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ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

NORMA TÉCNICA N° 41

Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão

SUMÁRIO ANEXO

1 Objetivo A Atestado de conformidade da instalação elétrica


2 Premissas
3 Aplicação
4 Referências bibliográficas
5 Definições
6 Inspeção visual nas instalações elétricas em
geral
7 Instalações elétricas dos serviços de segurança
contra incêndio
8 Documentação

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Norma Técnica nº 41/2013 - Inspeção visual em instalações elétricas de baixa tensão 2

1 OBJETIVO NBR IEC 60050-826 – Vocabulário eletrotécnico


internacional - instalações elétricas em edificações.
Estabelecer parâmetros para a realização de
inspeção visual (básica) das instalações elétricas NBR IEC 60079-14 – Atmosferas explosivas – Parte
de baixa tensão das edificações e áreas de risco, 14: projeto, seleção e montagem de instalações
atendendo às exigências da Lei Estadual nº elétricas.
4.335/2013 que Institui o Código de Segurança SILVA, Adilson Antonio. Inspeção visual em
Contra Incêndio, Pânico e outros Riscos no âmbito instalações elétricas prediais de baixa tensão:
do Estado de Mato Grosso do Sul. proposta de manual técnico de bombeiros.
2 PREMISSAS Monografia apresentada no Curso de
Aperfeiçoamento de Oficiais. São Paulo: CAES-
2.1 A instalação elétrica de baixa tensão a ser PMESP, 2008.
avaliada deve atender às prescrições da norma
NBR 5410/04 e aos regulamentos das autoridades e 5 DEFINIÇÕES
das concessionárias de energia elétrica. Além das definições constantes da NT 03 -
2.2 A inspeção visual exigida pelo Corpo de Terminologia de segurança contra incêndio,
Bombeiros nas instalações elétricas prediais de aplicam-se as definições específicas abaixo:
baixa tensão visa verificar a existência de medidas 5.1 Barreira: elemento que assegura proteção
e dispositivos essenciais à proteção das pessoas e contra contatos diretos, em todas as direções
das instalações elétricas contra possíveis situações habituais de acesso. É o caso, por exemplo, de uma
de choques elétricos e de risco de incêndio. tampa colocada sob a porta dos quadros elétricos
2.3 A inspeção visual nos termos desta NT não que impede o contato das pessoas com os
significa que a instalação atende a todas barramentos vivos no interior do quadro. A barreira
prescrições normativas e legislações pertinentes, deve ser confeccionada em material
pelas próprias características dessa inspeção, que suficientemente robusto para evitar o contato
é parcial. acidental. Usualmente, as barreiras são fabricadas
em chapas metálicas ou de policarbonato.
2.3.1 Cabe ao responsável técnico contratado, a
respectiva responsabilidade quanto ao projeto, à 5.2 Cabo multipolar: cabo constituído por 2 ou
execução e à manutenção da instalação, conforme mais condutores isolados e dotado, no mínimo, de
prescrições normativas e legislações pertinentes. cobertura.

