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DE _____________
______________________, brasileira, solteira, auxiliar de limpeza, nascida em 26/12/1989,
Filha de __________, portador(a) da cédula de identidade (RG) nº ___________SSP/SP
inscrito no CPF/MF sob nº _________-__, CTPS nº _______, série _______-, residente e
domiciliado na Rua ____________ nº ___, Bairro_______, ___________/SP, CEP:
_______-____; vem respeitosamente à Presença de Vossa Excelência, por intermédio de
seu advogado abaixo assinado, com base no artigo 840, § 1º da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) c/c os artigos 15 e 318 do Código de Processo Civil propor a presente:
A Reclamante foi admitida pela Reclamada em 01/10/2014, para trabalhar como Auxiliar
de Limpeza, percebendo como última remuneração bruta a importância mensal de R$
916,00 (novecentos e dezesseis reais), desenvolvendo as atividades laborais,
preponderantemente no Município de _______/SP (artigo 651 da CLT).
A dispensa da Reclamante ocorreu sem justa causa em 01/12/2016 - por telefone, sem
que tenha recebido corretamente os valores a título de verbas rescisórias, FGTS + 40% e
seus consectários legais, em que pese às inúmeras tentativas informais de solucionar o
ocorrido, a Reclamante sempre recebeu respostas evasivas, até o momento sem qualquer
solução.
Face ao acima exposto, são as razões pelas quais a obreira vem a esta Justiça
Especializada em defesa dos direitos que lhe foram violados.
1 - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Assim sendo, requer a concessão da gratuidade de justiça, pois a autora não tem condições
de arcar com as custas do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos das
Leis nº 1060/50 e 5584/70, conforme declaração firmada em anexo.
2 - SALDO DE SALÁRIO
Como a Reclamante trabalhou até o dia 01 de dezembro de 2016, faz jus ao direito de
receber o pagamento pelo labor prestado nesses dias a título de saldo de salário, devendo
a Reclamada ser condenada neste sentido.
Como a Reclamante foi dispensada sem justa causa, sem que o empregador tenha lhe
concedido o cumprimento do aviso prévio, previsto na Lei nº 12.506/2011, a mesma faz jus
ao pagamento da indenização correspondente ao período, de conformidade com o § 1º do
art. 487 da Consolidação das Leis do Trabalho, visto que:
Motivo pelo qual o Reclamante é credor da referida verba acima pleiteada na proporção de
30 dias, com base na última remuneração da obreira.
Como a Autora foi dispensada em 28/10/2016, com a projeção do aviso prévio indenizado,
tem direito ao pagamento de 12/12 avos a título de férias proporcionais + 1/3 constitucional.
A Reclamada durante todo o pacto laboral, conforme narrado acima, nunca depositou o
FGTS na conta vinculada do autora, em razão da inexistência de cadastramento junto
ao PIS pela efetiva empregadora, pois, a relação de trabalho se deu sem registro em
CTPS.
Note-se que o empregador tem o dever de comprovar a regularidade dos depósitos, mas,
como nunca fora anotada corretamente a CTPS do obreira ocorre certa mitigação ao
artigo 818 da CLT, impondo à Reclamada o ônus da prova de que cometeu a obrigação
legal, conforme o entendimento cristalizado na Orientação Jurisprudencial nº. 301 da SDI
do C.TST.
A Reclamante foi arbitrariamente demitida, sem que lhe fossem pagas suas verbas
rescisórias, devendo, portanto, arcar a ré com o pagamento da multa prevista no artigo 477,
§ 8º da CLT.
Como o contrato de trabalho teve fim há mais de 10 (dez) dias, mesmo que a relação de
trabalho seja reconhecida apenas por prolação da r.sentença, o título em testilha é devido,
visto que, a anotação do contrato de trabalho em CTPS, no caso, é formalidade legal que
em nada se confunde com a obrigação de quitar os haveres rescisórios.
Diante do exposto, por óbvio, o contrato de trabalho está devidamente registrado na CPTS
da obreira, contudo sem a devida baixa, assim sendo deve ser condenada a Reclamada no
título acima descrito, penalizando a Reclamada ao pagamento de 1 (um salário) em favor
da Reclamante.
Bastaria o empregador alegar, por exemplo, que pagou, sem exibir o recibo; que a dispensa
teria se dado por justa causa e que nenhum valor seria devido etc. Entretanto, a doutrina e
a jurisprudência passaram a entender que a controvérsia há de ser séria.
A alegação de que nenhuma rescisória é devida deve estar comprovada por documentos
(recibo de pagamento escrito, por força do artigo 464 da CLT) ou termo de rescisão que
comprove com os créditos e débitos, a inexistência de saldo favorável ao empregado. A
mera alegação desserve a esta finalidade, não pode haver controvérsia válida ainda, quando
contra todas as evidências e contra todas as disposições legais, o empregador busca
locupletar-se da própria torpeza.
