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Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

U.C. 61006
Contabilidade de Gestão Avançada
26 de Janeiro de 2011

INSTRUÇÕES

 A prova é constituída por 3 páginas e termina com a palavra Fim. Verifique o seu
exemplar e, caso encontre alguma anomalia, dirija-se ao professor vigilante nos primeiros
15 minutos da mesma, pois qualquer reclamação sobre defeito(s) de formatação e/ou de
impressão que dificultem a leitura não será aceite depois deste período.

 O estudante deverá responder à prova na folha de ponto e preencher o cabeçalho e todos


os espaços reservados à sua identificação, com letra legível.

 A prova tem 2 grupos. O grupo I vale 8 valores; o grupo II vale 12 valores.

 Só serão tidas em consideração respostas, a caneta ou esferográfica, de cor azul ou preta.

 É permitido o uso de máquina de calcular. Não é permitido o uso de folhas com fórmulas.

 A concisão e correcção técnica e linguística serão apreciadas. Não serão consideradas as


respostas que reproduzam ipsis verbis o manual ou o relatório dos testes formativos.

 Em hipótese alguma serão aceites folhas de ponto dobradas ou danificadas.

 Exclui-se, para efeitos de classificação, toda e qualquer resposta apresentada em folhas de


rascunho.

 Os telemóveis deverão ser desligados durante toda a prova e os objectos pessoais


deixados em local próprio da sala de exame.

 Sempre que não utilize o enunciado da prova para resposta, poderá ficar na posse do
mesmo.

 Verifique no momento da entrega da(s) folha(s) de ponto se todas as páginas estão


rubricadas pelo vigilante. Caso necessite de mais do que uma folha de ponto, deverá
numerá-las no canto superior direito.

 O exame tem a duração de 2 horas, acrescida de 30 minutos de tolerância.


Grupo I (8 valores)

1. Identifique e caracterize os métodos de repartição dos custos indirectos, exemplificando.

(Resposta: 1/2 página)

2. Comente a frase: “o desvio de margem de contribuição é um dos desvios


extracontabilísticos”, justificando.

(Resposta: 1/2 página)

3. Caracterize os diferentes tipos de centros de responsabilidade, exemplificando.

(Resposta: 1/2 página)

4. Comente a frase: “a determinação dos preços de transferência interna é somente resultante


da capacidade de negociação entre os dirigentes da empresa”, justificando.

(Resposta: 1/2 página)

Grupo II (12 valores)

A empresa ELEKTROTUDO produz máquinas de lavar roupa, tendo uma capacidade


instalada de 50.000 unidades por ano.

Nos dois últimos anos (N e N-1), a empresa produziu e vendeu, respectivamente, 40.000 e
42.500 unidades, tendo apresentado os seguintes resultados (valores em €):

Descrição N-1 N
Vendas 9.000.000 9.775.000
Custo das Vendas 6.750.000 7.038.000
Resultado Bruto 2.250.000 2.737.000
Gastos de Distribuição 555.000 585.000
Gastos Administrativos 370.000 380.000
Resultado Operacional 1.325.000 1.772.000

Nas previsões para o ano N+1, a empresa admite situar-se em níveis de vendas que
representam 90% da capacidade instalada.

Na presunção de que a empresa verifica e continuará a verificar os pressupostos da análise


CVR, com base na informação fornecida, pretende-se que:

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1. Estime o Resultado Antes de Impostos (RAI) da empresa para o ano N+1 (1,5 valores);
(Resposta: 1 página)

2. Elabore a Demonstração de Resultados que explicite a Margem de Contribuição para o


ano N+1 (1,5 valores);
(Resposta: 1 página)

3. Determine quantas máquinas de lavar roupa deveria a empresa vender se pretendesse um


RAI de 1.900.000 € (1,5 valores);
(Resposta: 1/2 página)

4. Determine quantas máquinas de lavar roupa deveria a empresa vender para atingir o
“Limiar de Rendibilidade” (1,5 valores);
(Resposta: 1/2 página)

5. Determine o Volume de Vendas que a empresa deveria realizar para se verificar uma
margem de segurança de 20% (1,5 valores);
(Resposta: 1/2 página)

6. Justifique a decisão quanto ao facto de se proceder a um investimento publicitário de


100.000 € que, segundo o Departamento Comercial, conduziria a um acréscimo de 10%
das vendas (1,5 valores);
(Resposta: 1/2 página)

