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AFIXADCG * he A EM g25 LAOH Bro Jr uG OL, ase thintete Carlos Horeira MAT 21500 PREFETTURA DE MARACANAE LEI N” 1.945, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012. INSTITUL © PLANO DIRETOR PARTICIPATIVO DE. MARACANAU EDA OUTRAS PROVIDENCIAS. ROBERTO SOARES PESSOA, Prefeito de Maracanadi: Fago saber que a Camara Municipal de Maracanati, aprovou e eu, Prefeito de Maracanati, sanciono a seguinte Lei CAPITULOL DAS DISPOSICGES PRELIMINARES Art, 1°, O Plano Ditctor Participative de Maracanati, aprovado nos termos desta Lei, atende a9 exposto nas disposigies dos artigos |82 ¢ 183 da Constituigio Federal de 1988, aa Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estauto da Cidade e na Lei Organica do Municipio. Art. 2°. O Plano Diretor Participativo de Maracanati abrange todo 6 territério municipal e & © instrument basico pelo qual se orientars a politica de desenvolvimento urbano sustentével, considerando as aspirages da coletividade e a necessidade de orientar 0 Poder Piiblico e a iniciativa privada na producio e gestiio do espago urbano. Paragrafo Unico, A Politica Municipal para o desenvolvimento urbano sustentivel teri como base 0 meio ambiente equilibrado, essencial & qualidade de vida, prescrvando restaurando 0s processos ambientais, de forma a promover o manejo ecologico das espécies € ecossistemas, Protegendo-o de téenicas, métodos c substncias que comporiem riscos 8 vida, & quelidade de vida © ao meio ambiente. 3 CAPITULO IT DOS PRINCIPIOS E DIRETRIZES DA POLITICA DE DESENVOLYIMENTO URBANO SUSTENTAVEL Segao I DOS PRINCIPIOS FE ORJETIVOS GERAIS Art, 3°. Sao principios gerais do Plano Diretor Participative de Maracanai: 1-2 justiga social e a redugio das desigualdades sociais e regionais; I - a gesifio democritica, participativa e descentralizada, ou seja. com a participagio de diversos setores da sociedade civil e de governo, IT - o direito universal & cidade, ampliado a terra urbana, a moradia digna, ao saneamento ambiental, 8 infra-estrutura urbana, ao Iransporte, aos servigos publics, ao tcabalho e ao luver; IV - a preservacdo ¢ recuperacao do ambiente natural ¢ construfd V- ocnriguecimento cultural da cidade pela diversificagdo, atratividade e competitividade: VI- 0 incentivo as atividades econémicas, inclusive Luristicas, no Municipio; VII - 0 fortalecimento da segulae%0 pablicn sobre o solo urbane mediante a uulizagaie de instrumentos redistributivos da renda urbana e da terra ¢ controle sobre o ifka. e ccupagiio do espago da cidade; | (GG poco seripapeie, ua 01,1652, Cnjuts Novo Maracena, Mi fat, Coane Ches1o0s- 0 PREFFITURA DE MARACANAU VIII - a integragio horizontal entre os érgdos da administragdo municipal dircta c entes da administragio indireta, promovendo a atuacio coordenada no desenvolvimento ¢ aplicacio das estretégias ¢ metas do Plano, consubstanciadas em suas politieas, programas ¢ projetos. Art, 4°. O objetivo principal do Plana Diretor Participative de Maracanad consiste em disciplinar © desenvolvimento municipal, garantindo qualidade de vida 4 populagdo. preservando e conservande 0s recursos histéricos e naturais locais Art, 5°, Constituem Objetivos Espceificos do Plano Diretor Participativo de Maracanati: T ~ definir as diretrives para a cstruturago territorial do Municipio através do macrozoneamento, utilizande da aplicagio dos instcumentos uchanisticos a serom empregados em cada drea; TI — disciplinar diretrizes para a abertura de novos parcelamentos; TIL — promover a estruturagao de um sistema municipal de planejamento c gestio urbana democratizado, descentralizado e integrado; IV — ampliar ¢ possibilitar formas de participagao da iniciativa privada ¢ dos cidaddos em empreendimentos de interesse ptiblico, bem como do cidadao, no proceso de construgio da cidade; V ~ adequar os instrumentos de politica cconémica, tributéria, financeira e dos gastos Piiblicos aos objetivas do desenvolvimento municipal, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem-cstar social geral ¢ a fruiydo dos bens pelos diferentes segmeatos sociais VI- disciplinar areas ocupads por populagao de baixa ronda mediante o estabelecimento de notmas especiais de urbanizagio, uso € ocupactio do solo ¢ edificagio, consideradas a sittago socioeconémica da populagio ¢ as normas ambientais, com vistas a pemnitir a redugio dos custos © ‘© aumento da oferta dos lotes e unidades habitzcionais: VII — promover a equilibrada e justa distribuigo espacial da infra-cstrutura urbana ¢ dos servigos publics esscnciats, inclusive aqueles voltados ao sancamento ambicatal: VIII - promover 0 desenvolvimento social, com vistes & incluso de toda a populagio: IX — propiciar a participagiio da populagio na discussao ¢ gestio da cidade € na ctiagio de instrumentos legais de decisto colegiada, considerando essa participagZo come produto cultural do povo. Segio IT DA FUNCAO SOCIAL DA CIDADE FE DA PROPRIEDADE Art, 6". A funcio social da cidade compreende © acess 2 0 pleno exercicio de toda populacao as politicas piblicas ¢ servigos indispensaveis ao bem estar de seus habitantes, incluindo: 0 direito a terra, as oportunidades pare garantir emprego c renda. A moradia, & inftaestrutura urbana, & sadde, & educagio, ao lazer, a seguranea, a