Scribd Logo
Fazer o upload

Bem-vindo(a) ao Scribd!

  • Agostinho Da Silva Textos Pedagã Gicos

    Enviado por

    bia
    58 visualizações27 páginas
    Agostinho da Silva textos pedagógicos

    Título original

    Agostinho da Silva textos pedagógicos

    Direitos autorais

    © © All Rights Reserved

    Formatos disponíveis

    PDF ou leia online no Scribd

    Você considera este documento útil?

    Este conteúdo é inapropriado?

    Denunciar este documento
    Agostinho da Silva textos pedagógicos

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    58 visualizações27 páginas

    Agostinho Da Silva Textos Pedagã Gicos

    Enviado por

    bia
    Agostinho da Silva textos pedagógicos

    Direitos autorais:

    © All Rights Reserved
    Baixe no formato PDF ou leia online no Scribd
    Sinalizar o conteúdo como inadequado
    de 27
    (Ofna pablcadas AGOSTINHO DA SILVA TEXTOS PEDAGOGICOS VOLUME I neste sentido, se decid a fandago do Necleo Peagégico de Ante to de Quental ‘OVNiicleo tem, entre os seus objetivo, os seguntes: 1° Realisar misses de cultura peas vias ealdeas, com palestras leitura comendadas,projecgdes cinematogréficas, concertos, repre: entagies,exposigges de arte e de cigncia; 2° Organiza conferéncas pedagigicas em que se tratem todos os problemas reltivos& educa de exiangase adultos 3* Promover a publicacto de um boletim de divulgagto peda- 6c; *£° Promover a publicagio de colecgdes de inicio cultural para criangas ¢ adultos; 53 Fundar escola experimentais em que se esude a ada 10 naso pals dos mécodos moderns 6° Organieae uma biblioteca pedagégia com servigos de emprés- ‘imo domiciliio; “7® Criar nos pequencs centos de populagio bibiotecas exeolhi- das que despertem ¢cultivem o gosto pea letra; ‘8° Onganisae sess de cultura por TSF. 0 Para consituigo das fundos necesrias ao seu empreendimento ‘0 Nicleo conta com a formagio de tm gropo de contribuintes, euja ota minima ser de 1500 mensal. A inserigo de contibuintes pode fiacese desde Todo 0 auxiio € indispensivel ¢ 0 Nécleo faz um apelo a tals {que se interexam pelo problema pedagsgica poraguts para que no deixem de o ajudar no seu trabalho. ‘A correspondéncia sobte assuntes do Nécleo deve ser divigida pra Agostinho da Sm — R. das Laranjeas, 20.2.° E— Lisboa N. mo AS ESCOLAS DE WINNETKA* Os tempos modernos exigem do individuo um desenvolvimento mdximo das suas qualidades e, imultaneamente, wma. intepragio ‘mais profunda no grupo socal @ que pertence; poe-senaturalmente para o educadoro problema de preparar desde a escola o cidadso que fs cicunstinciae reclamam, dandothe a0 mesmo tempo todas as faculdades de iniciativa necessirias para que o mundo nio pare € para que o individ se, no uma simples rod de maquina, no © passivo aceitadar de tudo'o que existe, mas, em todas as suas aetivi- ddades, um homem desejoso de noves horiaantes. As escols antgas, cer todas as suas modalidadese apesar de todos os pseudoprogressos, ‘no apresentam nenhuma solug3o: no campo individual, o aluno € sobretudo educado a guardar para sio seu trabalho, a brilhare,€ 8 usta dos outros, se tanto for preciso; a mquina das notas e dos ‘quadros de honra, da vigilincia nos exercicos e das ligdes recitadas cond, embora postivelmente no tena sido moneads para esse fim, a um desenvolvimento quase monstruoso do egotsmo a crianga habitua-se a nfo ajar ninguém, a guardar para si rado 0 que sabe, a hater-se com todas as armas que pos para conserva o seu la ‘ professor catia severamente toda atenttiva de solidariedade que dos alunos e faz deles os sere pasivos, que 880 realmente cémodos, mas de que a sociedade no tira nenhum pro- ‘eit: no tem nada que se ctiat 0 sobediente>, tem que se criar @ sesponsivels, 0 responsivel perantes prspri, perance a sua