7. Analise a hipótese de, em alternativa à opção anterior, realizar uma campanha de


publicidade estimada em 150.000 € e aumentar as comissões de venda em 3% por
unidade, o que, segundo estudo do Departamento Comercial, aumentaria as vendas em
12,5% (1,5 valores);
(Resposta: 1/2 página)

8. Sabendo que o seu actual mercado se manterá nos termos antes descritos no enunciado,
analise a proposta feita à empresa de uma exportação ocasional de 3.000 máquinas, para a
qual se exige um preço de 200 € e que implicará um agravamento do gasto de distribuição
de 25 € por unidade (1,5 valores).
(Resposta: 1/2 página)

FIM

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CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO

1. Identifique e caracterize os métodos de repartição dos custos indirectos, exemplificando.

A importância dos métodos de repartição dos custos indirectos é significativa, pois os tópicos
do custeio básico e real, apenas podem ser enquadrados numa óptica de consolidação e
aprofundamento dos custos indirectos.
Assim, os custos indirectos correspondem às tipologias de custos que não podem ser fácil e
imediatamente atribuídos aos objectos de custeio, ou cuja identificação objectiva não pode
ser feita de forma economicamente viável. É o caso dos gastos gerais de fabrico que, por
englobarem gastos de natureza heterogénea e comuns aos diversos produtos obtidos, se torna
inviável a sua afectação directa aos objectos de custeio (os produtos).
Para ultrapassar esta dificuldade, foram definidos critérios de repartição, que consistem em
repartir os custos indirectos por objectos de custeio proporcionalmente a determinadas
grandezas: as bases de imputação.
Uma das metodologias consiste no critério de base única, utilizados quando o total dos custos
indirectos é distribuído pelos produtos proporcionalmente a uma única variável (ex.: número
de horas de mão-de-obra directa).
Tendo em conta as limitações deste método, pode ser usado o critério de base múltipla, em
que se segmenta os custos indirectos em subgrupos de características comuns, seleccionando
para cada grupo a base de imputação mais adequada.

2. Comente a frase: “o desvio de margem de contribuição é um dos desvios


extracontabilísticos”, justificando.

Efectivamente, o desvio de margem de contribuição é um dos desvios extracontabilísticos.


Os desvios de natureza extracontabilística não são objecto de registo contabilístico e o seu
apuramento não resulta da movimentação das contas da contabilidade analítica.
Os desvios extracontabilísticos existentes são os seguintes: desvio de vendas, desvio de
custos das vendas, desvio de custos comerciais variáveis e desvio de margem de contribuição.
Este último, o desvio de margem de contribuição é apurado através da diferença entre o
desvio de vendas e a soma dos desvios de custos das vendas e custos comerciais variáveis.

Desvio margem de contribuição = Desvio vendas – (Desvio custo das vendas + Desvio custos
comerciais variáveis)

O desvio das vendas resulta da comparação das vendas reais do período (p.ex. mês) com as
vendas previstas no mesmo período no orçamento de vendas.
De igual modo, o desvio do custo das vendas resulta da comparação entre o custo das vendas
reais do período com o custo das vendas constante da demonstração de resultados previsional.
O desvio de custos comerciais variáveis pode ser decomposto em dois subdesvios: o desvio
de quantidades vendidas e o desvio de preços (ou de orçamento ajustado).

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3. Caracterize os diferentes tipos de centros de responsabilidade, exemplificando.

Para efeitos de controlo de gestão e de avaliação de desempenho dos vários centros de


actividade de uma empresa, recorre-se à identificação do nível de responsabilidade afecto a
determinado gestor, definindo-se assim diferentes centros de responsabilidade.
Os centros de responsabilidade podem ser: centros de custo, centros de proveitos, centros de
resultados e centros de investimento.
Um centro de custos corresponde às unidades funcionais onde são utilizados os recursos
(inputs) e em que o respectivo gestor é apenas responsável pelos custos em que incorre.
Exemplos: armazém, secções produtivas.
Um centro de proveitos corresponde às unidades funcionais em que o respectivo gestor é
apenas responsável pelos proveitos gerados. Exemplos: sector de vendas.
Um centro de resultados corresponde ao conjunto de órgãos estruturais, num determinado
nível hierárquico, em que o gestor é responsável quer pelos custos quer pelos proveitos.
Um centro de investimentos corresponde ao conjunto de órgãos estruturais, num determinado
nível hierárquico, em que o gestor é responsável não só pelos resultados, mas também pelas
decisões de investimento e desinvestimento.