circulagzo, & comunicagdo, 4 produgio ¢ comercializagao de bens. a prestacdo de servicos, av meio ambiente ecologicamente equilibrado, 20 sancamento, a6 transporte piblica, & informagéo ¢ aos demais dircitos assegurados pela legislagio vigemte Art. 7°. A funedo social do Municipio de Maracenati compreende além dos requisitos dispostos no artigo anterior, a efetivagio das ditetvizes definidas no M@crozoncamenio Urbano ¢ Macrozoneamento Ambiental. Qn icio do Jenipapeiro, Rua 01, n° 652, Conjunto Novo Maracanatl, M@vacdnad, Coaré CEP 61 995-430 AFIXADY em: SB ra 10000, moe waniele Caries Moreira MAT 21500 PREREITURA DE MARACANAS Art. 8°. A funedo social da cidade sera garantida pela: 1 ~ observaneia das diretrizes de desenvolvimento do Municipio de Maracanat’ ¢ sua articulago com o seu contexto regional; TI — promogio da qualidade de vida e do ambiente: IIL - gestio democrética participativa c descontralizada; IV — integragao de ages pablicas c privadas: \V - cooperagao, diversificagio e attatividade, visando o enriquecimento cultural da cidade: VI — utilizagao de instrumentos redistributivos da tenda é da tera e controle puiblico sobre o uso ¢ ocupagiio do espaco pihlico; VII ~ priorizagdo na elaboracio e execucdo de programas. planos ¢ projetos para grupos de Pessoas que se encontrem em situagdes de risco, vulnerdveis fou desfavarecidas, Art. 9°. A propriedade urbana cumpre a sua fungio social quando © exerefcio dos diteitos a cla inerentes se submeterem ao imteresse coletivo e as dirctrizes expressas nesta lei, tais como: I~ da oportunidade e garantia na geragio de emprego c rena; I —da promogio da qualidade de vida urbana, rural ¢ ambiental: III - ecesso a moradia adequada e qualidade de vide a todos; TV ~ da justa distribuigdo dos beneficios e 6nus decorrentes do proceso de urbanizagéo: V — do controle publico sobre 0 uso ¢ acupago do espago urbano, atendidos os parametros estabelecidos nesta lei no macrozoneamento: VI~ suprimento dex necessidades dos cidadios quanto a qualidade de vida, 2 ju a0 acesso universal aos dircilos sociais € a0. desenvolvimento econémico; Vil — 0 aproveitamento jusio e racional do solo; VII — compatibilidade do uso da propriedade com a infracstrutura, equipamentos e os setvigos ptblicos disponiveis; TX — compatibilidade do uso da propriedade com a conservacdo dos recursos. naturais, assegurande 0 desenvolvimento econdmico e social sustentével do municipio; X — A preservagio, protegdio e recuperagao do meio ambiente natural ¢ consiruido, do Patrimonio cultural, histético e paisagistico; X1~ compatibilidade do uso da propriedade com a seguranga, 0 bem estar ¢ a satide de sens usudtios e vizinhas; XII ~ da integraeiio das politicas pablicas de desenvolvimento urbano e rural: XII — do incentive & cooperacio. diversificagdo e atratividade, visando 0 enriquecimento cultural do municipio e sua integragio na regiao; XIV — a adequaca distribuicdo de atividsdes, proporeionando uma melhor densificecio urbana da ocupacéo da cidade, de forma equilibrada com relagao ao meio ambiente. 4 infraestrutnra Gsponivel ¢ ac sistema de circulaggo. de modo a evitar a ociosidade ou a sobrecarga dos investimentes aplicados na urbanizagio; XV — do cumprimento das obrigagdes tributiries e trabalhistas: XVI ~ da reenperagio, para coletividade, da valotizagio imobilidria devorrente da agio do Poder Publica; XVI —utilizagio compativel com as fangdes sociais da cidade, y rc wa CED 61 o0s-430 ga social, AFIXAD 12 uk loreira. MAT 21500 PREVEITURA DE MARACANAI Art. 10, Pata cfetivagio da Politica Urbana constiiuem-se em instrumentos especificos ¢ complementares a este Plano: I—a Lei que institui o Perimetro Urbano; I1—aLei que institui 0 Cédigo de Obras ¢ Posturas; AII - a Lei que institui o Pareelamento, Uso ¢ Ocupagao do Solo; TV - a Lei que institui o Sistema Vidrio: ‘V—as Leis especificas mencionadas neste Plano Diretor. Art, L1, No alendimento ac cumprimento da fuagio da propriedade rural o Poder Publico priorizaré suas agdes ¢ investimentos nas propriedades rurais, objetivando « fortalceimento e a Teestruturacio de comunidades locais, eooperativas e propriedades de producdo agrofamiliar. CAPITULO TI DA GESTAO DEMOCRATICA DA CIDADE, Seco 1 DA GESTAO DEMOCRATICA E DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E. GESTAO DO PLANO DIRETOR Art. 12. Entende-se por gescdo democratica a participagio des cidadios nos processos de Planejamento, tomads de decisdes e controle de ages piiblicas por meio de espagos insGtucionalizades onde a populagio do Municipio exercerd, diretamente oui em coparticipagzo com 0 Poder Piiblica, a gestio da cidade. Art. 13, As entidades da sociedade civil orgunizadu deverdo ser convidalas & panticipar das discusses ¢ insténcias de deliberagio em todas as politicas piblicas, programas, projetos, planos, diettizes e pricridades contidas no Plano Diretor Participative, de modo a garautic » controle do direito das atividades ¢ 0 pleno exercicio da cidadania, Art, 14, Para gurantir a gestdo democrética fice ctiado o Sistema Municipal de Planejamento stio do Plano Dirctor que, de forma transparente e continua, tem como objetivos 1 proporcionar a gesifio democtética no Muniefpio de Maracanad; U- promover a implantagio co Plano Diretor: HIT ~ instituir um process