2.3.2 Cabe ao proprietário ou ao responsável pelo 5.3 Cabo unipolar: cabo constituído por um único
uso do imóvel a manutenção e a utilização condutor isolado e dotado, no mínimo, de cobertura.
adequada das instalações elétricas. 5.4 Cobertura (de um cabo): invólucro externo não
3 APLICAÇÃO metálico e contínuo, sem função de isolação (ver
definição de invólucro).
3.1 Esta Norma Técnica (NT) aplica-se às
edificações e áreas de risco que possuam sistemas 5.5 Conduto: elemento de linha elétrica destinado
elétricos de baixa tensão instalados. a conter condutores elétricos. São exemplos de
condutos elétricos os eletrodutos, eletrocalhas,
3.1.1 Para as edificações e áreas de risco bandejas, canaletas, escadas para cabos etc.
existentes, quando da renovação do Certificado de
Vistoria do Corpo de Bombeiros (CVCB), as 5.6 Condutor isolado: fio ou cabo dotado apenas
exigências dos itens 6.1, 6.2, 6.3, 6.7, 6.8, 7.1 e 8 de isolação.
devem ser atendidas. 5.7 Condutor de proteção: (símbolo PE), condutor
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS prescrito em certas medidas de proteção contra
choques elétricos e destinado a interligar
Lei Federal nº 11.337, de 26 de julho de 2006 - eletricamente massas, elementos condutores
determina a obrigatoriedade de as edificações estranhos à instalação, terminal (barra) de
possuírem sistema de aterramento e instalações aterramento e/ou pontos de alimentação ligados à
elétricas compatíveis com a utilização de condutor- terra. O condutor de proteção é popularmente
terra de proteção, bem como torna obrigatória a conhecido por “fio-terra”. Quando identificado por
existência de condutor-terra de proteção nos cor, o condutor de proteção deve ser verde-amarelo
aparelhos elétricos que especifica. ou todo verde.
NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão. 5.8 Equipotencialização: procedimento que consiste
na interligação de elementos especificados, visando
NBR 5419 – Proteção de estruturas contra
obter a equipotencialidade necessária para os fins
descargas atmosféricas.
desejados. Por extensão, a própria rede de
NBR 13418 – Cabos resistentes ao fogo para elementos interligados resultan- te. A
instalações de segurança. equipotencialização é um recurso usado na
proteção contra choques elétricos e na proteção
NBR 13534 – Instalações elétricas em de baixa contra sobretensões e perturbações
tensão para instalações em estabelecimentos eletromagnéticas. Uma determinada
assistenciais e de saúde. equipotencialização pode ser satisfatória para a
NBR 13570 – Instalações elétricas em locais de proteção contra choques elétricos, mas insuficiente
afluência de público – requisitos específicos. sob o ponto de vista da proteção contra
perturbações eletromagnéticas.

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5.9 Equipotencialização principal: em cada carcaças metálicas de quadros e painéis elétricos,


