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O que é o Sistema

Harmonizado (SH)
NCM - Classificação Mercadoria

O que é o Sistema Harmonizado (SH)

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou simplesmente Sistema


Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de
códigos e respectivas descrições.

Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar a
coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior. Além disso, o SH
facilita as negociações comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativas
aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos diversos
intervenientes no comércio internacional.

A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades dos
produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e
de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.

O Sistema Harmonizado (SH) abrange:


» Nomenclatura– Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos, além das Notas de Seção, de Capítulo e
de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos em posições e subposições, atribuindo-se códigos
numéricos a cada um dos desdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma eventual
utilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais pelas Partes Contratantes. O
Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar operações especiais na exportação;
» Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado – Estabelecem as regras gerais de
classificação das mercadorias na Nomenclatura;
» Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) – Fornecem esclarecimentos e interpretam o
Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e conteúdo da Nomenclatura.

Estrutura e Composição da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM)

O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do
Mercosul (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os
seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e o oitavo dígitos correspondem a
desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.

A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) obedece à seguinte
estrutura:

 
Exemplo:

Código NCM: 0104.10.11 Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com cria ao pé.

Este código é resultado dos seguintes desdobramentos:

Seção I Animais vivos e produtos do reino animal

Capítulo 01 Animais vivos

Posição 0104 Animais vivos das espécies ovina e caprina

Subposição 0104.10 Ovinos

Item 0104.10.1 Reprodutores de raça pura

Subitem 0104.10.11 Prenhe ou com cria ao pé

Observação: Na classificação de mercadorias, é fundamental que sejam consideradas, quando houver, as


Notas de Seção e de Capítulo. Nas Seções que constam Notas, clique em "Ver Notas de Seção", ao final da
descrição da Seção. As Notas de Capítulo antecedem os códigos e escrições de cada um deles.

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH)

As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) compreendem as Notas de Seção, de Capítulo e de


Subposição. Trata-se de material extenso e pormenorizado, que estabelece, detalhadamente, o alcance e
conteúdo da Nomenclatura abrangida pelo SH. A publicação encontra-se disponível para consulta no Núcleo de
Informações de Comércio Exterior – NUCEX, no seguinte endereço:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Comércio Exterior
Dirección General de Operações de Comércio Exterior
Núcleo de Informações de Comércio Exterior
Praça Pio X, nº 54 – Loja – Centro - Rio de Janeiro – RJ

» Base legal: Decreto nº 97.409, de 23/12/1988 (DOU de 28/12/1988), que promulgou a Convenção
Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, bem como
alterações posteriores.

Dúvidas na Classificação
A solução de consultas sobre classificação fiscal de mercadorias é de competência da Secretaria da Receita
Federal (SRF), por intermédio da Coordenação-Geral do Sistema Aduaneiro e da Superintendência Regional da
Receita Federal.
Em caso de dúvidas sobre a correta classificação fiscal de mercadorias, o interessado deverá contatar a Unidade
da Receita Federal do seu domicílio fiscal, formulando consulta por escrito, de acordo com as orientações
constantes no site dessa Secretaria, na seguinte página:
www.receita.fazenda.gov.br/srf.www/guiacontribuinte/consclassfiscmerc.htm.

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1 - O QUE É CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS


Para Exportar e Importar, a empresa deverá classificar seus produtos de acordo
com as nomenclaturas: NCM, NALADI/SH.

NALADI/SH, Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de


Integração possui estrutura semelhante à da NCM (para a qual serviu de base) e
o mesmo número de dígitos (8), sendo que os seis primeiros são sempre
idênticos.ambas criadas com base na Convenção Internacional sobre o Sistema
Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH), firmada em
Bruxelas, em 14 de junho de 1983.

O SH (Sistema Harmonizado) possui 6 dígitos, mas cada país pode ter até quatro
dígitos a mais.

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) foi criada em 1995, com a entrada


em vigor do MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto 2.376, de 13 de novembro de
1997, juntamente com as alíquotas do imposto de importação que compõem a
Tarifa Externa Comum - TEC.
A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), possui 8
dígitos e uma estrutura de classificação que contém até 6 níveis de agregação:
capítulo, posição, subposição simples, subposição composta, item e sub-item:
-Capítulo: a indicação do Capítulo no código é representada pelos dois primeiros
dígitos;
-Posição: a Posição dentro do Capítulo é identificada pelos quatro primeiros
dígitos;
-Subposição Simples: é representada pelo quinto dígito;
-Subposição Composta: é representada pelo sexto dígito;
-Item: é a subdivisão do SH, representado, no código, pelo sétimo dígito;
-Sub-item: é a subdivisão do item, representado, no código, pelo oitavo dígito.

