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PERFIL DO ESTADO - GERAL

Localização:
O Estado do Amapá está localizado no estremo Norte do Brasil, quase que
inteiramente no hemisfério Norte. Por suas características geo-físicas, sociais, políticas
e econômicas, faz parte da vasta região Amazônica ou região Norte do Brasil.
A configuração do mapa do estado é de um losango imperfeito, tendo suas vértices
dirigidos para os pontos cardeais. A linha do Equador passa ao sul do estado, na
cidade de Macapá. A cidade de Macapá é a capital do Estado, fica localizada ao sul e é
banhada pelo braço norte do rio Amazonas. O Estado do Amapá é banhado a leste
pelo Oceano Atlântico e o rio Amazonas. O seu litoral com 242 Km de extensão, vai do
Cabo Orange ao Cabo Norte, isto é, da foz do rio Oiapoque a foz do rio Amazonas.

Área:
Com uma área de 143.453 Km². É maior que muitos países do mundo bem como de
algumas unidades brasileiras.
População e Limites: De acordo com estimativa feita pelo IBGE, em agosto de 2000 a
população de estado está estimada em 475.843 habitantes dos quais 362.914 residem
em Macapá e Santana. Seus limites foram fixados definitivamente pelos Decretos Leis
de números 5.812, de 13 de setembro de 1943 e, 6.550 de 31 de maio de 1944,
respectivamente que criou e definiu em seus municípios. O Amapá se limita ao Norte e
a Noroeste com a Guiana Francesa e Suriname. A Leste e Nordeste com o Oceano
Atlântico, ao Sul e Sudeste com o Canal do Norte e Braço esquerdo do rio Amapá, a
Oeste e Sudeste com o rio Jari.
Pontos Extremos: São seus pontos extremos determinados com suas localizações e
especificações de latitude e longitudes: ao Norte Cabo Orange; ao Sul a Foz do rio Jari,
a Leste o Cabo Norte, a Oeste a nascente do rio Jari.
Densidade Demográfica: Aproximadamente 1,92 habitantes por quilômetros
quadrados
Latitude
Extremo Norte - Cabo Orange 4º20"45"N.
Extremo Sul - A 32 Km da Foz do rio Jari - 1º13"30"S.

Longitude:
W. Gr. (com relação do Meridiano de Greenwich)
Extremo Leste - Cabo Norte - 49º54`45" WGr
Extremo Oeste - Nascente do rio Jari - 54º47`30"WGr

Fronteiras
Norte - Guiana Francesa
Sul - Estado do Pará
Leste - Oceano Atlântico
Oeste - Estado do Pará

ASPECTOS FÍSICOS

CLIMA
Em todo o estado predomina o clima equatorial super-úmido, a máxima absoluta pode-
se estimar em 36º C e a mínima 20ºC. Normalmente a máxima absoluta é atingida no
fim da tarde entre às 17:00h às 19:00h, já a mínima ocorre ao alvorecer entre 05:00h
às 07:00h. O regime pluviométrico diverge de localidade para localidade, isto devido a
umidade do ar, a proximidade do mar e a floresta. Durante o ano duas estações são
definidas: o inverno e o verão, o inverno caracterizado pelas fortes descargas pluviais
que vão desde fins de dezembro até agosto, e o verão com predominância dos ventos
alísios e vai de setembro a dezembro.