escola, perante a sua eidad, o su pats, perance a Humanidade inceira; e 3 vverdaeiradisiplina s6 pode nascer dura force e bem desenvolvid personalidade que tenha ao mesmo tempo a ein de que est sendo full no mando e que dela o mundo espera slgum trabalho. Depots, ar {azer hi todas as probailiades de que 2 média dos alunos saia da escola com toda a manha, todo o gosto da violéncia, com toda ‘Tintina insensibilidede que tantas pesoas acham necessiia para a ‘uta pela vas tal como clas a entendems ito pelo que respeita aos encellores: porque © quadro € talver mais horefvel ainda quanto thos vencis, quanto aos que senttam perder-se, na dura batalha das auls, tudo o que havin na sua alma de delicadeza de idealsmo, de puro movimento altuistas quanto ainda aos que, por se sentir Inferores pelo que eespeita inteigéncia ou wontade, ou por desgesto perante todo ambiente, desnimaram, se deixaram esmagar foram ‘onsiderados como sos que mia fzem, coma 20s piores da auton tomo a marca da escola é, geralmente, uma marca para a viday a Humanidade elimina, com o actual sistema escolar, muitos dos ele- rmentos que mais poderiam trabalhar plo seu progresso. No que se refer a actvidadecolectiva, «escola de modelo antigo conhece ape ‘nasa monétona aula de caters em fll, com vizinhos impostos, a auligao das ligdes do mest que gerakmente adora serum eonferente, fas sess de gintin que flo prendem os alunes, assesses de canto fem que Thes matam, fora de teora, tod o gosto de cane. ‘Os protestos eos projects de reforma ni tém deixado de surges tas, por im lado, a violéneiae o radicalismo com que muitas vezes so apresentads, por outta lado, a inte, o comodismo e a boaté dos que defendem os sistemas ancigos julgando defender alguma ‘coisa de excelente, tfm-se unido para impedit uma revisio profunda f aia das prticas escolar; acresce ainda que os defensores da plagogia enovada so quase sempre tedricos, que nunca tiveram bres una classe ou wna escola e no podem, portano, apresenear resultados; ora ua pedticas6 se abate com uma prtica; mostrar que ‘os alunos de uma escola nova fazem mais, nos exames € na vida, do ‘que os alunos dua escols antiga, mostrar, o que é ponte importan- te, que a disciplina € maior a primeira do que na segunda, eis um angumento que no parece fic de contraater; os paladinos dos velhos sistemas tém todo diteito de combater, © ora combatam, ‘enquanto Thes no mostrarem que a escola nova € em cudo superior A antiga a entio serépossvel, parece, feos rgresat 3 cori, © tmostrarthes, pelo pereito acordo com a experigneia, como ela ests va cera. E fol exactamente o que sucedeu em Winnetka; em 1919, omou conta da instugio municipal desta pequena cidade america’ 26 ra, perto de Chicago, nas margens do lago Michigan, uma comissio dlisposta a enveredar pelo caminho da prtiea; chamow Carleton ‘Washbume, j conhecido pelo eu tacto pedauSeieo administrative « pela sa sulci de reformador, eencarregouro de aplica 9 sistema de ensino apresentado pelo State Teacher College de S. Francisco. ‘Washhurne langou-se ao trabalho, apeoveitando a0 méximo compat vel com a suas decries o pessoal que j exist; este ponto € impor: ante: grande parte dos professors que combatet os métados novos fazem-no porque os desconhecem, ow porque todos & volta se conser- vam na rotina; se o ambiente mus, madam também; hi, e houve em ‘Winnetka, una minora inasimilavek; quanto a esta 56 hao remédio de tansferéncia a outasservges ou da aposencag. A primeira prevengao que fer Washburne e que continuou a facer cm todas os seus escritos € a de que nio existe um sistema de Winnetka, « de que nfo hé um eonjunto de normas inflexiveis apresentaia como remétio seguro para todas os males do ensino; Winnetka no € um dogma: & um agrupamento de ideias ede priti- ‘as que se