permanente ¢ sisiematizado de atualizagao do Plano Direlor: IV ~ implementar ¢ avaliar periodicamente os instrumentos de planejamento urbano, eG Art. 15. O Sistema Municipal de Planejamento ¢ Gestfo do Plano Diretor é composto por: T~conselho das cidades; TT — Grgios do Poder Ptblica Municipal responsaveis pelo conteole urbano, habitacio, plangjamento urbano, meio ambiente, turismo, cultura e patriménio histérico, tinangas, mohilidade urbana, infracstrutura, limpeza e gabinete do prefeito: III - fundo municipal de desenvolvimento urbano x FMDU IV ~ Instrumenios de participagao direta aye yh PP ean iru i Nite pone ned AFIXADC em: a8 21 inte rt on MAT 21500 PREFEITURA DE MARACANAL Art. 16. A patticipagdo da populagio em todo processo de planejamento ¢ geste do Municipio devera basear-se na plena informagio disponibilizads pelo Poder Executive Municipal com antecedéncia e ampla divulgagdo em meios de comunicagio de massa, para 0 accsso irrestrito de toda populacio as informagées necessarias. Art. 17. A divulgagio sera realizada conlorme detetminagio do § 4° do art. 40 do Estatuto da Cidade, ¢ deverd conter os seguintes requisites: 1 ampla comunicagfo publica, cm linguagem avessivel, através dos meios de comunicagio social de massa dispoatveis, TI = antecedéncia de pelo menos 15 dias para divulgago do cronagrama, dos locais das rouni6es e da apresentagiio dos estudos ¢ propostas sobre o toma que scré discutido, IIL — publicagie © divulgagio dos resultados dos debates e das propostas definides nas diversas etapas dos processos de discussio. Art. 18. A onganizagiio dos processes participativos devori garantir a diversidadc, nos seguintes termo: 1 ~ realizagio dos debates por segmentos soziais, por temas ¢ por divisées territoriais, que terdo referencia as unidades de planejamento, constantes em lei especifica: 11 - garantia de alternancia dos locais de discussio. Art. 19. Compete sos érgiox publicos munieipais pertencentes ao Sistema Municipal de Plangjamento e Gestao do Plano Dirctor: T—coordenar e gerir o planejamento urbaao municipal: I. aprovar projetos ¢ intervengSes relacionadas ao planejamento urbeno: TI — ceder informagies aos demais drgios competentes objetivando o atualizagio constante do calastro tcnico imobilidtio: TV ~ manter atualizada a base cartogrdtica do Municipio; V —implantar um cadastro multifinalitario € manter a base de dados atualizada: VI- prestar apoio téenico administrative ao Coaselho das Cidades Segio IT DO CONSELHO DA CIDADE Art. 20, Fica instituido © Conselho da Cidade de caniter permanente e deliberative, com as seguintes atribuigées 1 examinar, emitir parecer, sugerir propostas relacionadss a planos, projetos e programas setoriais a stem desenvolvidos pelo Poder Executivo Municipal U—examinar, emitir parecer, sugerir propostas relacionadas a legistacdo urbanistica; I~ opinar e sugerir propostas relativas aos Planos Piurianuzis de Investimentos ¢ Lei de Diretrizes Orcamentérias: IV — analisar ¢ emitir parcceres sobre Estudo de Impacto de Vizirnhanea - EIV; V ~ aluar como auxiliar do Poder Exccutivo © Legislative Municipal na fiscalizagao da implementago do Plano Diretor e legislacdio decorrente: VI — opinar 2 fisealizar sobre a aplicag&o) dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento urbano - FMDU; VIL - claborar seu Regimento Intemo; on do Jenipapeiro, Run 01, n° 652, Conj Maracanad, Maracanao, Cears ‘ cere bEa7 AFIXADG eM: B 1194 iS. bl bao la MAT 21500 PREFEITURA DE MARACANAG VIII — aprovar alteragdo nos indices permitidos e méximos de aproveitamento; IX — zprovar toda e qualquer definigaa sobre a gestdo da cidade; X — solicitar, de forma fundameniada, a realizagio de consultas puiblicas e audiéncias publicas em. matérias relacionadas ao planejamento urbano; XI — aprovar a aplicago dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano: Paragrafo Unico. © Conselho da Cidade seré vinculado ao érgio municipal responsavel pelo planejamento territorial ¢ urbano. Art. 21. © Conselho da Cidade serd constitaido per 26 conselheiros titulares com seus cespectives suplentes, que setdo eleitos para um mandaio de 03 (ires) anos, atendidas as disposicoes do inciso TI e pardgrafo Unico do artigo 34 desta Lei, composto por seguimentos do pader publico ¢ sociedade civil, na forma do seu Regimento Interno. 1 ~ érpAos ou entidades do Poder Ptiblico Municipal responsdveis polo planejamento urbano, icnte, turismo, culiura € pattimOnio histérico, finangas, mobilidade urbana ¢ habitagio, meio aml Gabinete do Prefeito. I~ poder legislative municipal; IML - organizacdes da sociedade civil, garantida a representagiio dos seguintes segmentos: a) _associagdes de bairros; b) movimento de mulheres; ©) comunidade indigena; 4) movimento da pessoa com deficigncia: ¢) movimento LGBTT; f) movimento da juveatude: &) associagiio comercial ¢ industrial do Municipio; bh) organizagSes nfo govemamentais; i) entidades de ensino ¢ pesquisa; i) entidade representativa do trabalhadores rurais; IV ~ concessionéias prestadoras de servigos piblicos; Pardgrato Unico. A rao indicagio de representante por slgum dos setores acima nfo impediré a implantagio e atuagio do Consclho da Cidade, observando-se o minimo de 70% (setenta por cento) de sua composicao cfetivamente nomeada Art. 22. © quérum minimo de instalaczo das reunites do Conselho da Cidade é de cingiienta Por cento mais um dos conselheiros com direito a voto. Pardgrafo Unico. As deliberacdes do Conselho da Cidade serdo vélidas quando aceitas por, no minimo, 2/3 (dois tergos) dos conselheiros com diteito a voto presente na 1cunido. Art. 23. 