mesmo ano, como em 2003 e 2006. 4⋅ − = 4 ⋅φ − φ ⇒ φ =
Portanto é bastante importante que o candidato tenha conhecimento a λ2 λ1 3 ⋅ λ1 ⋅ λ2
respeito deste assunto, para que possa se preparar para questões
EFEITO COMPTON
que normalmente são de simples resolução.
Efeito Fotoelétrico – Emissão de elétrons por um material quando Efeito Compton – É a variação do comprimento de onda de uma
submetido à presença de uma onda eletromagnética. radiação eletromagnética após interagir com a matéria. O experimento
original foi idealizado por Arthur Holly Compton, em 1923, e consistiu
Este efeito foi explicado corretamente por Albert Einstein, o que lhe em fazer um feixe de raios-X (radiação eletromagnética) incidir sobre
rendeu o prêmio Nobel de Física de 1921. Einstein se baseou no uma amostra de grafite, e posteriormente analisar a radiação
modelo corpuscular da luz, supondo que ela se propagava no espaço dispersada com um detector adequado.
não de modo contínuo, mas concentrada em pequenos pacotes, que O experimento de Compton evidencia que o tratamento ondulatório
posteriormente seriam chamados fótons. Quando a luz incide sobre não é suficiente para estudar o comportamento da luz; é necessário
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neste caso dar tratamento corpuscular (de partícula) para modelar (e Vamos impor agora a conservação da energia antes e depois da
compreender) esse experimento (a luz pode ser tratada como fótons, colisão.
partículas que apresentam energia quantizada através da relação Novamente aqui devemos considerar a energia cinética relativística do
E  h  f ). elétron, que é:
Apesar de ainda não ter sido cobrado pelo ITA, o entendimento do  
1
Efeito Compton é um dos fundamentos da Física Quântica e, portanto, EC  m  c 2   1
é conceito fundamental que pode vir a ser cobrado.  1  (v / c )2 
 
Lembremos também que a energia transportada por um fóton pode
hc
AMOSTRA ser escrita como: EF  h  f 
1 1 
Desse modo, a expressão da conservação da energia fica:
    
h c hc 1 h h 1
FILTRO 2   m  c2   1    mc  1
 '    '  
 1  (v / c )  1  (v / c )
2 2
 
DETECTOR
TUBO DE COLIMADOR COLIMADOR h h  m c
RAIOS X     m c 
   '  1  (v / c )2
Para explicar a variação de comprimento de onda detectada no Elevando ao quadrado, obtemos:
experimento, Compton utilizou o modelo corpuscular da luz, e na 2
época, seu experimento teve importância exatamente por dar h h  h h  m2  c 2
    2  m c  m c  
2 2

sustentação experimental para tal modelo, que não era totalmente   '   ' 1  (v / c )2
aceito. Imaginando a radiação eletromagnética formada por fótons, 2 2
h h2 h h m2  c 4
que colidem com elétrons livres da superfície do material, vamos    2     2   '    m  c  m 2  c 2  2 (ii)
impor a conservação da quantidade de movimento do sistema, antes   '  '   ' c v2
e depois da colisão:
Finalmente, fazendo a subtração (ii) – (i) membro a membro, obtemos:
h2 h m2  c 2 2
2  (1  cos  )  2  (  '  )  m  c  m 2  c 2  2 (c  v 2 ) 
 '  ' c v2
h
 '   (1  cos  )
m c

Esta é a fórmula do deslocamento Compton, que apresenta a


variação do comprimento de onda (    '  ) da radiação
eletromagnética em função do seu ângulo de espalhamento (  ).
h
A grandeza é conhecida como comprimento de onda
      mc
pantes  pdepois  ( pF  pE )antes  ( pF  pE )depois h
Compton ( C  )
mc
Lembremos que a quantidade de movimento do fóton é definida não
 
como | p | m | v | , já que não tem sentido falar em massa do fóton, Exemplo:
 h Um fóton de raio X, com 0,01 nm, faz uma colisão frontal com um
mas como | p | , onde h é a constante de Planck e  é o elétron (   180 ). Determine:

comprimento de onda do fóton. a) a variação do comprimento de onda do fóton.
b) a variação da energia do fóton.
Uma outra observação é que como o elétron receberá energia do c) a energia cinética adquirida pelo elétron.
fóton na colisão, e este viaja na velocidade da luz, devemos adotar Resolução:
para o elétron a expressão relativística para a sua quantidade de a) Aplicando a equação do deslocamento Compton, vem que:
movimento, a saber: h 6,63  1034
  '   (1  cos  )  (1  ( 1))  4,8  1012 m
 m v m c 9,31 10 31  3,00  108
p
 2 hc
 |v | b) A energia do fóton é dada por: EF  h  f  . Assim, a variação
1  
 c  
de energia será:
Vamos decompor as quantidades de movimento nas direções
horizontal e vertical.  1 1
EF  h  c    
h h m v  '  
Na direção horizontal:  m  0  cos   cos (I)
 ' 1  (v / c )2  1 1 
EF  6,63  10 34  3,00  108   12 9
 9 
 4,8  10  0,01  10 0,01  10 
h m v
Na direção vertical: 0  m  0  sen  sen (II)
' 1  (v / c )2 EF  6,5  10 15 J  41keV , onde 1eV  1,6  10 19 J
Podemos reescrever as equações como: c) A energia cinética adquirida pelo elétron é a energia fornecida pelo
fóton no momento da colisão, já que o sistema é suposto
h h m v h m v
 cos   cos e sen  sen conservativo. Assim, EC  6,5  1015 J  41keV
 ' 1  (v / c )2 ' 1  (v / c )2
HIPÓTESE DE DE BROGLIE
Elevando ambas ao quadrado e somando membro a membro, ficamos
com: Dualidade Onda-Partícula (Hipótese de De Broglie) – Se a luz
apresenta um duplo comportamento, ora ondulatório, ora corpuscular,
h 2
h 2
h 2
m v
2 2
m c v
2 2 2
 2 cos    (i) não seria então verdade que a matéria também poderia apresentar
2  '2  ' 1  (v / c )2 c2  v 2 comportamento semelhante? A resposta para esta pergunta é
afirmativa, e foi Louis de Broglie quem apresentou uma teoria

