Você está na página 1de 35

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

LIÇÃO 4

ÍNDICE

CAPÍTULO I : DEFINIÇÕES BÁSICAS


CAPÍTULO II : A IGREJA
CAPÍTULO III : ORGANOGRAMA DA IGREJA
CAPÍTULO IV : A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA
CAPÍTULO V : ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

Autor: Pr. Isaías Gomes

SEMINÁRIO TEOLÓGICO MORIAH


Rio de Janeiro - RJ
Copyright © 1995. Todos os direitos reservados.
2

CAPÍTULO I

DEFINIÇÕES BÁSICAS

Estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho e função de um líder ou administrador


principal de uma igreja.

Tal estudo é vital para o tríplice aspecto do povo de EDeus organizado: o espiritual, social e
econômico.

Vejamos exemplos bíblicos de administração eclesiástica:

- Êxodo 18. 13-27 - I Crônicas 24. 4,6 - Lucas 14. 30

Objetivos da Organização

1) Simplificar o trabalho
2) Facilitar a produção

A administração possui três grandes ramos:

a) Pessoal - Cuida das pessoas que compõe a empresa. Na Igreja esse setor é representado pela
secretaria.

b) Financeiro - Analisa a receita e programa as despesas. Na igreja este papel é desempenhado


pela Tesouraria.

c) Organização e Métodos - Estuda e pesquisa a maneira da empresa operar, estabelecendo as


seqüências mais lógicas e o tempo preciso. Na Igreja este é o ramo de ação da Secretaria de
Planejamento.

O que é administrar?

É distribuir as responsabilidades e fazer que todos participem do trabalho. O administrador


ajuda as pessoas a crescer, a fazer o trabalho. Sua missão principal é motivar outras pessoas
para o trabalho. Administrar é simultaneamente:

1 - Prever
2 - Organizar
3 - Comandar
4 - Coordenar
5 - Controlar

Prever - Preparar-se para o futuro e determinar um curso de ação (Planejamento).

Fases do planejamento:

a) Previsão
b) Estabelecimento de objetivos
3

c) Programação
d) Cronograma
e) Orçamentos
f) Procedimentos a serem usados
g) Elaboração de políticas
Organizar - Reunir meios e recursos materiais e humanos necessários ao funcionamento da
estrutura.

- Desenvolvimento da Estrutura da Organização


- Delegação de Responsabilidade e Competência
- Estabelecimento de Relações

Comandar - Providenciar o funcionamento da organização.

- Tomada de decisão
- Comunicação
- Motivação
- Seleção de Material
- Desenvolvimento do Pessoal

Coordenar - Manter o funcionamento da organização.

Controlar - Avaliação e regulagem do trabalho em andamento e acabado.

- Estabelecer Padrões de execução


- Medição do Desempenho
- Avaliação do Desempenho
- Correção do Desempenho

CAPÍTULO II

A IGREJA

Várias são as definições da palavra Igreja; nos ateremos à do Novo Testamento: é um


grupo de pessoas chamadas e separadas da multidão comum, em virtude de uma vocação divina,
escolhidas para serem santas, investidas nos privilégios e incumbidas dos deveres da cidadania no
reino de Cristo."

1) Igreja Universal

Conjunto de todos os salvos em todas as épocas e lugares que estão na glória ou sobre a face da
terra, independente de denominação.

2) Igreja Local
4

Parte da Igreja do Senhor constituída por salvos pelo Senhor Jesus Cristo de um determinado
local, cidade, distrito ou município.

Missão da Igreja

- Adoração: Glorificação ao nome de Deus (Jo 3: 23,24; At 13: 1-3).

- Edificação: Aperfeiçoamento, fortalecimento, crescimento dos salvos (Ef 3: 14-21; 4: 11-16; Gl


4: 19,20; Jo 17: 15-23; II Pd 3: 18).

- Evangelização: Trabalho e dedicação para angariar vidas para Reino de Deus (At 1: 8; Mt 28:
18-20; Lc 24: 47).

Governo Eclesiástico

- Episcopal ou Prilático: O governo esta nas mãos dos prelados e do clero mais alto.

Exemplos: Igreja Católica Romana, Grega e Oriental.

- Presbiteriana ou Oligárquica: O governo esta baseado nas decisões das assembléias, sínodos,
presbitérios e sessões.
Exemplo: Igreja escocesa, Luterana, Presbiteriana.

- Congregacional ou Independente: O governo é auto-ctone, cada Igreja individual local


administra seu próprio governo, baseado na voz da maioria de seus membros.

Exemplo: Igrejas Batistas, Congregacionais, etc.

Corpo Eclesial

Varia em função do governo da Igreja, os cargos são:

1 - Pastor (Ministro)
2 - Ancião (Presbítero, Bispo)
3 - Evangelista
4 - Diáconos (Despenseiros dos interesses temporais)

Rol de Membros ou Filiação

Formas de tornar-se membro de uma Igreja:

- pelo batismo (Mt 28: 19; At 2: 38)


- por carta de transferência
- por aclamação (votação da assembléia, quando não houver, por motivo justo, carta de
transferência).

Disciplina na Igreja

É uma benção e uma necessidade na Igreja (At 5: 1-11; II Ts 3: 6-14; Rm 16: 17,18; I Co 5).
5

Dentre os principais propósitos de haver disciplina na Igreja podemos citar:

- Corrigir - II Co 7: 9
- Restaurar - Gl 6: 1; Mt 6: 14,15
- Manter Bom Testemunho - I Tm 3: 7; II Tm 1: 11
- Avertir à vigilância: I Co 5: 6, 7

A disciplina pode se dar devido a alguns motivos. Citamos os principais:

- Conduta desordenada - II Ts 3: 11-15


- Imoralidade - I Co 5
- Contenciosidade - Rm 16: 17,18, II Co 13: 1, I Tm 3: 15,20
- Falsas Doutrinas - Tt 3: 10

CAPÍTULO III

ORGANOGRAMA DA IGREJA

Departamento de Administração

1) Serviços Gerais

- Alimentação
- Manutenção
- Conservação e Limpeza
- Serviço Telefônico

2) Material

- Compras
- Almoxarifado

3) Pessoal

- Economia e Finanças
- Contabilidade
- Tesouraria
- Transportes
- Segurança
- Obras
- Hospedagem
- Livraria
6

- Secretaria

Departamento de Assistência Social

É claro que é muito difícil uma Igreja montar um sistema completo desse departamento,
haja vista que requer uma verba elevada e muito bem administrada. Por isso a maioria das
igrejas, quando implantam esses serviços, o preferem fazer em separado da igreja, ou seja, cria-se
uma outra instituição jurídica ligada a Igreja.

Entre alguns serviços que podem ser montados sem exigir um volumoso amparo
financeiro e material, mas sim contar com a colaboração dos próprios membros da igreja.
Podemos citar:

1) Alimentação e Roupas
2) Clínicas de Saúde
3) Caixa Funerária
4) Orfanatos
5) Creches
6) Asilo
7) Lar comunitário

Departamento Musical

Este Departamento é um dos mais importante em uma igreja, não só por seu valor
espiritual, mas também material, pois geralmente uma igreja que possui um Departamento
Musical forte, possui diversas vantagens no que se refere a organizar cerimônias, cultos,
evangelismo, etc. Podemos destacá-lo também por sua importância patrimonial, visto que o
mesmo necessitará de diversos instrumentos musicais, tendo os mesmos uma variedade de custos.

Não se constrói um departamento musical de qualquer maneira como é comum, porém


exige uma larga experiência de planejamento, pelo seu custo e pela sua forma de atuação na
igreja. O líder precisará contar no mínimo com uma pessoa conhecedora no assunto.

Um importante estágio da formação do Departamento musical é a área de treinamento,


pois visa a formação e aperfeiçoamento dos membros que atuarão nessa área. Não é necessário
lembrar para que isso seja colocado em prática, necessita-se de uma pessoa de elevado nível
espiritual e devidamente capacitado (ser músico).

Para melhor fixação dos objetivos que aqui colocamos, descrevemos três setores onde
podem ser alocadas todas as atividades referentes ao trabalho musical na Igreja:

1) Treinamento

a) Ensaios
b) Cursos de Música
c) Cursos de Instrumentos

Como já dissemos anteriormente, este setor deverá ter uma atenção mais minuciosa por
parte do líder e do responsável pelo Departamento. Sem cursos, não será possível haver uma
renovação dos quadros de músicos existentes na igreja, pois naturalmente esse trabalho é iniciado
7

com adolescentes e os anos se passam, eles tornam-se adultos, casam-se e passam a está
compromissados com outros setores da Igreja.

2) Som e Gravação

São naturais nas igrejas esses aspectos não receberem a devida atenção, muita das vezes
por falta até mesmo de verbas para esse fim, porém é importante lembrar que quando houver
necessidade de se realizar algum trabalho externo de um vulto maior, será necessário dispor
desses equipamentos para que o conjunto, coral e até mesmo uma orquestra possa ter uma
apresentação digna de Instrumentos de Louvor ao Deus Todo Poderoso.
A Igreja deve dispor de um bom equipamento para que os objetivos, traçados para as
cruzadas, campanhas, confraternizações, congressos, sejam alcançados, pois quer você admita ou
não, um bom som atrairá o espectador a ouvir uma música bem tocada e por conseguinte a
pregação da Palavra de Deus.

Aconselhamos ao líder ter em mãos, no mínimo, os equipamentos:

a) Equipamentos de Som

- Um bom Módulo de Potência ou Amplificador.


- Um Equalizador Gráfico para fins de acústica do local.
- Caixas igualmente potentes e de boa reprodução sonora.
- Uma mesa misturadora de som.
- Um Tape-Decks para reprodução de Play Backs (geralmente usado por cantores avulsos).
- Microfones Profissionais.

b) Instrumentos Musicais

- Uma boa guitarra (se possível importada); para os ouvidos mais sensíveis a qualidade de som
das guitarras importadas é melhor possível.
- Um Contra-baixo; importante para a sustentação rítmica da música.
- Uma Bateria
- Um Teclado Eletrônico; bem tocado substitui os itens acima.
- Instrumentos Metais (Trombone, Trompete, Saxofone)

3) Grupos Musicais

Os grupos musicais são importantes numa Igreja, pois os louvores bem executados e bem
cantado pelos mesmos, elevam o espírito de quem está no santuário, o triste se alegra, o aflito é
confortado, tudo pela a ação do Espírito Santo através da música.

Queremos alertar os líderes sobre uma quantidade exacerbada de conjuntos numa Igreja,
pelo simples fato de que todos querem cantar no culto e isso tornará o mesmo monótono,
demorado e sem falar nos constantes conflitos entre eles, o que causa enormes dores de cabeça ao
Pastor.

Dividimos os grupos musicais em quatro setores:

- Orquestra
- Coral
- Conjunto
8

- Cantores

Departamento de Evangelização

Chegamos ao mais importante departamento da Igreja, pelo simples fato de tratar da


missão elevada que o Mestre nos outorgou. Para tanto é importante observarmos alguns pontos
fundamentais para um correto funcionamento deste primordial departamento da Igreja.
Lembramos: "Se este departamento não funciona, a conseqüência natural é enfraquecer os demais
departamentos e atividades".