0 Conselhio da Cidade terd seu fancionamento regido pelas scguintes diretrizes: 1-0 érpio de deliberago maxima ¢ a plenaria; T= o exereicio da fungao de Conselheito nio ser remunerada: TIL — para a realizayio das sessOes sori nevesséria a presenca da maioria simples dos membros do Conselho; IV ~ cada membro dp Consetho terd direito a um Unico voto em sessao plenaria: V — as decisées do Consefho serio anotadas detalhadamente em ata, da qual se dard conhecimento piblice: Ks reco ceomeeishan.s cst want Manat co oben, AFIXAD MAT 21500 PREFRITURA Di: MARACANAL’ VI~o Conselho seré dirigido por um presidente. eleito, om votagio, entre seus membros; VI ~ as sessdes do Conselho sero publicas ¢ ocotrerdo mediante divulgzcio prévia de 05 (cinco) dias iiteis. Art. 24. O Conselho da Cidade poder instituir cdmaras técnicas € grupos de trabalho especificos a criiério de suas deliberagdes intemas, Pardgrafo Unico. O regimento intemo deverd regulamentar 0 processo de criagio, funcionamento ¢ extingdo das cdmares técnicas e grupos de trabalho. Art, 25. © Poder Executive Municipal promoverd a efetiva instalaedo e regulamentagtio do Conselho da Cidade no prazo maximo de 06 (seis) meses aps a promulgagio desta lei. Art. 26. O Consclho da Cidade reunir-se-4 ordinariamente a cada 30 (tinta) dias © extraordineriamente sempre que convocades pelo presidente ou por 2/3 (dois tergos) de seus membros efetivamente nomeados. Secio I DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO. Art, 27. Fica instituido o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urhano — FMDU, com 0 objetivo de dar suporte financeito as agdes previstas no Plano Diretor, Art, 28. Constituira 0 ativo do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano: 1 — recursos finaaceiros advindes por forga da aplicagdio do Lmposto Predial e ‘Territorial Ushano Progressivo no ‘Tempo e da Outorga Onerasa do Direito de construir; II —dotagdes orgementérias clocadas pelo Poder Executivo; IT —doagies e contribuigées de pessoas fisicas e juridicas; IV — recursos transferidos de instituigdes fecerais c estaduais; V ~ produto da aplicagdo de recursos disponiveis; V1~ 50% (cinquenta por cento) do total dos eccursos provenientes da cobranga pelo Poder Executive Municipal, Ga contribuigao de melhoria apurada no ano de exereicio fiseal anterior: Pardgrafo Unico. Os recursos do FMDU serio depusitados em conta especial vinculada ¢ identificada, aberta e mantida em agéneia bancétia oficial do Municipio. Art, 29, © FMDU seri administrado pelo 6rgio competente do Poder Executive Municipal, consultado 6 Canselho da Cidade. Art. 30. Os recursos do FMDU destinam-se prioritariamente: T~ a execugio de programas ¢ projetos habitacionais de interesse social, incluindo a regularizaedo lundisria © a aquisigo de imdveis para constituigio de reserva [undiéria: TT ~ ao ordenamento ¢ ditecionamento da expansi0 urbana, incluindo infrsestrutura. ¢ saneamento arabiental, priorizando a popalagao de baixa ronda; TI ~ a implantagéio de equipamentos urbanos ¢ comunitérios, espacos piiblicos de lazer © areas verdes. priorizando as reas de intetesse social: TV ~ a promogio de capacitagdes, sembidrios, simpésios que fortalegam a participagie da Populacio no dchate da politica urbana: (¢ hep C EM: OS AD ra banka Garocibrera AFIXADG EM: DE 1 NO ted \Giek Gute MAT 21500 PREFRITURA DE MARACANAt Art. 31, Os bens © direites adquiridos com recursos provenientes do FMDU serio considerados bens pablices ¢ incorporados ao Patriménio de Municipio de Maracanad. Segdo IV - DOS LNSERUMENTOS DE PARTICIPACAO DIRETA Art. 32, Fica assegurada a participacio da populagdo em todas as fases do processo de gestio demoeritica das politicas municipais, mediante as seguintes instancias de participacdo: I~ conferéncia da Cidade de Meracanat: Il —assembléias territoriais; TI — auditneias priblicas TV — plebiscito e refercndo popular; V = iniciativa popular de projetos de lei, de pianos, programas e projetos de desenvolvimento urbano; VI - orgamento participative: VIT—conselhos de politicas publicas setoriais, §1° Os instrumentos referidos nos incisos Il e LLL também sero utilizados no processo de edo & votagiio do Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orgamentéias e Lei de Orgamento § 2° Os instrumentos citados nos incisos IV ¢ V deverio ser utilizados conforme prescritos na Constituigdo Federal ¢ Lei Federal 9.709, de 18 de novembro de 1998 ¢ demzis legislagdex correlatas. §3° Para a alteragio de qualquer tema zelerente a0 Mecrozoneamento definido no capitulo V desta Lei, deverd ser feita consulta & populagio através da realizagio de Assembléias Municipais ¢ de Audiéncia Municipal, nos termos cos dispositives constantes neste Titulo, sob a fisealizacio do Conselho da Cidade. Subsegio I DA CONFERENCIA DA CIDADE, Art, 33. As Conferénciay da Cidade ocorrertio ordinarlamente sempre que convocadas pelo Conselho Nacional das Cidades. ¢ exiraordinariamente, quando