discutem, se apuram, se conservam ow se reprovam; a atitude do reformador foi logo de iveio imteigente e confiante na ‘nreligencin dos outros ao contro de tantos que afrmam que, para ae homens sigam uma idea, € preciso apresenti-la dogmatca mente, Washbuene nunca aprescnta a sua se no como uma expe tifncia, uma tencativae até, apesar dos seus fundamentoscienficos, como uma aventura; ¢ é de crer que dagut veio em grande parte a facilidade com que ov mestres aeitaram 2 sua inovagho e se interes sarain por ela. Disse-thes Washhurne em primeiro lugar que falta 3 fu miso a escola que no desenvolve no aluno ta a sua persona- Tidade; a escola deve set o lugar em que a crianga mostra firma a su originalidade, 2 sua capacidade de eragao e de emogo; aula 10 deve ser nunca a maquina que, segundo a expressio vulgar, saquebra a vontade» dos alunos efor dele os seres pasives, que slo realmente c6modos, mas de que a sociedade nfo tira nenhum pro- ‘eito: no tem nada que se criar 0 obediente>, tem que se era 0 “responsivel, 0 responsivel perante si prGpri, perante asta escola, perante a sua cidade, 0 seu pats, perance 2 Humanidade ineira; © 2 verdadeiradisciplinas6 pode nascer duma force e bem desenvolvia Personalidade que tenha ao mesmo tempo aideia de que est sendo fel no mundo © que dela o mundo espera algum trabalho. Depois, at csforgou-se Washburne por thes inculcar a convicgo de que o traba- Tho do aluno deve seguir o seu ritmo particular, de que € absurdo impor 20 menos inteligente ow menos voluntariosa que aprenda uma determinada matéria no mesmo tempo que outro companheiro supe- riot a ele; 0 sluno que ¢ reprovada repete toda a matéria, o que € injusificado, visto que pare jf ele conhece, eis vezes ber; poupar- ‘ia tempo ensinando-Ihe apenas o que precisa de aprender, inss- tind sobre o que no asimilou. E aiff ndo acetar qualquer destesprinespios, mas € muito dif «il p-losem pritiea, visto que a dvisi de alunos por clases parece imposibiltar um ensino indvidualizado e um desenvelvimente li ‘re da personalidade. Para resolver o primeito ponto propos Was burne que cada aluno tivesse ao seu dispor um material de auto-instrugio e de autocorreegi, ito €, que todos 06 textos ou livros que the fostem entreguesoferecessem posibilidades de apre- disagem com ligira avxili do mestre e posibildades de correcgio ‘com exercicios de ensao; dvidiese-ia © que se combinasse ensinae ‘num determinado gray, ano ou classe, em poryies denominadas "uae; na fim de cada unidade, em que o aud fcilmente pode ria marchar por si propio, havin os exerefcios de ensaio que oaluno cortgia por si mesmo também visto que Ihe poderiam fornecer as, ‘espostass quando se julgasse seguro da matéria pediria um exerecio de exame; era esse © que o mestre julgaia: se estava bem, 0 luna pussava A unidade seguint; x havia eros, o alu revia a parte da ‘materia em que se mostara pouco slo; s6 depois da segunda prova satishadria passant a outta unidade; os que avangassem rapidamente ‘uma matéia poderiam dedicar o seu tempo aquela em que se mos: tiasiem mais frcos ou passar de classe sem estar amarrados 305, companheiros menos habeisadiferenga entre a materia mais adian- tada ea mais atrasada no podera ie além de dois graus ou classes. Era naturalmmente preciso evar todo o material de ensino, visto que of livos existentes ndo poderiam servir: Washburne eriouo, em colaborasio com os mestres das esclas; Winnetka possui hoje wna excelente colecyo de livros dideticos que trio de servi de mode- To para qualquer tentativa de adapragao do método a outro pais junramente com os livros apatecem as provas de ensio e as provas de exame que se renovam em cada ano e de que hi sempre, no ‘mesmo ano, formas diveras, atendendo a que # resposta depende 238 rmuitas vers da férmula da