Um bom planejamento de evangelização é primordial, pois que estamos falando da


própria sobrevivência da Igreja como instituição. É incumbido ao responsável por esse
departamento, a responsabilidade de agilizar todo o trabalho. Meios e ações a serem utilizadas no
trabalho de pregação da Palavra de Deus de modo externo, podemos dizer assim!

Cabe ao líder a unção e direção de Deus, na escolha da pessoa que coordenará tão
precioso e inestimável trabalho, pois diretamente todos os demais departamentos da Igreja,
dependerão da eficácia e sucesso desse departamento.

A seguir damos algumas sugestões, que pedimos serem levadas em conta na realização e
no próprio funcionamento do Departamento de Evangelização.

1) Material

- Folhetos
- Livros específicos
- Manuais para evangelização
- Aparelhagem do Som
- Fichário de controle

2) Áreas

- Aconselhamento
- Cidades
- Escolas
- Favelas
- Indústrias

Departamento de Missões

Na lição anterior, estudamos a respeito desse assunto que igualmente importante na vida
Igreja de Cristo, precisa receber atenção especial por parte do líder.

Um departamento de missões forte é também uma coluna de sustentação da Igreja, por


isso chamamos a atenção do aluno para algumas colocações que iremos fazer.
A primeira coisa a fazer é orar a Deus pedindo sua orientação de como esse trabalho
pode ser desenvolvido satisfatoriamente, mesmo que a igreja seja de menor porte. Como
desenvolver esse sentimento missionário nos corações dos membros de sua igreja? A quem
9

delegar tamanha responsabilidade, visto que até mesmo não possuímos pessoas que já tenham
vivenciado a obra missionária? Cremos piamente que missões é um trabalho do coração de Deus
e que o mesmo não deixará essas perguntas sem suas respostas.

Mesmo que a Igreja não tenha disponibilidade financeira para enviar um missionário, o
departamento poderá agir com os missionários que já estão no campo, através de apoio literário,
informações, correspondências de incentivo e até mesmo com uma pequena parcela de apoio
financeiro. Nesse ponto, cremos que quando uma Igreja coloca no coração a chama do Espírito
Santo e o desejo de ajudar e realizar a obra missionária, o nosso Deus que é o Senhor e dono do
ouro e da prata, providenciará tudo o que é necessário para a realização desse trabalho.

Nossa sugestão para o bom funcionamento de uma Secretaria de Missões da Igreja


baseia-se na seguinte constituição:

Secretaria de Missões

- Organização
- Planejamento
- Treinamento
- Controle e Sustento
- Palestras sobre o assunto
- Acompanhamento de Missões Nacionais
- Acompanhamento de Missões Estrangeiras

Departamento de Educação

Não precisamos tecer nenhum comentário mais alongado, pois todo líder deve ter em
mente a sobrevivência espiritual da Igreja, a fim de que não caiam em falsos ensinos, heresias,
saibam contestar os emissários das falsas seitas que andam por aí ensinando mentiras e heresias.

Ao líder, imploramos que de forma alguma admita que os crentes fiquem sem o ensino da
Palavra de Deus, principalmente as crianças.

Sugestões para montar um departamento de ensino eficiente:

1) Biblioteca
2) Escola Bíblica Dominical
- Secretaria
- Cursos para Professores
- Setor Infantil
- Setor de Adolescentes
- Setor de Jovens
- Setor Adulto
- Setor de Jovens Casais
- Setor de Novos Convertidos

3) Ensino e Treinamentos

- Curso para Novos Convertidos


- Curso para Membros
- Curso para Obreiros
10

4) Ensino Teológico

- Escola Teológica

5) Ensino Secular

- Alfabetização
- 1o. e 2o. graus
- Supletivos
- Faculdade
- Cursos Diversos

Departamento de Comunicação

Nesse departamento poderão ser arquivados assuntos de interesse da Igreja. Poderá até
mesmo ser feita uma associação com a Biblioteca da Igreja. O departamento poderá agir na
divulgação de eventos da igreja, através de um bom trabalho de marketing. Muitos acham um
departamento fútil para uma Igreja, mas indagamos:

- Nele podem ser agilizados fitas de vídeo para palestras


- Criação e arte (faixa, cartazes)
- Divulgação dos Eventos da Igreja
- Propaganda em Jornais
- Arquivos de Revistas, Jornais contendo assuntos de importância.

Como vimos, esses são alguns dos serviços que poderão ser prestados pelo Departamento
de Comunicações. Quem não gostaria de contar com uma assessoria dessa para palestras,
campanhas evangelísticas, cruzadas? Pense bem!

Setores do Departamento

- Relações Públicas
- Avisos, editais, agendas
- Arquivo (jornais e revistas)
- Marketing (Divulgação . Propagandas . Criação e Arte . Editoração)
- Imagem e Som (Aparelhos de som . Estúdios . Áudio Visual)

CAPÍTULO IV

A IGREJA COMO PESSOA JURÍDICA

Segundo o Código Civil Brasileiro, nenhuma sociedade pode existir ou funcionar no


território nacional, sem ser judicialmente constituída."

A Igreja, está incluída nesta definição, e para que se estabeleça juridicamente é


necessário a confecção de um Estatuto (é o documento fundamental constitutivo do grupo, isto é,
o conjunto de normas que estabelecem a estrutura e a organização da sociedade ou grupo).
11

Sem estatuto a Igreja não existe e está sujeita a vários perigos, não podendo possuir ou
reclamar qualquer direito, entre outros problemas.

Todo Estatuto deve possuir:

1. Nome
2. Sede ou Foro: onde terá sua atividade principal e serão exercidos seus direitos.
3. Finalidades: caracterizando as razões da sua existência e sua penetração na sociedade.
4. Duração: prazo de ação e existência
5. Membros
6. Diretoria
7. Assembléias Gerais
8. Quorum
9. Eleições
10. Patrimônio
11. Modificações Estatutárias
12. Disposições Gerais

Outros elementos necessários que devem constar no Estatuto:

- Tipo de administração
- Responsabilidade
- Declaração que a Igreja não visa lucro
- Declaração dos bens, sua origem e sua aplicação e prestação de contas
- Destinação dos bens e sociedades em casos de cisão
- Definição das tarefas da Diretoria
- Previsão de um Regimento Interno
- Quorum para decisões vitais, etc.

Registro do Estatuto

O Estatuto deve ser elaborado por uma Comissão Competente, aprovado numa
Assembléia Geral Extraordinária, com quorum (metade mais um) suficiente, e sendo lido na
íntegra pelo secretário. Feitas as modificações necessárias, se houver, e transcrito para o livro de
Atas. Toda a diretoria deve assinar.

Datilografar a Ata que contém a transcrição do Estatuto em três vias em papel timbrado
da Igreja, sendo assinado pela diretoria. Deve ser enviado ao Cartório de Registro de Pessoas
Jurídicas em nome do Oficial de justiça, um ofício pedindo o registro da Ata da Igreja.

Datilografar uma relação dos membros da Diretoria da Igreja com os seguintes dados:
nome, nacionalidade, estado civil, filiação, nascimento, residência completa, identidade (no. e
origem), CPF (CIC).

Membros da Diretoria

- Presidente
- 1o. Vice-Presidente
- 2o. Vice-Presidente
12

- 1o. Secretário
- 2o. Secretário
- 1o. Tesoureiro
- 2o. Tesoureiro

Inscrição no C.N.P.J. (CADASTRO NACIONAL DE PESSOAS JURÍDICAS)

Documentos Necessários:

- Ficha de Inscrição: preenchida em três vias (encontra-se em papelaria)


- Estatuto registrado no Cartório próprio
- Cópia da Ata da Eleição da Diretoria
- Relação com dados dos membros da Diretoria

Deve-se inscrever em representações locais da Secretaria da Receita Federal do município da


sua localização (sede), podendo ser eles:

- Delegacia da Receita Federal


- Inspetoria da Receita Federal
- Agência da Receita Federal
- Postos da Receita Federal

Uma vez inscrita no CNPJ, a Igreja pode confeccionar o carimbo padronizado em casas
especializadas mediante a apresentação xerográfica da ficha de cadastramento.

A Igreja pode solicitar a isenção do Imposto de Renda e a do Imposto sobre Serviços.

CAPÍTULO V

ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

Departamento de Administração

Secretaria

A Igreja deve ter local próprio para o seu funcionamento.

Deve-se providenciar o seu mobiliário para o seu funcionamento: mesas, máquina de


escrever, armário de aço, mimeógrafo.

Lembramos ainda do material de expediente necessários para o bom desenvolvimento dos


trabalhos da secretaria: papel timbrado (formato A4 210 X 297), papel almaço, blocos,
envelopes, pastas suspensas, fichas, grampeador, perfurador, cola, tesoura, porta-lápis, borracha,
13

elásticos, canetas, livro de presença, livro de Registro de Matrimônio, cartões para


aniversariantes, cartões de membros, carta de mudança e recomendação, fichário de aço, etc.

1) Atribuições do Secretário.

- Lavrar Atas em livro próprio


- Assinar documentos oficiais da Igreja junto com o Presidente
- Manter em dia o fichário de membros e de todos os serviços
- Confeccionar e expedir toda correspondência
- Prestar relatórios de suas atividades quando solicitado
- Cumprir as determinações da direção

2) Documentos de Uma Secretaria

- Rol de Membros com todos os dados


- Rol Ativo
- Rol Inativo (afastados, excluídos, transferidos, falecidos)

3) Livros de Atas

- Deve ser registrado no Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas


- Conter as folhas numeradas tipograficamente e rubricadas
- Conter termo de abertura e encerramento com carimbo da Igreja e assinatura do Pastor
- Deve ser manuscrito.

Tesouraria

1) Atribuições do tesoureiro

- Cuidar dos fundos financeiros


- Receber e guardar o dinheiro, depositando-o em conta bancária
- Efetuar pagamentos autorizados pelo Presidente
- Registrar entradas e saídas em livro próprio
- Manter em dia a escrituração da Tesouraria
- Assinar, com o presidente, cheques e demais documentos da Tesouraria
- Organizar e apresentar a Igreja balancetes mensais e anuais, devidamente analisados e
aprovados pela comissão de contas.

2) Escrituração

- Livro diário de caixa


- Livro caixa
- Guarda de documentos
- Relatórios
- Balancetes
- Livro de Dizimistas
14

CAPÍTULO VI

REGRAS PARLAMENTARES

São certas regras ou leis que regem a palestra em conjunto.

Três regras fundamentais:

1. Falar um de cada vez


2. Ir diretamente ao assunto
3. Decidir tão logo haja opinião formada

Ordem dos Trabalhos

- Toda reunião deve ter um horário de início e término

- Deve ser presidida por uma diretoria ou pelo presidente ou seu substituto direto.

- Quorum: é indispensável ao início da reunião, conferida pelo livro de presença.