VEGETAÇÃO

A vegetação do Amapá devido o seu clima equatorial super-úmido apresenta sob a


forma de floresta que são riquíssima dentro de sua variedade infinita de vegetais e está
dividida em: Floresta de Várzea, inundada apenas durante a cheia dos rios; Floresta
de Terra Firme, não atingida pelas inundações, campos que apresenta três aspectos:
Os campos cerrados, os campos inundáveis e os campos limpos. No Amapá
predomina os campos inundáveis. Em todos esses campos se pratica a criação de
gabo bovino e bubalino. Nas partes baixas da planície litorânea, constantemente
alagadas, surge a vegetação denominada mangue e manguezal, que se estende por
todo o litoral. O vegetal predominante é o mangue. Os vegetais que se destacam em
todo o estado por sua importância econômica são: o acapú, o angelim, andiroba,
ucuúba, cedro, pau mulato, carnaúba, maçaranduba, jatobá, pracuúba, pau rosa, pau
amarelo, castanheira, piquiá, aquariquara, sucupira, etc. Todos são aproveitados na
industria madereira. Uns de grande porte, alcançando até 40 metros como a
castanheira e o angelim. Existe também grande quantidade de cipós que empregados
na indústria de móveis e objetos artesanais, sem falar nas inúmeras palmeiras como:
açaizeiro, bacabeira, buritizeiro, paxiubeira, tucumanzeiro, mucajazeiro, ubuçuzeiro e
outras.
Dentre essas palmeiras, a mais importante é o açaizeiro, cujo fruto dá um vinho de
sabor agradável muito utilizado na alimentação. O caule do açaizeiro é usado na
construção da barraca provisória do caboclo, nas pontes que ligam as margens dos
igarapés que cortam as florestas. Os caroços de açaí servem de adubo. O palmito é
industrializado pelo seu sabor nutritivo. Nas matas do Amapá, encontram-se plantas
medicinais como a quina, que produz o "quinino", empregada na fabricação de
remédios. O amapazeiro é uma árvore que dá um leite, utilizado no tratamento de
doenças pulmonares. Foi o nome dessa planta que se deu o nome ao local: Amapá.
As matas amapaenses são ricas em plantas, cujas cascas e sementes, servem para
corantes ou tintoriais. Como exemplo podemos citar o urucuzeiro, cujo fruto, o urucu,
possui uma polpa colorida, muito usada para dar cor vermelha a uma variedade de
coisas, e é usada no preparo de alimentos que necessitam de corante. Existe também
em nossas matas, árvores que dão fibra ou embira, usada na confecção de cordas,
redes, adornos, etc. Uma das fibras é o "tururi", ele envolve o cacho do ubuçu, fruto do
ubuçuzeiro. Além do "tururi" temos outras espécies de embira que são tiradas da casca
da embieira. Todas essas plantas constituem um enorme potencial de matéria-prima. è
necessário entretanto que a comunidade local faça a renovação da floresta que
incessantemente sofre predações. Precisamos atentar para a preservação do verde,
conservação do oxigênio e conseqüentemente o prolongamento da vida. Que o homem
se utilize da natureza, sem destruir este potencial facilitador da própria existência.

RELEVO

O relevo do Estado do Amapá é pouco acidentado, apresentando quatro unidades


morfológicas que podem ser identificadas da seguinte forma:
Planície litorânea (terrenos baixos) e alagadiços; Planície aluviais nos baixos e
médios cursos dos rios; Platô arenitíco (estreita faixa situada a oeste da planície
litorânea);
Planalto cristalino (na porção de estado) com grandes extensões de colinas e morros
denominados por cristais montanhosos como: 1. Serra do Tumucumaque 2. Serra
Lombard 3. Serra Estrela 4. Serra da Agaminuara ou Uruaitu 5. Serra do Naucouru 6.
Serra do Navio 7. Serra das Mungubas 8. Serra da Pancada
9. Serra do Iratapuru 10. Serra do Acapuzal 11. Serra Culari 12. Serra Aru.
Os montes são em número de quatro: 1. Monte Catari 2. Monte Carupina 3. Monte
Tipac 4. Monte Itu

