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Prof. Orientador:
Dr. Stélio João Rodrigues Palavras-Chave: Feedback, Motivação, Banco do Brasil.
steliojoao@uol.com.br
SUMMARY
1
2 A importância de dar e receber feedback
1. INTRODUÇÃO
Este tema foi escolhido pela necessidade dos gestores da agência entenderem
a importância do uso do feedback na motivação de seus colaboradores para o alcance
das metas. Também nos propomos a dar dicas de como agir para dar o feedback de
maneira eficiente, para motivação dos funcionários para atingirem as metas e conse-
qüentemente satisfazer os acionistas do banco com o aumento do lucro obtido.
2. FEEDBACK
Existem várias definições sobre esta palavra de origem inglesa, que já faz par-
te do nosso vocabulário da língua portuguesa. A seguir, veremos algumas definições
do termo, para uma melhor compreensão do tema central deste artigo.
“Retro alimentação” é a sua tradução literal e foi utilizada, inicialmente, pela Na-
sa na época em que os foguetes não eram tripulados, sim teleguiados. Nessa situ-
ação os foguetes, já em sua trajetória para o alvo (a Lua, por exemplo), emitiam
um sinal para a Nasa indicando seu posicionamento e sua direção. A Nasa inter-
pretava esse sinal e, em FEED BACK, devolvia o sinal REDIRECIONANDO o fo-
guete para atingir o alvo. Esta situação aplica-se exemplarmente para a questão
da comunicação e da sua compreensão: “pede-se um sinal de quem recebeu a
mensagem reorientando-o para não errar o alvo!”. (MOREIRA , 2010c)
Quando não damos nenhum retorno a uma pessoa, além de sentir os resulta-
dos, dessa rejeição, ela pode realmente reagir com baixa produtividade e/ou compor-
tamento inadequado. Desta forma, se a equipe não está produzindo como deveria ou
se é detectado comportamentos inapropriados, é possível que a causa seja a qualidade
e/ou a quantidade de feedbacks que os colaboradores estão recebendo (WILLIAMS,
2005).
Oferecer feedback eficiente a uma pessoa, é uma das técnicas mais poderosas
de comunicação. Quando melhoramos nossas habilidades de feedback, estabelecemos
um processo de compreensão, respeito e confiança em uma relação, ajudando a nós
mesmos e a quem oferecemos nosso feedback. (WILLIAMS, 2005).
Assim como oferecer feedback é essencial, toda a crítica que recebemos em re-
lação àquilo que realizamos é importante para o nosso aprendizado e crescimento. Ela
permite que modifiquemos nossa maneira de encarar e lidar com determinados assun-
tos e idéias, e trabalhemos com mais empenho se necessário, em busca de melhores re-
sultados. Pessoas bem sucedidas sabem valorizar as críticas que recebem de chefes, su-
bordinados, colegas, clientes, fornecedores. (BEE, 2000)
Conforme Bee (2000, p. 56) “a capacidade de receber e lidar com críticas é uma
habilidade tão vital quanto a de fazer críticas. São os dois lados da mesma moeda.”
Para Wiiliams (2005, p.51) “os quatro tipos de feedback são: positivo, correti-
vo, insignificante e ofensivo.”
Feedback ofensivo: não leva a uma reação positiva, não fará com que a pessoa
pense a respeito do comportamento que deverá ser mudado e sim em se defender. O
feedback ofensivo deve ser evitado, e substituído pelo feedback corretivo sempre que
necessário.
Para se aplicar um bom feedback existe algumas dicas de ouro, tais como:
* deve ser feita no primeiro momento possível depois do fato que motivou a críti-
ca ter ocorrido: dessa forma, mantém-se vivo o acontecimento, tanto na memória
da pessoa que faz a crítica, como na da pessoa que é criticada, o que garante uma
possibilidade maior da crítica ser mais específica, melhor compreendida e, con-
seqüentemente, mais facilmente incorporada ao trabalho futuro;
* deve-se levar em conta a habilidade da pessoa de fazer uma crítica construtiva
naquele determinado momento; em outras palavras, devem-se levar em conta fa-
tores, tais como a disponibilidade de tempo, o clima descontraído e a autoconfi-
ança;
* igualmente, deve-se levar em consideração a capacidade da pessoa de lidar com
a crítica; em outras palavras, a quantidade de crítica que essa pessoa tem recebi-
do, sua sensibilidade a isso e a pressão exercida sobre ela. (BEE, 2000, p. 12).
É importante também que o feedback positivo seja dado em público para que
o colaborador sinta-se verdadeiramente motivado, e que o feedback corretivo seja da-
do em particular para que o colaborador não se sinta constrangido. É aconselhável que
seja feito um planejamento antes de fazer uma reunião para dar o feedback corretivo.