convocadas pelo Conselhe da Cidade. §1° As Conferéncias da Cidade deverio ccorrer, obrigatoriamente, a cada ués anos. §2° As Conferéncias sordo abertas & participagao de todos os cidadios ¢ cidadis, Art. 34. A Conforéncin da Cidade era, dentre outras atribuigoes T—avaliar a politica urbana; Il — eleger conselheiros do Consclho da Cidade; Ill — eleger os delegados da Conferéncia legislacao pertinente; TY — apreciar as ditetrizes de desenvolvimento da politica urbana do Muniefpio; V — sugetir ao Poder Executive Municipal adequaydes nas ages estratégices destinades a implementacio dos objetivos, diretrizes, planos, programas c projetes: (fitaestren fut, stadual ¢ Nacional da Cidade, conforme 5 oni Nowe Maracari, Mavcarai, Com [ko acoso Buatig Wound) ued Deni ra iets MAT 21509 VI- celiberar sobre plano de trabalho para o uienio seguinte: Vil — sugerit propostas de alteragio da Lei do Plano Diretor, a serem consideradas no momento de sua modificagio ou revisio; VIII —discutir e aprovar 0 Plano de Ago, Paragrafo Unico, Na Confezéncia das Cidades serdo eleitos os representantes da Sociedade Civil que comportio o Conselho da Cidade. Art. 35. As deliberagées Cansctitas no Relatério Final da Conferéncia da Cidade devertio fundamentar a definigdo das diretrizes orgamentarias expressas no Planv Plurianual a ser claborado 0 primeiro ano de cada mandato. ; SubsecioIT . DAS ASSEMBLEIAS MUNICIPAIS E AUDTENCIAS PUBLICAS Art. 36. As Assembléias Municipais serio preparatérias & realizago da Conferéncia da Cidade de Maracanat Pardgrafo Unico. Todo e qualquer cidadio poderd participar das Assembléias Municipais ¢ a organizagao dos debates sera feita na forma do Art, 40 desta Lei e da Resolucio n° 25 emitida pelo Conselho Nacional das Cidades ¢ demais legislagdes federais ou esiadvais que regulem a materia, Art, 37. QO Grgdo municipal responsive] pelo planejamento urbano deverd realizar Assombléias Municipais nas diferentes reas de dosenvolvimento local, para a rcaliza atividade de planejamento global do Municipio, Art. 38. As Assembléias Municipais devem: 1 ~ser realizadas nas diferentes reas de desenvolvimento local; Tl - ter sua paula decidida pelo Conselho da Cidade: TIT ~ ser organizadas pelo Poder Piiblico em parceria com entidades da sociedade civil. Art. 39. As audiancias pilslicas tém por finalidade informar, colher subsidios, debater, rever © avaliar o contedide de Plano Direior, ¢ devergo ocorrer nos processos de implantagio de emprecndimentos ou atividades, ptblicos ou privados, com efeitos potencialmente negatives sobre © meio ambiente natural ou construido, o conforto c/ou a seguranga da populacdo. Art. 40. As audiéncias deverdo atender aos seguintes requisitos: 1 — serem convocadas por edital. anunciadas pela imprensa local ou, na sua falta, pelos meios de comunieacdo de massa ao alcance da populacdo local: LL - ocorrer em locais ¢ horérios acessiveis 4 maioria da populagio; Ul — serem dirigidas pelo Poder Piblico Municipal, que aps a exposi¢ao de todo 0 Contetido, abrira as discusses aos presentes; TV ~ gacantir a presenga de todos os cidadios que assinarto lista de presenga; V — sere sravadas ¢. ao final de cada uma, lavrada a respectiva ata, cajo contetido devers Set upensado ao Projeto de Lei, cpmpondo memorial do processo, inclusive na sua tramitagdo legislativa: (\ Seba wo srenoond soca eainiswn wast ica eaie WV euPotsas.ce ime ¥ a u col, Saeed Ea s f MAT 71500 “Rage PREFETTURA DEMARACANAG VI_— todos os documentos relativos ao tema da audiéacia piiblica, tais como estudos, plantas, planilhas, projetos, entre outros, sero colocados & disposieo de qualquer interessado para exame c extragiio de cépias, inclusive por meio cletrénico, com antecedéncia minima de 04 (quatro) dias da realizagdo da respectiva audiéncia publica. Art. 41, As audiéncias piblicas poderto ser convocadas pela propria sociedade civil, quando solicitadas por, no minimo, 1% (um por cente) dos eleitores do Municipio. Art, 42. As intervengies realizadas em audiéneia publica serio registradas por escrito & gravadas para accsso ¢ divulgagdo piblicos, e deverdo constar nos prozessos referentes acs licenciamentos e/ou processos legislativos que Ihe dio causu, conforme disposto nesta Lei. Art. 43, A realizagio de toda Audiéncia Ptiblica no Municipio deve respeitar os dispositivos que consiam nesta Subsegio ¢ demuis disposigdes da Resolugio 1° 25 emitida pelo Conse!ho Nacional das Cidades e legislagdes federais ou estaduais que regulem a matéris . Segio HII DA GESTAO ORCAMENTARIA PARTICIPATIVA Art. 44, Para a execugio da gestéio orgamentéria participativa faz-se obrigatGria a execu do Programa Orcamento Participative a ser implantado no Munic‘pio sob 2 coordenagao do Poder Executive. Art, 45. O Municipio deverd fixar porcentagem do orgamento para aplicar n0 programa, de forma a nio comprometer o planejamento orcamentirio geral de cada ano. Art. 46. O Programa de Orgamento Participativo seré instituido atcavés de lei especifica, garantida a participagiio de todos os segments sociais © a icalizagdo de audi¢neias consultas publicas com a tinalidade de debater sobre as propostas do plano phurianual, lei de diretrizes orcamentérias ¢ do orgamento anual. CAPITULO TV DAS ESTRATEGIAS . Secdo1 DA POLITICA DE MEIO AMBIENTE. Art, 