HIDROGRAFIA

O Amapá possui uma bacia hidrográfica constituída de muitos rios que se destacam
pela sua importância econômica. Os rios amapaenses na sua maioria deságuam no
Oceano Atlântico. Dentre eles podemos citar:
Rio Araguari - Nasce na Serra do Tumucumaque e deságua no Atlântico. Este rio
possui 36 cachoeiras entre as quais merecem destaque: - Cachoeira do Paredão onde
fica a Hidroelétrica Coaracy Nunes a qual fornece energia elétrica para grande parte do
estado. - Cachoeira da Anta, do Arrependido, do Arrependidozinho, das Pedras,
Mungubas e outras.
Rio Oiapoque - Destaca-se por servir de linha divisória entre o Brasil e a Guiana
Francesa. Suas cachoeiras mais importantes são: - Goiabeiras – Mananá - Caimum
– Tacuru - Gran Rocho. Rio Pedreira - Tem importância histórica. Dele foram retiradas
as pedras para construção da Fortaleza de São José de Macapá, forte que foi
construído pelos escravos para defesa do Brasil contra os invasores estrangeiros.
Rio Gurijuba - Já foi considerado como rio mais piscoso do estado. Rio Cassiporé -
Muito rico em peixes. Rio Vila Nova - Separa o município de Mazagão do município de
Laranjal do Jari, nele se encontram jazidas de ferro e a Cachoeira Branca. Rio Jari -
Afluente da margem esquerda do rio Amazonas separando o Amapá do estado do
Pará, encontra-se as cachoeiras: - De Santo Antônio – Cumarú – Inajá – Aurora –
Maçaranduba – Guaribas - Do Rebojo - Do Desespero. Rio Matapi - Banha o município
de Santana e deságua em frente a Ilha de Santana. Rio Maracapú - Banha uma das
principais regiões castanheiras do estado. Rio Amapari - Afluente do rio Araguari é
importante porque banha a Serra do Navio e é em seu leito que é lavado o manganês.
Os rios Amapá Grande, Flexal, Tartarugalzinho e Tartarugal Grande - banham o
município de Amapá e são ricos em peixes.
A bacia hidrográfica formada pelos rios Araguari, Amapari é a mais importante do
estado tanto pela sua contribuição de energia como pela aproximação do rio
Amazonas.
Além dos rios merecem destaque inúmeros lagos e lagoas como: Lago Grande, Lago
dos Bagres, Lago Floriano, Lago do Vento, Lago dos Gansos, Lago Piratuba, Lago
duas Bocas, Lago Novo, Lago Comprido, Lago do Vento, Lago Mutuca e outros.
Existem outros lagos de importância em outras localidades do estado. A maioria dos
lagos secam durante o verão, os peixes e as tartarugas descem para os lagos mais
fundos ou para os rios mais próximos. Na época das chuvas os lagos enchem e são
navegáveis e representam uma das potencialidades locais.
As quatros ilhas mais importantes são: Ilha do Bailique, ilha do Maracá, ilha de Jipioca
e ilha de Santana. A ilha do Bailique faz parte do arquipélago do Bailique. As ilhas mais
importantes são: Ilha do Brigue, ilha do Faustino e ilha do Curuá. Existem ainda ilhas
de menor importância como a ilha jipioca e a ilha do Juruá, a ponta do Martim e a ponta
do Guará. O aproveitamento desse potencial deve ser feito em harmonia com a
natureza; isto é, sem a devastação. A pesca não deve ser feita no período da desova,
para que os peixes não desapareçam. Os ovos de tracajás não devem ser tirados para
que a espécie não desapareça. A utilização da natureza deve ser feita com cautela,
para que possa usufruir sempre dos seus benefícios.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