EXEMPLO:

NCM 8471.49.11 (outras máquinas automáticas digitais para processamento de


dados, apresentadas sob forma de sistema)

84: capítulo (reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos


mecânicos, e suas partes)
8471: posição (máquinas automáticas para processamento de dados e suas
unidades; leitores magnéticos ou ópticos, máquinas para registrar dados em
suporte sob forma codificada, e maquinas para processamento desses dados, não
especificadas nem compreendidas em outras posições)
8471.4: subposição simples (outras máquinas automáticas digitais para
processamento de dados)
8471.49: subposição composta (outras apresentadas sob a forma de de
sistemas)
8471.49.1: item (unidades de processamento digitais da subposição 8471.50)
8471.49.11: sub-item (Do item 8471.50.10)

A TIPI é Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados tem por


base a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), essa tabela é utilizada para
definição das alíquotas de IPI.
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2- O que é o Sistema Harmonizado (SH)


O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou
simplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de
classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas
descrições.
Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio
internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das
estatísticas, particularmente as do comércio exterior. Além disso, o SH facilita as
negociações comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das
estatísticas relativas aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras
informações utilizadas pelos diversos intervenientes no comércio internacional.
A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam
atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e
aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível
de sofisticação das mercadorias.
O Sistema Harmonizado (SH) abrange:
· Nomenclatura - Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos, além das
Notas de Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são
divididos em posições e subposições, atribuindo-se códigos numéricos a cada um
dos desdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma
eventual utilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos
especiais pelas Partes Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99
para registrar operações especiais na exportação;
· Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado - Estabelecem
as regras gerais de classificação das mercadorias na Nomenclatura;
· Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) - Fornecem esclarecimentos e
interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e
conteúdo da Nomenclatura.
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3 - ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DA NCM

Estrutura e Composição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)

O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a


Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que tem por base o Sistema
Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são
formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos
correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL.
A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL
(NCM) obedece à seguinte estrutura: 0000.00.00

Exemplo:
Código NCM: 0104.10.11 Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina,
prenhe ou com cria ao pé
Este código é resultado dos seguintes desdobramentos:
Seção I à ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL

Capítulo 01 à Animais vivos

Posição 0104 à Animais vivos das espécies ovina e caprina

Subposição 0104.10 à Ovinos

Item 0104.10.1 à Reprodutores de raça pura

Subitem 0104.10.11 à Prenhe ou com cria ao pé

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4 - ROTEIRO SIMPLIFICADO DE IDENTIFICAÇÃO NA NCM

Roteiro Simplificado de Identificação de Mercadorias na NCM


Apresenta-se, a seguir, um roteiro simplificado, que permite a identificação de
produtos em diversos níveis. Para tanto, se faz necessário observar os seguintes
passos:
a. Considere as Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado e a
Regra Geral Complementar da NCM (item IV);
b. Identifique a Seção e o Capítulo desejados, dispostos na tabela do item VII;
c. Clique no Capítulo selecionado para visualizar a tabela de códigos e descrições
das mercadorias na NCM do referido Capítulo;
d. Proceda ao enquadramento da mercadoria, seguindo o ordenamento de
classificação dos códigos na NCM (posição, subposição, item e subitem), de acordo
com as especificidades do produto, conforme demonstrado no item II;

Observação: Na classificação de mercadorias, é fundamental que sejam


consideradas, quando houver, as Notas de Seção e de Capítulo, disponíveis na
tabela do item VII. Nas Seções que constam Notas, clique em "Ver Notas de
Seção", ao final da descrição da Seção. As Notas de Capítulo antecedem os códigos
e descrições de cada um deles.

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5 - REGRAS GERAIS DO SH
Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado e Regra Geral
Complementar da NCM

A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes Regras:


1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para
os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das
Notas de Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das
referidas posições e Notas, pelas Regras seguintes.