47, A Politica de Meio Ambiente no Municipio teré por base as seguintes diretrizes: I—protepao dos ecossistemas naturais e da biodiversidade: Tl - observancia do estabelecido na Politica Nacional do Meio Ambiente e demais nomas leis pertinentes 20 meio ambiente em Ambito federal, estadual ¢ municipal: TIT — estabelecimento da bacia hidrografica local e regional como unidade de planejamento; TV — estabelecimento gradual dos instrumentos de controle ambicntal, dentie eles, © voneumento econdmico-ecolégica nos termes do Decreto Federal 4297/2002, Planos de Recuperacio das Areas Degradadas e Planos de Manejo, bem como a ampliagia dos investimentos cm infraesirutura para o licenciamento e a fiscalizacao ambiental: V— controle ambiental dos emprepndimentos e/ou atividades poteacialmente poluidoras; ( er do Jenipapero, Rua (uf 652, Conjunto Nove Maracanas, Meracanai, Cearé j id CER S1905-<30 AFIXADCO EM: DEVS tbo Lug shana erie MAT 21500 PREFEITURA DE MARACANA VI— desenvolvimento de cooperagio entre setor puiblico, privado e académico na execugio da Politica de Meio Ambiente; VIL — fomento a modernizagiio da gest3o. ambiental publica com a ampliagio dos investimentos em infraestrutura humana especislizada e tecnolégica nas Secretarias Municipais; VIL — implementagio de un Sistema de Informagdes para o Planejamento & Gestio Municipal, com responsaveis pola atualizago das informagSes cadastrais fisicas, socioccondmi Juridicas ¢ ambientais, cbjetivando a etiagdo do cadastro técaico multifinalitario; 1X — contengio da ocupacdo cm terrenos alagadicos e nas Planicies de inundagio cobertas por vegelagao de cama: X ~ mapeamento das fontes de pol das reas de risco socioumbientais no Muni ico hidrica, atmostérica, do solo € subsolo, bem como ipio, Art, 48. Objetivando asscgurar a implementagae da Politica de Meio Ambiente serao observadas ¢ executadas as seguintes acées: I claborago ¢ implementacio do Plano Municipal de Edueagio Ambiental; 11 —elaboragao ¢ implementacio do Plano Municipal de Sancamento Basico: TI - elaborago do Plano de Manejo ¢ respective zoncamento da dea 1ural co Municipio: LV ~ instituigao de areas protegidas c regulamentagio da Lei municipal n° 1.428, de 25 de junho de 2009, que cria cinco unidades de conservagio no Municipio; V—elaboragdo de um Plano de Metas de despoluicio hidrica e atmosférica no Municipio; VI - elaboragio ¢ implementagio do cadastro técnico multifinalitétio, Pardgrafo nico. Os planos descritos neste attiga deverio ser claborados no prazo de até dois anos a partir da aprovagio desta Lei. Segio IL DA POLITICA MUNICIPAL DE HABLTACAO E REGULARIZACAO FUNDIARIA Art 49. A politica de habitacao de interesse social visa ampliar a oferta de habitagao de interesse social através de produg&o habitacional integrada aos elementos estruturadores. do territério, garantindo a infraestrutura adequada, & qualificacio ambiental e a dotagio dos servigos necessaries para a promogaio da qualidade de vida nos assonlamentos. Art, 50. A Politica Municipal de HabitagZo terd por bese as seguintes direttizes: T~ adotar tratemento diferenciado para as diversas situaydes habitacionais, inclusive para as iferentes formas de risco das moradias; II - promover intervengées hab itavionais integradas a outros programas soci de geragio de trabalho ¢ renda: IIL - resgatar dreas institucionais para 0 use publico de interesse coletivo: TV — ampliar ¢ methorar a infiaestrutura basiza dos loveamentos ocupados, especialmente quanto ao esgotamento sanitério e drenagom pluvial; V~ melhorar 6 conforo ambiental das construgdes habitacionais populares; VI - estimular as inovagdes tecnol6gicas e a pesquisa de materiais regionais; VI — incentivar a fonmaedo € capacitagio de mia-de-obra para a constr E VITI — concentrar 9s sreus institucionais nos loreamentos, de forma a melhor comunidade; , ambientzis e cad GF a Mtoe, us 965, conve Nancie co oe u A212 boosh cued, laniele Carlos Moreira MAT 21500 PREFEITURA DE MARACANAC 1X ~ incentivar ¢ apoiar a formagio de cooperativas ¢ demais formas de associativisine para construgio de empreendimentos habitacionais de interesse social; X — apoiar outray formas ndo convencionais de produggo da moradia, como autoconstrugéo © mutirio; XI reproduzir experiéncias bem-succdidas de regularizagZo fundidria e de indugdo da ocupagio de vazios urbanos para fins habitacionais e as “hoas priticas” premiadas; XI ~ preservar a ideatidade social ¢ cultural da populagdo nas solugdes habitacionais XII = dar prioridade ao atendimento de idosos, portadores de deficiéncia e familics chefiadas por mulheres, dentre © grupo de menor renda, nos programas e nas agbes habitacionais; XIV —estimular e criar canais de paticipacio popular no proceso de planejamento ¢ gestio de projetos ¢ agécs habitacionais; XV —reestrturar 0 setor habitacional do municipio; XVI - fortalecer © Conselho Municipal de Habitacio através de capacitages periddicas dos conselheiros; XVII — estabelecer processos transparentes na promogao e gestéo dos projetos habitacionais; XVIII ~ integrar o sistema de cadastro de beneficiérios de programas habitacionais nos trés niveis de govemo; XIX ~ implantar sistema de fiscalizacio descentralizado para controle da ocupagao urbana ¢ preservagio municipal; XX — inlegrar os projetos