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coerente sobre isso. Para caracterizar o comportamento ondulatório submetemos esse tipo de radiação a um polarizador, é esperada que
de uma certa partícula, devemos determinar seu comprimento de I
onda. De Broglie propôs que a cada partícula dotada de uma a intensidade se reduza pela metade: I = 0
2
quantidade de movimento p , podemos associar um comprimento de Vale dizer que tal argumento pode ser justificado matematicamente,
h mas para isso precisaríamos do auxílio do Cálculo Integral.
onda ( λ ) dado por: λ = onde h é a constante de Planck. Quando um raio de luz já
|p|
polarizado atravessa um
Confira o exemplo abaixo de uma questão que relaciona o polarizador, precisamos levar em
comprimento de onda de De Broglie para um elétron: conta o ângulo β formado entre
EXEMPLO: (ITA 2000) Dobrando-se a energia cinética de um elétron a direção de polarização do raio
não-relativístico, o comprimento de onda original de sua função de de luz e as fibras do polarizador,
onda fica multiplicado por: de acordo com a figura a seguir:
1 1 1 Nesse caso, a relação entre a intensidade do raio emergente ( I ) e a
a) b) c) d) 2 e) 2
2 2 4 intensidade do raio incidente ( I0 ) será dada pela Lei de Malus:
Resolução: (Alternativa A) I = I0 ⋅ cos2 β
Vamos colocar a energia cinética do elétron em função do seu Observe que tal relação é coerente com o fato de que se o raio
momento linear: polarizado incide paralelamente à direção das fibras do polarizador
m ⋅ v 2 m 2 ⋅ v 2 (m ⋅ v )2 p2 ( β = 0 ), o raio incidente será integralmente transmitido, não havendo
EC = = = = . O comprimento de onda
2 2⋅m 2⋅m 2⋅m absorção, e como consequência, I = I0 . Por outro lado, quando o raio
h h
associado ao elétron é dado por: λ = ⇒ p = . Assim, a energia incidente está polarizado numa direção perpendicular às fibras do
p λ polarizador ( β = 90° ), ele é integralmente absorvido, visto que não há
cinética do elétron pode ser dada em função do seu comprimento de componente do campo elétrico vibrando na direção das fibras. Assim,
onda por: a intensidade transmitida nesse caso é nula ( I = 0 ).
2
⎛h⎞
2 ⎜λ⎟ Este conceito já foi explorado pelo vestibular do ITA, como no
p h2
EC = =⎝ ⎠ = . exemplo a seguir:
2 ⋅ m 2 ⋅ m 2 ⋅ m ⋅ λ2
Dobrando-se a energia cinética, temos: Exemplo: (ITA 2000) Uma luz não-polarizada de intensidade I0 ao
h2 h2 λ2 1 passar por um primeiro polaroide tem sua intensidade reduzida pela
E = 2 ⋅ E0 ⇒ = 2⋅ ⇒ λ2 = 0 ⇒ λ = ⋅ λ0 metade, como mostra a figura. A luz caminha em direção a um
2⋅m⋅λ 2
2 ⋅ m ⋅ λ0 2
2 2
segundo polaroide que tem seu eixo inclinado em um ângulo de 60°
POLARIZAÇÃO em relação ao primeiro. A intensidade de luz que emerge do segundo
polaroide é:
O modelo ondulatório da luz assume que um raio de luz consiste de
um grande número de ondas eletromagnéticas viajando 60º
simultaneamente no espaço. Cada uma dessas ondas que compõem I0 I0/2
o raio de luz, sendo uma onda transversal, apresenta um determinado
plano de vibração para os campos elétrico e magnético, plano este
que é perpendicular à direção de propagação da onda.
a) I0 b) 0,25 ⋅ I0 c) 0,375 ⋅ I0 d) 0,5 ⋅ I0 e) 0,125 ⋅ I0
Resolução: (Alternativa E)
I0
A intensidade da luz que emerge do primeiro polarizador é I1 = ,
2
visto que a luz estava inicialmente não-polarizada.
A intensidade da luz que emerge do segundo polarizador, pela Lei de
Malus, é:
I I
I2 = I1 ⋅ cos2 60° = 1 = 0 = 0,125 ⋅ I0 (Alternativa E)
4 8
INTERFERÊNCIA
Em particular, cada onda terá uma orientação bem definida para o
campo elétrico. Tal direção será chamada de direção de polarização Interferência – É o fenômeno da superposição de duas ou mais
dessa onda. Como o raio de luz consiste de muitas ondas, cada uma ondas num mesmo ponto do espaço.
delas com uma direção de polarização diferente, todas as direções de Superposição de Ondas – Quando dois pulsos propagando-se em
polarização estarão presentes no raio de luz, resultando num raio não- sentidos opostos se encontram, temos uma superposição desses
polarizado. pulsos. Após o encontro, os pulsos continuam seu caminho sem que
A polarização da luz é o processo de conferir a um raio de luz, nenhuma propriedade (período, velocidade, frequência, etc) tenha se
inicialmente não-polarizado, uma única direção de polarização. Tal alterado.
processo consiste em fazer o raio de luz atravessar algum material
polarizador, cuja característica é ter uma direção preferencial de
vibração do campo elétrico, de modo a transmitir apenas a
componente do campo elétrico que vibre paralelamente a essa
direção preferencial, absorvendo a componente que vibra na direção
perpendicular. Como resultado desse processo, obtemos um raio de
luz polarizado.
A intensidade do raio de luz que emerge do polarizador ( I )
certamente é menor do que a intensidade do raio incidente ( I0 ), visto
que parte da energia transportada pelo raio foi absorvida pelo
polarizador. Considerando que a luz não polarizada tem uma
Dizemos que a interferência é construtiva quando as amplitudes das
distribuição simétrica em torno no eixo de propagação, ao
ondas se somam, e que é destrutiva quando as amplitudes das
ondas se cancelam.
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Considere o sistema com duas fontes y


pontuais que percorrem os caminhos
designados por r1 e r2 ao lado: ym
Para ondas em concordância de fase, a
interferência construtiva se dá quando a
diferença entre as distâncias percorridas
por cada onda (diferença de caminhos),
θ
denotada por Δs = r2 − r1 , for igual a um d θ 0
número inteiro de comprimentos de onda ( λ ), ao passo que a
interferência destrutiva se dá quando a diferença de caminhos for
igual a um número inteiro impar de meio comprimento de onda. Para Δz
ondas em oposição de fase, ocorre o contrário:
D
Concordância de fase: Oposição de fase:
- Construtiva: Construtiva:
Δs = n ⋅ λ, n ∈ Z Um padrão de interferência consistindo de franjas claras e escuras é
λ
Δs = n , n ímpar ∈ Z observado num anteparo, colocado à distância L das fendas.
- Destrutiva: 2 Temos que a diferença de caminhos das duas ondas geradas por
λ Destrutiva: estas fontes (fendas), considerando que estão em fase, é dada por
Δs = n , n ímpar ∈ Z
2 Δs = n ⋅ λ, n ∈ Z Δz = d ⋅ senθ , conforme ilustra a figura.
O vestibular do ITA costuma cobrar bastante este conceito em
ondulatória, com algumas particularidades como o Experimento de A condição para ocorrência de interferência construtiva (franjas
Young (cobrado em 2003, 2004 e 2008), Interferência em Filmes claras), isto é, pontos onde é máxima a intensidade luminosa é dada
Finos (cobrado em 1998, 2000 com duas questões, 2005 e 2011) e por:
Rede de difração (2006), difração e fenda simples (2009) e anéis de d ⋅ senθ = m ⋅ λ , com m = 0; ±1; ±2;... (pontos de máximo)
Newton (2010). Os pontos de interferência destrutiva (franjas escuras), isto é, aqueles
onde a intensidade luminosa é mínima, são dados por:
EXEMPLO: (ITA 2004) Na figura, F1 e F2 são fontes sonoras que ⎛ 1⎞
d ⋅ senθ = ⎜ m + ⎟ ⋅ λ , com m = 0; ±1; ±2;... (pontos de mínimo)
emitem, em fase, ondas de frequência f e comprimento de onda λ . ⎝ 2⎠
A distância d entre as fontes é igual a 3 ⋅ λ . Pode-se então afirmar Fazendo a aproximação: senθ ≈ tgθ , válida para pequenos ângulos,
que a menor distância não nula, tomada a partir de F2 , ao longo do y
com tgθ = , temos:
eixo x , para a qual ocorre interferência construtiva, é igual a: L
Pontos de Máximo Pontos de Mínimo
λ ⋅L λ ⋅L ⎛ 1⎞
a) 4⋅λ /5 ym = m ym = ⎜m + ⎟
d d ⎝ 2⎠
b) 5⋅λ /4
c) 3⋅λ /2 com m = 0; ±1; ±2;... em ambos os casos.
d) 2⋅λ Exemplo: (ITA 2004) Num experimento de duas fendas de Young,
e) 4⋅λ com luz monocromática de comprimento de onda λ , coloca-se uma
lâmina delgada de vidro
Lâmina Anteparo
( nV = 1,6 ) sobre uma das fendas. d
Resolução: (Alternativa B)
As distâncias para as quais ocorre Isto produz um deslocamento das
interferência construtiva, levando em conta franjas na figura de interferência. F1
que as fontes emitem as duas ondas em Considere que o efeito da lâmina
fase, são aquelas em que a diferença de é alterar a fase da onda. Nestas
caminhos percorrida pelas duas ondas é circunstâncias, pode-se afirmar
igual a um número inteiro de comprimentos que a espessura d da lâmina,
de onda. (y – x = nλ, n inteiro). que provoca o deslocamento da
franja central brilhante (ordem F2
Pelo teorema de Pitágoras, vem que: zero) para a posição que era
ocupada pela franja brilhante de λ
(3 ⋅ λ )2 + x 2 − x = n ⋅ λ ⇒ (3 ⋅ λ )2 + x 2 = n ⋅ λ + x
primeira ordem, é igual a:
a) 0,38λ. b) 0,60λ. c) λ. d) 1,2λ. e) 1,7λ.
Elevando os dois membros ao quadrado, temos:
Resolução: (Alternativa E)
9 − n2 O comprimento de onda da luz ao atravessar a lâmina de vidro pode
9⋅λ + x = n ⋅λ + 2⋅n⋅λ ⋅ x + x ⇒ x =
2 2 2 2 2
⋅ λ , com n inteiro. ser obtido da seguinte maneira:
2⋅n
5 c λ ⋅f λ
Assim: n = 1 ⇒ x = 4 ⋅ λ ; n = 2 ⇒ x = ⋅ λ ; n = 3 ⇒ x = 0 nV = = 1,6 ⇒ = 1,6 ⇒ = 1,6 , lembrando que a frequência
4 vV λV ⋅ f λV
5 sempre se mantém inalterada na refração (passagem da luz do ar
Portanto, a distância não nua procurada é x = ⋅ λ (Alternativa B) para o vidro).
4
Se a franja de ordem zero
Vejamos agora algumas das peculiaridades deste assunto para a d máximo centra
passou a ocupar a franja
prova do ITA:
de ordem um, isso F1
EXPERIMENTO DE YOUNG significa que o tempo que
a luz leva para percorrer
Experiência de Young – Nesta experiência, duas fendas são a lâmina de vidro,
θ2
iluminadas por uma fonte de luz monocromática, estando as fendas emergindo de F1 é o
x
separadas entre si de uma distância d . mesmo tempo que a luz F2
utiliza para percorrer a
distância equivalente à
lâmina de vidro e também
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DICAS PARA A PROVA DO ITA

