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Magna Rodrigues

São passos. Diante de mim, as ruas vazias,


O tempo entristecido, os projetos adiados, a
solidão.
O meu corpo, a minha cabeça desfeita e
revoltosa,
Caiu no chão.
Tropeço desajeitada nas pessoas.
Fico indiferente às vozes.
Continuo a vaguear, até sentir-me
Cansada.
Sento-me num banco velho de jardim.
O frio gela-me a face. Uma lágrima
Cai mergulhada num oceano infinito.
Quase no silêncio, grito: a minha vida
É breve. Porquê eu?
Somos o medo, uma fonte sem água.
Conhecemos tantas histórias. Sinto-me em
negação.
De olhar fixo no pensamento
Na inconsciência íntima do meu desejo,
Sei que vou vencer.
Um passo. Uma sombra. Um recomeço.

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