pergunta e a que € preciso estar bem eno de geo ano pos peseaments# mata quash de (O ensino indvidualizado por este sistema aplica-se a0 que Wash: bbume cham os common esenial, sto é, eo 0 que se tonna abso tamente necessirio para que um, homiem s€_possa entender com jotros homens; sio em primeito lar as eGenicas da leiura, da cscrita e do ealeulo;em segundo luge, as ndgdes de geografi,hist- ria, civismo e higiene que mais vulgarmente se utilizam; paca as tstabelecer, sepuindo o seu sistema favorito de inguétites, procuroa |Washburne com os seus colaboradores por jorais tevistas 08 no- res de acontecimentos, de homens, de lugares que apareciam mais amide e eajo desconhecimento prejudicaria a compreensio do tex {oy fo sobre esa base que se estabeleceram os programas de gegrafin « historia de Winnetka; na educago cvica fugiu-se de tudo 0 que representavateoria ow discuss politica para se assentar num pro~ train de cidadanin pritica; em higine, com os conhecimentos in- tlispensiveis do corpo humano e das suas fungdes,fla-se de tabaco, do dleoo, das micrbios, ete objectou-senaturalmente a Washbur- ‘ne quea escola ficava asim demasiado pritica e demasiado subordi- nada a vida comum sem que tentase de certo modo ser ela a reform; mas resposta€ fel ensina-se nese capitulo rao 0 que ‘obrigtni para que oaluno passe de ano erie 0 seu curso; quem ficar conhecendo 0 programa minimo, e to mais, sho capazes de 0 aprender, jé nio esti desarmado perante a ‘id sabe ler, excrever, contare tm do resto as bases indispensivels para continsar, 9 quiser sea vida Tho no permite, ndo srs, pelo ‘menos, considerado umn jgnorante. As actividades livres, individuais ‘ou de grupo, a que se dedica sempre metade da mani e metade da tarde, dio 20 aluno possibilidades de aumentar a sua cultura com as resides de disco, of concertos rusicas, as lituras felts pelo reste, as representagies, os teabalhos mantis, os jornals escolares, as excuses, a vida dos clubesescolres, das comissdese da asemn- ‘lei geal dos alunos ‘Umi dir eécnicas 8 que se dé em Winnetka maior importincia & a abel, pretends que acnga sos ela tir em miimeros problemas da vida seja capaz de os resolver, € 0 amino em que Mas se insite na coerecgdo e no exame,exigindo-se no seguranga absoluta para que se passe ao grat seguinte. Comega-se ‘por darts nogbes de quantidade e de nimero, habituando 20 mesmo Tempo oaluno a ordem e reprano trabalho ea dominarperfeitamen- te a numeragio; na classe seguinte, exigese o conhecimento de todos os factos numéricos elementares e das unidades de medidas inais comuns; no fereeto, pasi-se 2 prstiea dos quateo processos fundamentas com intcites, quebrados e decimais; por fim, aplicam: ‘a0 } pritiea da vida todos os conhecimentos adguiridas; € preciso notar que no se comeca pelo abstract para se passat a0 concrete logo de inicio se procura que 0 aluno marche sobre alguma coisa de sido: € x6 depois que s¢ val enteanda no main geral- Os Tvtos de ‘ensino e os exereeios foram, como em todas as outas disciplinas, feitos especialmente para as escolas de Winnetka, sobre dados forne ‘idos pela experincia, sf0 0 dinicos que podem ser aproveitados imesitamente na adaptagio do método a outros patses;além dos textos us-se um material de inicio mais interessante eprovettoso do que 0 da Montessori; quase todo € empeeyado em jogos. Tem-se sempre em visa através de todo o ensino que é necessrio estabele- ce ligago Iga no esprito da criana,alterando por veres a order vulgar da aprendizagem: o ensina ds multplicasio & introdixido logo depois de alguns conhecimentos de algo; por auto lado, 0 mest no s esquece de que oaluno pode somar edividir com toda aahabiidade e ser incapar de aplicaros seus conhecimentos i i faemse problemas, mas 6s problemas nfo sfo tirados