uma certa distância x, da figura abaixo, viaja apenas pelo ar, Normalmente, vemos tais aplicações em vidros não refletores, quando
emergindo de F2 . é aplicada uma camada fina e transparente sobre a superfície. Esta
camada induz o fenômeno de interferência que, quando bem
Δs1 Δs2 d d+x ⎛ λ ⎞ projetada, causa interferências destrutivas para certos comprimentos
Δt1 = Δt2 ⇒ = ⇒ = ⇒ x = ⎜⎜ − 1⎟⎟ d ⇒ x = 0,6d
v1 v2 λV ⋅ f λ ⋅f ⎝ λV ⎠ de onda, diminuindo assim sensivelmente a reflexão.
Como a nova posição do máximo central é a posição da primeira Exercícios envolvendo filmes finos, interferência de ondas, localização
franja, no caso de não termos a lâmina, temos que a distância x seria de máximos e mínimos são encontrados em praticamente todos os
aquela percorrida no caso do máximo de primeira ordem (quando a anos de prova. Observe o exemplo a seguir.
diferença de caminhos é de apenas um comprimento de onda, λ)
Exemplo: (ITA 2005) Uma fina película de fluoreto de magnésio
λ
Fazendo x = λ, temos: λ = 0,6 ⋅ d ⇒ d = ≅ 1,7λ recobre o espelho retrovisor de um carro a fim de reduzir a reflexão
0,6 luminosa. Determine a menor espessura da película para que produza
INTERFERÊNCIA EM FILMES FINOS a reflexão mínima no centro do espectro visível. Considere o
comprimento de onda λ = 5500 A , o índice de refração do vidro
As cores das bolhas de
Primeira nv = 1,50 e, o da película np = 1,30. Admita a incidência luminosa
sabão, manchas de óleo e Reflexão
como quase perpendicular ao espelho.
outras películas delgadas,
Raio Resolução:
algumas medidas para Incidente
atenuar reflexões, todos estes
fenômenos são devidas ao
fenômeno de interferência.
Podemos ver ao lado uma Raio
película de espessura Refletido

constante t de índice de
refração n. Note que no Filme
Para o raio transmitido na película temos que a diferença de caminhos
esquema dois raios chegam percorrida é de 2t, onde t é a espessura da película. Esta diferença,
aos olhos do observador: um para interferência destrutiva, deve ser igual a (m+½)λn, com m inteiro,
refletido na superfície superior Raio Transmitido visto que ocorre duas inversões de fase (na reflexão do raio do ar
do filme, e outro refletido da (ignore) para a película e na reflexão do raio da película para o vidro).
superfície inferior. ⎛ 1⎞ 1⎛ 1⎞ λ
Note que, para uma incidência quase normal, a diferença de Assim: 2 ⋅ t = ⎜ n + ⎟ λn ⇒ t = ⎜ n + ⎟
⎝ 2⎠ 2⎝ 2 ⎠ np
percursos geométricos entre os dois raios refletidos pode ser
aproximado para 2t (onde t é a espessura do filme). 1 λ
Lembre-se que quando mudamos de um meio com menor índice de Para menor espessura n = 0: t = ⋅
4 np
refração para um com maior índice de refração ocorre uma mudança
de 180o na fase da onda refletida. Quando mudamos de um meio com 5500 o
Substituindo os valores de λ e np temos: t = ≅ 1058 A
maior índice de refração para um com menor índice de refração não 4 ⋅ 1,3
ocorre mudança na fase da onda refletida. A onda refratada não sofre LUZ E ESPECTRO DE CORES
mudança de fase em nenhuma hipótese. Assim, considere a figura
abaixo. É comum o vestibular do ITA relacionar os comprimentos de onda
180º de mudança reforçados (interferência construtiva) e os que não são refletidos
de fase (interferência destrutiva). Note que de acordo com a espessura do
filme, podemos ter uma cor que fica mais visível e outra que
Sem mudança de desaparece (fenômeno que ocorre por exemplo nas bolhas de sabão).
fase
Além disso, é importante dizer que a luz é uma onda eletromagnética;
é chamada de luz toda onda eletromagnética que é visível ao olho
Ar humano. O conjunto de ondas eletromagnéticas que chamamos de luz
representa apenas uma pequena parcela de todas as ondas
Filme eletromagnéticas existentes (aquelas com comprimentos de onda
entre 400 nm e 700 nm). Outros exemplos de ondas eletromagnéticas
muito presentes em nosso dia-a-dia são as ondas de rádio, as
Ar microondas, o VHF, o raio-X, entre outros.
IMPORTANTE: As cores do espectro visível, em ordem crescente de
Pode-se notar que a onda resultante refletida pela película fosse um frequência, são: vermelho, alaranjado, amarelo, verde, azul, anil e
máximo de interferência quando a distância 2t fosse igual a um violeta.
número inteiro de comprimentos de onda (no filme). No entanto,
ONDAS ESTACIONÁRIAS
devido à mudança de fase associada na passagem entre o ar e o
filme, teremos um máximo quando essa diferença for igual a um Ondas estacionárias – Numa corda de comprimento L, e com seus
número ímpar de meios comprimentos de onda. dois extremos fixos, podemos produzir pulsos idênticos de onda
2t = (m+ ½)λn m = 0, 1, 2,... (máximos) propagando-se em sentidos contrários. O resultado é a formação de
ondas estacionárias. O número n de ventres que se formam dá origem
Utilizamos o valor de comprimento de onda da luz no filme, pois ao n-ésimo harmônico, como ilustra a figura abaixo.
sabemos que tal comprimento de onda será diferente do comprimento
de onda no vácuo. Tais comprimentos de onda se relacionam
segundo a seguinte equação: λn=λ/n
Sendo assim, podemos dizer que, ao passar de um meio com menor
índice de refração para um com maior índice de refração, teremos um
aumento da intensidade da luz refletida de acordo com a expressão:
2t.n = (m+ ½)λ m = 0, 1, 2,... (máximos)
A condição para um mínimo de intensidade (mínima reflexão) é:
2t.n = m.λ m = 0, 1, 2,... (mínimos)
As equações acima se aplicam quando as hipóteses aplicadas são
respeitadas. Imaginemos agora no caso de duas inversões de fase:
Neste caso, teremos:
2t.n = m.λ m = 0, 1, 2,... (máximos)
2t.n = (m+ ½).λ m = 0, 1, 2,... (mínimos)