- Abertura da Sessão (oração e leitura bíblica)

- Leitura de Ata

- Leitura do expediente recebido

- Avisos

- Relatórios das comissões

- Pedidos

- Ordem do dia

- Questões pendentes da reunião passada

- Novos assuntos

- Pauta do dia - temário pré-determinado

- Encerramento

- Prorrogação só em casos extraordinários


15

HERESIOLOGIA

LIÇÃO 4

ÍNDICE

CAPÍTULO I : TEOSOFISMO
CAPÍTULO II : MORMONISMO
CAPÍTULO III : TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

Autor: Pr. Gessé Adriano da Silva

SEMINÁRIO TEOLÓGICO MORIAH


Rio de Janeiro - RJ
Copyright © 1999. Todos os direitos reservados.
16

CAPÍTULO I

TEOSOFISMO

I. Introdução

A palavra teosofia vem de duas outras gregas, THEOS = DEUS, e SOPHIA =


SABEDORIA, isto é, sabedoria de Deus. Essa falsa religião prega isto: a possessão da sabedoria
divina não pela revelação de Deus - a Bíblia, nem por inspiração, estudo ou revelação concedida
pelo Espírito Santo. Isto porque o teosofismo ensina e crê num Deus impessoal que é identificado
com a humanidade. É um sistema panteísta a mais. Os teosofistas declaram ter um iluminismo
especial por serem parte de Deus. Isso é uma ilusão diabólica. ë uma megalomania espiritual para
exaltar o homem e diminuir a Deus. Eles gabam-se de união com Deus. Orgulham-se de
possuírem a chave do saber divino. Julgam-se superiores a todos. Declaram abertamente que
todas as igrejas, credos, religiões e aspectos religiosos em geral são tão somente ponto de vista
existentes no teosofismo. Dizem dos evangélicos: “Vocês iniciaram carreira agora. Nós
teosofistas já passamos por onde vocês ora estão. Se vocês prosseguirem, chegarão onde nós
estamos.”

Mencionamos o teosofismo quando estudamos o espiritismo; aquele originou-se deste,


sendo muito mais complicado.

II. Resumo Histórico

O teosofismo é uma ramificação do espiritismo, isto é, originou-se aí. Isto não é apenas
uma dedução nossa; é a voz dos fatos como veremos a seguir. Esta falsa religião como ora se
apresenta vem de 1875. Não obstante, suas crenças satânicas remontam de séculos, originárias
do Oriente - Índia, Tibete, etc. São crenças pagãs aliadas a um sistema falsamente chamado
filosófico, também oriental. Sabemos que o oriente sempre foi a maior fábrica de falsas religiões
e falsas doutrinas.

A fundadora foi a Sra. Helena Petrovna Blavatsky (1831-1891). Natural da Rússia, à


cuja nobreza pertencia. Era médium espírita. Durante dez anos esteve sob controle de um
demônio que para enganá-la dizia chamar-se João King. Começou a percorrer vários países.
Esteve no Cairo em 1857, onde tentou fundar uma sociedade espírita, mas não conseguiu. Em
1872 chegou a Nova Iorque. Aí, aliou-se a um grupo de médiuns. Nessa época as fraudes do
espiritismo estavam sendo descobertas e espalhadas pela investigação dos interessados. Chocada
com isto, a Sra. Blavatsky, em companhia de outros médiuns, fundou em Nova Iorque em 17 de
novembro de 1875, a SOCIEDADE TEOSÓFICA.

Sete anos depois (1882) ela viajou para a Índia a fim de procurar penetrar no
conhecimento das crenças hindus e budistas. Desde os Estados Unidos estava ela acompanhada
do Coronel Olcott que era veterano da Guerra Civil Americana e adepto do teosofismo.

Desse modo, o teosofismo foi gerado no espiritismo e desenvolvido no paganismo


oriental, hindu e budista. Os princípios falsamente chamados filosóficos foram colhidos na obra
do filósofo alemão João Eckhart (1269-1327).
17

Há a considerar ainda a filosofia puramente oriental introduzida. a própria Sra.


Blavatsky declarou: “O teosofismo é o mesmo que espiritualismo com outro nome.” - J.K.
Bealen.

O segundo dirigente do teosofismo foi outra mulher - a Sra. Annie Besant (1847-1933).
A maior pretensão e também o fato mais saliente desta, foi afirmar que seu filho adotivo
Krishnamurti (também chamado de Krishnaji) era o Messias mais recente reencarnado; noutras
palavras: era a reencarnação do Mestre dos Mestres. Esta descoberta ocorreu em 1925. Tudo isto
foi desmentido pelo próprio Krishnamurti em 1931, quando o mesmo declarou não ser Messias
algum, recusando também toda adoração.

O teosofismo está espalhado por toda parte, do mesmo modo que o espiritismo. É muito
preferido pelos intelectuais devido seus aspectos filosóficos que encanta o pensamento e a mente
do homem. No Brasil não é difícil encontrar teosofistas nas metrópoles, nos centros urbanos. Se o
teosofismo fosse a verdadeira religião, o povo simples e humilde ficaria sempre na ignorância
quanto a verdade, tal é o intricado dessa religião.

III. Princípios E Ensino Do Teosofismo

O teosofismo pretende ser o fundamento de todos os tipos de credos e religiões. Alega


ser a um só tempo uma religião, um sistema filosófico, e uma ciência. Declara ainda ser mais que
tudo isso.

Em princípio é panteísta. Afirma que Deus é tudo e tudo é Deus. O homem é uma
partícula da divindade embutida em uma matéria. Assim sendo, o homem voltará a sua origem
divina. Isso ele obterá mediante a lei do carma, a palavra hindu que reúne o significado de
reencarnação. Trataremos deste assunto mais adiante neste mesmo ponto.

Afirma que a Bíblia tem partes inspiradas por Deus , outras não. As partes não
inspiradas foram produzidas pelos próprios escritores. Este princípio é sutil e traiçoeiro. Ele
submete as Sagradas Escrituras à mercê do critério dos teosofistas, como se a Palavra de Deus
dependesse do juízo que o homem queira formar dela.

Prega a fraternidade entre os homens e também a tolerância de todas as crenças


religiosas. A igreja católica opõem-se terminantemente a Teosofia. Não obstante sem conta são
também teosofistas. O Papa Bento XV em 1919 proibiu aos católicos de participarem em
reuniões teosóficas sob a pena de excomunhão.

Declaram que conhecem a Deus por iluminação especial ou intuição. Desprezam a


revelação bíblica bem como os processos dedutivos da sã filosofia.

Ensina a reencarnação com muita diferença do Espiritualismo. Ensinam que após a


morte o homem habita um período longo ou curto no céu. Aqui o homem descansa de seus
trabalhos. Mais cedo ou mais tarde surge nele o desejo de regressar à terra a fim de conseguir
mais experiências, dando cumprimento a lei do carma. Por meio desta lei o homem opera sua
salvação definitiva. A lei do carma é tratada com detalhes mais adiante.

Deve ficar bem claro o erro maldito de seu ensino que Deus não é pessoal; Ele subsiste
na matéria. Isto é, identificar o Criador com a criação.
18

A dedução mais simples nos mostra que a música não é o músico. A poesia não é o poeta
em si. A arte não é o artista, como a escultura não é o escultor.

O primeiro versículo das Escrituras estabelece o fato que o Criador não é a Criação. Lá
está escrito: “Deus criou os céus e a terra.” Logo, os céus e a terra não são de modo algum a
essência de Deus. Negar o fato de que Deus é pessoal é negar toda a Bíblia, pois através de toda
ela vemos a evidência da pessoa e da personalidade de Deus.

IV. Os Principais Falsos Ensinos Do Teosofismo

1. A respeito de Deus

Como já dissemos atrás, ensinam que Deus é impessoal e que a trindade de Deus é de
nome apenas. É constituída de Força, Sabedoria e Atividade. A Sra Besant pregava ainda que
Deus tem uma quarta pessoa, sendo esta feminina. Trata-se da matéria, a qual Deus utiliza para
poder manifestar-se. Costumam chamar esta quarta pessoa divina de Mãe. Citam Lc 1.38 e por
meio de explicações sutis ligam o fato da encarnação do Filho de Deus por meio da virgem
Maria, com esse falso ensino da quarta pessoa da Divindade. A segunda pessoa da Trindade -
Sabedoria, tem duas naturezas, uma espiritual: a razão, e outra material: o amor. Em suma, este
falso ensino é o seguinte: Deus no sentido espiritual tem três pessoas: Força, Sabedoria,
Atividade e no sentido material, isto é, manifestado tem quatro. A quarta pessoa é a Matéria.

2. A respeito do homem

Ensina a Teosofia que o homem tem dois corpos, um natural e outro espiritual. O
espiritual é constituído das mesmas pessoas da Trindade: Força, Sabedoria, Atividade. O corpo
natural é mais complicado; tem quatro partes, a saber:

• O corpo físico, duplamente constituído. Não detalham essa duplicidade. Portanto, há aqui
duas partes.
• O corpo astral, que se ocupa das emoções e desejos.
• O corpo mental, que se ocupa do pensamento.

É oportuno dizer que segundo seus ensinos o corpo físico é o corpo das atividades
físicas.

Cada parte do corpo natural tem relação com um mundo diferente.

Quando o homem dorme ou entra em transe, ele abandona o corpo físico e passa a agir
no corpo astral. Aqui está uma das principais diferenças entre o espiritismo e o teosofismo. O
espiritismo ensina que a mente de um médium pode entrar em contato com o mundo dos espíritos
mediante telepatia e clarividência. Já o teosofismo ensina que é o próprio homem que deixa o
corpo físico e penetra no mundo astral. Esse mundo astral é uma espécie de mundo invisível que
envolve e penetra tudo ao nosso redor. É densamente povoado por toda espécie de pessoas que
antes viviam em seus corpos físicos. Quando sonhando ou em transe, o homem deixa o corpo
físico e penetra no mundo astral, e é possível a um espírito sem corpo desse mundo astral tentar
ocupar o corpo deixado. Se isso acontece, há muitos inconvenientes. Tudo isso demonstra a
afinidade da Teosofia com o Espiritismo.

O Espiritismo também ensina que estando o médium em ação, os espíritos do outro


mundo vem e ocupam seu corpo, fazendo o que querem. No teosofismo o ensino é um só: o
19

homem que deixa seu corpo e vai ao encontro dos espíritos para aprender com eles, isso quando
entra em transe ou durante os sonhos. Diz o teosofismo que os sonhos são mensagens de seres
superiores.

O corpo astral é o mais importante dos três, pois pode habitar no mundo mental que
correspondem ao céu. Esse mundo é habitado pelos “devas” (palavra hindu e brâmane
correspondente a anjo). Daí chamarem o mundo metal de “devachan” = lugar dos devas. Os anjos
são espíritos que se aperfeiçoaram no mundo astral. Para os teosofistas adiantados (isto é, com
muitas encarnações), um meio de apressar a perfeição e a prática de Yoguismo e outros tipos de
ascetismo físico-mental com Faquirismo e controle do Pensamento, como se encontra nas obras
do Círculo Esotérico da Comunhão do Pensamento, São Paulo, Brasil. São poucos os que
conseguem chegar a ser “devas”.

3. Reencarnação

Na linguagem teosófica é chamada “carma”. É a palavra hindu e brâmane para exprimir


a lei de Causa e Efeito. A lei do “Carma” ensina o seguinte: as ações e intenções atuais do
homem são efeito daquelas que se precederam e causa das que se seguirão. Firmado nessa crença,
o homem pode operar sua salvação com uma certeza matemática mediante o aperfeiçoamento
crescente de cada vida que passar aqui. A lei recíproca também é verdadeira.