edificação deve ser realizada uma de equipamentos elétricos etc.
equipotencialização principal, reunindo, no mínimo,
5.19 Parte viva: condutor ou parte condutora
os seguintes elementos:
destinada a ser energizada em condições de uso
a. os condutores de interligação provenientes normal (condutores de fase), incluindo o condutor
de outros eletrodos de aterramento neutro, mas, por convenção, não incluindo o
porventura existentes ou previstos no entorno condutor de proteção em neutro (PEN).
da edificação, tais como eletrodos dos
5.20 Pessoa advertida (BA4): pessoa
sistemas de proteção contra descargas
atmosféricas, de sistemas de telefonia, de suficientemente informada, ou supervisionada por
sistemas de televisão a cabo etc; pessoas qualificadas, de tal forma que lhes permita
evitar os perigos da eletricidade (pessoal de
b. o condutor neutro da alimentação elétrica, manutenção e/ou operação).
salvo se não existente;
5.21 Pessoa qualificada (BA5): pessoa com
c. o(s) condutor(es) de proteção principal(is) da conhecimento técnico ou experiência suficiente para
instalação elétrica (interna) da edificação, evitar os perigos da eletricidade (engenheiros e
tais como aqueles que ligam canalizações técnicos).
metálicas de água, esgoto, gás, telefonia etc.
5.22 Proteção básica: meio destinado a impedir
5.10 Espaço de construção: espaço existente na contato com partes vivas perigosas em condições
estrutura ou nos componentes de uma edificação, normais. Por exemplo, a isolação de um condutor
acessível apenas em determinados pontos. São elétrico, a fita isolante que recobre uma emenda
exemplos de espaços de construção os poços etc.
verticais “shafts”, espaços entre forros e lajes,
6 INSPEÇÃO VISUAL NAS INSTALAÇÕES
espaços entre pisos elevados e lajes, espaços no
ELÉTRICAS EM GERAL
interior de divisórias etc.
5.11 Falta: ocorrência acidental e súbita, ou defeito, A inspeção visual nas instalações elétricas prediais
em um elemento de um sistema elétrico, que pode de baixa tensão, nos termos do objetivo e das
resultar em falha do próprio elemento e/ou de premissas desta NT, será realizada com base nos
outros elementos associados. Pode ser também um itens abaixo:
contato acidental entre partes sob potenciais 6.1 Nas linhas elétricas em que os cabos forem
diferentes. fixados diretamente em paredes ou tetos, só devem
5.12 Grau de proteção: nível de proteção provido ser usados cabos unipolares ou multipolares. Os
por um invólucro contra o acesso às partes condutores isolados só são admitidos em condutos
perigosas, contra penetração de objetos sólidos fechados, ou em perfilados, conforme norma NBR
estranhos e/ou contra a penetração de água, 5410/04. Em particular, nos locais com
verificado por meio de métodos de ensaios concentração de pessoas e afluência de público,
normalizados. onde as linhas elétricas são aparentes ou contidas
em espaços de construção, os cabos elétricos e/ou
5.13 Impedância do percurso da corrente de falta os condutos elétricos devem ser não propagantes
(Zs): impedância total dos componentes que fazem de chama, livres de halogênio e com baixa emissão
parte do percurso de uma corrente resultante de de fumaça e gases tóxicos, conforme norma NBR
uma falta fase-massa num circuito elétrico. 5410/04.
5.14 Invólucro: elemento que assegura proteção de 6.2 Como regra geral, todos os circuitos devem
um equipamento contra certas influências externas dispor de dispositivos de proteção contra
e, em qualquer direção, proteção contra contatos sobrecorrentes (sobrecarga e curto-circuito).
diretos. É um conceito semelhante ao da barreira,
6.3 As partes vivas acessíveis a pessoas que não
porém mais amplo, uma vez que o invólucro deve
envolver completamente o componente, impedindo sejam advertidas (BA4) ou qualificadas (BA5)
o acesso direto às suas partes vivas. É o caso, por devem estar isoladas e/ou protegidas por barreiras
exemplo, de uma caixa de ligação de tomadas, ou invólucros.
interruptores ou motores provida de tampa. 6.4 Todo circuito deve dispor de condutor de
5.15 Linha elétrica: conjunto constituído por um ou proteção “fio-terra” em toda sua extensão. Um
mais condutores, com elementos de sua fixação e condutor de proteção pode ser comum a mais de
suporte e, se for o caso, de proteção mecânica, um circuito. E todas as massas da instalação devem
destinado a transportar energia elétrica ou a estar ligadas a condutores de proteção.
transmitir sinais elétricos. 6.4.1 Não devem ser ligadas a condutores de
5.16 Linha elétrica aparente: linha elétrica em que proteção as massas de equipamentos alimentados
os condutos ou os condutores não são embutidos. por transformador de separação elétrica, ou de
equipamentos alimentados por sistema de
5.17 Linha elétrica embutida: linha elétrica em que extrabaixa tensão, que é eletricamente separado da
os condutos ou os condutores são encerrados nas terra, ou de equipamentos classe II (isolação
paredes ou na estrutura da edificação, e acessível dupla).
apenas em pontos determinados.
6.5 Todas as tomadas de corrente fixas das
5.18 Massa: parte condutora que pode ser tocada e instalações devem ser do tipo com pólo de
que normalmente não é viva, mas pode tornar-se aterramento (2 pólos + terra, ou 3 pólos + terra).
viva em condições de falta. Por exemplo, as

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6.6 Deve existir um ou mais dispositivo(s) 6.9 O sistema de proteção contra descargas
diferencial(is) residual(is) (DR) que deve(m) atmosféricas (SPDA) deve estar em conformidade
seccionar automaticamente a alimentação do(s) com a NBR 5419/05.
circuito(s) ou equipamento(s) por ele(s) protegido(s)
6.10 Para as instalações, ocupações temporárias e
sempre que ocorrer uma falta entre parte viva e
massa ou entre parte viva e condutor de proteção, áreas de risco sujeita ao uso de pessoas, reunião
no circuito ou equipamento. e/ou concentração de público, estas devem atender
às seguintes condições de afastamento de linhas
6.6.1 Admite-se, opcionalmente, o uso de elétricas:
dispositivo(s) de proteção a sobrecorrente para o
6.10.1 Estruturas que recebam pessoas sentadas
seccionamento automático no caso das faltas
mencionadas no item 6.6, somente se for ou em pé, sem cobertura, mínimo 6 m.
comprovado o atendimento às prescrições da norma 6.10.2 Estruturas que recebam pessoas sentadas
NBR 5410/04 relativas ao uso de tais dispositivos. ou em pé, com cobertura, mínimo 3 m.
Por exemplo, mediante a apresentação do valor
máximo da impedância do percurso da corrente de 6.10.3 As distâncias que tratam os itens 6.10.1 e
falta (Zs) para o qual foi dimensionado o dispositivo 6.10.2 são medidas da parte mais desfavorável da
de proteção a sobrecorrente. estrutura à linha elétrica.