2.a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo


mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se
encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange
igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das
disposições precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar.
b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa
matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da
mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria determinada abrange as
obras constituídas inteira ou parcialmente dessa matéria. A classificação destes
produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme os princípios
enunciados na Regra 3.

3. Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições


por aplicação da Regra 2.b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve
efetuar-se da forma seguinte:
a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando
duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das
matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a
apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais
posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou artigos, como
igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma descrição mais precisa
ou completa da mercadoria.

b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes ou


constituídas pela reunião de artigos diferentes e as mercadorias apresentadas em
sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se possa
efetuar pela aplicação da Regra 3.a), classificam-se pela matéria ou artigo que lhes
confira a característica essencial, quando for possível realizar esta determinação.

c) Nos casos em que as Regras 3.a) e 3.b) não permitam efetuar a classificação, a
mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica,
dentre as suscetíveis de validamente se tomarem em consideração.
4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima
enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão
sujeitas às Regras seguintes:
a) Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas,
para instrumentos de desenho, para jóias e receptáculos semelhantes,
especialmente fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e
suscetíveis de um uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se
destinam, classificam-se com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente
vendido com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos
que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5.a), as embalagens contendo mercadorias
classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado para
o seu acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as
embalagens sejam claramente suscetíveis de utilização repetida.
6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é
determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de
Subposição respectivas, assim como, "mutatis mutandis", pelas Regras
precedentes, entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo
nível. Para os fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também
aplicáveis, salvo disposições em contrário.

Regra Geral Complementar (RGC) da NCM


1. As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão,
"mutatis mutandis", para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item
aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente, entendendo-se que
apenas são comparáveis desdobramentos regionais (itens e subitens) do mesmo
nível.
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6 - Notas Explicativas da NESH

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) As Notas Explicativas do


Sistema Harmonizado (NESH) compreendem as Notas de Seção, de Capítulo e de
Subposição. Trata-se de material extenso e pormenorizado, que estabelece,
detalhadamente, o alcance e conteúdo da Nomenclatura abrangida pelo SH.

Base legal: Decreto nº 97.409, de 23/12/1988 (DOU de 28/12/1988), que


promulgou a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação
e de Codificação de Mercadorias, bem como alterações posteriores.

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1. Sistema Harmonizado

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, ou


simplesmente Sistema Harmonizado (SH), é um método internacional de classificação
de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições.
Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional,
assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas,
particularmente as do comércio exterior. Além disso, o SH facilita as negociações
comerciais internacionais, a elaboração das tarifas de fretes e das estatísticas relativas
aos diferentes meios de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas
pelos diversos intervenientes no comércio internacional.
A composição dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam
atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e
aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de
sofisticação das mercadorias.
O Sistema Harmonizado (SH) abrange:

 Nomenclatura – Compreende 21 seções, composta por 96 capítulos, além das Notas


de Seção, de Capítulo e de Subposição. Os capítulos, por sua vez, são divididos em
posições e subposições, atribuindo-se códigos numéricos a cada um dos
desdobramentos citados. Enquanto o Capítulo 77 foi reservado para uma eventual
utilização futura no SH, os Capítulos 98 e 99 foram reservados para usos especiais
pelas Partes Contratantes. O Brasil, por exemplo, utiliza o Capítulo 99 para registrar
operações especiais na exportação;
 Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado – Estabelecem as regras
gerais de classificação das mercadorias na Nomenclatura;
 Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) – Fornecem esclarecimentos e
interpretam o Sistema Harmonizado, estabelecendo, detalhadamente, o alcance e
conteúdo da Nomenclatura.

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2. Estrutura e composição do NCM


II. Estrutura e Composição da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)
O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a
Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que tem por base o Sistema
Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são
formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem
a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL.
A sistemática de classificação dos códigos na Nomenclatura Comum do MERCOSUL
(NCM) obedece à seguinte estrutura:
00  00    00   0  0

Exemplo: Código NCM: 0104.10.11


Animais reprodutores de raça pura, da espécie ovina, prenhe ou com cria ao pé
Este código é resultado dos seguintes desdobramentos:
Seção I àANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL

Capítulo 01 àAnimais vivos

Posição 0104 àAnimais vivos das espécies ovina e caprina

Subposiçã
0104.10 àOvinos
o

Item 0104.10.1 àReprodutores de raça pura

Subitem 0104.10.11àPrenhe ou com cria ao pé

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3. Dúvidas sobre classificação de mercadorias