Em apoio à lei do Carma citam Gl 6.7; Jo 9.2. A Sra. Besant, por exemplo ensinou que a
morte prematura de uma criança tão somente significa que seus pais foram maus para alguma
criança, na encarnação anterior - J.K. Bealen. É de origem budista a lei do “Carma”. Ainda
nesse assunto, continua o teosofismo dizendo que o homem não fica permanente no “devachan”.
Mais cedo ou mais tarde ele volta à terra nascendo como uma criança para dar prosseguimento
ao seu carma. Cada existência vivida na terra eqüivale a um dia na escola do Carma. Um
elemento muito imperfeito volta logo do céu. Fica lá uns 100 anos somente e logo volta. Um
outro mais perfeito permanece até 20 séculos lá.

Esse tipo de reencarnação a Sra. Blavatsky trouxe da Índia quando lá esteve. Antes, ela
ensinava que reencarnação era coisa excepcional. Só a partir de 1822 é que a falsa doutrina do
Carma passou a ter toda preeminência do teosofismo. Diz Sinnet, um dos grandes teosofistas, que
um indivíduo pode ir a 800 reencarnações. A lei do carma passou por modificações. No Oriente,
em tempos idos se ensinava que o homem também reencarnava como animal. A Sra. Blavatsky
não quis saber disso.

4. A raça humana

O homem é um “fragmento divino”, e seu destino final é voltar para Deus de modo
permanente. Isso é chamado Nirvana, ou seja, o fim das reencarnações. Na linguagem teosófica
são “os homens divinos feitos perfeitos”. São chamados “Mahatmas” que significa Mestres,
Sábios. Os Mahatmas podem viver sempre no céu, mas podem também habitar nos montes
“sagrados” do Tibete. Isso fazem para auxiliarem na evolução da humanidade. Um Mahatma
pode também encarnar-se num teosofista proeminente. Toda sabedoria oculta do teosofismo
deriva desses Mahatmas. Há um chefe acima de todos os Mahatmas que é o Supremo Mestre.
Quando este encarna, temos um Cristo. Assim sendo, todo homem é um Cristo em potencial. -
Sra. Besant.
20

Estamos agora em condições de estudar o que diz o teosofismo da raça humana.


Firmados na lei do carma eles dão a humanidade uma origem remotíssima e pontilhada de
detalhes portentosos para impressionar o povo crédulo e sem fé na Palavra de Deus.

A humanidade está na terceira raça-tronco. Cada raça dessas teve várias sub-raças. Por
sua vez, cada sub-raça levou muitos milênios para dar lugar à seguinte. A primeira raça humana
foi a Lemúria; a segunda Atlânta e a terceira e atual é Ariana. A humanidade atual é a quinta
sub-raça, chamada Teutônica; proveniente todas da raça-tronco Ariana. Com isso em vista, a
Sra. Blavatsky da 18 milhões de anos a história da humanidade. Publicam também um mapa,
segundo dizem recebido dos devas, do mundo há 800 mil anos atrás. Deles provem a origem da
história da raça Atlânta que habitou o continente do mesmo nome há 800 mil anos. (Não
confundir com Atlantida).

O continente Atlânta ocupava parte do atual leito do Oceano Atlântico. O continente


Lemúrio situava-se entre a Índia e Austrália. Acrescentava ainda, que por meios ocultos
aprenderam que há 11.500 anos houve uma grande catástrofe que abrangeu os referidos
continentes, levando para o fundo do mar 64 mil pessoas.

Diz o teosofismo que cada sub-raça presta uma contribuição especial à humanidade. A
da sub-raça (a 5a ) é prover o homem intelectual. A da próxima sub-raça será o homem espiritual.

Ao iniciar-se cada sub-raça surge um Cristo. Noutras palavras: O Supremo Mestre do


Mundo, que foram:

• BUDA, na Índia (1a sub-raça)


• HERMES, no Egito (2a sub-raça)
• ZOROASTO, na Pérsia (3a sub-raça)
• ORFEU, na Grécia (4a sub-raça)
• CRISTO, na Palestina (5a sub-raça)

Acrescentaram ainda que Cristo usou o corpo do discípulo chamado Jesus. Ora se a
sexta sub-raça está para surgir, significa que daqui a pouco teremos um novo Cristo. E dizem
mais: que esse novo Cristo será muito mais poderoso que o Senhor Jesus, isso, porque será o
Cristo da sub-raça espiritual, muito superior à intelectual (a atual). É esse novo Cristo que unirá
todas as religiões numa só, coisa que a Teosofia ensina desde sua origem. A Sra. Besant ensinou
que todas as religiões tem algo certo, e que juntando todas ter-se-ia a religião perfeita - (The
Chaos of Cults, 41).

Vê-se assim que com esse falso ensino dos Mahatmas e Cristos, a Teosofia não é só
panteísta, é também politeísta.

5. A origem do mal

Ensinam que a origem do mal está na matéria. Ao mesmo tempo ensinam que a matéria
emana de Deus. Ora, vê-se pelas Escrituras que a origem do mal está envolta em mistério. É uma
das coisas que Deus não revelou ao homem, segundo Dt 29.29. Certamente, essa e outras coisas
misteriosas ser-nos-ão reveladas quando Cristo vier. Sem dúvida, nossas mentes atuais não
podem abarcar revelações de assuntos deste tipo. Cumpre a quem tem fé em Deus e nas
Escrituras Sagradas, confiar n’Ele e saber que Ele é soberano em tudo e controla todas as coisas.
21

6. Os anjos

Já discorremos sobre isso em conjunto com assuntos que não podiam ser estudados à
parte. Como vimos, o ensino teosofista é que os anjos são seres que partindo do homem
evoluíram através da lei do Carma.

V. Considerações Gerais

Grande parte da refutação bíblica apresentada no estudo do espiritismo, aplica-se de


igual modo aqui. Aqui estão mais algumas, apropriadas para o teosofismo:

1. Os fundadores do teosofismo inspiraram-se nas religiões e filosofias do Oriente, e não nas


Sagradas Escrituras. Leia Is 2.6 a respeito do Oriente.
2. A entrada no reino dos céus não é pela reencarnação ou lei do Carma. Mt 7.21; Jo 1.12,13.
3. A união de todas as religiões é antibíblica. Gl 1.8; II Jo vs. 10,11.
4. O ensino que Jesus e Cristo são duas pessoas é diabólica. I Jo 2.22.
5. Não há revelação de Deus mais completa do que Cristo e a Palavra. Jo 14.9; Cl 1.19; Hb 1.2;
Ap 22.18,19.
6. Contra o homem desencarnado no mundo astral. II Co 5.1-4; Fl 3.21.
7. A reencarnação de Jesus como Cristo da atual sub-raça. Hb 9.26.
8. A reencarnação de todos os homens. Hb 9.27.
9. Mahatmas e Cristos habitando no Tibete. Mt 24.24-26.
10.É Deus quem nos livra dos nossos pecados e não a lei do Carma. Is 1.18; I Jo 1.9.

A teoria de estar alguém no céu e querer voltar à terra é absurda.

A lei do Carma bem analisada é um outro absurdo, porque o atual sofredor não sabe por
qual pecado anterior está sofrendo.

O teosofismo é claramente um conjunto de doutrinas de demônios. I Tm 4.1. Esse texto


bíblico mostra que nos últimos tempos surgirão tais coisas. A mesma coisa diz a Palavra de Deus
em I Jo 2.18. cumpre-se nos teosofistas o que está escrito também em II Co 4.4. Aqueles que tem
fé genuína em Deus e nas Sagradas Escrituras devem sempre dar glória a Deus por tê-los
guardados de iniciação no teosofismo.

CAPÍTULO II

MORMONISMO

I. Introdução

O Mormonismo é uma das piores seitas falsas. Os mórmons fazem questão de dizer que
não católicos nem protestantes, mas, sim uma igreja completamente diferente de todas as outras.
22

Seus artigos de fé contêm partes da Lei, do Novo Testamento, de politeísmo, maometismo, do


espiritismo, paganismo, fantasias e visionismo. Há também mercantilismo, política e muita
ideologia. Afirmam por toda parte que sua igreja é a única certa e que só eles são portadores do
genuíno evangelho. Um estudo despretensioso e profundo do mormonismo mostrará ainda que
essa seita falsa originou-se e teve sua evolução num ambiente misto de crendice, visões,
grosserias, sertanejo, ambição, violência e imoralidade. Quando um mórmom testifica de sua
crença, evita a todo custo detalhes do início da seita.

Seu título oficial é Igreja de Jesus Cristo dos Santos Últimos Dias, porém quando
discorrem sobre sua fé procurando fazer prosélitos, citam apenas “Igreja de Jesus Cristo”. De
igual modo usam terminologia cristã, mas pervertem o sentimento da mesma. Seu sistema
predileto de ação é a visitação de casa em casa, que normalmente é feita em grupos de dois jovens
bem educados, bem vestidos e cheios de disposição. Uma frase clássica inicial usada por eles
quando visitam de casa em casa é a seguinte: “Dá licença entrar e ter uma palavra sobre o
cristianismo?” Faz parte do treinamento deles assistir cultos nos templos das diferentes
denominações evangélicas, a fim de se familiarizarem com os costumes e linguagens utilizadas.
As perguntas que fazem, geralmente só podem ser respondidas com “sim” ou “não”. Por
exemplo: “O senhor crê em Deus?” Há um estratagema preparado nessas perguntas de modo a
levar o entrevistado a um beco sem saída. Usam a Bíblia com habilidade, sendo todos os
versículos já escolhidos de antemão.

Possuem mais de 7 mil missionários em mais de 50 países diferentes. São peritos em


adulterar textos das Escrituras Sagradas para adaptá-los às suas monstruosidades doutrinárias.
Uma das coisas que imprime progresso ao movimento é a sua complexa e ativa organização
eclesiástica. A direção só pode ser ocupada por líderes competentes e zelosos.

Toda religião ou seita falsa tem um erro fundamental. O do mormonismo é por o Livro
de Mórmom em pé de igualdade com a Bíblia. Isso, afirmam sem qualquer disfarce. Conferir Gl
1.8,9; Ap 22.18.

II. História

Seu fundador foi Joseph Smith Jr. Nasceu em 23 de dezembro de 1805, em Sharon,
Estado de Vermont, EUA e faleceu assassinado a tiros por uma enfurecida multidão em 27 de
junho de 1844 em Carthage, Estado de Illinois, EUA. Seus pais eram fazendeiros sem instrução.
A família mudou-se para Palmyra, Nova Iorque, em 1815, e em 1820 se mudaram para
Manchester, também em Nova Iorque. Joseph não teve instrução.

A “Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” é assim chamada por pretender
oferecer a plenitude da revelação que Deus fez à humanidade por meio de Jesus Cristo - plenitude
que foi reservada a estes últimos tempos, e aos “santos”, isto é, os discípulos de Joseph Smith.