da. vida des aultos que, em geal, interessa pouco i crianga: so feitos sobre a ‘un prépla da, em casa ow a escola, ‘A indvidualizago da leitura € raturalmente a mais fil; ome- «2-se por conversages © desenhos sobre temas de conhecimento directo da cringa; passe depois 3 interpretagio de gravuas para ‘que 0 skuno se abitve a uma forma de expressio que nao € a Tinguagem falada; no ra seguinte os desenhos s40 acompanhados de frases cuja forma escritao lun vai fixando; depos sa distribu alas cartolinas com cenas vérias acompanhadas de pequenos cartes com frases para que o aluno as apligues passe a carclinas com aplcagio de palavea e, em seguida, a histéras em que enteam todas 35 palaveas Jf conhecidas da crianga; estas histévas s20 impressas, pulavres palavra, ou frase fase em cartlinas que tém no reversa cena aluno pode, a cade momento, verficar os eros da leita; a 240 intodugao de palavras novasfarse com intervaios suficientes para {geo aluno nto aborroga a leturae sempre em gites que facil te ele pos apreender 0 sentido. Logo que © luno domina o me rismo da Tetura fornecemse-he liveos devidamente seriades a cada fra cotrespondem uns quinze livros; dé-se maior importincia & Teiturasilencioss da que &leitura ei vor alta, porque & a primeira a ‘que mais serve na vidas encoraj-se, no entanto, a Teitura em vor ata, animandho o alo a leva livros para casa pata os Ter familia © ‘organizand sesses de letura na escola; nio se esquece, por out lad, que ler bem € compreender o que s I: a veiicago de que © aluno apreendeu o sentido do texto € mito importante em Winne: ts; uma leitura meciniea ndo interes; depois de cada leitura os alunos espondem am inguerito ou tedigem uma nota bibliogefica, havendo, no entanto, o cuidado de no tornar 0 apuramento da Teitura um obsticulo que afaste aerianga dos livos. A individual (lo da leitura leva 2 criagto de bibliotecas escolares bastante fore ida: caleula-se em Winnetka que nenhuma escola pode funeionar ‘com uma biblioteca de menos de quinhentos volumes; além das ‘verbas orgamentais hi o recurso da subscrig, die ofertas de pais © amigos e da troca por livros de objectos fabricados nos tabalhos ‘manus; as biblioteca pblicas podem também prestat grandes ser- ‘vigor orginizando-se de modo que sej filo empréstimo de volu- res bs escola. Para o ensino da escrita no hi técnicas expeciais; a eriangas vm da jardin infantil com pritiea do material Froebel e Montes fori, que no sews, no entanto, segundo 0 método dos eriadores, chegim, por conseguinte, eom bastante dsciplina de movimentos paar que saibam desenhar as palavas e frases que [em insste-se ha apresentagio do texto escrito, mas evitase que a exigéncia Alemasiada possslevar a crianga a nfo escrever senio com Fep ‘nein; logo que o aluno escreve inielase na tedacgto, que no € ‘eno uma forma de exprimir a sa vida. A aprendizagem do voce Iulia faz-se nas conversas com o mestre ou com os companheitos, na Teitura © em listasexpeciais elaboradas pela escola, como sem pte, sabre resulados de experineios: at listn ou sto duplas, de Palavease de significados, ou contém apenas as palavras desconhe~ ‘das rianga busea-thes 0 sentido e apica-as em frases. Nao se fspera que ta a utilidade do vocabulérioe da redaegéoresida em mi Texros peDA06 se por & disposigio do aluno wm meio mais perfeto de express: that escolas de Winnetka ctlangas escrevem bastante, mas no ditados, nem pin, nem tedacgDes sobre os temas tipo «0 inver- hor, ou +0 bois; contam casos da sua vida, fem descrigdes do que rm, cartas, relates, tudo 0 que na realidade as interessa; Critica do mestee exerce-se sempre, mas 6 se insite na forma quando o fund & bom € 6 nesse caso que vale @ pena melhorar a Tinguagem; no outro, © que importa é que © aluno exprima mais vivamente 6 que