EXTRATIVISMO VEGETAL

Este é um segmento de suma importância para a economia do Amapá, sendo


identificado pela vasta extensão de suas terras, densidade dos seus rios e pela
grandeza de suas florestas, onde são avaliados fatores de produção até agora pouco
explorados, com possibilidades de aproveitamento no setor de transformação industrial,
que poderá contribuir para o surgimento de valiosas fontes econômicas.
Madeira: A densa floresta conta com aproximadamente 9,5 milhões de m³, de grande
aceitação comercial nos mercados nacional e internacional. As concentrações de
madeiras comercializáveis equivalem a 170 m³ por habitantes, ressaltando-se também
a existência de espécies de madeiras com fonte de material celulósico e semente
oleaginosas com alto teor de óleo. Entre as espécies mais comercializadas de
madeiras estão: acapú, macacaúba, andiroba, pau mulato, breu, cedro, maçaranduba,
angelim, sucupira, etc. Entre as sementes oleaginosas que mais se destacam são:
andiroba, ucuúba, castanha do Brasil, pracaxi, etc.
Agricultura: A atividade agrícola embora seja considerada de maior importância sócio-
econômica, uma vez que é o suporte básico de qualquer economia no Amapá, ainda é
cultivada em pequena escala sendo considerada uma cultura de subsistência. A
participação no abastecimento do mercado local é insignificante não havendo
excedente para exportação. Para o suprimento da demanda interna, o mercado importa
grande parte do seu consumo. Muito embora existam boas perspectivas de
desenvolvimento agrícola tendo em vista as condições que o governo vem oferecendo
com a inauguração da Agência de Fomento, convênios com associações, cooperativas
e sindicatos, além do funcionamento da Feira do Produtor. Tudo isso aliado a bons
solos e climas, propícios, para o cultivo de culturas temporárias como|: arroz, milho,
feijão, mandioca, legumes, etc... culturas permanentes como: pimenta-do-reino, coco,
laranja, limão e outros. Arroz: Com pouca tradição no Amapá, o cultivo do arroz utiliza
o sistema produtivo consorciado com a mandioca ou o milho e, em menor escala,
cultivo "solteiro". Milho: O milho, cultura de grande significado para o Amapá, também
vem apresentando queda de produção nos últimos anos. Como nas demais culturas
temporárias no período analisado, caíram a produção (19,68) e área colhida (946,78).
Estes declínios tem se refletido na produção avícola, por ser matéria-prima destinada à
fabricação de ração balanceada para aves. Macapá e Mazagão foram, mais uma vez,
os dois maiores produtores com 68,55% a 19,3% da produção total, respectivamente.
Feijão: A produção de feijão vem decaindo desde 1986, tendo apresentado em 1977
uma substancial queda na quantidade produzida (72,58%). O feijão cultivado no Amapá
é o caupi (feijão de colônia), de pouca aceitação para consumo por parte da população
de classe média. O governo vem incentivando o cultivo, devido á importância na
alimentação da população de baixa renda. Por isso vem fomentando o seu cultivo com
a distribuição de sementes selecionadas através de subsídios ao preparo da área
mecanizada. Mandioca: É cultura da maioria dos agricultores em decorrência do hábito
alimentar da população amazônica, sendo a produção destinada à subsistência e a
venda na Feira do Produtor. Horticultura: A produção de hortaliças está concentrada
no Pólo-Hortigranjeiro, em Fazendinha, na Colônia Agrícola do Matapi, e na periferia de
Macapá. As principais espécies produzidas são: couve, cariru, coentro, chicória,
cebolinha, alface, tomate, feijão verde, chuchu, pepino e salsa entre outros. A iniciativa
do governo para incentivar essa atividade foi a instalação do Pólo-Hortigranjeiro,
dotado de estradas em boas condições de tráfego, energia elétrica e sistemas de
irrigação central, beneficiando 34 produtores. Em relação à Colônia Agrícola do Matapi
e periferia de Macapá, o apoio do Governo concentra-se principalmente no escoamento