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DICAS PARA A PROVA DO ITA

Assim, o número de ventres formados corresponde ao número de F


vezes em que o comprimento total da corda foi subdividido em meio 2
comprimento de onda. c μ cL F ⎛ c.L ⎞
ftubo = ffio ⇒ = ⇒ = ⇒ F = μ⎜ ⎟
λ v 4 2L 2 μ ⎝ 2. ⎠
L = n , com n = 1; 2; 3; 4;... ⇒ fn = n
2 2L m
Mas μ é a densidade linear do fio, dada por μ = .
Obs.: existem outros modos de vibração, no caso de extremidades L
livres. 2
⎛ c ⎞
Daí temos F = ⎜ ⎟ .m.L
TUBOS SONOROS ⎝ 2. ⎠
Analogamente às ondas estacionárias, podemos observar certas INTENSIDADE SONORA
frequências de ressonância dentro de um tubo sonoro de duas
O nível de intensidade sonora (β) é expresso em decibéis (dB) por:
formas, segundo a anatomia do tubo:
⎛I ⎞
β = k ⋅ log ⎜⎜ ⎟⎟
Tubos Abertos:
⎝ I0 ⎠
λ v
L=n , com n = 1; 2; 3; 4;... ⇒ fn = n (semelhante à onda onde: I = intensidade sonora fornecida pela caixa de som;
2 2L I0 = intensidade-padrão, correspondente ao nível de intensidade de
estacionária numa corda) referência com o qual todas as intensidades são comparadas, e
corresponde ao limiar da audição (10-12W/m2). E, se:
k = 1 , N é medido em bel; k = 10 , então N é medido em decibel.
Embora este seja um assunto pouco cobrado, podemos observar
características da prova do ITA ao longo dos anos. A prova do ITA
adora transformar a física em matemática e uma grandeza física com
uma relação intima com matemática é perfeita. Trata-se de uma
questão simples, mas que evidencia a relação entre a matemática e a
física nas provas do ITA.
Tubos Fechados: Exemplo: (ITA 2005) Uma banda de rock irradia uma certa potência
λ v em um nível de intensidade sonora igual a 70 decibeis. Para elevar
L = (2n − 1) , com n = 1; 2; 3; 4;... ⇒ f(2n −1) = (2n − 1) esse nível a 120 decibeis, a potência irradiada deverá ser elevada de:
4 4L
a) 71% b) 171% c) 7.100%
d) 9.999.900% e) 10.000.000%
Resolução: (Alternativa D)
O nível de intensidade e a intensidade sonora estão relacionados
I P
através da equação: β = 10log = 10log
I0 P0
Na situação inicial o nível de intensidade é de 70dβ. Na situação final,
OBS.: Um tubo também pode ser fechado em suas duas 120dβ. Assim:
extremidades. ⎛I ⎞
Podemos observar abaixo a conectividade de assuntos específicos da 70d β = 7 β = log ⎜⎜ ⎟⎟ = log(I ) − log(I0 ) (I)
Física, ondas estacionárias e tubos sonoros, compartilhando um único ⎝ I0 ⎠
exercício. ⎛I ⎞
Exemplo: (ITA 2004) Um tubo sonoro de comprimento , fechado 120d β = 12β = log ⎜⎜ ⎟⎟ = log(I ′) − log(I0 ) (II)
numa das extremidades, entra em ressonância, no seu modo ⎝ I0 ⎠
fundamental, com o som emitido por um fio, fixado nos extremos, que Fazendo (II)-(I), tem-se:
também vibra no modo fundamental. Sendo L o comprimento do fio, ⎛ I′ ⎞ I′
m sua massa e c, a velocidade do som no ar, pode-se afirmar que a (12 − 7) = 5 = log(I ′) − log(I ) ⇒ 5 = log ⎜ ⎟ ⇒ = 1⋅ 105 = 107%
I
⎝ ⎠ I
tensão submetida ao fio é dada por
a) (c/2L)2 m . b) (c/2 )2 mL. c) (c/ )2 mL. Assim, o aumento de intensidade sonora será dado por:
2
d) (c/ ) m . e) n.d.a. X = (107 − 100)% = 9999900%
Resolução: (Alternativa B) BATIMENTO
Tratando-se de um tubo fechado, temos, para frequência fundamental,
apresenta apenas ¼ de seu comprimento de onda do mesmo Batimento – Fenômeno de variação periódica da intensidade, num
c c determinado ponto do espaço, de duas ondas que se superpõem com
comprimento total do tubo ( ). Assim, temos c=λf ⇒ ftubo = = . frequências ligeiramente diferentes entre si.
λ 4⋅
Ou então, através da relação descrita na teoria acima, teríamos: Lembramos que uma onda tem uma equação geral dada por:
v c c ⎛ 2π 2π ⎞
n = 1 ⇒ f(2n −1) = (2n − 1) = (2 − 1) = y ( x; t ) = A ⋅ cos(k ⋅ x − ω ⋅ t + ϕ0 ) = A ⋅ cos ⎜ x− t + ϕ0 ⎟
4. 4. 4. ⎝ λ T ⎠
Como o fio está preso pelas duas extremidades, também em
Vamos analisar a superposição de duas ondas de mesma amplitude e
frequência fundamental, Temos que apenas ½ do seu comprimento
mesma fase, com frequências ligeiramente diferentes, superpondo-se
de onda estaria representado pelo comprimento total do fio (L),
num ponto do espaço a que atribuiremos arbitrariamente a coordenada
formando uma onda estacionária.
0 como abscissa ( x = 0 ).
v
Assim, v = λf = 2. .f ⇒ ffio = . Ou então, também através da As duas ondas terão então como equações:
2L y1(t ) = A ⋅ cos(ω1 ⋅ t ) = A ⋅ cos(2π ⋅ f1 ⋅ t )
relação descrita na teoria acima, teríamos:
v v y 2 (t ) = A ⋅ cos(ω2 ⋅ t ) = A ⋅ cos(2π ⋅ f2 ⋅ t )
n = 1 ⇒ fn = n = A superposição das duas ondas nesse ponto resulta numa onda de
2L 2L
equação:
F y (t ) = y1(t ) + y 2 (t ) = A ⋅ [cos(2π ⋅ f1 ⋅ t ) + cos(2π ⋅ f2 ⋅ t )]
F μ
Para o fio, da relação de Taylor, v = . Substituindo: ffio =
μ 2L Utilizando a transformação trigonométrica da soma em produto:
Como ambos atuam na mesma frequência (estão em ressonância):

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DICAS PARA A PROVA DO ITA

⎛α + β ⎞ ⎛α −β ⎞ Resolução: (Alternativa C)
cos α + cos β = 2 ⋅ cos ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟ , vem que: A equação da frequência aparente para o efeito Doppler é:
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
v ± vO
⎡ f −f ⎤ ⎡ f +f ⎤ fAP = S ⋅f
y (t ) = 2 ⋅ A ⋅ cos ⎢2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ ⋅ cos ⎢2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ vS ∓ vF
⎣ 2 ⎦ ⎣ 2 ⎦ Na primeira situação, a fonte se afasta do observador parado e,
Note que se f1 e f2 forem valores próximos, temos que portanto, temos:
⎡ f −f ⎤ 340 + 0
2 ⋅ A ⋅ cos ⎢2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ varia muito lentamente com o tempo. f1 = ⋅ 400 = 398Hz
⎣ 2 ⎦ 340 + 1,7
Assumindo que esta equação possa ser entendida como uma onda de Na segunda situação, a reflexão das ondas na parede pode ser
f +f modelada como uma fonte se aproximando com mesma velocidade e
frequência 1 2 , cuja amplitude varia no tempo (muito mais emitindo um som de mesma frequência (espelha-se a fonte em
2
lentamente que a onda anteriormente citada) de acordo com relação à parede). Assim:
340 + 0
⎡ f −f ⎤ f2 = ⋅ 400 = 402Hz
2 ⋅ A ⋅ cos ⎢2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ , temos que a onda resultante terá uma 340 − 1,7
⎣ 2 ⎦
Finalmente, a frequência dos batimentos é dada por:
intensidade que varia periodicamente no tempo, caracterizando o
f3 =| f1 − f2 |=| 398 − 402 |= 4Hz
fenômeno do batimento.
Note que a onda LEI DE GAUSS – CAMPO ELÉTRICO
de maior
frequência está Lei de Gauss – A Lei de Coulomb é a principal lei da Eletrostática,
envolvida mas não está formalizada de modo a vir simplificar os cálculos nos
(modulada) pela casos de alta simetria. Neste tópico falaremos de uma nova
onda de menor formulação da Lei de Coulomb, a chamada Lei de Gauss, que pode
frequência apresentar vantagens nesses casos especiais. A Lei de Gauss
(duplicada pelas aplicada em problemas de eletrostática é equivalente a Lei de
possibilidades Coulomb. Qual delas escolher vai depender do tipo de problema que
de inversão de estudaremos. Em linhas gerais, usa-se a Lei de Coulomb em todos os
sinal). problemas nos quais o grau de simetria é baixo. A lei de Gauss será
Nos pontos de máximo, onde ocorre um reforços audíveis, temos aplicada quando a simetria for significativamente alta. Em tais casos,
f −f ⎤ essa lei não só simplifica tremendamente o trabalho, mas, devido à

cos ⎢ 2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ = ±1 , enquanto nos pontos de mínimo, teremos sua simplicidade, frequentemente fornece novas ideias.
⎣ 2 ⎦ A figura central da Lei de Gauss é uma hipotética superfície fechada,
⎡ f −f ⎤ chamada superfície gaussiana. A superfície gaussiana pode ter a
cos ⎢2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ = 0 . forma que desejarmos, mas será de maior utilidade quando usada de
⎣ 2 ⎦ forma compatível com a simetria do problema específico em estudo.
Como a amplitude será máxima ( AMAX = 2 ⋅ A ) quando Decorre disso que, às vezes, a superfície gaussiana toma a forma
⎡ f −f ⎤ esférica, a forma cilíndrica ou qualquer outra forma simétrica. Porém
cos ⎢ 2π ⋅ 1 2 ⋅ t ⎥ = ±1 , temos que a frequência de batimento (reforço essa superfície deve ser sempre uma superfície fechada, de modo a
⎣ 2 ⎦ obtermos uma clara distinção entre pontos internos, pontos sobre a
do som) será dada pelo dobro da frequência da envoltória.: superfície e pontos exteriores à mesma.
fB =| f1 − f2 | Fluxo elétrico - Se A é a área de uma superfície S que foi colocada
num campo elétrico uniforme E , define-se como fluxo do campo
EFEITO DOPPLER-FIZEAU elétrico, ou fluxo do vetor E , através da superfície S como:
É a variação da frequência percebida por um observador que está em ΦE = E ⋅ A =| E | ⋅A ⋅ cosθ
movimento relativo em relação a uma fonte emissora de ondas. A onde θ é o ângulo entre o vetor normal ao elemento de área e o vetor
frequência aparente é dada por: campo elétrico.
⎛ v ± vO ⎞ Lei de Gauss - A Lei de Gauss nos diz que o fluxo de linhas de
fAP = ⎜⎜ S ⎟⎟ f
⎝ vS ∓ vF ⎠ campo elétrico através de uma superfície fechada é igual ao
somatório das cargas internas a esta superfície, dividido pela
A convenção de sinais, nesse caso, é a seguinte: constante dielétrica do meio (no caso mais comum, o vácuo):
⎧+, se o observador se aproxima ∑ Qint
No numerador: ⎨ ΦE =
⎩−, se o observador se afasta ε0
⎧−, se a fonte se aproxima De acordo com a definição de fluxo elétrico vista anteriormente,
No denominador: ⎨ considerando uma superfície fechada com áreas tão pequenas quanto
⎩+, se a fonte se afasta necessárias Ai, pelas quais está passando um campo Ei constante,
Aqui segue mais um exemplo das questões que caem na prova. temos:
Novamente vemos a conexão entre alguns assuntos, neste caso n