6.6.2 Deve-se ainda considerar os casos em que o 7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DOS SERVIÇOS DE
uso do dispositivo DR não é admitido nem SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO
recomendável. Por exemplo: em esquemas de 7.1 Premissas específicas
aterramento IT, salas cirúrgicas, UTI, motores de
sistemas de combate a incêndio, circuitos que não 7.1.1 Os equipamentos destinados a operar em
devem ter a sua alimentação interrompida por situações de incêndio, de acordo com o prescrito no
razões de segurança ou operacionais, entre outras. previsto na Lei Estadual nº 4.335/2013 e
respectivas Normas Técnicas, devem ter seu
6.7 Os componentes fixos, cujas superfícies funcionamento e desempenho elétrico assegurados
externas possam atingir temperaturas suscetíveis pelo tempo necessário para:
de provocar incêndio nos materiais adjacentes,
devem: ser montados sobre (ou envolvidos por) a. a saída das pessoas;
materiais que suportem tais temperaturas e sejam
b. a execução das operações de combate ao
de baixa condutividade térmica; ou separados dos
fogo e salvamento;
elementos construtivos da edificação por materiais
que suportem tais temperaturas e sejam de baixa c. a proteção do meio ambiente e do patrimônio.
condutividade térmica; ou montados de modo a
guardar afastamento suficiente de qualquer material 7.1.2 Os circuitos dos serviços de segurança devem
cuja integridade possa ser prejudicada por tais ser independentes de outros circuitos. Isso significa
temperaturas e garantir uma segura dissipação de que nenhuma falta, intervenção ou modificação em
calor, aliado à utilização de materiais de baixa circuito não pertencente aos serviços de segurança
condutividade térmica. deve afetar o funcionamento do(s) circuito(s) dos
serviços de segurança.
6.8 Os quadros de distribuição devem ser
instalados em locais de fácil acesso e serem 7.1.3 Os circuitos dos serviços de segurança
providos de identificação do lado externo, legível e responsáveis pela alimentação e comando dos
não facilmente removível. Além disso, conforme equipamentos de segurança contra incêndio que
requisito da NT 20 – Sinalização de segurança, usam motores (por exemplo: ventiladores,
deve ser afixada, no lado externo dos quadros exaustores, bombas de incêndio, motogeradores,
elétricos, sinalização de alerta (vide figura 1). elevadores, registros corta-fogo e similares) e dos
Todos os componentes dos quadros devem ser dispositivos de disparo usados em equipamentos de
identificados de tal forma que a correspondência supressão e combate a incêndio (válvulas
entre os componentes e os respectivos circuitos solenoides e similares), quando atravessarem áreas
possa ser prontamente reconhecida. Essa com carga combustível (carga de incêndio),
identificação deve ser legível, indelével, incluindo espaços de construção sem resistência
posicionada de forma a evitar risco de confusão e contra o fogo, devem ser devidamente protegidos
corresponder à notação adotada no projeto. por materiais resis- tentes ao fogo.
7.1.3.1 Os demais circuitos de segurança (como
iluminação de emergência, alarme e detecção de
incêndio e similares) não necessitam de tratamento
de resistência ao fogo conforme descrito acima,
devendo, contudo seguir as orientações específicas
das respectivas normas técnicas.
Nota: o simples fato dos condutos dos circuitos de
segurança serem metálicos e fechados, conforme exigências
específicas das normas dos equipamentos de segurança,
não significa que o circuito esteja protegido contra a ação do
fogo. Essas exigências garantem, em tese, apenas uma
proteção mecânica mais adequada.
7.1.4 Para se proteger um circuito de segurança
contra ação do fogo deve-se garantir o atendimento
Figura 1: Sinalização de quadros elétricos das premissas dos itens 7.1.1 e 7.1.2, tendo como
opção os requisitos abaixo:

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a. uso de materiais resistentes ao fogo, portas corta fogo. A entrada e a saída de ar do


devidamente normatizados; motor não devem comprometer essa
compartimentação.
b. encapsular os circuitos dentro de elementos
de construção resistentes ao fogo (lajes, 7.1.7 Todos os quadros dos equipamentos de
paredes, piso) ou enterrá-los; segurança contra incêndio (tais como: bombas de
incêndio; central de iluminação de emergência;
c. outras soluções técnicas devem ser
central de alarme e detecção; motogeradores;
devidamente comprovadas perante o CBMMS ventiladores; exaustores; elevadores etc.) devem
(por exemplo: cabos especiais, normatizados, ser providos de identificação do lado externo,
resistentes ao fogo). legível e não facilmente removível e devem possuir
7.1.4.1 Nos casos onde os circuitos dos serviços (na edificação) os esquemas unifilares respectivos.
de segurança estiverem enclausurados em 7.1.8 Não se admite o uso de dispositivo DR para
ambientes resistentes ao fogo (por exemplo: proteção contra choques elétricos nos circuitos dos
instalados em condutos embutidos em alvenarias, serviços de segurança.
pisos ou lajes com resistência ao fogo ou
enterrados), garantindo assim a operação do 7.1.9 Um mesmo conduto não deve possuir circuitos
sistema durante o sinistro, não será necessária a de corrente alternada juntamente com circuitos de
proteção com material resistente ao fogo. corrente contínua. Admite-se tal condição no caso
de utilizar condutores que possuam blindagem.
7.1.5 Os dispositivos de proteção contra
Podendo a blindagem ser somente nos circuitos de
sobrecargas dos circuitos dos motores utilizados corrente alternada, somente nos circuitos de
nos serviços de segurança devem ser omitidos, corrente contínua ou em todos. Ex: circuitos de
mantendo-se a proteção contra curto-circuito. acionamento da bomba de incêndio (corrente
7.1.6 No caso de equipamentos de segurança alternada) com circuitos de acionamento do alarme
alimentados por motogeradores, além das de incêndio (corrente contínua).
premissas anteriores, os requisitos abaixo devem 7.2 Inspeção visual dos serviços de segurança
ser observados.
A inspeção visual exigida pelo CBMMS nas
7.1.6.1 O acionamento do motogerador deve ser
instalações elétricas dos serviços de segurança
automático, quando da interrupção no fornecimento contra incêndio, nos termos do objetivo e premissas
de energia normal. desta NT, será realizada com base nos itens 7.1.1 a
7.1.6.2 O motogerador deve possuir autonomia de 7.1.9.
funcionamento, conforme normas e regulamentos 8 DOCUMENTAÇÃO
específicos para suprir todos os equipamentos dos
sistemas de segurança por eles atendidos. 8.1 Os requisitos desta NT, bem como os
requisitos afins das Normas e Regulamentos
7.1.6.3 Em caso de incêndio, o motogerador deve
específicos, devem ser observados pelos projetistas
alimentar exclusivamente os quadros e circuitos dos e constar dos projetos executivos de instalações
sistemas de segurança, sendo que os quadros e elétricas prediais e de segurança contra incêndio,
circuitos comuns, por ele atendidos, não devem ser acompanhados das respectivas Anotações de
alimentados nessa situação. Responsabilidade Técnica (ART).
7.1.6.4 Deve haver desligamento automático por 8.2 No projeto técnico de segurança contra
dispositivos de proteção na ocorrência de curtos- incêndio, a ser apresentado ao CBMMS, deve
circuitos nos circuitos dos serviços de segurança ou constar, no quadro resumo das medidas de
nos circuitos comuns, sendo que estas faltas não segurança, “Nota” esclarecendo o atendimento
podem impedir o funcionamento do motogerador, desta NT.
que deve continuar alimentando os circuitos dos
serviços de segurança não submetidos às 8.3 Quando da solicitação da vistoria, deve ser
condições de falta. anexado o atestado do Anexo A desta NT.
7.1.6.5 A sala do gerador deve ser protegida contra
fogo, mediante compartimentação com paredes e

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ANEXO A
Atestado de conformidade das instalações elétricas

Item da
NT 41

NT.

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