4. Comente a frase: “a determinação dos preços de transferência interna é somente resultante


da capacidade de negociação entre os dirigentes da empresa”, justificando.

A negociação interna entre os dirigentes da empresa é apenas um dos métodos de


determinação dos preços de transferência interna (PTI), sendo utilizado em determinadas
circunstâncias: na ausência de mercado perfeito, e quando os restantes métodos não se
mostrem adequados.
Além da negociação interna, a determinação dos PTI pode ser efectuada pelo preço de
mercado ou pelo custo.
Os PTI baseados no preço de mercado utilizam-se quando o produto tenha um mercado e as
divisões funcionem em mercado perfeito. Neste caso, podem ser usados, ou os preços
praticados pela divisão (se esta o comercializar no mercado) ou pelo preço praticado pela
concorrência (se for fiável).
Os PTI baseados no custo são utilizados quando haja ausência de mercado, ou não haja preço
de mercado ou ainda quando este não seja fiável. Neste caso, o PTI é determinado com base
no custo total acrescido de uma margem ou, em alternativa, no custo variável acrescido de
uma margem (que poderá corresponder aos custos fixos; nesta circunstância, o PTI seria
equivalente ao custo total).

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Grupo II (12 valores)

1. Estime o Resultado Antes de Impostos (RAI) da empresa para o ano N+1 (1,5 valores);

Em primeiro lugar, há que determinar os elementos da empresa que permitam calcular a


equação CVR do Resultado, ou seja, Preço de Venda, os Custos Variáveis e os Custos Fixos.

Uma vez que se presumem os pressupostos da teoria CVR, significa que o Preço de Venda,
bem como o Custo Variável Unitário, se manterão constantes, e os Custos Fixos
permanecerão inalterados.

Para o ano N+1, prevê-se que as vendas correspondam a 90% da capacidade instalada, a qual
é de 50.000 unidades. Donde que, as quantidades vendidas em N+1 são de 45.000 unidades
(= 90% x 50.000).

Cálculo do preço de venda e volume de negócios


No ano N, a quantidade vendida e produzida de máquinas de lavar roupa é de 42.500
unidades. Sabendo que o volume de vendas é de 9.775.000 €, o preço unitário cifra-se em 230
€ (= 9.775.000 € / 42.500 un.).
Para o ano N+1, tendo em conta os pressupostos da teoria CVR, o preço unitário do produto
será igualmente de 230 €. Assim sendo, o volume de negócios para N+1 será de 10.350.000 €
(= 230 € x 45.000 un.).

Cálculo dos Custos Industriais Variáveis e Fixos


A rubrica Custo das Vendas compreende os custos industriais, quer variáveis, quer fixos. Nos
pressupostos da teoria CVR, os Custos Fixos foram iguais nos anos N-1 e N. Logo, o
aumento verificado só pode dever-se aos custos variáveis associados à variação no número de
unidades vendidas.
CV Ind Unit = Δ Custo vendas = 7.038.000 - 6.750 000 = 115,20 €
Δ Unidades Vendidas 42.500 - 40.000

Os Custos Industriais Variáveis no ano N foram, então, 115,20 € x 42.500 un. = 4.896.000 €.
Sabendo que o Custo das Vendas no ano N foi de 7.038.000 €, os Custos Industriais Fixos
correspondem a 2.142.000 € (= 7.038.000 - 4.896.000).

Repetindo o raciocínio para o ano N+1, os Custos Industriais Variáveis são de 115,20 € x
45.000 un. = 5.184.000 €. Os Custos Industriais Fixos mantêm-se em 2.142.000 €. Donde que
o Custo das Vendas em N+1 é de 7.326.000 €.