Fundada em 06 de abril de 1830, em Fayette, Estado de Nova Iorque, EUA, por Joseph
Smith Jr., que tinha então 24 anos de idade, os mórmons começaram com 6 membros apenas.
Pouco antes dessa data, em 15 de maio de 1829, Smith batizou seu secretário - o Sr. Smith.
Afirmam eles que receberam uma visão de João Batista que os ordenou a fazer assim. Nessa
ocasião (isto é, na fundação), Smith teve uma “revelação” de que se tornava vidente, profeta e
Apóstolo do Senhor Jesus Cristo. Foi assim que as coisas começaram.
23

Segundo as mais recentes informações, já são mais de 2 milhões de adeptos. O trabalho


missionário deles é admirável. É praxe os jovens deixarem sua profissão por alguns anos, e com
dinheiro economizado, ou com auxílio dos pais, seguirem para o campo missionário. A igreja
tem atualmente uma Universidade no Estado de Utah com 10 mil estudantes. O serviço de
assistência social deles é também muito eficiente; isso também lhes serve de cartão de visita.

Quando Joseph Smith tinha 15 anos, em 1820, seus pais residiram em Palmyra, Estado
de Nova Iorque. Houve nesse tempo grande movimento evangelístico na região por parte das
diversas denominações. Smith concluiu que todas as igrejas eram falhas. Um dia, nesse mesmo
ano, Smith foi orar num bosque perto de casa para que Deus lhe mostrasse à que igreja devia
pertencer, apareceram, segundo ele conta, dois anjos resplandecentes que ficaram pairados acima
da terra. Eram Deus e Cristo. Deus apontou para Cristo e disse a Smith: “Joseph, este é o meu
Filho. Ouve-o.” Joseph ficou cheiro de temor e perguntou a Deus à qual igreja devia pertencer.
Deus disse-lhe que todas as igrejas de então estavam desviadas e que ele não se unisse a
nenhuma. Disse mais: que o puro evangelho de Cristo seria em breve restaurado.

Um ano depois, conta Smith que estava orando quando seus aposentos foram banhados
em luz e apareceu-lhe um anjo chamado Moroni, o qual lhe revelou que no Monte Cumorah,
perto de Palmyra, estavam escondidas desde o ano de 420 d.C. uma coleção de placas de ouro
contendo o puro evangelho e mais a história dos primitivos habitantes do continente americano,
sua procedência e outros detalhes. O anjo acrescentou que esse evangelho era o que Cristo
transmitira aos primitivos habitantes do continente. Junto as placas de ouro estariam duas
pedrinhas encaixadas em aros de prata, presas a um peitoral que chamava-se Urim e Turim, as
quais serviriam para ele traduzir o conteúdo das placas. No dia seguinte, Smith apanhou todo o
material e começou a tradução. Diz ele que as placas estavam escritas em egípcio reformado,
coisa que até hoje os doutos no assuntos desconhecem.

Após a tradução, Smith devolveu as placas ao mensageiro celeste.

Em 1830 foi publicada a primeira edição do Livro de Mórmon, cerca de 600 a.C. Um
judeu chamado Lei, da tribo de Manasses, emigrou de Jerusalém para a América do Norte
através do pacífico com sua família e vários acompanhantes. Lá teve dois filhos Nefi e Lamam.
Deus designou o filho mais novo, Nefi, para ser o chefe da tribo. Lamam ressentiu-se com isso e
daí em diante houve guerra constante entre esses dois povos. Os Nefitas tornaram-se ímpios e
isso causou destruição.

Em 420 d.C. os lamanitas destruiram os nefitas. O profeta e líder dos nefitas chamava-se
Mórmom, o qual antes do extermínio do seu povo escreveu a revelação divina e fatos históricos
em placas de ouro. O nome Mormonismo deriva desse profeta. Seu filho Moroni escondeu-as no
Monte Cumorah. em 1823, Moroni, já evoluído como anjo, revelou a Joseph Smith Jr. o local das
placas. Os lamanitas, que eram judeus das dez tribos, deram origem aos índios americanos.

É preciso muita credulidade e atraso para crer-se em tais histórias. Ela é mais ou menos
semelhante a das Mil e Uma Noites, ou A Lâmpada de Aladin.

A primeira edição do livro em 1830 tinha péssima pontuação e erros sem conta. De lá
pra cá ele sofreu mais de 10 mil correções na pontuação, e uns 3 mil na parte de ortografia e
regras gramaticais em geral. Isso, sem falar nas seções que foram suprimidas e outras
acrescentadas. Tudo para cobrir os erros de Joseph Smith Jr. É tal livro que eles declaram
inspirados por Deus.
A verdade acerca do Livro de Mórmon é a seguinte:
24

- Em 1812 um pastor presbiteriano aposentado chamado Salomão Spauding escreveu uma


história fictícia dos primitivos habitantes americanos. Morreu sem poder publicar o tal livro. O
manuscrito caiu nas mãos de um “ex-pastor” batista Sedney Rigdon. este fora pregador
independente e itinerante, depois, excluídos pelos batistas, tornou-se o teólogo de Smith. Era um
homem culto, inteligente e conhecedor das Escrituras. Rigdon em conluio com Smith fundaram
uma nova religião tomando por base o tal livro. Os dois foram auxiliados por um terceiro: Parley
Pratt. Esse trio compôs o Livro de Mórmon. (The Chaos of Cults, Van Baalen).

Um dos absurdos do livro são os ensinos sobre poligamia, da qual trataremos com mais
pormenores na seção competente. A primeira vítima da poligamia foi o próprio Pratt que ao
tomar a esposa de certo senhor, foi morto pelo mesmo.

Os nove meses que seguiram-se após a fundação da igreja foram críticos para o
movimento, devido as estranhas doutrinas. Houve muita oposição da parte do povo. Foram
forçados a se mudarem para Kirtland, Ohio; aqui ficaram de 1831 a 1837. Progrediram rápido
aqui. Dentro de três ou quatro meses conseguiram adeptos, a maioria dentre os batistas. Nessa
época, Smith resolveu que Kirtland seria o local de onde Jesus reinaria ao voltar a este mundo. Aí
estaria a Nova Jerusalém.

Construíram o grande templo que ainda lá está. Fundaram um banco, mas de forma
fraudulenta; logo este faliu e seus responsáveis, Smith e Rigdon fugiram a meia noite para
escaparem com vida. Se mudaram para o Estado de Illinois, onde construíram a cidade de
Nauvoo (que em hebreu significa “belo lugar”). Smith foi o prefeito. Instituíram a lei do dízimo
compulsório e obtiveram muito dinheiro. Diz Smith que aqui recebeu a revelação que ordenava
casamentos polígamos. Ondas de licenciosidade dominaram a região e novas violências tiveram
início. Smith e seu grupo enriqueceram. A doutrina da poligamia ensinada por Smith como
revelação gerou conflitos cada vez maiores.

Em 1844, Smith foi indicado pelos mórmons como candidato à presidência dos Estados
Unidos. Nesse meio tempo os mórmons confiscaram um jornal que se lhes opunha. A revolta do
povo contra as práticas mórmons continuou. Smith e seu irmão Hyrum presos e mantidos assim
na cadeia de Carthage, Illinois, aguardando julgamento. Isso não acalmou os cidadãos locais.
Houve luta armada. Mil e duzentos soldados garantiam a cadeia, mesmo assim, a multidão
enfurecida assaltou-a e matou a tiros os dois presos, isso em 27 de junho de 1844.

Morto Smith, substituiu-o Brigham Young. Este, visando evitar futuras perseguições, em
1847, conduziu os mórmons para o território de Utha, entre as montanhas rochosas, 2400 Km
para o oeste. Em Utha, num grande número de seguidores, fundaram a cidade de Salt Lake. A
cidade progrediu rapidamente. Young exerceu a presidência do movimento até a sua morte em
1871. A poligamia atingiu seu clímax. Young mesmo teve 28 esposas e 56 filhos. Ele era um
homem de pouca instrução mas de grande capacidade inata para organizar e liderar. Em 1850,
Utha foi admitido à União como território. Young foi seu primeiro governador. Oficiais do
governo americano foram enviados para assisti-lo. Surgiram desavenças devido ao sistema
governamental de Young e a poligamia. As coisas continuaram assim até que em 1858 o governo
federal enviou tropas e interveio no território. Por um triz não eclodiu uma revolução de grandes
proporções. Young e vários “apóstolos” foram enquadrados na lei. Também nesse tempo a 25a
esposa de Young moveu ação de divorcio contra ele. Morrendo Young em 1871, sucedeu-lhe
John Taylor, o qual teve 7 esposas. Agora, o Congresso Americano tomou posição, legislando
contra a poligamia. Em 1890 o Governo Americano proscreveu de vez a poligamia e o território
em apreço aboliu-a com muita relutância, mas, porque também visava sua admissão como Estado
25

da União, o que se deu em 1896. Em 1906 o Senado dos Estados Unidos em seu relatório anual
afirmava que tanto o chefe mórmon como o seu povo continuavam praticando a poligamia.
Houve então por parte do governo medidas enérgicas com suspensão de direitos e prisões de
elevado números de polígamos e ainda confisco de bens.

Os Mórmons estão espalhados por toda a parte, posto que continuam enviando
missionários para todas as regiões da terra. Os maiores núcleos ficam nos Estados Unidos,
Canadá, sul e ocidente da Europa, sul da África, Japão, Brasil e Argentina. No Brasil
concentram-se nos Estados do sul. Em 25 de maio de 1935 foi inaugurada a primeira sede
brasileira em Joinville, no Estado de Santa Catarina.

III. Práticas e Ensinos do Mormonismo

Abordaremos somente alguns pontos. Todos são perniciosos, mas, não dispomos de
espaço, pois somente em um trabalho mais apurado e longo poderíamos discutir todos os pontos
doutrinários dessa seita. Vejamos os mais importantes.

1) A Bíblia.

O artigo 8 da declaração de fé dos mórmons diz: “Cremos que a Bíblia é a Palavra de


Deus até onde for corretamente traduzida.” O artigo seguinte diz assim: “Também cremos que o
livro de Mórmons é a Palavra de Deus.” Ensinam que o texto do Salmo 85.11 é uma referência
ao livro de Mórmons. O artigo 9 afirma que Deus continua a revelar-se progressivamente como
nos tempos do Antigo e Novo Testamento. Ora, Deus não deixou lugar para tais nova revelações.
As palavras finais da Bíblia provam isso, em Ap 22.18,19. Ler também Gl 1.8,9; 2 Jo v.5. Após
o encerramento do cânon sagrado não lugar para novas revelações divinas. Tudo o que Deus tem
para revelar ao homem está na Bíblia. Não há outra revelação divina além dessa.

2) Deus.

Dizem: “O Pai tem um corpo de carne e ossos tão tangível quanto ao do homem. O Filho
de Deus também é assim”. (Doutrinas e Pactos, 130.22, edição de Utah) interpretam Gn 1.26a
afirmando que Deus é humano como nós. Conferir Jo 4.24; Os 11.9. Outra declaração
monstruosa deles é a seguinte. “Deus nosso pai celestial foi talvez uma criança e mortal como
somos agora, e elevou-se passo a passo na escala de progresso até ao ponto em que se encontra
agora”. (Journal of Discourses, Vol I). Conferir Tg 1.17; Nm 23.19; Rm 1.23,25; Hb 13.8; Sl
50.21; Jó 9.32. Vão além ainda, afirmando que Deus criou o homem por meios carnais.