da produção, através dos veículos da Secretaria e, na comercialização, por meio da
organização da Feira do Produtor. Culturas permanentes: As principais culturas
permanentes cultivadas no Amapá são: a pimenta-do-reino, a laranja e a banana que
ainda não atingiram um estágio ideal de desenvolvimento, mas já contribuem para o
abastecimento interno e melhoria de renda do produtor. Pimenta-do-reino: A cultura da
pimenta-do-reino está concentrada na Colônia Agrícola do Matapi, e foi introduzida na
década de 1970, com mudas oriundas de Tomé-Açu (PA), por iniciativa do Poder
Público. Citros: A produção de laranja vem aumentando gradativamente, graças ao
incentivo do Governo, que, nos últimos cinco anos, vem distribuindo mudas produzidas
pela Companhia de Desenvolvimento do Amapá (CODEASA), hoje CODAP ou
adquiridas em outras Unidades da Federação, através da Secretaria de Agricultura. A
continuar esta tendência, espera-se que em poucos anos, o Amapá seja auto-suficiente
em laranja. Banana: O Amapá já foi um grande produtor de banana, chegando a
abastecer o mercado local e comercializar o excedente para o Estado do Pará. Com a
infestação dos bananais pela doença conhecida por "moko da bananeira", transmitida
pela bactéria do gênero Pseudomonas, descoberta por técnicos do Ministério da
Agricultura e da Universidade Rural do Rio de Janeiro por volta de 1978, a produção
começou a decair, sendo hoje insuficiente para atender o consumo local.
Pecuária: A pecuária do Amapá é extensiva sem aplicações das técnicas
recomendadas e manejos adequados às peculiaridades da região. Os programas de
incentivo do Governo à pecuária são as realizações das exposições, feiras e aquisição
de animais melhorantes em outras Unidades da Federação, para revenda aos
criadores com vistas à melhoria do padrão de rebanho, além da assistência técnica aos
produtores.
Pesca: É considerada de grande expressão econômica. As principais áreas de
exploração são: Porto de Santana, Arquipélago do Bailique, Vila do Sucuriju, Ilha de
Maracá, Foz do Cassiporé e Costa do Amapá. As espécies masi exploradas são:
piramutaba, pescada, filhote, dourada, gurijuba, pirarucu, tambaqui, pirapitinga,
tucunaré, piranha, traíra, açará, aruanã, sarda, jiju, tamuatá, etc. Além das espécies
acima citadas, o Estado do Amapá possui sua costa rica em espécie de crustáceo de
grande valor de mercado (camarão rosa, camarão da água doce e o caranguejo). O
sistema produtivo predominante na atividade pesqueira era o artesanal, o governo vem
implementando uma política pesqueira bastante equilibrada em que vários frigoríficos já
foram entregues as cooperativas de pesca de alguns municípios e outros estão em
construção, além de empresas que já manifestaram interesse em se instalarem no
Estado para explorarem a pesca comercial. Pode-se observar a pesca artesanal em
duas modalidades principais conforme áreas de ocorrência.
Pesca de água doce: Ocorre nas áreas lacustres, caracterizada pela utilização de
pequenas embarcações, notadamente montarias, com capacidade média de 200 kg de
carga e apetrechos de pesca de pequeno porte, destacando-se a rede de malhar, linha
de mão, pequenos espinhéis e matapi, sendo este último usado na pesca do camarão
regional.
Pesca de águas estuarinas e costeiras: Desenvolve-se praticamente ao longo de
todo o Estado, com maior intensidade nas proximidades dos rios Cassiporé, Oiapoque,
Cunani e regiões do Sucuriju, Bailique e Amapá. A frota pesqueira artesanal que atua
na área é constituída, principalmente, por embarcações de pequeno e médio portes,
empregando apetrechos como rede de malhar e espinhel para captura de gurijuba,
dourada, pescada e bagre, que tornam a maior parcela de produção do Estado do
Amapá.
Ainda na costa do Amapá é realizada a pesca industrial do camarão rosa, com nível
tecnológico avançado, desenvolvida por empresas locais e de outros estados,
destinando-se basicamente a produção ao mercado internacional.