Qint
temos: Efeito Doppler, reflexão de ondas e batimento. ∑
ΦE = Ei Ai cosθi =
ε0
Exemplo: (ITA 2001) Um diapasão de frequência 400 Hz é afastado i =1
de um observador, em direção a uma parede plana, com velocidade Obs.: As cargas internas no caso da utilização de elementos com
de 1,7 m/s. São nominadas f1 a frequência aparente das ondas não- distribuição uniforme de cargas, são obtidas a partir das densidades
refletidas, vindas diretamente até o observador; f2 , a frequência de carga:
- Linear: λ = Q/L
aparente das ondas sonoras que alcançam o observador depois de
- Superficial: σ = Q/S
refletidas pela parede e f3 , a frequência dos batimentos. Sabendo
- Volumétrica: ρ = Q/V
que a velocidade do som é de 340 m/s, os valores que melhor Para aplicar a lei de Gauss devemos utilizar as duas definições dadas
expressam as frequências em hertz de f1 , f2 e f3 , respectivamente, acima para calcular o fluxo através de uma superfície gaussiana. As
são: superfícies gaussianas devem ser escolhidas conforme cada caso,
a) 392, 408 e 16 b) 396, 404 e 8 c) 398, 402 e 4 tendo em mente a simplificação dos produtos escalares da primeira
d) 402, 398 e 4 e) 404, 396 e 4 parte da equação (de maneira a, normalmente, manter o módulo do
campo elétrico constante em toda a superfície, e os vetores campo
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DICAS PARA A PROVA DO ITA

elétrico e área paralelos – cos θ = 1). Como superfícies gaussianas “Uma casca esférica uniformemente carregada não exerce força
utilizamos figuras espaciais com simetria central (cubo, esfera) e axial elétrica sobre uma partícula carregada colocada em seu interior”.
(cilindro). De maneira geral, podemos dizer que a utilização da Lei de c-) campo elétrico num ponto da casca (Rinterno< r <Rexterno)
Gauss é uma poderosa ferramenta na resolução de problemas que
apresentam alto grau de simetria. Resolva este caso como exercício. Se houver dificuldades, olhe o
Observe os seguintes exemplos: exercício resolvido do vestibular ITA-2000, que fala da aplicação da
Lei de Gauss na Gravitação.
Exemplo 1: Apliquemos a lei de Gauss às superfícies fechadas S1, S2,
S3 e S4 abaixo:
Exemplo: (ITA 2000) Um fio de densidade linear de carga positiva λ
- Superfície S1: O campo elétrico
atravessa três superfícies fechadas A, B e C, de formas
aponta para fora da superfície
respectivamente cilíndrica, esférica e cúbica, como mostra a figura.
em todos os seus pontos.
Sabe-se que A tem comprimento L = diâmetro de B = comprimento de
Portanto, o fluxo é positivo e
um lado de C, e que o raio da base de A é a metade do raio da esfera
também o é a carga líquida no
B. Sobre o fluxo do campo elétrico, φ, através de cada superfície
interior da superfície.
fechada, pode-se concluir que
- Superfície S2: O campo elétrico
aponta para dentro em todos os A B C
seus pontos. Portanto o fluxo é λ
negativo e também o é a carga
envolvida pela superfície. L
- Superfície S3: Esta superfície não envolve cargas elétricas. A Lei de a) φA = φB = φC b) φA > φB > φC c) φA < φB < φC
Gauss exige que o fluxo seja nulo através dessa superfície. Isto é d) φA/2 = 2.φB = φC e) φA = 2.φB = φC
razoável, pois as linhas de campo passam através dessa superfície,
dirigindo-se da carga positiva envolvida por S1 até a carga negativa Resolução: (Alternativa A)
envolvida por S2. Pela Lei de Gauss, o fluxo do campo elétrico (φ) através de uma
- Superfície S4: Esta superfície encerra uma carga líquida nula, pois as superfície fechada depende das cargas internas (qi) e da
cargas positivas e negativas têm o mesmo módulo. A lei de Gauss
permissividade elétrica do meio (ε). Sendo o valor da carga interna qi
exige que o fluxo através dela seja zero. As linhas de força que
calculado por λ.L, e sendo λ e L iguais nas três superfícies, para um
partem da carga positiva e saem de S4 fazem a curva e entram de
volta pela parte inferior, em direção à carga negativa. mesmo meio, temos φA = φB = φC .

Exemplo 2: Fio infinito carregado uniformemente Existem formulações da Lei de Gauss para outros campos de vetores
A figura ao lado mostra um trecho de um fio fino além do campo elétrico. Vamos discutir o caso do campo
carregado, infinito, de densidade linear de carga gravitacional.
λ. Determinemos uma expressão para o módulo
do campo elétrico a uma distância r do fio. Por LEI DE GAUSS – CAMPO GRAVITACIONAL
motivos de simetria, escolhemos uma superfície Lei de Gauss para campo gravitacional – aqui, o campo
gaussiana cilíndrica, de raio r e altura h, co-axial n
com o fio. Também por motivos de simetria, gravitacional g criado por um conjunto de n massas M = ∑ mk é
sabemos que ao longo da superfície lateral do k =1
cilindro o campo elétrico tem a mesma definido como a aceleração a que uma partícula fica submetida
intensidade e que este é normal à superfície e devido à atração gravitacional exercida pelo conjunto de massas
aponta para fora dela (cos θ = 1). sobre essa partícula. O caso mais comum é aquele em que M
Aplicando a Lei de Gauss, temos: representa a massa de um planeta e a partícula é colocada nas
λ imediações desse planeta, ficando submetida à aceleração da
ε0 Φ E = Qint ⇒ ε0EA = λh ⇒ ε0E(2πrh) = λh ⇒ E = gravidade local.
2πε0r
Fluxo gravitacional – analogamente aos fluxos elétrico e magnético,
Exemplo 3: Casca esférica uniformemente carregada definiremos o fluxo gravitacional de um campo gravitacional g
a-) campo elétrico num ponto exterior à casca (r > Rexterno)
através de uma superfície S, de área A, como ΦG =| g | ⋅A ⋅ cosθ ,
A figura abaixo nos mostra uma casca
esférica de raio R uniformemente carregada onde θ é o ângulo entre o vetor campo gravitacional e o vetor normal
com carga Q. Desejamos deduzir o valor do à superfície S.
campo elétrico num ponto externo a esta, Levando em consideração a constante de gravitação universal G, ao
situado a uma distância r do centro da passo que o análogo da carga elétrica q teremos uma massa
mesma. Por motivos de simetria, tomemos puntiforme m .
como nossa superfície uma esfera de raio r A lei da Gauss para a gravitação afirma então que, para :
concêntrica com a casca. (r > Rexterno)
Aplicando a Lei de Gauss, facilmente chegamos a n
n
ΦE = ∑ Ei Ai cosθi =
∑ Qint ⇒ E ⋅ 4π r 2 = Q ⇒ E = 1 ⋅ Q ΦG = −4π ⋅ G ⋅ ∑ mk
k =1
i =1 ε0 ε0 4πε 0 r 2
1 kQ no qual o fluxo gravitacional ΦG é calculado através de qualquer
Como k = , temos que E = (como na lei de Coulomb)
4πε 0 r2 superfície fechada (gaussiana) que encerre o conjunto das n massas
O que nos permite concluir que: mk .
“Uma casca esférica uniformemente carregada comporta-se, para O sinal negativo do lado direito desta relação significa que o campo
pontos externos, como se toda a sua carga estivesse concentrada no gravitacional é um campo de aproximação, assim como o campo
seu centro”. elétrico criado por uma carga puntiforme negativa é de aproximação.
b-) campo elétrico num ponto interior à casca (r < Rinterno) Além disso, vale lembrar que o fluxo é calculado por:
Devemos agora encontrar o módulo do campo elétrico produzido pela
casca num ponto interno a uma distância r do seu centro. Por motivos
de simetria, escolhamos uma superfície gaussiana esférica de raio r ΦG =| g | ⋅A ⋅ cosθ
concêntrica com a casca (r < Rinterno). Aplicando a Lei de Gauss a esta
superfície, como não há cargas internas a ela, podemos concluir que Exemplo: Calcule a aceleração da gravidade na superfície de um
E=0 planeta esférico de massa M e raio R .
O que nos permite afirmar que:

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Resolução: 3. Lei dos Períodos: O quadrado dos períodos de revolução dos


