O tempo entristecido, os projetos adiados, a solidão. O meu corpo, a minha cabeça desfeita e revoltosa, Caiu no chão. Tropeço desajeitada nas pessoas. Fico indiferente às vozes. Continuo a vaguear, até sentir-me Cansada. Sento-me num banco velho de jardim. O frio gela-me a face. Uma lágrima Cai mergulhada num oceano infinito. Quase no silêncio, grito: a minha vida É breve. Porquê eu? Somos o medo, uma fonte sem água. Conhecemos tantas histórias. Sinto-me em negação. De olhar fixo no pensamento Na inconsciência íntima do meu desejo, Sei que vou vencer. Um passo. Uma sombra. Um recomeço.