Quanto a doutrina da Trindade, o 1o artigo da Declaração de Fé mórmon, aparentemente


professa fé na referida doutrina, mas na realidade, tal não acontece. Afirmam uma coisa e fazem
outra. A Trindade Santa é para eles uma sociedade de três deuses, e não uma Trindade como
vemos na Bíblia. Conferir 1 Jo 5.7 e Gn 1.1; Is 6.8; Mt 3.16,17; Jo 15.26.
3) A Criação.

Dizem: “Tudo que existe, seja visível ou invisível, é eterno e sempre existiu. Deus não
criou nada, apenas reuniu e coordenou aquilo que é matéria”. conferir Rm 4.17; Cl 1.16,17; Hb
11.3; Sl 148.1-5; Ef 3.9; Ap 10.6.

4) O Homem.
26

O mormonismo eleva o homem ao nível de Deus (Conferir Rm 7.18,21), e rebaixa Deus


ao nível do homem. (Millenial Star, vol.23). É justamente o que o diabo insinuou a Eva no Éden
(Gn 3.5b). Isso foi também a origem de sua queda (Is 14.14). Também ensinam que Miguel é
Adão “Nosso Pai e Nosso Deus”. (Journal Of Discourses, vol. I).
“O homem estava no princípio com Deus”. (Progress of Man). Conferir Gn 1.26; 2.7; Mt
19.4; Jó 38.4.

Ensinam que os homens vivem como indivíduos antes de nascerem e esperam obter um
corpo aqui no mundo para passarem por uma escola de desenvolvimento e progresso. Depois, no
além, continuam progredindo até chegarem a ser como Deus é agora. Os teosofistas ensinam a
mesma coisa, igualmente os espíritas.

No Livro de Moisés, inserido na obra “A Pérola de Grande Preço” vemos que eles
exaltam a queda de Adão. Diz: “Adão disse: Louvado seja o nome do meu Deus, porque por
causa da minha transgressão, nunca teríamos tido descendência”. Ora, a Bíblia mostra que pela
queda do homem, o pecado entrou na raça humana (Rm 5.12,19). Logo a desobediência do
homem não foi a causa dos homens tornarem-se pecadores e mortais.

5. O pecado.

“Pecado é cada realidade que contribui para impedir ou retardar o desenvolvimento da


alma humana”. (Talmage). Conferir Rm 5.12; 6.23; Ez 18.20a; Tg 1.15; Lm 3.39; Rm 15.56a.

6. A Salvação.

O homem não é salvo pela obra redentora de Jesus mediante o derramamento de Seu
sangue remidor no Calvário; ela vem pela obediência aos preceitos e as cerimônias da Igreja
Mórmon. O homem, após a morte, terá uma segunda oportunidade de salvação mediante o
batismo pelos mortos (1 Co 15.29) conferir At 4.12; Ef 1.7; 1Pd 1.18,19; Hb 9.27; Rm 5.9.
(Quanto a 1 Co 15.29, estudaremos logo adiante).
7. Jesus.

“Quando a virgem Maria concebeu o menino Jesus, Ele não foi gerado pelo Espírito
Santo. E quem é seu pai? - É o primeiro da raça humana; “Adão”. (Journal of Discourses, vol.
I). Conferir Is 7.14 com Mt 1.18-23; Rm 5.10; 1 Jo 1.3; Hb 5.5; Mt 3.17; Jo 17.1ss.

Ensinam que Jesus foi polígamo; que em Caná casou-se com as duas irmãs, Maria e
Marta. Journal of Discourses, vol. II). Noutro lugar eles declaram que Jesus é o Filho de Deus e
que Seu sacrifício expiatório é a base da salvação, sendo ele assim o Salvador e Redentor do
mundo. Declaram mais: que ele ressuscitou, volveu ao céu e de lá há de voltar para julgar os
vivos e os mortos. Esta confissão em si é sadia, mas eles dão sentido diferente às palavras.

Prosseguindo nos seus falsos ensinos a respeito de Jesus, afirmam que ele, após a
ressurreição, foi a América do Norte, pregou a seus habitantes, escolheu 12 apóstolos e deixou
uma igreja organizada que perdurou por quase 200 anos. Para concluir este ponto, diremos que
os Mórmons consideram que Jesus como irmão mais velho da humanidade. Acham que Ele foi
gerado como nós somos aqui na terra, apenas, teve a vantagem de ser o primogênito. Citam em
abono desse falso ensino sobre Jesus. Cl 1.15 e Ap 1.5. Conferir estas passagens que revelam a
deidade de Jesus, e mais estas: Jo 1.1; Rm 9.5; Hb 1.8,9; Tt 2.13; 2 Pd 1.1; Is 9.6. Por outro
lado, “primogênito”. Citam em abono desse falso ensino sobre Jesus, Cl 1.15 e Ap 1.5. Por outro
lado “primogênito” não significa somente o “primeiro gerado”, mas também A) Preeminente em
27

tudo; Sl 89.27; Ex 4.22; 1 Co 15.23; Ap 1.5; b) Herdeiro de tudo, Hb 1.2; c) O que tem direito
sobre tudo, Ap 5.9.

8. O Espírito Santo.

Afirmam que o Espírito Santo é uma substância etérea, espalhada no espaço. É um


fluido divino, infinitamente superior a eletricidade ou ao magnetismo. Ele é concedido aos
homens somente através da imposição de mãos dos sacerdotes mórmons. Conferir At 5.3,4;
10.19,20; Sl 139; Mt 28.19; Jo 33.4; Lc 3.22; 1 Co 12.11; Rm 8.26.

9. O Batismo em Águas.

O ensino deles é que não há salvação sem batismo em águas por imersão, administrado
por um sacerdote mórmon. Acrescentam ainda que o batismo é ministrado para remissão de
pecados e que no momento do mesmo, o Espírito Santo é concedido ao batizando. As crianças
são batizadas aos oito anos com a imposição de mãos. (Doutrinas e Pactos). Citam, para tal
ensino, At 22.16, fazendo um só duplo sentido dessa passagem. Citam ainda Ef 5.26 e 1 Pd 3.21,
sempre deturpando o sentido. Conferir Hb 9.22; Mt 26.28; At 10.43. Ensinam ainda que Deus
mesmo batizou Adão por imersão (Pérola de Grande Preço, e Livro de Moisés). Batismo pelos
mortos. Tomam 1 Co 15.29. O assunto é explanado no livro Doutrinas e Pactos. Ora, Paulo não
estava tratando aqui do batismo em água, nem mesmo da salvação, mas da ressurreição! O
batismo pelos mortos era praticado pelas seitas heréticas dos Marcionitas e Montanistas. Em 393
A.D. o Concílio de Hipona proscreveu tal prática. A verdade aqui é que Paulo está mostrando a
incoerência dos falsos mestres de Corinto, os quais negavam a doutrina da ressurreição, e
contudo aceitavam o batismo pelos mortos, quando o mesmo subentende a ressurreição. Sem
crença na ressurreição, tal batismo não teria razão de ser. Paulo não está sancionando tal
doutrina ou prática, só por fazer uma simples referência à mesma. ele simplesmente mostra a
incoerência deles.

Tomam 1 Pd 3.19 e 4.6 e ensinam que Jesus entre Sua morte e ressurreição pregou o
evangelho aos mortos, e os que se arrependeram precisaram ser batizados por procuradores
vivos. O Dr. Fraser, da Universidade de Chicago, ouviu um mórmon dizer que já tinha sido
batizado mais de 5.000 vezes pelos mortos! Note também que em 1 Pd 3.19, o verbo pregar está
no pretérito e não no presente. Eles ensinam que todos os mortos que não forem batizados pelo
seu rito estão perdidos. Se quisermos salvar essas pessoas, podemos tomar seus nomes, receber o
batismo num templo mórmon e arrancar do inferno suas almas.

CAPÍTULO III

TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

I. Introdução

As “Testemunhas de Jeová” são uma seita falsa. Usam a Bíblia para mais facilmente
atrair os menos avisados. Deturpam e mutilam à vontade a Palavra de Deus para adaptá-la ao
seu credo pervertido. São dados a interpretar passagens difíceis das Escrituras. Em apoio a isso
28

citamos o caso Rutherfor, o segundo dirigente da seita, o qual referindo-se a Dn 12.9 que as
profecias desse livro permaneceriam seladas até que a verdade fosse revelada as Testemunhas de
Jeová...São também peritos na arte de confundir os crentes e descrentes para depois prendê-los a
si. Andam de casa em casa. Costumam fazer carga cerrada contra todas as igrejas evangélicas e
afirmam arrogantemente que são eles os únicos crentes genuínos e que somente eles possuem a
única interpretação correta da Bíblia. É comum intrometerem-se entre os crentes para fazer
proselitismo. À luz da Bíblia não temos dúvida em dizer que são lobos vestidos de ovelhas (Mt
7.15), pois usam a Bíblia, falam em cristo, Deus, Espírito Santo, para em seguida negarem tudo;
pertencem pois ao grupo mencionado na Bíblia em 2 Tm 3.5. O que torna as Testemunhas de
Jeová mais abomináveis é o fato de negarem abertamente as doutrinas do Evangelho, como
veremos logo mais. Nessa negação de doutrinas básicas está a divindade de Jesus Cristo. É bom
deixar claro desde já que as Testemunhas de Jeová não são evangélicos. O único grupo religioso
que tem certa semelhança com eles são os Adventistas. Ninguém os tenha como defensores da fé
cristã que professamos, pois não fazem parte da igreja do Senhor Jesus.

Russel, o fundador, não fundou apenas uma igreja falsa e sim um culto anticristão que
rejeitas as verdades fundamentais das Escrituras. O crente estudioso da Bíblia, encontra nela
refutação total às doutrinas russelitas, porém, é preciso um estudo sistemático e meticuloso para
uma mais profunda compreensão de tudo. O perigo torna-se maior porque eles, em seus ensinos,
misturam verdade com mentira. Deus nos adverte contra tais pessoas em 1 Tm 4.1; 6.3,4; 2 Pd
2.1; 3.17.

Mais cedo ou mais tarde, o leitor terá um encontro com uma “Testemunha de Jeová”,
pois andam por toda parte. Eles procuram os crentes porque dizem que todas as igrejas da
atualidade são falsas, e que somente eles possuem a verdade. Dizem abertamente que a salvação
consiste em a pessoa unir-se a eles.

II. Resumos Histórico

Fundada em 1874, em Brooklin, Nova Iorque, EUA, onde ainda mantém sua sede
mundial. Seu fundador é Charles Taze Russell, nascido em fevereiro de 1852 perto de
Pittisburgh, PENSILVÂNIA, EUA e falecido em 06 de outubro de 1916, em um trem no Texas,
EUA. Seu sucessor foi Joseph Franklin Rutherford, nascido em 1896 e falecido em 1942.