De acordo com a lei de Gauss, temos planetas em torno do Sol são proporcionais ao cubo dos raios médios
n de suas órbitas (ou semi-eixos maiores da elipse).
que: ΦG = −4π ⋅ G ⋅ ∑ mk T 2 = k.R 3
g n k =1
Rmáx + Rmín
O fluxo gravitacional através da Onde: R = , e a constante k pode ser verificada através da
superfície esférica S do planeta é: 2
Gravitação de Newton, ao considerarmos um movimento circular, cuja
ΦG =| g | ⋅A ⋅ cosθ =| g | ⋅(4π ⋅ R 2 ) ⋅ ( −1) , observando que o ângulo entre
resultante centrípeta é dada pela força de atração gravitacional
a normal n e o campo g é θ = 180° , como mostra a figura anterior. G.M.m
F= :
Assim: R2
G ⋅M G.M.m m.v 2 G.M G.M
− | g | ⋅4π ⋅ R 2 = −4π ⋅ G ⋅ M ⇒| g |= = ⇒ = v2 ⇒ v =
R2 R2 R R R
O caso acima reflete exatamente o que se observa na gravitação
2.π .R 2.π .R G.M
segundo Newton. Entretanto, em alguns casos, a análise é um pouco Como no movimento circular v = , temos que ∴ =
mais complicada: T T R
Exemplo: (ITA 2000) Uma casca esférica tem T 2 4.π 2
Assim k = =
raio interno R1, raio externo R2 e massa M R 3 G.M
distribuída uniformemente. Uma massa
puntiforme m está localizada no interior dessa retardado Observação:
casca, a uma distância d de seu centro Considerando o período
(R1 < d < R2). O módulo da força gravitacional medido em anos (o
entre as massas é: período sideral da
GMm Vmáx Sol Vmin Terra), e R em unidades
GMm
a) 0. b) c)
2 R23 −d 3 astronômicas (definida
d
como a distância média
GMm GMm(d − R13 ) 3 da Terra ao Sol), fica
d) e) acelerado
d 3 − R13 claro que a constante k,
d 2 (R23 − R13 )
Rmin Rmáx característica de cada
Resolução: (Alternativa E) sistema, apresenta valor
A aceleração da gravidade no ponto a uma distância d do centro da 1,0 para o nosso
casca pode ser calculada utilizando-se uma superfície gaussiana sistema solar.
esférica de raio d. Temos que:
ΦG =| g | ⋅A ⋅ cosθ =| g | ⋅(4π ⋅ d 2 ) ⋅ ( −1) (I) Gravitação Universal de Newton:
Qualquer partícula no universo atrai outra partícula segundo a
Note que este fluxo também pode ser mensurado considerando a
G.M.m
n equação: FG =
massa interna desta superfície: ΦG = −4π ⋅ G ⋅ ∑ mk = −4π ⋅ G ⋅ mint R2
k =1
Considerando a densidade da casca constante, temos: Velocidade de Escape:
m mint M d 3 − R13 Um objeto pode escapar da atração gravitacional de um corpo celeste
ρ= = = ⇒ mint = M de massa M e raio R se sua velocidade, quando próximo à superfície
V 4
3
π d 3 − R13
4
3
( )
π R23 − R13 ( R23 − R13
) do corpo for pelo menos igual à velocidade de escape:
Assim, a velocidade mínima de lançamento de um corpo para que ele
d 3 − R13 não sofra atração do outro (energia potencial nula) será tal que ele
Assim, ΦG = −4π ⋅ G ⋅ mint = −4π ⋅ G ⋅ M (II) chegará no ponto final de sua trajetória também com velocidade nula.
R23 − R13
Sabendo que a energia potencial de um corpo sob ação de um campo
Assim temos, igualando (I) e (II): G.M.m
d 3 − R13 G ⋅ M d 3 − R13 gravitacional é dada por U = − , temos que, por conservação
− | g | ⋅(4π ⋅ d 2 ) = −4π ⋅ G ⋅ M ⇒| g |= d
R23 − R13
d 2 R23 − R13 de energia:
A força de atração gravitacional sobre m, é dada portanto por:
G⋅M d 3 − R13 GMm(d 3 − R13 )
( K + U )antes = ( K + U )depois
F = m⋅ | g |= m ⋅ ⋅ = 2
d2 3
R2 − R1 3
d 2 (R23 − R13 ) m.v escape ⎛ G.M.m ⎞ m.02 ⎛ G.M.m ⎞
+ ⎜− ⎟= + lim ⎜ − ⎟
2 ⎝ R ⎠ 2 d →∞
⎝ d ⎠
GRAVITAÇÃO
m.v escape 2 ⎛ G.M.m ⎞
+ ⎜− ⎟=0+0
Gravitação é um tema agradável ao ITA e podemos encontrar 2 ⎝ R ⎠
exercícios sobre o assunto em todas as suas provas. Dentre os
tópicos relacionados, temos:
2.G.M
Leis de Kepler De onde temos que v escape = , que a velocidade mínima onde
R
1. Lei de Órbitas: Todos os planetas se movem em órbitas elípticas
o objeto pode alcançar um estado de inércia no espaço (U=0).
em torno de um astro central, o qual ocupa um dos focos.
2. Lei das Áreas: O vetor raio que une o sol a um planeta varre áreas
Nota - As trajetórias de
iguais no plano da órbita em tempos iguais.
lançamentos: De acordo com a
velocidade de lançamento, podemos
ter algumas possibilidades de curvas
descritas devido à atração
gravitacional entre dois corpos.
Considerando que um corpo é
lançado perpendicularmente à linha
que une os dois centros de massa,
A1,2 Δt1,2 repare nas seguintes possibilidades:
Portanto, a área varrida é proporcional ao tempo Δt: =
A3,4 Δt 3,4

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DICAS PARA A PROVA DO ITA

Velocidade de lançamento menor que a velocidade de escape: G.M.a3 G.M.a3 G.M.a


G1 − G2 = = =
GM
R ⎡⎣R − ( R − a ) ⎤⎦
2
- Se v < , teremos que o corpo descreve (na realidade
3 R 3a 2 R3
R
descreveria) uma elipse onde o planeta ocuparia o foco mais G.M
Como temos que G1 = 2 , podemos dizer:
afastado do ponto de lançamento R
GM G.M a a G − G2 a
- Se v = , teremos que o corpo descreve uma circunferência G1 − G2 = 2 = G1 ⇒ 1 =
R R R R G1 R
GM 2GM
- Se <v < , teremos que o corpo descreverá uma
R R SIMETRIA EM CIRCUITOS ELÉTRICOS
elipse, onde o planeta ocuparia o foco mais próximo do ponto de
lançamento Quando falamos em simetria num circuito composto por resistores (ou
por capacitores), estamos falando em identificar nesse circuito pontos
Velocidade de lançamento maior ou igual à velocidade de de mesmo potencial. Isso pode ser usado para resolver circuitos com
escape: associações de resistores (ou capacitores), a princípio, complexas.
Como exemplo, temos a questão abaixo:
2GM
- Se v = , teremos que o corpo descreverá uma parábola
R Exemplo: (IME 2008) A malha de resistores apresentada na figura ao
GM lado é conectada pelos terminais A e C a
- Se v > , teremos que o corpo descreverá uma hipérbole uma fonte de tensão constante. A malha
R
é submersa em um recipiente com água
Devido à incidência de exercícios de Gravitação no ITA, o próximo e, após 20 minutos, observa-se que o
exemplo pode sugerir que o assunto sempre é cobrado com uma alta líquido entra em ebulição. Repetindo as
complexidade, o que não é verdade. Na realidade, ele leva em condições mencionadas, determine o
consideração alguns conceitos que são importantes e que poderão tempo que a água levaria para entrar em
ajudar a afinar seus conhecimentos sobre o assunto: ebulição, caso a fonte tivesse sido
Exemplo: (ITA 2003) Variações no campo gravitacional na superfície conectada aos terminais A e B.
da Terra podem advir de irregularidades na distribuição de sua massa.
Considere a Terra como uma esfera de Resolução:
raio R e densidade ρ, uniforme, com uma Chamemos de E o ponto no meio do circuito.
cavidade esférica de raio a, inteiramente a) Resistência equivalente entre
contida no seu interior. A distância entre A e C:
os centros O, da Terra, e C, da cavidade,
é d, que pode variar de 0 (zero) até R – a, Observando a simetria existente
causando, assim, uma variação do campo em relação à reta BD, o lado
gravitacional em um ponto P, sobre a esquerdo e o lado direito são
superfície da Terra, alinhado com O e C. idênticos. Portanto, os pontos B,
Seja G1 a intensidade do campo gravitacional em P sem a existência D e E têm o mesmo potencial.
da cavidade na Terra, e G2, a intensidade do campo no mesmo ponto,
considerando a existência da cavidade. Então, o valor máximo da
variação relativa: (G1 – G2)/G1, que se obtém ao deslocar a posição da
cavidade, é
a) a3/[(R-a)2R] b) (a/R)3 c) (a/R)2 d) a/R e) nulo. Assim, as duas resistências, entre B e E, e entre D e E, não são
atravessadas por corrente, e podem ser removidas do circuito. Desse
Resolução: (Alternativa D) modo, o circuito é equivalente ao seguinte:
Este problema pode ser resolvido supondo que a cavidade não gere
campo gravitacional. Será considerado que a cavidade é constituída
por duas massas sobrepostas, de mesma densidade em módulo (mas
com sinais trocados). Assim, apenas matematicamente, iremos
considerar que o efeito da massa positiva que estaria na cavidade
seria cancelado pelo efeito da massa negativa, resultando um efeito
de ausência de massa. Cuidado, pois não existe massa negativa (nem
seu efeito propriamente dito, que será de repulsão). Este artifício será
utilizado apenas para resultar numa ausência de massa total, o que
pode ocorrer fisicamente.
Assumindo que teremos dois efeitos como um todo (a soma do efeito
sem a cavidade com o efeito da nossa “massa negativa”) teremos que
a gravidade com a cavidade, no ponto P será dada por:
G. ( −M ' ) G.M ' G.M '
G2 = G1 + Gmassa negativa = G1 + = G 1− ⇒ G1 − G2 = 2R
(R − d ) (R − d ) (R − d )
2 2 2
RAC =
3
Onde M’ é o módulo da massa da cavidade.
Mas, como a densidade é constante, temos que b) Resistência equivalente entre A e Linha s
M M' a3 B:
ρ= = ⇒ M' = M 3
4 4 R
π R3 π a3 Observando novamente a simetria
3 3
Assim, temos que: indicada na figura acima (em relação
à linha s), atribuir aos pontos sobre a
a3
G.M 3 3 linha s o mesmo potencial:
G1 − G2 = R = G.M.a
(R − d ) R3 (R − d )
2 2