estva dentro ou fora de si. ‘Na histéria procuta-se sobretudo no a mon6tona narragio das Datalhase das intrmindvets lists de tes, mas a vida dos povos do passado ea influgneia qu exerceram sabre a nossa; tem, no entanto, ese fer aprender um certo nimero de datas e de nomes: & esta fa parte que ae reserva a0 estudo individualizado, deixando a outa, a arte de eivlizgao, pata as actividades de grupo. No trabalho ind Viduaizado &fornecido a0 aluno um texto que © poss interes € tum questionrio a que terd de responders como se tata de uma cocola priméria nfo se investigim minudéncias; o que ineressa € a fapreensto dos conhecimentosessencais. Bs, por exemplo, 0 ques tonéria sobre as Cruzadas: T— Qual dos factos seguntes decid os homens a empreende- rem a primeita Cruzada? Os Turcos tinham-se apoderado de Constantinopla to ‘mandora aos Bizatinos. 21° Os maometanioe quctiam conquistar Jerusalém 3.9 © imperador de Bisincio pedi aos estos do Ocidente suxilio contra 0s maometanos. 48 Os cristios do Oeidente da Europa quiseram apoderarse «de Constantinople T= As Cruzadas duraram aproximmadamente Le Der anos 22° Dazentes anos 3. Cinguenta anos 4° Quinhentos anos, mn IIT — Qusis dos facts seguintes deram ocasido as Cruradas! 1." Os maometanos apoderatam-se de Constantinopla 2. Os crstios foram expulsos dos lugares santos. 5° Os mugulmanos destruam Jerusalém. 44° Os Tureos maltratavam peregtinas cistos, IV — As Crutadas comegaram: 12 No ano 48 2 No ano 637. 3 No ano 1096. 4° No ano 1492. ‘As Crusadas tinham o fim de: 1." Expulsa os maometanos de Europa 2 Impedir que os Turcos se apoderassem de Constanti- op. 3 Conguistar os lugares santos. 442 Ajudaro imperador de Bizincio cons seus inimigos VI As Crusadas comegaram: 1° Alguns dias depois da conguista dos gates santos pe- los arabes 2° No ano em que morteu Jesus Cristo. [Logo que os crises souberam que Jerusalém tinba cafdo ttn poder dos maometanos 42 Powco depois deos Tatcos conqustarem a Stra a Meso- potimi Os questionéros sobre as personagens das Cruzadas, influénci na literatura, inflanela na marcha do mundo seriam de tipo semelhante. "No trabalho em grupo far-se-am leituras mats extensas, dscute -serin 0 significado das Cradas e as suas consequencias, organi- rarse-ia uma representagio em que entrasem as personagens do Tempo, se evocassem of acontecimentos; os trabalhos manuals ms darian a sua contibuigio construindo uma Jerusalém ou faeendo ‘desir uma Crusada de bacro; haveria também uma visita a monu- ‘mentor do tempo das Cruradas ou i-se-a biblioteca ver manuscr tos ou teprodusbes de manuscritos medievais ‘A goografia no esténitidamente separa dh istra o8 comb smentos slo intausidos a meda que os factoshistécos vio sendo do dominio do akin; a propssito doses enormandos di-se a ogra ‘ssencial dos paises do Norte da Europa os descobrimentos dos pot uesese espanhis to excelente oportunidade de fzer a crianga tomar ‘contacto com os nomes das mais importantes rides do globo Procus ‘se na medida do possve no limiara eopraia a uma nomenlatar: aprenden-se os factos econdmicos, 0 génezo de vida dos povos. As actividades de grupo tém aqui una grae mportancia: quand se tata «da Suiga, por exemplo, Ieem-e lends econtos da Sug, ngoniatse sessdes de projecgdes on de cinema, faemse exposgdes de quadros relativos Sufga, os alunos organiza colecges de gravurse de textos referentes ao pals, juntam horiios de caminhos de fereoe catazes de turismo, canstoem uma adeia Suga entre montanhas de pano pinta do, representam um conto em tajes sug, prepara alguns dos patos favorits dos montanhesese bailam as dangas populares, acompanhan- ddvse com os instruments carctristicos, [Na isiologiae higene d-se um caricerpritia ao ensino; eso- thems tinta e um tema, elaboram-se at provas necessirias © con- sidera-se apto 0 aluno que respond a questionsrios do tipo seguinte: 17 — Os neros 1." O centro do sistema nervoso chama-se: «) Estomago: 4) Cerebro: ©) Or 29 Os nervos: 4) Exeitam a trabalho; 6) Protegem o corpo: ©) Digerem os alimentos; cy 4) Parificam o sangues 2) Causam enfermidades. 