Pesquisa realizada em 1968, estipulou o total de adeptos em torno de 2 milhões,


enraizados principalmente nos Estados Unidos, Canadá, México, Inglaterra, China, Japão, África
do Sul, América do Sul, especialmente no Brasil, porém trabalham em 150 países ao todo, em
volta do mundo.

a. Seus vários nomes desde a fundação:

- Torre de Vigia de Sião (1874)


- Aurora do Milênio
- Associação do Púlpito do Povo (1909)
- Associação Internacional dos Estudantes da Bíblia (1914)
- Sociedade da Bíblia e Tratados da Torre de Vigia (título oficial)
- Testemunhas de Jeová (1931, título comum)
- Russelitas (título aplicado pelos estranhos à seita)

b. Seus livros mais conhecidos são:


29

- A Bíblia (tem edição própria - a tradução Novo Mundo)


- Estudos nas Escrituras (livro básico escrito por Russell e Rutherford)
- A Verdade vos Tornará Livres
- Filhos
- A Harpa de Deus
- Religião
- Salvação
- Seja Deus Verdadeiro (contém grande parte dos falsos ensinos)
- Inimigos
- Jeová
- Qualificados Para o Ministério (para preparação de obreiros)
- Estas Boas Novas do Reino (livrete; contém um resumo das doutrinas da seita)
- Do Paraíso Perdido ao Paraíso Restaurado
- A Sentinela (periódico - The Watchtower - “Torre de Vigia”). Teve seu primeiro numero
publicado em 1879. Naquele ano teve circulação de 6.000 exemplares agora são 3.800.000
anualmente. Ao seu lado circula “Despertai” (Awake) com uma tiragem anual de mais de
3.000.000 de exemplares. Essa literatura toda é distribuída em mais de 80 línguas. Os preços são
os mais razoáveis possíveis.

c. Divulgação e outras atividades:

Tem uma colossal editora em Nova Iorque, uma emissora de rádio (a estação WBBR),
na mesma cidade e ainda um Instituto Bíblico, também em Nova Iorque, fundado em 1943, o
qual desde esse ano já preparou 1.800 missionários que foram enviados para toda aparte do
mundo.

Russell foi criado na igreja Presbiteriana. Já adulto tornou-se membro da Igreja


Congregacional. Por fim ingressou na Igreja Adventista. Após algum tempo nessa última,
abandonou-a, passando a ensinar suas próprias doutrinas; doutrinas essas estranhas, confusas e
de um modo ou de outro ligadas ao milênio. Negava abertamente as verdades bíblicas acerca do
inferno e castigo eterno. Ele mesmo dá aos seus escritos o cunho de verdade divina absoluta.

Suas atividades religiosas que depois resultaram no russelismo, tiveram início em 1872,
porém, sem qualquer organização e título oficial. Embora denomina-se a si mesmo “Pastor
Russel”, nunca foi ordenado regularmente. Pretendeu provar suas doutrinas invocando línguas
originais da Bíblia, para mais tarde, perante a justiça, deixar bem claro que não conhecia tais
línguas (hebraico e grego). Em 1874 já contava com considerável número de adeptos, então
organizou uma seita, tendo como base suas idéias e crenças. Escreveu um trabalho em seis
volumes (mais tarde, mais um volume foi acrescentado por Rutherford), o denominou “Estudos
nas Escrituras”, onde divulgou suas idéias e doutrinas falsas. Até então, era Russell um hábil
vendedor de artigos masculinos de uso pessoal.

Na introdução desta obra, Russell declara: “É melhor não ler a Bíblia, mas ler estes
comentários, do que não ler os mesmos e ler a Bíblia”. É ainda nessa obra que Russell diz: “E m
Mateus 24.45, o servo fiel e prudente que o Senhor constituiu sobre a Sua casa para dar o
sustento a seu tempo, sou eu mesmo“. Após a morte de Russell em 1916, Rutherford inseriu o
volume já referido, no qual o intitulou “O Mistério Concluído”, isso em 1917. Os ensinos de
Rutherford nesse novo volume bem como a rejeição de alguns ensinos de Russell por parte dele,
motivou uma cisão no movimento, resultando disso dois grupos, tomando o maior o título
“Testemunhas de Jeová”. Isto ocorreu em 1930. O título acima foi oficialmente adotado em 1931
30

em Columbus, Ohio, EUA, numa convenção da seita. O outro grupo chama-se “Estudantes da
Bíblia da Aurora” e tem atualmente uns 30 mil adeptos. São divergentes na administração, mas
são de acordo nas doutrinas básicas, e isto basta para que digamos que são os mesmos.

Alegam que o título “Testemunhas de Jeová” deriva de Isaías 43.10 e 44.8, mas o estudo
contexto mostra claramente que aí trata-se de Israel (conferir Is 43.1-12). O Novo Testamento
não faz alusão a Testemunha de Jeová. Os cristãos são testemunhas do Senhor Jesus (At 1.8;
3.15; 5.32; 10.39; 24.48; Lc 24.48).

Russell foi homem de maus procedimentos. Casou-se em 1879. Por várias vezes
compareceu à tribunais, inclusive por ações movidas por sua esposa, quando a situação tornou-se
intolerável. Ela não podendo mais suportar os maus tratos e seu regime de prepotência,
abandonou-o em 1897 e dele divorciou-se em 1913. Essa senhora foi levada a tal, não somente
devido ao regime de tirania em casa, mas também pelos casos imorais de Russell com sua
empregada Rose Ball. Outra coisa repulsiva era a sua prática de induzir moribundos a doar bens
à organização russelita. Viu-se muitas vezes em apuros na justiça devido a escândalos financeiros
como os do “Tribunal Milagroso”, “Algodão do Milênio” e “Trigo do Milênio”.

O sucessor de Russell foi seu discípulo Rutherford. Este era advogado praticante no
Missouri. Dotado de raras qualidades de liderança. Tinha personalidade viva e dominante. Foi
maior escritor que Russell. Escreveu uma centena de livros. Foi sob sua direção que surgiu o
título “Testemunhas de Jeová”.

Rutherford, o novo líder, imprimiu grande crescimento ao movimento, contribuindo


muito para sua grande campanha de livros, folhetos, discos, visitas, tanto no EUA como no
exterior, especialmente México, Canadá, China, Japão e Europa. Passaram a enviar missionários
após a Segunda Guerra Mundial, apesar de antes já haverem estado aqui fazendo sondagens.
Hoje estão em atividade no mundo inteiro. Sua arma predileta é a literatura e trabalho pessoal.
Andam sempre providos de farto material impresso. São insistentes. Não respeitam a fé religiosa
de ninguém. Levam a efeito o trabalho de casa em casa com grande habilidade. Cada membro da
seita é considerado um ministro da mesma. Em seus relatórios não consta o número de ministros
pela razão acima.

Uma das razões porque conseguem tantos adeptos é porque sua mensagem principal apela às
esperanças do homem - UM NOVO MUNDO MELHOR. Estudamos esta seita, não simplesmente para
fazer-lhe carga, mas para mostrar sua falsidade, perigos e apresentar a devida refutação bíblica.

III. Crenças e Doutrinas das “Testemunhas de Jeová”

Nesta terceira divisão do assunto trataremos das crenças e doutrinas das “Testemunhas
de Jeová” à luz das Sagradas Escrituras. Essas crenças e doutrinas acham-se em três obras
principalmente: “Estudos nas Escrituras”, “Seja Deus Verdadeiro” e “Estas Boas Novas do Reino”.
Eles, como os adventistas, tem uma predileção especial por fixação de datas de eventos bíblicos.

Mediante uma interpretação engenhosa, afirmam que o Senhor veio à terra, ao Seu templo em
1874. Esse templo ao qual o Senhor veio são as “Testemunhas de Jeová” surgidas nesse ano.
Citam em apoio desse ensino 2 Co 6.16; Ef 2.18-22; 1 Pd 2.5. Para encontrarem o ano de 1874,
somam o número 1335 de Daniel 12.12, com o ano da ascendência do papado, 539 d.C.

Tomam Ap 12.6, 14 e ensinam que há aí 7 anos (2x3 - 1/2) com meses de 30 dias,
significando cada dia 1 ano. São assim, 2.520 dias-anos. Deduzem tal falso ensino de tomar um
31

dia por ano, de Nm 14.34 e Ez 4.7. O início da contagem desses 2.520 anos foi também o início
do “tempo do fim” tão mencionado nas Escrituras. Esse início do “tempo do fim” deu-se em 606
a.C. ao iniciar-se o cativeiro babilônico dos judeus e findou em 1914 d.C. quando Cristo voltou e
estabeleceu o reino de Deus, porém, reinando no céu... sim, de 606 a.C. a 1914 d.C. há de fato
2.520 anos, mas a precisão é falsa. Pregam que as palavras de 2 Pd 3.10 referente a vinda de
Cristo são figuradas.

Estamos agora em pleno terceiro milênio. Satanás está sendo aprisionado pela luz da
verdade. Cristo está agora por meio das “Testemunhas de Jeová” reunindo seus santos até
completar 144.000 (Ap 7.4). Dentro em breve, Deus, por meio do Rei Jesus destruirá as forças
de Satanás na Batalha do Armagedom. Satanás será totalmente destruído. Todos os que
estiverem vivos nessa ocasião terão uma longa oportunidade de se salvar; essa oportunidade
durará 100 anos (Is 65.20). Finda essa oportunidade, que é ao mesmo tempo uma prova divina,
os desobedientes serão aniquilados. Os mortos ímpios reviverão, sendo também provados com a
segunda oportunidade de salvação. Os que aceitarem o convite viverão com Deus; os demais
serão destruídos, aniquilados. Notem, falam de reviver, não ressurgir, pois não crêem na
ressurreição conforme nós. Nessa época, o Milênio estará terminando e as sublimes condições do
primeiro Éden estarão restauradas. Das “Testemunhas de Jeová”, 144.000 reinarão no céu; as
demais reinarão aqui na terra. (Criação, de Rutherford).

O que acabamos de apresentar dá uma ligeira idéia do arbitrário sistema de crenças e


doutrinas das “Testemunhas de Jeová”. Agora passaremos ao estudo de seus principais ensinos
doutrinários.

1. Negam a Trindade, isto é, Deus como uma Trindade.

Eis o que dizem: “Outra mentira inventada e espalhada por Satanás para enganar a
humanidade é a falsa doutrina da Trindade. (“Riquezas”). “Satanás é o criador da doutrina da
Trindade. (“Seja Deus Verdadeiro”). “A doutrina da Trindade procede dos antigos babilônios e
egípcios”. (“Seja Deus Verdadeiro”).

Dizem de Deus: “É um ser solitário desde a eternidade, não revelado e desconhecido.


Nunca houve alguém que lhe fosse igual para revelá-Lo”.