Outra dica importante segundo Machado (2010, p.1) é a de que o feedback de-
ve ser dado começando “a conversa com os pontos fortes, detalhando o lado positivo
do profissional, qualidades e boas competências. Seguindo essa linha, cria-se um canal
mais aberto, desarmando o colaborador, ficando mais fácil expor, depois, os pontos a
serem desenvolvidos.”
O líder da empresa, deve manter sua equipe sempre motivada e num clima
organizacional harmonioso para que seja possível dar e receber feedback sincero e com
o intuito de crescimento e amadurecimento da equipe. Também é importante que o lí-
der seja receptivo ao receber feedbacks de seus colaboradores e seus colegas de equipe,
o bom exemplo é fundamental.
“Afinal de contas, o que vem a ser “motivação”? A definição pode ser muito
simples: “a força ou o impulso que leva os indivíduos a agirem de uma forma específi-
ca”.” (MAITLAND, 2000, p. 7). A motivação é uma força que vem de dentro do indi-
víduo, que pode ter influências externas do meio em que ele vive, mas que depende
exclusivamente da sua vontade em estar motivado.
Segundo BEE (2000), gera satisfação no trabalho quando a crítica que você faz,
quer seja formalmente na função de gerente, como informalmente na condição de ami-
go e colega é levada em consideração, resultando em posterior melhoria de desempe-
nho.
cebe, podem ser grandes fontes de incentivo motivacional para o alcance das metas do
dia a dia.
4. BANCO DO BRASIL
5. ANÁLISE DA PESQUISA
Respostas
Questão 1 2 3 4 5
1 4 3 0 2 1
2 5 1 0 4 0
3 3 1 0 3 3
4 0 0 1 3 6
5 2 3 0 2 3
6 1 0 2 4 3
7 3 2 0 0 5
8 1 0 1 5 3
9 1 0 0 6 3
10 0 0 1 1 8
11 0 0 0 2 8
12 2 5 1 1 1
13 0 0 1 3 6
Questão 1
10%
Discordam
20% 40%
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
0
Concordam
30%
A segunda questão avaliada foi: “Geralmente recebo feedbacks dos meus co-
legas de trabalho.” Cinco respostas foram discordando, uma discordando parcialmente
e quatro concordando parcialmente, ou seja, ninguém concordou totalmente com a a-
firmação e a maioria acabou discordando. Esta questão evidencia a falta de feedbacks
também entre os colegas de trabalho, e o gráfico abaixo ilustra em percentuais.
Questão 2
0%
Discordam
40% Discordam Parcialmente
São Indiferentes
50%
Concordam Parcialmente
Concordam
0%
10%
Questão 3
30 30
Discordam
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
10
0
30
Questão 4
0%
0%
10%
Discordam
Discordam Parcialmente
30% São Indiferentes
Essa questão vem para afirmar o resultado das anteriores, onde os colabora-
dores consideravam não receber feedback., e agora afirmam a necessidade do grupo
em obter mais feedback do que recebem no momento.
Questão 5
20%
30%
Discordam
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
30%
20%
0%
A questão seis afirma que: “Sempre que solicito feedback de meus colegas, a-
credito que o receba de forma sincera”, onde um colaborador discordou, dois foram
indiferente, quatro concordaram parcialmente e três concordaram, conforme ilustra o
gráfico 6.
Esse item evidencia que os feedbacks solicitados tem sido coerentes para as
pessoas que o receberam e vistos de forma sincera e relevante, demonstrando que seria
saudável a prática dos mesmos.
Questão 6
10%
0%
30%
Discordam
20%
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
40%
Gráfico 6 – Sempre que solicito feedback de meus colegas, acredito que o receba de forma sincera.
Demonstra que a qualidade dos feedbacks recebidos não tem sido muito boa,
feedbacks ofensivos não trazem resultados, deveriam ter sido aplicados de forma cor-
retiva e não ofensiva, demonstrando não haver muito preparo na hora de oferecer o fe-
edback.
Questão 7
30%
Discordam
Discordam Parcialmente
50% São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
20%
0
No oitavo item: “Gostaria de ter mais espaço para poder dar feedback aos
meus colegas de trabalho”, uma pessoa discordou, uma pessoa foi indiferente, cinco
concordaram parcialmente e três concordaram, como ilustrado no gráfico 8.
Questão 8
10%
0%
30% 10% Discordam
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
50%
Gráfico 8 – Gostaria de ter mais espaço para poder dar feedback aos meus colegas de trabalho.