Note nossa variável d influencia na variação do campo gravitacional,


que será máxima, quanto menor o denominador (maior d). Assim,
ocorrerá a máxima variação quando d = R − a (a cavidade tangencia
o ponto P). Substituindo, teremos:
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DICAS PARA A PROVA DO ITA

Resolução.
Seja C a capacitância de cada um dos doze capacitores do cubo.
Nota-se que a rede de capacitores do nó Q para o nó M apresenta
simetria geométrica e elétrica, pois todos os capacitores são idênticos
e cada um dos “caminhos” de Q para M apresenta as mesmas
características, 3 arestas e, portanto, 3 capacitores.
Observe a figura a seguir:
P Q

N
P’

N’
P’’
M N’’

De acordo com o enunciado, o potencial em M é VM = 0 V (aterrado).


Por simetria, observando a partir de M, os nós N, N’ e N’’ apresentam
potenciais elétricos iguais (VN). Seguindo o mesmo raciocínio, os nós
P, P’ e P’’ apresentam potenciais elétricos iguais (VP).
Em uma rede elétrica, nós que apresentam um mesmo potencial
elétrico são equivalentes a nós coincidentes.
Desse modo, podemos redesenhar a rede cúbica de capacitores
substituindo os nós equivalentes por um mesmo nó. Na figura a seguir
o esquema elétrico apresentado é equivalente ao esquema cúbico da
questão, porém está todo em um mesmo plano e, com a equivalência
dos nós, ficou mais fácil o estudo das capacitâncias equivalentes, das
cargas armazenadas e das diferenças de potencial (d.d.p.) entre os
nós.
C

Temos que a resistência equivalente entre os pontos AB pode ser C


calculada por: C C
⎛⎛⎛ R ⎞ ⎞ ⎛R ⎞⎞ C
RAB = 2. ⎜ ⎜ ⎜ / / R ⎟ + R ⎟ / / ⎜ / /R ⎟ ⎟
⎝⎝ ⎝ 2 ⎠ ⎠ ⎝ 2 ⎠⎠ M C N P C Q
Calculando: C
R V
C C
⋅R
⎛R ⎞ R
1) ⎜ / / R ⎟ = 2 = C
⎝2 R
⎠ +R 3
2
C
⎛R ⎞ R 4R
2) ⎜ / / R ⎟ + R = + R =
⎝ 2 ⎠ 3 3 Para os cálculos das capacitâncias equivalentes, lembre-se:
4R R • “n” capacitores em paralelo: Ceq = C1 + C2 + ... + Cn

⎛⎛ R ⎞ ⎞ ⎛R ⎞ 4R
3) ⎜ ⎜ / / R ⎟ + R ⎟ / / ⎜ / / R ⎟ = 3 3 = 1 1 1 1
⎝ ⎝ 2 ⎠ ⎠ ⎝ 2 ⎠ 4 R R 15 • “n” capacitores em série: = + + ... +
+ Ceq C1 C2 Cn
3 3
Logo, podemos simplificar ainda mais o circuito acima:
⎛⎛⎛ R ⎞ ⎞ ⎛R ⎞ ⎞ 8R VMN VNP VPQ
4) RAB= 2. ⎜ ⎜ ⎜ / / R ⎟ + R ⎟ / / ⎜ / /R ⎟ ⎟ =
⎝⎝⎝ 2 ⎠ ⎠ ⎝ 2 ⎠ ⎠ 15

Agora passemos à comparação entre os tempos utilizados no primeiro 3C 6C 3C


e no segundo processo para vaporizar a água. Em ambos os casos, a M N P Q
quantidade de calor fornecida deve ser a mesma, bem como a tensão
V
aplicada.
Q U2
Como a potência é dada por P = = , temos que:
Δt R Podemos dizer que os capacitores acima carregam-se através de uma
2 8 mesma corrente num mesmo intervalo de tempo, e por isso possuem
R R
RAC RAB 3 15 cargas iguais:
= ⇒ = ⇒ Δt 2 = 16 min
Δt1 Δt 2 20 min Δt 2 qMN = qNP = qPQ = q
Da definição de capacitância, q = C ⋅ V , podemos escrever, de acordo
Observe a seguir um exemplo de simetria com circuito de capacitores. com o esquema da figura acima:
(ITA 2011) Uma diferença de potencial eletrostático V é estabelecida q
entre os pontos M e Q da rede cúbica de capacitores idênticos qNP = 6C ⋅ VNP ⇒ VNP =
6C
mostrada na figura. A diferença de potencial entre os pontos N e P é
q
a) V qMN = 3C ⋅ VMN ⇒ VMN = ⇒ VMN = 2VNP
2 3C
b) V qPQ = 3C ⋅ VPQ ⇒ VPQ =
q
⇒ VPQ = 2VNP
3
3C
c) V Pela lei das malhas, podemos escrever sobre as d.d.p. entre os nós:
4
d) V VMN + VNP + VPQ = V . Então:
5
V
e) V 2VNP + VNP + 2VNP = V ⇒ 5VNP = V ⇒ VNP =
6 5
19
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DICAS PARA A PROVA DO ITA

MALHAS INFINITAS M

É possível calcular resistências equivalentes até mesmo em algumas


associações envolvendo infinitos resistores. Nesse caso, devemos
tentar obter algum padrão que se repita dentro da associação, de
modo a transformá-la numa malha equivalente finita, com poucos 1i 2i
resistores, com a qual seja simples trabalhar, como ilustra o exemplo
abaixo. Ainda, pela simetria do
Exemplo: (ITA 2001) Um circuito elétrico é constituído por um número sistema, podemos anotar os
1f 2f
infinito de resistores idênticos, conforme a figura. A resistência de potenciais ao lado:
cada elemento é igual a R. A resistência equivalente entre os pontos
A e B é:
1i 2i

Dessa forma, podemos chegar a uma forma de visualizar melhor o


sistema:
a) infinita b) R( 3 − 1) c) R 3 M
(R )
2 / 4 / / ( R / 2)
⎛ 3⎞
d) R ⎜ 1 − ⎟⎟ e) R(1 + 3)
⎜ 3
⎝ ⎠
R/2 R 2/4
Resolução: (Alternativa E)
Veja a figura abaixo: A 1i 1f 2f 2i B
R
A A C

Req Req

R M

B B D R ( 2 −1 )
2
Sendo uma montagem infinita, temos que a resistência equivalente
entre os pontos A e B é a mesma que a resistência equivalente do R/2 R 2/4
restante do circuito, entre os pontos C e D, que está associada em Req
série com duas resistências R. Assim, temos: A 1i 1f 2 2f 2i B
R ⋅ Req
2R + = Req ⇔ Req 2 − 2R.Req − 2R 2 = 0 ⇔ Req = R ⋅ (1 ± 3 )
R + Req

Descartando a raiz negativa, ficamos com: Req = R ⋅ (1 + 3) .

Exemplo – Malhas infinitas e simetria:


Considere a figura abaixo onde os R ( 2 −1 )
traços são fios elétricos finos, todos 2
do mesmo material e com a mesma
secção. O pedaço do fio com o
comprimento do lado do quadrado A R/4 1i 2i R/4 B
principal, L, tem resistência R.
Assuma que o circuito se prolonga
ad infinitum para o centro do
quadrado seguindo o padrão da 2Req + 2R
figura. 4

Qual é a resistência equivalente (em unidades de R) entre os pontos


2R ⋅ Req ( )
2 − 1 + R2 2 − 2 ( )
A e B? A R/4 1i (
4Req + 2R 3 2 − 2 ) 2i R/4 B
Resolução:
Temos que a resistência é
proporcional ao R 2 /8

comprimento do fio (mesmo R/4


De onde temos
R 2R ⋅ Req 2 − 1 + R 2 − 2
+
2
(
= Req
) ( )
material e mesma secção R 2 / 4
transversal). R/2
2 4Req + 2R 3 2 − 2 ( )
Dessa forma, podemos Rearranjando os termos acima, chegamos na equação de segundo
notar uma recursividade nos
valores das resistências grau: 2Req2 + 2R ⋅ Req ( )
2 − 1 − R 2 2 = 0 , cujas raizes são:
assinaladas (e nas demais,
devido à simetria do Req =
−2 ( )
2 − 1 R ± 12R 2

=
1− 2 ± 3
R
problema): 2⋅2 2
Descartando a raiz negativa:
1− 2 + 3
Req = R
2

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DICAS PARA A PROVA DO ITA

TEOREMA DE THÉVENIN Dado um circuito A qualquer, calcula-se o equivalente de Norton,


entre dois pontos
Em 1883, M. Leon Thévenin enunciou o seguinte teorema: ‘A’ e ‘B’, da seguinte forma:
- IN é a corrente que passa por um curto-circuito aplicado nos
“Qualquer estrutura linear ativa pode ser substituída por uma única terminais ‘A’ e ‘B’.
fonte de tensão Vth em série com uma resistência Rth”. - RN é calculado da mesma maneira que Rth.