A solução de consultas sobre classificação fiscal de mercadorias é de competência da


Secretaria da Receita Federal (SRF), por intermédio da Coordenação-Geral do Sistema
Aduaneiro e da Superintendência Regional da Receita Federal.
Em caso de dúvidas sobre a correta classificação fiscal de mercadorias, o interessado
deverá contatar a Unidade da Receita Federal do seu domicílio fiscal, formulando
consulta por escrito, de acordo com as orientações constantes no site dessa Secretaria,
na seguinte página:
www.receita.fazenda.gov.br/srf.www/guiacontribuinte/consclassfiscmerc.htm
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4. Regras de interpretação

A classificação das mercadorias na Nomenclatura rege-se pelas seguintes regras:


1. Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os
efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de
Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas
posições e Notas, pelas Regras seguintes:
2.
a. Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo
mesmo incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se
encontra, as características essenciais do artigo completo ou acabado.
Abrange igualmente o artigo completo ou acabado, ou como tal considerado
nos termos das disposições precedentes, mesmo que se apresente
desmontado ou por montar.
b. Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a
essa matéria, quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras
matérias. Da mesma forma, qualquer referência a obras de uma matéria
determinada abrange as obras constituídas inteira ou parcialmente por essa
matéria. A classificação destes produtos misturados ou artigos compostos
efetua-se conforme os princípios enunciados na Regra 3.
3. Quando pareça que a mercadoria pode classificar-se em duas ou mais posições por
aplicação da Regra 2 b) ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da
forma seguinte:

1.
a. A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando
duas ou mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das
matérias constitutivas de um produto misturado ou de um artigo composto,
ou a apenas um dos componentes de sortidos acondicionados para venda a
retalho, tais posições devem considerar-se, em relação a esses produtos ou
artigos, como igualmente específicas, ainda que uma delas apresente uma
descrição mais precisa ou completa da mercadoria.
b. Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes ou
constituídas pela reunião de artigos diferentes e as mercadorias apresentadas
em sortidos acondicionados para venda a retalho, cuja classificação não se
possa efetuar pela aplicação da Regra 3 a), classificam-se pela matéria ou
artigo que lhes confira a característica essencial, quando for possível realizar
esta determinação.
c. Nos casos em que as Regras 3 a) e 3 b) não permitam efetuar a classificação, a
mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem
numérica, dentre as suscetíveis de validamente se tomarem em consideração.

4. As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras acima
enunciadas classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.
5. Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas
às Regras seguintes:

1.
a. Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais,
para armas, para instrumentos de desenho, para jóias e receptáculos
semelhantes, especialmente fabricados para conterem um artigo
determinado ou um sortido, e suscetíveis de um uso prolongado,
quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se
com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido
com tais artigos. Esta Regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos
que confiram ao conjunto a sua característica essencial.
b. Sem prejuízo do disposto na Regra 5 a), as embalagens contendo
mercadorias classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo
normalmente utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta
disposição não é obrigatória quando as embalagens sejam claramente
suscetíveis de utilização repetida.

6. A classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é


determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de
Subposição respectivas, assim como, mutatis mutandis, pelas Regras precedentes,
entendendo-se que apenas são comparáveis subposições do mesmo nível. Para os fins da
presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo
disposições em contrário.
 
REGRA GERAL COMPLEMENTAR (RGC)
1. (RGC-1) As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão,
"mutatis mutandis", para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item
aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente, entendendo-se que apenas
são comparáveis desdobramentos regionais (itens e subitens) do mesmo nível.
2. (RGC-2) As embalagens contendo mercadorias e que sejam claramente suscetíveis de
utilização repetida, mencionadas na Regra 5 b), seguirão seu próprio regime de
classificação sempre que estejam submetidas aos regimes aduaneiros especiais de
admissão temporária ou de exportação temporária. Caso contrário, seguirão o regime de
classificação das mercadorias.
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5. Notas Explicativas do SH - Sistema Harmonizado

As Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH) compreendem as Notas de