Questão 9
10%
0%
0% Discordam
30%
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
60%
Com base na questão número dez, que afirma que: “Acredito que receber fe-
edbacks a respeito de meu desempenho possa me manter motivado para realizar mi-
nhas tarefas diárias”, vemos que uma pessoa se mostrou indiferente à questão, uma
pessoa concordou parcialmente e oito pessoas concordaram com a afirmação, como i-
lustrado no gráfico 10.
Questão 10
0%
0%
10%
10% Discordam
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
80%
Gráfico 10 – Acredito que receber feedbacks a respeito de meu desempenho possa me manter motivado
para realizar minhas tarefas diárias.
No item onze: “Sempre que recebo feedbacks corretivos, procuro rever mi-
nhas ações”, dois pesquisados concordaram parcialmente e os outros oito concordaram
com a afirmação, ou seja, todos concordaram conforme demonstra o gráfico 11.
0%
Questão 11
0%
0%
20% Discordam
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
80%
Gráfico 11 – Sempre que recebo feedbacks corretivos, procuro rever minhas ações.
Todos concordaram que revêem as suas ações após um feedback corretivo, en-
tão por que não usa-lo como ferramenta de motivação, visto que a maioria demonstra
disponibilidade para recebê-lo?
Na afirmação de número doze: “Sou elogiado por meus superiores e meus co-
legas de trabalho sempre que faço alguma coisa que mereça destaque”, dois discorda-
ram, cinco discordaram parcialmente, um foi indiferente, um concordou parcialmente
e um concordou com a afirmação.
A maioria discordou que receba elogios pelas boas ações. As metas alcança-
das, as conquistas, as vitórias devem ser comemoradas por todos, este deve ser o me-
lhor e mais usado de todos os feedbacks e infelizmente na opinião dos colaboradores
isto não vem acontecendo.
Questão 12
10%
20%
10%
Discordam
Discordam Parcialmente
10% São Indiferentes
Concordam Parcialmente
Concordam
50%
Gráfico 12 – Sou elogiado por meus superiores e meus colegas de trabalho sempre que faço alguma coisa
que mereça destaque.
0%
Questão 13
0%
10%
Discordam
Discordam Parcialmente
São Indiferentes
30%
Concordam Parcialmente
60%
Concordam
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O feedback é uma ferramenta que não possui custo, talvez apenas alguma
prática e conhecimento sobre o assunto. É uma ferramenta muito necessária e saudá-
vel, não só no relacionamento dos colaboradores dentro da empresa, como também pa-
ra a sua vida pessoal.
Não podemos esquecer que não somos quem pensamos ser, somos para o
mundo como os outros nos vêem, e nada melhor do que o feedback para saber como
somos ou estamos para poder rever nossos atos, e caminharmos cada vez mais para o
alvo certo.
REFERÊNCIAS
BANCO DO BRASIL. O Banco do Brasil. Disponível em: http://www.bb.com.br. Acesso em 02
de julho de 2010.
BEE, Roland e Frances. Feedback. São Paulo: Nobel, 2000.
BERGAMINI, Cecília Whitaker. Motivação nas Organizações. 4ª edição. São Paulo: Editora
Atlas, 2006.
CERVO, A. L. e BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 3ª edição. São Paulo: McGraw – Hill,
1983.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª edição. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GILLEN, Terry. Avaliação de desempenho. São Paulo: Nobel, 2000.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 5ª edição. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
MACHADO, Carla. Como dar e receber feedback? 08 de Setembro de 2009. Disponível em:
http://www.umtoquedemotivacao.com/category/administracao/feedback. Acesso em 20 de
outubro de 2010.
MAITLAND, Iain. Como motivar pessoas. São Paulo: Nobel, 2000.
MOREIRA, Bernardo Leite (a). Não há desenvolvimento sem feedback! Disponível em:
http://www.bernardoleite.com.br/bl/artigos.asp?cod_site=0&id_artigo=50&keyword=N%E3o
_h%E1_desenvolvimento_sem_Feedback. Acesso em 20 de outubro de 2010.
________. (b) Feedback é mais do que... Disponível em:
http://www.bernardoleite.com.br/bl/artigos.asp?cod_site=0&id_artigo=12. Acesso em 20 de
outubro de 2010.
________. (c) Feedback – Pedra de toque da Gestão de Pessoas. Disponível em:
http://www.bernardoleite.com.br/bl/artigos.asp?cod_site=0&id_artigo=11. Acesso em 20 de
outubro de 2010.
OLIVEIRA, Marco A. Como dar “feedback”construtivo aos subordinados. São Paulo, 1995.
RABAGLIO, Maria Odete. Ferramentas de avaliação de performance com foco em
competências. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.
WILLIAMS, Richard L. Preciso saber se estou indo bem! 2ª edição. ed. Rio de Janeiro: Sextante,
2005.
ANEXOS