Refutação bíblica:

1 - Gn 1.26 - O verbo fazer, neste texto está no plural, indicando mais de uma pessoa. Ver
também no mesmo livro: 3.22 e 11.7: “A palavra Deus, no primeiro versículo da Bíblia (Gn
1.1), é no original um plural (Elohim). As “Testemunhas de Jeová” gostam de citar Dt 6.4 ao
negarem a Trindade, desprezando o restante da corrente de textos que expõem a doutrina. Ora,
além do correto ensino teológico em si da doutrina da Trindade, Deus inspirou Moisés a escrever
Dt 6.4 devido o grande número de deuses pagãos das nações vizinhas de Israel. Em meio a tanto
paganismo, a unidade de Deus devia ser grandemente destacada.
2 - Mt 3.16,17 - Neste texto aparecem as três pessoas da Trindade Santa numa revelação tão
profunda que é perceptível até aos sentidos físicos. Deus, o Pai, fez ouvir Sua voz; Deus, o Filho,
estava sendo batizado no Jordão, e Deus, o Espírito Santo, desceu do céu visivelmente sobre
Jesus em forma corpórea. Confira ainda: Mt 28.19; Jo 15.26; 1 Co 12.4-6; 2 Co 13.13; Gl 4.6;
Ef 2.18; Hb 9.14; 1 Pd 1.2; 1 Jo 5.7,8. Note também a tríplice repetição da santidade de Deus em
Is 6.3; Ap 4.8. Também a tríplice benção das tribos com a tríplice menção do nome do Senhor
em Nm 6.24-26.
32

2. Doutrinas Falsas Sobre o Senhor Jesus Cristo

2.1. Sobre a divindade de Jesus:

Russell ensinou que Cristo não era Deus antes da Sua encarnação. O livro
“Reconciliação” diz: “Quando Jesus estava na terra era um homem perfeito, nada mais, nada
menos”. Veja o leitor que heresia monstruosa. Ensinam ainda que Jesus Cristo é um ser criado;
que antes de vir ao mundo era arcanjo Miguel. Citando Dn 10.13; 12.1 e Ap 12.7, afirmam eles
que “Todo o testemunho bíblico prova que Miguel não é outro senão Jesus Cristo, tanto antes de
tornar-se homem, como após Sua ascensão ao céu”. - (“A Sentinela” de 1-2-1959). Chamam a
Jesus de “O filho principal de Deus” - (“Estas Boas Novas do Reino”). Vê-se pelos ensinos
dessa seita que Jesus nunca foi e nunca poderá ser igual a Deus. Certa vez, uma “Testemunha de
Jeová”, indagada se Jesus Cristo é Deus, respondeu: “Jesus e Jeová não são a mesma pessoa;
nem Jesus é igual a Deus. Somente Jeová é Supremo”.
Outros textos prediletos deles contra a divindade do Senhor Jesus são: Mt 24.36; 26.39;
Jo 6.38; 14.28.
Eles sustentam a autoridade e inspiração divina das Escrituras e insolentemente ensinam
que Jesus não é Deus manifesto em carne. É principalmente essa negação da divindade de Jesus
que exclui as Testemunhas de Jeová do meio evangélico.

Deviam examinar 1 Jo 2.23 para ver a parte que lhes toca quando negam a divindade de
Jesus.

Refutação bíblica:

1 - Jo 1.1-3 - Jesus é eterno e divino, unido ao Pai (V. 2). É Deus na criação, (v. 3).

2 - Jo 10.30 com 17.21; 14.8; 20.28 - São declarações da divindade de Jesus expressas por Ele
mesmo (exceto a última referência - palavras de Tomé).

3 - Rm 9.5 - Cristo aqui é declarado “sobre todos, Deus bendito e eternamente”.

4 - Cl 1.15 com Ap 3.14b - É preciso ver o real sentido de “primogênito” nessas passagens. Ver
também Sl 89.27.

5 - Cl 2.9 - Esta referência só, seria suficiente para refutar todo o falso ensino sobre o assunto em
pauta. A Bíblia declara aqui que “n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade”.
Aleluia!
6 - Tt 2.13 - Aí se nos diz: “Do grande e nosso Senhor Jesus Cristo”.

7 - Hb 1.3 - O Filho é a expressa imagem da pessoa de Deus, isto é, a expressão exata do seu
Ser. Trata-se de Cristo como o Filho. Nos versículos 8 e 9 do mesmo capítulo, Deus falando de
Jesus chama-O de Deus. Em Hb 13.8 vê-se que Jesus é eterno.

8 - 2 Pd 1.1; 1 Jo 5.20; Mt 1.23; Is 9.6 - Todas estas referências apresentam Jesus como sendo
Deus.

9 - 1 Jo 2.2 - Se Jesus fosse apenas homem e não Deus, Sua morte expiatória beneficiaria um só
homem, e não a humanidade toda.

2.2. Sobre a encarnação de Cristo.


33

Ensinam que Jesus foi criado e não gerado por Deus. O livro “Estas Boas Novas do
Reino” referindo-se a Jesus chama-o “O principal entre as criaturas de Deus”. Ensinam: “Cristo
não tinha duas naturezas quando esteve na terra. Deixou sua natureza espiritual quando veio, e
deixou a humana quando se foi da terra. Ele é agora simplesmente um ser espiritual, talvez
apenas de ordem mais elevada que antes”.

Refutação Bíblica:

1 - Is 9.6 - As palavras “menino” e “filho” mostram as duas naturezas de Jesus - “divina e


humana”. O “menino” nasceu porque foi gerado, mas o ‘filho” não nasceu, foi dado, pois já
existia desde a eternidade.

2 - Mt 1.20; Hb 1.5; 5.5; Jo 3.16; 1.14 - Todas estas referências mostram que Jesus era Deus
humano.

2.3. Sobre a redenção mediante o Senhor Jesus Cristo.

As “Testemunhas de Jeová” descrevem a redenção efetuada por Jesus como um simples


resgate. Dizem: “Jeová Deus enviando seu Filho Jesus Cristo à terra, proveu mediante Ele e sua
morte um preço de redenção, Por meio desse resgate Cristo Jesus readquiriu aquilo que se
perdera, a saber, a vida humana perfeita com seus direitos e felicidades terreal”. (Estas Boas
Novas do Reino). Em continuação afirmam: “O preço desse resgate foi exatamente a vida
humana de Jesus. Tendo perdido esta vida humana, Ele não podia reavê-la e por isso ressuscitou
como criatura espiritual”. “A Bíblia mostra que por meio do resgate alguns viverão no céu,
outros na terra”.
Refutação Bíblica:

1 - Jo 10.17,18; Mt 27.50 - Jesus deu sua vida voluntariamente para reavê-la em seguida,
conforme vemos em sua ressurreição.

2 - Mt 26.38; Is 53.11 - Jesus sofreu não somente na carne, mas também em todo o seu ser.

3 - Jo 1.29 - Os benefícios da morte de Jesus não se restringem apenas ao ser humano, mas tem
alcance infinito e eterno. Outrossim, Sua morte não foi para proporcionar felicidade terrena em
primeiro lugar, e sim debelar o pecado de modo cabal. Deste modo, as “Testemunhas de Jeová”
tem uma limitada compreensão de pecado, salvação, redenção e expiação do pecado pelo sangue
de Jesus.

2.4. Sobre a ressurreição corporal do Senhor Jesus.

Dizem os russelitas: “Não sabemos coisa alguma sobre o que aconteceu ao corpo de
Jesus, talvez se decompôs em gases”. (Estudos nas Escrituras). “O Cristo invisível”. (O Reino de
Deus está Próximo). O livro “Seja Deus Verdadeiro” diz: “Durante 40 dias Ele materializou-se,
como anjos antes dele o fizeram, a fim de mostrar-se vivo aos seus discípulos”. Afirmam ainda
que Jesus só foi visível em corpo durante aqueles 40 dias, para depois tornar-se invisível. Pode
um verdadeiro crente aceitar tais falsos ensinos acerca do seu amado Salvador e Senhor?

Assim as Testemunhas de Jeová ensinam que Jesus ressuscitou em espírito e por isso não
tem corpo.
34

Refutação Bíblica:

1 - Lc 24.39 - Estas palavras foi Jesus que falou aos que duvidavam da Sua ressurreição física,
corporal. Ele proferiu estas palavras após ressuscitar. O v. 15 do mesmo capítulo diz: “O mesmo
Jesus”, isto é, o mesmo que era antes de morrer.

2 - Jo 20.25-27 - O corpo ressuscitado de Jesus era de fato um corpo real, físico, palpável,
tangível. As próprias prefigurações do sacrifício de Cristo falam de uma ressurreição real: Lc
11.29,30 (Jonas era o mesmo ao sair do grande peixe); Jo 2.19-21 (O templo de Jerusalém era
uma estrutura física, real).

3 - At 1.3,4; Lc 24.40-43 - São textos que falam por si só. Ele ressuscitou corporalmente, dando
prova disso.

4 - 1 Tm 2.5; Ap 1.13 - Estas passagens mostram que Jesus está agora no céu como homem, isto
é, como andou aqui na terra.

2.5. Negam a vinda corporal de Jesus e afirmam que Ele já veio.

Diz o livro “Estas Boas Novas do Reino”: “Todas as evidências mostram que Jesus
assumiu o poder do Reino e começou a reinar no céu em 1914”. O livro “Seja Deus Verdadeiro”
acrescenta: “Três anos e meio depois de haver tomado o império real no outono de 1914, veio ao
templo espiritual e começou a purificá-lo. Isto ocorreu na primavera de 1918”.
Refutação Bíblica:

1 - Mc 13.32 - Daquele dia e hora ninguém sabe. Mt 24.23 declara que se alguém disse que
Cristo já veio, não se deve crer.

2 - At 1.7,11 - Não é da competência do homem conhecer tais coisas. O segundo versículo


mostra que Jesus voltará nas mesmas condições em que ascendeu.

3 - Ap 1.7 - Quando Ele vier todos o verão. Isto será literal. Deus é onipotente. Confira Mt
24.30. Atualmente, um programa de TV já pode ser visto em todo mundo através dos satélites de
comunicações construídos pelo homem. Claro que Deus tem meios muito mais superiores a estes.

3. Negam a Personalidade do Espírito Santo

Dizem acerca do Espírito Santo: “É um poder ou influência que Deus usa para executar
a Sua vontade”. (do livro “Seja Deus Verdadeiro”). “O Espírito Santo pode ser definido com um
fluído que emana de Deus Jeová, porém, não é uma pessoa coexistente com Ele, como ensinam as
religiões organizadas”. (do livro “Riquezas”). “O Espírito Santo é a invisível força ativa do Deus
Todo-Poderoso”. (do livro “Seja Deus Verdadeiro”).

Refutação Bíblica:

1 - As 12 referências sobre a Trindade, que demos no tópico 1 deste capítulo, aplicam-se aqui. As
pessoas da Trindade são co-eternas e uma em essência.

2 - At 5.3,4 - “Mentistes ao Espírito Santo...mentistes...a Deus. “Portanto, o Espírito Santo é


Deus.
35

3 - Sl 139.7-12 - Aí vemos o Espírito Santo como onipresente. Ora, a onipresença é um atributo


exclusivo de Deus.

4 - At 10.19,20 - Aí o Espírito Santo falando (v.19), chama a Si mesmo “eu”. Em Lc 3.21,22,


Ele aparece em forma corpórea.

5 - Alguns exemplos do Espírito Santo agindo como pessoa:

a) At 8.29 (fala)
b) Rm 8.26,27 (intercede)
c) Ef 4.30 (pode ser entristecido)
d) At 16.6,7; 13.2 (dá ordens como uma pessoa)
e) At 7.51 (pode ser resistido)
f) 1 Co 12.11 (tem volição)
g) Rm 15.30 (ama)
h) Ap 22.17 (convida)

Você também pode gostar