Seção, de Capítulo e de Subposição. Trata-se de material extenso e pormenorizado, que
estabelece, detalhadamente, o alcance e conteúdo da Nomenclatura abrangida pelo SH.
A publicação encontra-se disponível no seguinte endereço:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Comércio Exterior
Departamento de Operações de Comércio Exterior
Esplanada dos Ministérios, Bloco: J Sala: 810
Brasília - DF CEP: 70053-900
Base legal: Decreto nº 97.409, de 23/12/1988 (DOU de 28/12/1988), que promulgou a
Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação
de Mercadorias, bem como alterações posteriores.
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6. Abreviaturas e símbolos

A ampère(s)

Ah ampère(s)hora
AST
American Society for Testing Materials (Sociedade Americana de Ensaio de Materiais)
M

Bq Becquerel

°C" grau(s) Celsius

CCD Charge Coupled Device (Dispositivo de Cargas Acopladas)

cg centigrama(s)

cm centímetro(s)

cm2 centímetro(s) quadrado(s)

cm3 centímetro(s) cúbico(s)

cN centinewton(s)

cSt centistokes

DCI Denominação Comum Internacional

g grama(s)

Gbit gigabit(s)

GHz gigahertz

h hora(s)

HP horse-power (cavalo-vapor)

HRC Rockwell C

Hz Hertz

IV infravermelho

kbit quilobit(s)

kcal quilocaloria(s)

kg quilograma(s)

kgf quilograma(s) força

kHz quilohertz

kN quilonewton(s)

kPa quilopascal(is)

kV quilovolt(s)

kVA quilovolt(s)-ampère(s)

kVAr quilovolt(s)-ampère(s) reativo(s)


kW quilowatt(s)

l litro(s)

m metro(s)

m- meta-

m2 metro(s) quadrado(s)

m3 metro(s) cúbico(s)

mbar milibar(es)

Mbit megabit(s)

µCi microcurie(s)

mg miligrama(s)

MHz megahertz

min minuto(s)

mm milímetro(s)

mN milinewton(s)

MPa megapascal(is)

MW megawatt(s)

N newton(s)

nm nanometro(s)

Nm newton(s)metro

ns> nanosegundo(s)

o- orto-

p- para-

q- pH potencial hidrogeniônico

r- s segundo(s)

t tonelada(s)>

UV ultravioleta

V volt(s)

vol volume

W watt(s)

x° x grau(s)
% por cento

Exemplos:
1.500g/m2 mil e quinhentos gramas por metro quadrado
15°C quinze graus Celsius
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7. Roteiro simplificado de identificação de mercadorias NCM

III. Roteiro Simplificado de Identificação de Mercadorias na NCM Apresenta-se, a


seguir, um roteiro simplificado, que permite a identificação de produtos em diversos
níveis. Para tanto, se faz necessário observar os seguintes passos:

a. Considere as Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado e a Regra


Geral Complementar da NCM (item IV);
b. Identifique a Seção e o Capítulo desejados, dispostos na tabela do item VII;
c. Clique no Capítulo selecionado para visualizar a tabela de códigos e descrições das
mercadorias na NCM do referido Capítulo;
d. Proceda ao enquadramento da mercadoria, seguindo o ordenamento de classificação
dos códigos na NCM (posição, subposição, item e subitem), de acordo com as
especificidades do produto, conforme demonstrado no item II;

Observação: Na classificação de mercadorias, é fundamental que sejam consideradas,


quando houver, as Notas de Seção e de Capítulo, disponíveis na tabela do item VII. Nas
Seções que constam Notas, clique em "Ver Notas de Seção", ao final da descrição da
Seção. As Notas de Capítulo antecedem os códigos e descrições de cada um deles.

A nomenclatura comum do mercosul

O que é o MERCOSUL?

                O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) foi criado pelo Tratado de Assunção (1991), seu instrumento
jurídico fundamental, assinado pelos quatro países membros: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Bolívia e
o Chile são países associados ao MERCOSUL.
                Com a assinatura do Protocolo de Ouro Preto, em dezembro de 1994, o MERCOSUL ganhou
personalidade jurídica de direito internacional: o Protocolo reconhece ao bloco competência para negociar, em
nome próprio, acordos com terceiros países, grupos de países e organismos internacionais. Cabe mencionar,
nesse contexto, o Acordo-Quadro Inter-regional de Cooperação Econômica, firmado em dezembro de 1995,
entre o MERCOSUL e a União Européia.
                Em seu processo de harmonização tributária, o MERCOSUL contempla a eliminação de tarifas
aduaneiras e restrições não-tarifárias à circulação de mercadorias entre os países membros, tendo por
horizonte garantir, no futuro, a livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos em um mercado comum.
A criação de uma Tarifa Externa Comum - TEC (que caracteriza uma união aduaneira), implementada em
grande parte desde primeiro de janeiro de 1995, e a adoção de políticas comerciais comuns em relação a
terceiros países representam avanços significativos no processo de integração. Assinale-se ainda que, para
atender ao cumprimento de políticas econômicas internas, peculiares aos países membros, foi criada lista de
exceções tributárias para determinados produtos, cujas alíquotas devem convergir para a TEC até 2006.
O que é a ALADI?