ATIVIDADES ECONÔMICAS

EXTRATIVISMO MINERAL

A existência de um representativo potencial mineral, ainda não avaliado na extensão de


suas reservas e nem explorado corretamente com sua significação econômica,
predispõe o Amapá como região propícia para o desenvolvimento da indústria extrativa
mineral.
Esta peculiaridade, no entanto, representada pela existência do manganês, ouro,
caulim, tantalita, columbita, cassiterita, bauxita, ferro, eremita, etc... durante muito
tempo pouco incentivou o empresariado do setor a investir na pesquisa e/ou
exploração desses minerais. Tanto que, desde a década de 50 até os fins dos anos 80,
registra-se apenas a ICOMI, como empresa de grande porte atuando no Amapá, na
extração do minério do manganês da Serra do Navio, além de pequenos serviços de
garimpagem do ouro em diversos pontos do estado, sendo a de maior importância a do
eixo Lourenço-Cassiporé. Somente na década de 80, a mineração do Amapá ganhou
maior expressão no contexto sócio-econômico, expandindo sua área de exploração e
ganhando maior representatividade como geradora de emprego e renda. Para isso,
muito influiu a descoberta de novos veios auríferos no município de Calçoene e
Oiapoque, que motivou a vinda de grandes levas de garimpeiros de todo o Brasil, como
influenciou também no ânimo do empresariado do setor para investimentos
representativos em pesquisa e, exploração não só de ouro, mas de outros minerais,
inclusive os não metálicos.
Minerais: O potencial mineral também parcialmente avaliado, quanto a importância e
grandeza de suas reservas, significa outra fonte de riqueza de grande expressão
econômica para o desenvolvimento da região. Em termos de produção, atualmente, os
minerais que mais se destacam são: o ouro, o manganês e o caulim.
Ouro: As maiores reservas de ouro do Amapá estão localizadas no município de
Calçoene com maior exploração nos garimpos de Lourenço. Regiões onde é praticada
tal atividade: Lourenço-Cassiporé, Mapari, Tartarugalzinho, Araguari-Amapari, Vila
Nova, Cajari e Oiapoque. Na maioria dessas regiões é praticada atividade semi-
mecanizada.
Manganês: As reservas atuais do manganês, que somam 9,3 milhões de toneladas,
permitindo uma vida útil da mina até o ano de 2003, estão localizadas no município de
Serra do Navio. O produto comercializável é transportado por composição ferroviária da
Estrada de Ferro do Amapá, para o porto de Santana, localizado às margens do Canal
Norte do Rio Amazonas, onde é estocado para posterior embarque em navios, tendo
como destino o mercado interno (30% em média), e o restante o mercado externo.
Os principais países compradores de minério são: Estados Unidos, Inglaterra, Japão e
Romênia.
Outros: Dentre os outros minerais, destacam-se a cassiterita (Amapari e Araguari) e a
tantalita (Amaparai, Araguari, Vila Nova, e serra do Tumucumaque), ambas produzidas
a partir de garimpagem. A prata é extraída como: subproduto da mineração industrial
do ouro. Destacam-se ainda, entre esses, os materiais utilizados na construção civil.

FOLCLORE AMAPAENSE

Folclore é o conjunto de tradições, lendas, crenças e costumes populares.


Cada Região possui costumes próprios do povo, seja na alimentação, nas danças ou
nas crenças. O povo amapaense possui os mesmos costumes dos paraenses.
Na alimentação destacam-se: a maniçoba, o vatapá, o caruru, o pato no tucupi, a
caldeirada de tucunaré, o camarão no bafo, a farofa de pirarucu, o pirarucu, etc.
A castanha-do-Brasil está presente nos doces, bolos, tortas, sorvetes, cremes, etc.
Dentre as bebidas citam-se: açaí, bacaba, tacacá, refresco de cupuaçu, de graviola, de
maracujá, de taperebá, etc. A dança típica do povo amapaense é o Marabaixo, que é
dançado durante a Festa do Divino. Um mastro é levantado e as pessoas dançam em
torno, ao som de caixas e tambores. Durante a festa são servidas certas iguarias
típicas como: beijo-de-moça, quindim, rosquinha, beijus, mingau de banana e de
farinha de tapioca, etc. Na localidade de Igarapé do Lago, no município de Macapá, é
dançado o batuque. Existem locais onde as comunidades conservam as tradições que
são apresentadas nas festas religiosas. Em Macapá a principal festa é a de São José,
seguindo-se o Círio de Nazaré. No Curiaú comemoram a Festa do Divino e São
Joaquim. No Igarapé do Lago festejam o Divino e Nossa Senhora da Piedade. Em
Mazagão Velho é comemorada a Festa de São Thiago. Na maioria das festividades dos
santos padroeiros locais é dançado o Marabaixo, dança que caracteriza o povo
amapaense.
Na quadra junina são apresentados os cordões de pássaros e do boi. São notáveis as
participações das comunidades nesse entretenimento folclórico. Os cordões consistem
em representações teatrais, na maneira típica do povo. Durante o desenvolvimento da
história, as personagens dialogam e cantam no linguajar local. Os cordões mais
celebres são: do Papagaio, da Ema e do Boi. No Amapá existem lendas interessantes
como do Manganês, do João de Gatinha, da Pedra do Guindaste e uma enorme
quantidade de fantasias, como a do Boto, importante peixe do Amazonas.