3A inteligéneia deve ser ovientada para: 12) 0 trabalho pausados 4) O teahalho em grandes perfodos sem repouso; €} A concenteasa0 no que se esti fazendos 40) A dispersi, tomando viriostrabalhos 20 mesmo tempos, «) Uma diversio continua 25 — Os micndbias 1 As cosas pequenissimas que existem no at, na gua, nos alimentos, chaman-se: vitaminas,glébulos vermelhos, ligamenta, tmicedbios, salva ‘Sublinha as frases que julgates exactas acerea de: 2 Micrdbios: 4) Causam a putrefaegao dos alimentos; +) Sto muito pequenose diffeis de vers ©) Sto grandes e edondos; a) Sto perigosos 3° Um micrsbio nocivo: 2) Causa enfermidades; 6) Pode ser visto; ©) Produs a fermentagso do po; 1) Toroa posivel a fabsicagio do queljo. Como props Juan Comas, etn aprendizagem da fisiofogia e da higiene poderia servir — porque no exige textos numerosct nem, muito material ddsetica — de ponta de pastida para uma aplieagio experimental do método de Winnetka outros paises; haveria ape- fas oinconveniente, que pode ser muito grave, deo aluno empregar apenas © métedo numa das suas actividades, sendo todas as outs ‘quace radicalmente 0 contro. ‘Quanto a educagio cfviea nose limitaram os mestres de Winne- tad preggo de um cero asimero de prneipis: € pitica que faz 45 0s pepaadatcos ‘0 cidadio; as eseols de Winnetka sto escols de autogoverno; cada clase nomeia os seus representantes, que se resem em conselho ‘uma ou duas vezes por semana deliberam sobre os vtios assuntos 4d vida da escola; sfo sempre ajudals por um profesor que pode incervir na discusso, mas como um igual dos alunos, abstenlose de longos discursos, de moraizagies intempestivas e de qualquer espe ce de violencia exercida sobre a opinito do conselho; a parte de ‘ecrituragio, actas, conta, ete, € redutida a0 minimo; nomelan-se também comises que tratam de um asunto particular e que tela: ‘am depois a sua aeyio, ou no consetho ou na asembleia gral da ‘cola em que tomam parte todos os alunos, com direito de expos ode voto; nesta repablia escolar evita-e quanto posivel a formagio de partidos e procura-e que eada um ganhe o habito de se _nuiar no procedimento segundo os resultados de uma reflexto cuida: dsa sficientemente informada; 0 aluno habitua-se ase senhor de sie respeitador da personalidade alheia. O-autogoverno € 0 fecho dos estudes socais no que eles ttm de solidariedade humana, de compreensio das diferengas indviduais, de simpatia pelo que no é ‘gual a nés, de grande sentimento da interdependéncia dos homens, clas nagdes ¢ das ragas, de entenimento do dever que todos temos de nos melhorarmos a nés para que possamos melhorar os outros. Nas escolas de Winnetka reaizam-se frequentemente lies lite ririas em que o mest ou um aluno mais adantada, mas geralmente ‘omestre, 1 trechos de obras eélebres, comentando-as se for preciso, ‘mas esforgando-se por que a inflexio da vos, as pausas, os geston sejam o comentério suficiente e fagam entender & crianga a bela 0 interesse do texto. As representagdes sho também frequentes: as esas so geralmenteescritas pelos alunos, deiaando-se sempre wna parte 8 improvisagio dos actores; € nos trabalhos manuais que 08 alunos constraem 0 material necessrio aa eendrio, efeitos de cena, instalagio de lus, guardaroupa; os takalhos manuais no so em ‘Winnetka uma disciplina a parte sem liga viva conn a existéncia do aluno e com o sentido do restante das suas aprendisagens: 0 que se fabrica verve para alguma coisa, ingresa como elemento mim

    Você também pode gostar