Na prática, isso significa que qualquer circuito pode ser representado Exemplo:
conforme mostra a figura: Cálculo do gerador de corrente do equivalente de Norton:
R1 R2
A
Circuito
equivalente de
Norton
A’
V1 R3 IN = IAB
(corrente do
curto circuito)

IN RN
Dado um circuito A qualquer, calcula-se o equivalente de Thévenin
B
entre dois pontos ‘A’ e ‘B’, da seguinte forma:
- Vth é a tensão medida nos terminais ‘A’ e ‘B’ do circuito A (em V1
aberto); I AB,curto = IN =
R1 ⋅ R2 + R1 ⋅ R3 + R2 ⋅ R3 B’
- Rth é a resistência equivalente entre os terminais ‘A’ e ‘B’ com todas
as fontes de tensão do circuito A substituídas por curtos e as fontes
de corrente substituídas por chaves abertas. EQUIVALÊNCIA – FONTES DE TENSÃO E DE CORRENTE
Dado um gerador de tensão, existe um gerador de corrente que lhe é
Exemplo:
equivalente, isto é, do ponto de vista de uma carga tanto faz ela estar
Cálculo da força eletromotriz do equivalente de Thévenin:
ligada no gerador de tensão ou no de corrente.
R1 R2
A
Circuito Para haver equivalência entre o gerador de corrente (I, R1) e o
equivalente de gerador de tensão (E, R2) deve haver a seguinte relação:
Thévenin
Dada a fonte de corrente, para obter a fonte de tensão equivalente:
VTh = VAB A’
V1 R3 E = R1 ⋅ I e R2 = R1
(voltagem do
circuito aberto) RTh Dada a fonte de tensão para obter a fonte de corrente equivalente:
E
I= e R1 = R2
VTh R2
B

R3 Visualmente, temos a seguinte equivalência:


VAB,aberto = V1
R1 + R3 B’
(pelo divisor de tensão) Fonte de Tensão Fonte de Corrente
A’
A’
Cálculo da resistência interna do equivalente de Thévenin:
R1 R2
A R
Circuito
equivalente de I R
Thévenin
V

V1 A’
R3

B’ B’
RTh
V
V = R ⋅I I=
VTh R
B
CONVERSÕES Y-Δ (T-π) E Δ-Y- (π-T)
R1 ⋅ R3
RTh = Req , AB = + R2 (a) Rede em T ou em Y.
R1 + R3 B’
Ra Rb a b
a b Ra Rb
TEOREMA DE NORTON

Em 1933, E. L. Norton enunciou o seguinte teorema: Rc


Rc
“Qualquer estrutura linear ativa pode ser substituída por uma única
c
fonte de corrente IN em paralelo com uma resistência RN”. c
(b) Rede em pi ou em delta ou em triângulo.
Esse teorema é o dual ao Teorema de Thévenin e, na prática, diz que
um circuito qualquer pode ser representado conforme mostra a figura. R1
a b
R1
a b
R2 R3
R3 R2
c c c

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DICAS PARA A PROVA DO ITA

a) Conversão Delta em Y: muito maior (1 s ou mais) para se instalar uma corrente da ordem de
E / R.
a
R1
b
⎧ R1 ⋅ R3
⎪Ra = Este assunto já foi cobrado no ITA há mais de 10 anos.
Ra Rb ⎪ R1 + R2 + R3
⎪⎪ R1 ⋅ R2
Recentemente, ele não vinha sendo solicitado até o vestibular de
Rc ⎨Rb = 2006 que cobrou um conceito simples de auto-indutância. Portanto,
R3 R2 ⎪ R1 + R2 + R3 recomendamos atenção a este tópico, pois existe a possibilidade da
⎪ R2 ⋅ R3 banca estar abordando novamente este tema, provavelmente com um
⎪Rc = grau maior de aprofundamento.
c ⎪⎩ R1 + R2 + R3
Observe o exemplo que foi cobrado em 2006:

b) Conversão Y em Delta: Exemplo: (ITA 2006) Um solenoide com núcleo de ar tem auto-
indutância L. Outro solenoide, também com núcleo de ar, tem a
R1 ⎧ Ra ⋅ Rb + Rb ⋅ Rc + Rc ⋅ Ra metade do número de espiras do primeiro solenoide, 0,15 do seu
a b ⎪R1 =
Rb Rc comprimento e 1,5 de sua seção transversal. A auto-indutância do
Ra ⎪ segundo solenoide é:
⎪⎪ Ra ⋅ Rb + Rb ⋅ Rc + Rc ⋅ Ra a) 0,2 L b) 0,5 L c) 2,5 L d) 5,0 L e) 20,0 L
Rc ⎨R2 =
R3 R2 ⎪ Ra
⎪ Ra ⋅ Rb + Rb ⋅ Rc + Rc ⋅ Ra Resolução: (Alternativa C)
⎪R3 = A
c ⎪⎩ Rb A auto-indutância de um solenoide é dada por: L = N 2 μ
Assim, para os dois solenoides em questão, teremos
INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA A
L1 = N12 μ 1
Indução eletromagnética - Estabelecimento de uma força 1

eletromotriz num circuito por efeito da variação de um fluxo magnético


que o atravessa. L2 = N2 2 μ
A2 ⎛N ⎞
=⎜ 1⎟ μ
2
(1,5 ⋅ A1 ) = 2,5 ⋅ N 2 μ A1 = 2,5 ⋅ L
⎝ ⎠ ( 0,15 ⋅ 1 )
1 1
Indutância: propriedade de indução de força eletromotriz em um 2 2 1

circuito por efeito da variação de uma corrente que passa pelo próprio Portanto, L2 = 2,5 ⋅ L1 = 2,5 ⋅ L
circuito (auto-indutância) ou por um circuito próximo (indutância
V
mútua). Unidade: henry, H =
A/s
. COMENTÁRIOS FINAIS DE FÍSICA
E
L=− Os conceitos descritos neste material estão apenas em caráter de
di dt resumo e serão de grande valia para quem se esforçou durante todo o
di d ΦB di ano visando apenas um propósito: ser aprovado. Ele engloba uma
Temos portanto que −E = L ⇒ N =L , pequena parte do universo que você conhece da Física.
dt dt dt
Acredite que a realização de sua conquista não está apenas no
Assim, N ΦB = Li . Unidade: Wb = H ⋅ A estudo deste material (na realidade ele provavelmente contribuirá
pouco se comparado com todo o esforço que você fez durante sua
vida escolar). Confie no trabalho que você realizou ao longo do ano e
Definições em física: também nos anos anteriores que contribuíram para você chegar onde
solenoide. [do grego solenoides, ‘em forma de tubo’.] S. m. Física. chegou: certamente suas vitórias serão sempre acompanhadas de
Indutor constituído por um conjunto de espiras circulares paralelas e trabalho árduo e muito esforço e, com certeza, este é um dos critérios
muito próximas, com o mesmo eixo retilíneo. para ser bem sucedido nas provas de admissão do ITA.
bobina. [Do francês bobine.] S. f. Física. Agrupamento de espiras de
um condutor elétrico, enroladas em torno de um suporte ou de um
núcleo de material ferromagnético, e que, num circuito, funciona como
indutor.
Indutância de um solenoide:
espira. [Do grego speíra, pelo latim spira.] S. f. Engenharia elétrica.
Parte elementar de um enrolamento, cujas extremidades são, em
geral, muito próximas uma da outra.
toroide. [de toro + -oide.] S. m. Geometria. Sólido gerado pela rotação
de uma superfície plana fechada em torno de um eixo que não lhe
seja secante.
Auto-indutância de uma bobina solenoidal:
A
L = N 2μ
l
N é o número de espiras; μ, a permeabilidade do núcleo; A é a área
da secção reta do núcleo em metros quadrados e l é o comprimento
do núcleo em metros.
Ação de um indutor em circuitos
Ao ligar a chave, a corrente
num indutor NÃO pode
R instantaneamente passar de
zero a um valor finito, pois
E L E
L=− implicaria L = 0.
di dt

De fato, toda corrente leva algum tempo para se instalar, mas num
circuito sem um indutor, esse tempo é da ordem de 10-9 s e pode ser
desprezado, e, havendo um indutor, pode ser necessário um tempo

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