ENERGIA

A empresa estatal federal Eletronorte administra um sistema de geração de energia


hidrotérmica com predominância termoelétrica, correspondendo a cerca de 75% da
potência instalada. Em decorrência disso, os custos da energia para o consumidor são
muito altos, superando a média nacional, baseado em geração hidráulica.
A energia hidráulica é produzida na única usina hidroelétrica do Estado, a Coaracy
Nunes, com capacidade de 40 MW, situada a 130Km de Macapá, em operação desde
de 1975. A usina termoelétrica de Santana teve sua capacidade ampliada em 1998
para 105 MW, criando algum excedente que será incrementado quando da instalação
da terceira turbina na usina hidroelétrica.
Macapá consome cerca de 72% da energia gerada e Santana 18%. A classe de
consumo mais representativa é a residencial, utilizando quase metade da energia
gerada, enquanto as atividades comerciais consumiram 17% e 13%, respectivamente.
Nos últimos três anos, o consumo de energia aumentou em 70%, tendo contribuído
para esse índice, o atendimento de diversas comunidades do meio rural e da periferia
da capital do Estado.
A decisão de adotar o desenvolvimento sustentável como política de governo para o
Amapá, representou um marco na história recente na Amazônia. Trouxe o conceito
para o campo experimental, ampliou a escala das pequenas iniciativas existentes até
então, inaugurou, inaugurou uma alternativa para o desenvolvimento regional e
demonstrou que a sustentabilidade é um processo cumulativo, construído de projetos
inovadores em todas as áreas que, aos poucos, modificam as estruturas tradicionais da
economia e da sociedade.
Através do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Amapá, a sociedade local
vem demonstrando que é viável proteger a biodiversidade, evitar o desmatamento e
melhorar a renda da população, objetivos das principais políticas nacionais e dos
programas internacionais para a Amazônia Brasileira.
Os primeiros quatro anos trouxeram algumas ligações importantes que darão
sustentação às propostas a serem implementadas na próxima etapa:
Mudar o rumo do desenvolvimento é, antes de tudo, uma decisão política. As soluções
técnicas estão disponíveis e vão sendo aplicadas de acordo com as peculiaridades
locais.
Descentralizar atividades tidas como tipicamente governamentais, repassando recursos
e responsabilidades para instituições da sociedade civil organizada é um importante
instrumento de distribuição de renda e justiça social e de controle sobre as ações do
poder público, resultando no fortalecimento das comunidades locais.
Implantar políticas governamentais voltadas para mudar as desigualdades históricas,
cria as condições necessárias para os setores mais vulneráveis da população se
inserirem no processo de desenvolvimento.
Tendo assegurado estruturas sociais mais igualitárias e organizado o setor público, é
possível avançar na busca da sustentabilidade, centrando esforços em atividades
econômicas que possam agregar valor aos recursos naturais e ampliem os benefícios
do desenvolvimento.
Os projetos implantados pelo PDSA no Amapá, seguiram as diretrizes traçadas em
1995, que continuam válidas, porque são constitutivas ao novo modelo.

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