                A Comunidade Andina foi criada em 1969, com a assinatura do Acordo de Cartagena, que ficou
conhecido como "Pacto Andino". Trata-se de uma organização sub-regional, hoje integrada por cinco países:
Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.
                Em dezembro de 1996, o MERCOSUL celebrou com a Bolívia um Acordo de Complementação
Econômica (ACE - 36), mediante o qual esta passou a ter a condição de membro associado ao MERCOSUL. O
Acordo firmado com a Bolívia prevê a liberalização completa do comércio de bens, dentro de um prazo de oito a
dez anos, bem como futuras negociações nos setores de serviços, propriedade intelectual, compras
governamentais e outros.
                Em 3 de julho de 1999, foi celebrado o Acordo de Alcance Parcial de Complementação Econômica
(ACE - 39) entre os Governos das Repúblicas da Colômbia, do Equador, do Peru e da Venezuela, de um lado, e
do Brasil, de outro. Entrou em vigor em 16 de agosto de 1999, e estabelece preferências tarifárias para 2739
produtos. O ACE - 39 constitui um primeiro passo para a criação de uma zona de livre comércio entre o
MERCOSUL e a Comunidade Andina.

Nomenclatura - classificação de mercadorias

                Ao preencher o Registro de Exportadores e Importadores (REI) no SISCOMEX, a empresa deverá


classificar seus produtos, de acordo com duas nomenclaturas: a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e
a Nomenclatura Aduaneira da ALADI (NALADI/SH), ambas criadas com base na Convenção Internacional sobre
o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH), firmada em Bruxelas, em 14 de
junho de 1983. O SH possui 6 dígitos, mas cada país pode acrescentar até quatro dígitos.
                Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): foi criada em 1995, com a entrada em vigor do
MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto 2.376, de 13 de novembro de 1997, juntamente com as alíquotas do
imposto de importação que compõem a Tarifa Externa Comum - substituiu a Nomenclatura Brasileira de
Mercadorias (NBM), possui 8 dígitos e uma estrutura de classificação que contém até 6 níveis de agregação:
capítulo, posição, subposição simples, subposição composta, item e sub-item:

 Capítulo: a indicação do Capítulo no código é representada pelos dois primeiros dígitos;


 Posição: a Posição dentro do Capítulo é identificada pelos quatro primeiros dígitos;
 Subposição Simples: é representada pelo quinto dígito;
 Subposição Composta: é representada pelo sexto dígito;
 Item: é a subdivisão do SH, representado, no código, pelo sétimo dígito;
 Sub-item: é a subdivisão do item, representado, no código, pelo oitavo dígito.
 
 EXEMPLO:

NCM 8445.19.24 (máquinas abridoras de fibras de lã)


84: capítulo (reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas
partes)
8445: posição (máquinas para preparação de matérias têxteis; máquinas para fiação, dobagem ou
torração de matérias têxteis e outras máquinas e aparelhos para fabricação de fios têxteis; máquinas
de bobinar - incluídas as bobinadeiras de trama - ou de dobar matérias têxteis e máquinas para
preparação de fios têxteis para sua utilização nas máquinas das posições 8446 ou 8447)
8445.19: subposição simples (máquinas para preparação de matérias têxteis)
8445.19: subposição composta (outras máquinas para preparação de matérias têxteis)
8445.19.24: item (máquinas para a preparação de outras matérias têxteis)
8445.19.24: sub-item (máquinas abridoras de fibras de lã)
Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração (NALADI/SH):
possui estrutura semelhante à da NCM (para a qual serviu de base) e o mesmo número de dígitos (8),
sendo que os seis primeiros são sempre idênticos.

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