A empresa, ora Reclamada, é contumaz nesta prática (de sonegar parcelas rescisórias)
devem ser oficiados o Ministério Público do Trabalho e a Delegacia Regional do Trabalho
para que tomem as providências cabíveis à punição dos ilícitos e à prevenção de novas
ocorrências.
Diante do exposto o autor é credor de tal título, caso não sejam pagas as verbas rescisórias
até a 1ª audiência.
Por óbvio, ante a ausência de registro em CTPS, a Reclamada não entregou as guias
rescisórias, motivo pelo qual deveria fornecer o TRCT, código 01 e o CD, o que impediu o
Autor de se valer do Seguro Desemprego, razão pela qual deve a mesma por sua conduta
lesiva indenizar o Autor sob este título.
Diante do exposto, tendo em vista que à época da dispensa a Reclamante gozava das
condições para o recebimento do benefício e a ausência de registro em CTPS o obstou o
exercício de tal direito, é credor da quantia relativa ao seguro desemprego.
Por todo pacto laboral o Autora prestou serviços para a Reclamada além da 44ª hora
semanal, se ativando da seguinte maneira:
HORÁRIO DE TRABALHO:
Durante todo o pacto laboral a Reclamante esteve obrigada por seus superiores
hierárquicos, a cumprir a jornada acima.
Ante ao fato que a ré não permitia a interrupção da jornada no período legal, para refeições
ou descanso, a recte. é credora das horas de intervalo que lhe foram negadas, todas com
o acréscimo normativo conforme CCT da categoria, reflexos destas em 13º salário,
férias+1/3, FGTS+40%, INSS, aviso prévio, DSRs, adicional de periculosidade/insalubridade
e multas., sempre respeitando os termos da Orientação Jurisprudencial 307 e 354 do SBI-I
do TST.
A reclamante realizava horas extras diariamente, como narrado. Assim, não respeitado pela
reclamada o art. 384 da CLT, ou seja, em caso de prorrogação do horário normal, será
obrigatório um descanso de 15 minutos antes do início do período extraordinário do trabalho.
13 - DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
A Reclamante durante o período, que se ativou na função de Auxiliar de Limpeza, com
contato habitual com fezes e urina humana, bem como cloro, essas tarefas eram feitas
sem utilizar os EPI´s, Equipamentos de Proteção Individual.
Caso seja constatada à insalubridade, requer que o adicional tenha como base o salário
efetivamente percebido ao invés do mínimo, bem como que este acréscimo reflita em horas
extras, intervalos para refeição ou descanso indenizados, adicional noturno, computo das
horas noturna reduzida, DSR´s, férias + 1/3, 13º Salário, FGTS, INSS e multas, vejamos:
Face ao exposto, com a vinda da prova técnica aos autos, a condenação da Reclamada é
medida de rigor.
A autora não teve seu FGTS recolhido, os salário nunca foram pagos no prazo, não recebeu
o salário do último mês trabalhado e nem suas verbas rescisórias, tampouco teve sua CTPS
anotada pela Ré.
Além das inúmeras violações legais em detrimento aos direito da Reclamante, acima
elencadas, ainda existiu durante todo o pacto laboral DESVIO/ ACÚMULO DE FUNÇÕES,
isto porque conforme restará provado em regular instrução do feito, a Reclamante fora
contratado inicialmente para exercer a função de AUXILIAR DE LIMPEZA, contudo sempre
fora submetido, de maneira mais do que habitual, aos trabalhos junto à reposição e outros
afazeres estranhos à sua função, os quais extrapolam a corriqueira colaboração entre os
pactuantes do contrato de trabalho.
18 - DOS DESCONTOS
Não é possível qualquer dedução sobre os créditos que vierem a ser deferidos à reclamante.
Os recolhimentos previdenciários e fiscais deverão ser arcados exclusivamente pela
reclamada, ante o eventual não pagamento dos títulos salariais na época própria.
Sucessivamente, para fazer frente aos prejuízos ocasionados (art. 186, do Código Civil) e
evitar a injusta ao empregado que será obrigado a recolher valores superiores àqueles que
teriam normalmente que arcar se estes tivessem sido providenciados durante o contrato de
trabalho, sem que tenha concorrido com culpa.
DOS PEDIDOS
Com base nos fatos descritos requer, a total procedência da ação para condenar a
Reclamada nos seguintes títulos:
1 - JUSTIÇA GRATUITA
_______________: Av. _______, nº ___, Bairro _______, __________ - SP, CEP ________
DOS REQUERIMENTOS
B) Requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, por não ter condições de arcar
com as custas e despesas processuais sem prejuízo próprio e de sua família (declaração
anexa).
[Assinatura do Advogado]