Cálculo dos Gastos de Distribuição Variáveis e Fixos


Proceder-se-á para os Gastos de Distribuição com o mesmo raciocínio lógico usado para os
Custos Industriais. Para o ano N, tem-se:
CV Dist Unit = Δ Gastos de Distribuição = 585.000 - 555.000 = 12 €
Δ Unidades Vendidas 42.500 - 40.000

Gastos de Distribuição Fixos do ano N:


585.000 € – (12 € x 42.500 un.) = 75.000 €

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Para o ano N+1, os Gastos de Distribuição Variáveis serão de 45.000 un. x 12 € = 540.000 €.
Mantendo-se os Gastos de Distribuição Fixos em 75.000 €, os Gastos de Distribuição cifrar-
se-ão em 615.000 €.

Cálculo dos Gastos Administrativos Variáveis e Fixos


Utilizando idêntico raciocínio que nos casos anteriores, obtém-se a repartição dos Gastos
Administrativos em Variáveis e Fixos. Para o ano N, tem-se:
CV Adm Unit = Δ Gastos Administrativos = 380.000 - 370.000 = 4 €
Δ Unidades Vendidas 42.500 - 40.000

Donde que, os Gastos Administrativos Fixos no ano N são 380.000 € – (4 € x 42.500 un.) =
210.000 €.

Em suma, os Custos Variáveis para o ano N e N+1 são os que se seguem:

Custos Variáveis N N+1


Custos Industriais Variáveis 4.896.000 5.184.000
Gastos de Distribuição Variáveis 510.000 540.000
Gastos Administrativos Variáveis 170.000 180.000
Total 5.576.000 5.904.000

Por seu turno, os Custos Fixos são os seguintes:

Custos Fixos N N+1


Custos Industriais Fixos 2.142.000 2.142.000
Gastos de Distribuição Fixos 75.000 75.000
Gastos Administrativos Fixos 210.000 210.000
Total 2.427.000 2.427.000

Pelo exposto, o Custo Variável Unitário é de 131,20 €.

Custos Variáveis Unitários N


Custos Industriais Variáveis 115,20
Gastos de Distribuição Variáveis 12,00
Gastos Administrativos Variáveis 4,00
Total 131,20

Equação CVR do Resultado


Analisando os resultados históricos, nos pressupostos da teoria CVR, foi possível determinar
os elementos que permitem agora calcular a equação CVR do Resultado:

R(Q) = Pv x Q – Cvu x Q – CF

R(Q) = 230 x Q – (131,20 x Q) – 2.427.000


R(Q) = 98,80 Q – 2.427.000

Para o ano N + 1, a empresa estima vendas de 45.000 un., correspondente a 90% da


capacidade instalada.

Conforme apresentado no ponto anterior, a equação CVR do resultado é dada por:

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R(Q) = 98,80 Q – 2.427.000

O que significa que para vendas de 45.000 un. o resultado será:


R = 98,80 x 45.000 – 2.427.000 = 2.019.000 €

2. Elabore a Demonstração de Resultados que explicite a Margem de Contribuição para o


ano N+1 (1,5 valores);

No seguimento dos cálculos anteriores, apresenta-se em seguida a Demonstração de


Resultados para o ano N+1:

Demonstração de Resultados Valor (€)


Vendas 10.350.000
Custos Variáveis 5.904.000
Margem de Contribuição 4.446.000
Custos Fixos 2.427.000
Resultado Antes de Impostos 2.019.000

3. Determine quantas máquinas de lavar roupa deveria a empresa vender se pretendesse um


RAI de 1.900.000 € (1,5 valores);

Mais uma vez, recorrendo à equação CVR, pode determinar-se qual o volume de máquinas de
lavar que a empresa terá de vender para atingir um RAI de 1.900.000 €:

1.900.000 € = 98,80 Q – 2.427.000


98,80 Q = 4.327.000  Q = 43.796 un.
Logo, para obter o resultado pretendido, a empresa necessita de vender 43.796 máquinas.

4. Determine quantas máquinas de lavar roupa deveria a empresa vender para atingir o
“Limiar de Rendibilidade” (1,5 valores);

O Limiar de Rendibilidade, em quantidade, corresponde ao número de máquinas que deverão


ser vendidas para que o resultado seja nulo, o que pode ser dado pela equação CVR
considerando um resultado nulo, ou através do cálculo do ponto crítico.

No caso de se utilizar a equação CVR verifica-se:

R = 0  98,80 Q = 2.427.000  Q = 24.565 un.

Se for utilizada a fórmula de cálculo do Ponto Crítico a resolução desta questão será:
Q’ = CF__
Pv - CVu

Q’ = 2.427.000 _ = 24.565 un.


230 – 131,20

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Por conseguinte, conclui-se que a empresa terá de vender 24.565 un. para atingir o limiar de
rendibilidade.

5. Determine o Volume de Vendas que a empresa deveria realizar para se verificar uma
margem de segurança de 20% (1,5 valores);

Para atingir uma Margem de Segurança de 20%, a empresa deverá realizar vendas 20% acima
do Ponto Crítico.

Para se determinar as vendas em valor que respeitam este pressuposto deverá utilizar-se a
seguinte fórmula:
MS = V – V’__
V’

20%  V – V’_ V – 24.565 x 230


V’
= 24.565 x 230

Vendas no ponto crítico = 24.565 un. x 230 € = 5.649.950 €

Vendas com Margem de Segurança de 20% = 6.779.940 €

Logo, para obter uma Margem de Segurança de 20%, as Vendas, em valor, teriam de ser
6.779.879 €.

6. Justifique a decisão quanto ao facto de se proceder a um investimento publicitário de


100.000 € que, segundo o Departamento Comercial, conduziria a um acréscimo de 10%
das vendas (1,5 valores);

Se, com o investimento em publicidade (custos fixos) de 100.000€, as vendas aumentam


10%, então passam para 45.000 x 1,10 = 49.500 un.

Utilizando a equação CVR, para calcular o novo resultado, vem:


R = (98,80 x 49.500) – (100.000 + 2.427.000) = 2.363.600 €

Esta iniciativa gera um resultado de 2.363.600 €, portanto superior em 344.600 € à opção


inicial, levando a que a Administração aceite a sugestão.

Novas quantidades vendidas 49.500


Novo volume vendas 11.385.000
Nova margem contribuição 4.890.600
Novos custos fixos 2.527.000
Novo RAI 2.363.600

7. Analise a hipótese de, em alternativa à opção anterior, realizar uma campanha de


publicidade estimada em 150.000 € e aumentar as comissões de venda em 3% por
unidade, o que, segundo estudo do Departamento Comercial, aumentaria as vendas em
12,5% (1,5 valores);

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A implementação da campanha de publicidade significa o aumento dos custos fixos em
150.000 €. Donde que, passam a 2.577.000 € (= 2.427.000 + 150.000).

O aumento das comissões de venda tem repercussões nos custos variáveis, do modo que se
segue:
Margem contribuição (unit.) = PVu – 3% PVu – Cvu = 230 - 3% x 230 - 131,20 = 91,90 €

O aumento da quantidade vendida é de 12,5%, donde que, as novas vendas são de 50.625 =
45.000 x 1,125.
O novo volume de vendas resulta da aplicação do preço unitário de 230 € = 11.643.750 €

Margem de contribuição = 50.625 = 4.652.438


91,90

Novas quantidades vendidas 50.625


Novo volume vendas 11.643.750
Nova margem contribuição 4.652.438
Novos custos fixos 2.577.000
Novo RAI 2.075.438

Esta opção tem um resultado de 2.075.438 €, o qual é menos favorável do que a anterior
opção publicitária (questão 6), mas mais favorável que a opção inicial.

8. Sabendo que o seu actual mercado se manterá nos termos antes descritos no enunciado,
analise a proposta feita à empresa de uma exportação ocasional de 3.000 máquinas, para a
qual se exige um preço de 200 € e que implicará um agravamento do gasto de distribuição
de 25 € por unidade (1,5 valores).

A primeira questão a analisar é a de saber se a empresa dispõe de capacidade para satisfazer a


encomenda. Tendo em conta que as vendas para N+1 são de 45.000 un. e que a capacidade
instalada é de 50.000 un., a empresa dispõe de uma folga de 5.000 un., podendo “a priori”
satisfazer a referida encomenda.

Em termos incrementais, as vendas são aumentadas em 3.000 x 200 = 600.000 €

Com o aumento dos custos variáveis de 25€/un., a margem de contribuição (unit.) é: 230 –
(25 + 131,20) = 73,80 €

Donde que a nova margem de contribuição é de 221.400 € = 3.000 un. x 73,80 €.

Mantendo-se os custos fixos, uma vez que a empresa dispõe de capacidade produtiva, a
realização da encomenda significa um aumento dos resultados de 221.400 €.

FIM

10

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