habitacionais a programas de geragio de trabalho e renda; XXI— buscar a sustentabilidade ambiental das ages habitacionais XXII — atuar nas arvas de risco e preservacdio ambientais ocupadas por habitagées XXII — promover a regularizagiio fundidria e urbanistica de loteamentos © conjuntos habitacionais: XXIV — conter 0 processo de ocupagdio irregular; XXV — ocupar vazios urbanos em reas onde haja melhor infraestrutura: XXVI— incentivar estudos e projetos para reduc do custo da produgdo habitacional: Art. SL. Objetivando assegurar a implementago da politica de habitagio de interesse social © regularizayées fundidriay serio observadas € exccutadas as scguintes agdes: I~ clahoragio ¢ implementagio do Plano Local de Habitagdo de Interesse Social -PLHIS, no prazo de até 12 meses, Il — promogio de medidas para legalizagio e titulagdo da rea, em beneficio dos ocupantes; ILL ~ promogao de condigées adcquadas para a urbunizagio e melhoria das condicées de saneamento ambiental nas locais de conflilos; IV ~ claboragio de projetos para a produgio regular de habitages de interesse social em areas apias e passiveis de urbanizacio; V = aplicagio de mecanismos e insirumentos que viabilizem parecrias piblico-privadas € Sociedade civil organizada para promover hahitagées de interesse so VI- aplicagao de instrumentos redistributives da renda urbana e do solo da cidade; VII ~ adequacao dos padres urhanisticos e simplificago dos procedimentos de aprovagio Ge projetos de interesse social mediante instituigio de zonas especiais, vii - ain infraestrutura urbana, equipamentos e servigos neces: 4 10 do Jenipapeiro, Rua 01, n° 652, Conjunto Nove Maracanais Meracanali, Gear CRP G1 908-430 ios. (fe LA AFIXADO EM: DB 1 By i MAT 21500 Art. 52. A politica de regularizagiio fundiatia ¢ urbanizagio de areas irregulares deve buscar realizar a reforma urbana em dregs conflitantes onde o direito de propriedade no é reconhesido Tegalmente, devendo ser aplicada em areas que ndo comprometam a seguranga da populagio Tesidente ¢ onde seja permitida a melhoria das condigdes de infracstratura dos assentamentos ¢ das caracteristicas ambientais locais. Segdo IL DA POL{TICA DE PROTECAO AO PATRIMONIO HISTORICO E CULTURAL Art, 53, Sao direttizes da Politica de Protecao ao Patriménio Histérico ¢ Cultural: T — realizagio de estudos arravés da excougo do Plano Municipal de Cultura para a identificagio das areas de valor hist6rico-cultural para fins de tombamento; II ~ garaatir a preservagio ¢ « identidade cultural dos baitres, valorizando as caracteristicas de sua histéria, sociedace e cultura; IIT — resgatar, proteger e divulgar a histéria, cultura ¢ bens materiais e imateriais de Maracana TV ~ potencizlizar as ages do Centro Cultural Dorian Sampaio e descentralizagio destas; V = garantir a publicidade das informagies sobre o patriménio hisidrico-caltural & populaciio; VI- sensibilizagio da sociedad civil sobre a importincia e a necessidade de preservagao do Patriménio hist6rico cultural de Maracanai; VII ~ reestruturagio da politica de incentive aos produtores de artesanato e cultura do Municipio; VIII ~ disponibilizar espagos fisicos para difusiio ¢ comercializagio do artesanato local; TX = claborar ¢ implementar o Plano de Reabilitagdo e Conservagiio de dreas degradadas, em especial a deca do Centro Histérico de Maracanatic seu entomo: X — garantir a preservacio e a identidade dos bairros, valorizando es caracterfstivas de sua historia politica, a partic da elaboragao de material audiovisual, a partir da publicagao de um ‘compéndio a ser disponibifizado nos acervos das bibliotecas das escolay municipais; X1-~ fortalecimento dos festivais de manifestacao cultural popular; XIl — construc de museus histéricos retratando a identidade do Povo Pitaguary, bem como 2 historia da Colonia Anménio Justa; XILL—construgdo do museu da cajuina, com memorial de Rodolfo Toétfilo: Art, $4. Para implementacio da Politiea de Protegfio ao Patriménio Histérico ¢ Cultural em Maracanati deverio ser executadas a seguintes agdes: T- elaboragio ¢ implementagao do Plane Municipal de Cultura, no prazo de 02 (dois) anos a partir da aprovagdo desta Lei 11 - elaboragdio de inventério do patriménio histérico de Maracanat; TIT implementagio das Zonas Especiais de Preservagao do Patriménio Cultural de interesse antstico, estético, histérico, turistico ¢ paisagistico em Areas onde existam iméveis, conjuntos edificados ou paisagens de imoresse de preservagio, jé descritas nesta Lei; IV ~ Cesenvolver planos, programas ¢ projetos de intervengies nas Zonas Especiais de Preservaco do Patriménio Cultural do interesse uutistico, esttico, histérico, iistico e paisapisticn, a fim de atender 0 objetivo pelo qual foram criadas. \Prtdcio da JeripanfiPf, Rua 01, n" 682, Conjunto Nove Maracanad, Méxacanad, Ceara vo Ch enone 0 Carlos ores ue AFIXAD emt: BB paentte Carte Moreira MAT 21500 PREVEITURA DE MARACANA Seco IV . . DA POLITICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIOECONOMICO Art. 58. A Politica de Desenvolvimento Sociveconémico de Maracanati tem como diretrizes: 1 — reduzir as desigualdades socisis e espaciais promovendo a methoria das condigies de vida da populagio; IL garantir 0 equiltbrio cnire 0s interesses sociais, ambientais, teenolégicas ¢ culturais; IL - melhorar as condigées de funcionamento dos corredores de vomércio ¢ servigos; IV — viabilizar a implantagio do Centro de Eventos e Negécios de Maracanat; V — melhorar as condigies de funcionamento e de gestio dos mercados populares, {eiras € coméreio ambulante; VI — estimular a economia popular com abertura de créditos especiais destinado, Prioritariamente, aos micro e pequenos empreendedores formais ¢ informais: VIL ~ apoiar a criagao de eooperativas de produtos locais; ‘VII — promover institucionalmente agenciamento de empregos; IX — instituir politicas de apoio e estimulo & agricultura familiar com garantia de escoamento © comercializagao da producio; X — implantago de novos nticleos industriais em consondneie com os princfpios e diretrizes de uso e ocupagio do solo; XI —estabelecer parcerias com o sctor privedo objetivando a implementagao da politica de desenvolvimento econdmico; XII ~ fortalecer as ages do Conselho Municipal de Trabalho. | Segio V DA POLITICA DE PLANEJAMENTO E GESTAO Art, 56, Sto abjetivos gerais da Politica de Planejamento ¢ Gestio do Municipio a reestruturacio administrativa e a capacidade técnica e financeira do Poder Pablico cin estimular a gestio democritica de forma sustentavel. Art. 57, Sio direwizes voltadas paca a estratégia de fortalecimento da Politica de Planejamento e Gestio Municipal: 1 promover maior integragdo ¢ articulagdo entre os programzs e acoes desenvolvidas pelos Orgiios e entidades municipais, estaduais ¢ federais, 11 —melhorar a integrago intersctorial entre os érgios da administragdo municipal: AML — promover a revisio da esirutura administrativa municipal; IV — ampliar ¢ fortalecer o sistema de informatizagio, V— promover a capacitagio técnica dos servideres municipais; VI — claborar ¢ implementar a utilizagio de manuais de scrvigos para as unidades operacionais da administracio municipal; VU — ampliar a captagio de recursos financeiros, junto a organismos nacionais ¢ internacionais; VII — garantir a efotiyidade ¢ o equilibrio entre a receita © despesa na execugao orgamentinio-financeira; (CRP 61 905-430, aot cio do Jenipapdro, Rua O1, n° 652, Conjunto Nove Maracanad, Maracanac, Coaré oO moe AFIXADO em: 28 Opti PREPRITURA DE MARACANAT TX ~ instituir mecanismos permanentes de gestiio para implementaclo, revisiio ¢ atualizagio do Plano Ditetor Participative de Maracanati, garantindo recursos financeiros para sua efetividade, ‘observado o deserito no art. 59 desta Leis Art. 58, So dirctrizes voltadas para ampliagdo da participagao social no processo de pesto: I — assegurar a gestio democritica da cidade, garantindo a efetivagio de canais de Patticipagio da sociedade no planejamento e gestiio do Municipio de Maracanat: I~ ampliar ¢ fortalecer os conselhos municipais vinculadas & administra nas suas respectivas dreas de atuagfio, cm especial o Conselho da Cidade: TIL — capacitar os conselhciros municipais para 0 exercicio democratico; IV — incentivar a participugio da comunidade 1a claboragao, exccugio e fiscalizagao das politicas setoriais. jo direta ¢ indircta Art. 59. O Municipio, quando da revisio a estrulura administrativa, deverd definie um Srgio coordenador da gestio do Plano Diretor Participative, para planejar e monilorar o crescimento da cidade de Maracanati, disciplinando e controlando a ocupagio e uso do solo no Municipio, de forma a garantir o seu desenvolvimento sustentével. CAPITULO V DO MACROZONEAMENTO Art. 60. © Macrozoneamento, delimitado no Anexo 1, integrante desta Lei, tem como fimalidade definir objetives para o ordenamento territorial de Maracanati, compatibilizando 0 proceso de desenvolvimento com a capacidade de suporte do ambiente natural do municipio, assegurando o alcance da sustentabilidade. §1° Define-se por Macrozona as areas urbanas e murais do tenitério municipal que, em Virtude de suas particulswidades, definem prioridades, objetivos ¢ esteatégias para as politicas Puiblicas de desenvolvimento sustentivel, podendo ter pardmetros reguladotes diferenciados de usos © ocupacao da solo, §2° Sio considerades Zonas Especiais as dreas do temitorio que cxigem tratamento diferenciade na definigio de parametros reguladores de usos ¢ ocupagio de solo. §3° Entende-se por Setor as areas do territ6rio que exigem definicio especial de pardmetros Teguladores de parcelamento, usos ¢ ocupacio do solo, sobrepondo-se a0 Mecrozoneamento. $4° Entende-se por Corredor as faixas das dreas que, inserida na delimitagao dessa Macrozona, acompanham vias do sistema virio municipal que exigem tratamento urbanistico especial na definigio de parimetros reguladores de usos e ocupacdo do solo, sobrepondo-se 20 ‘Macrozoneamento, Art. 61. O Macrozoneamento subdivide o territério de Maracanai orm Macrozona Urbana e Macrozona Ambiental, consideranco 08 seguintes aspectos: T~as caracteristicas do meio ambiente natural e eonstruido; Ua capacidade de suporte da infreestrutura; IMT ~ as caracteristicas de uso ¢ ocupacdo do territério do municfpio; IV ~a implementagdo Je agses de planejamento, consolidadas nesta Lei. a Feito de seninapeio, Run C1, n°652, Conjurto Novo Maraeanat, Maracanad, Ceank te eions 30 AFIXADG em: 3/12 2 iQ) OULD orl Gros Horan. MAT 21500 PREEITURA DE MARACANAC Art. 62, O Macrozoacamento tem como objetivos: T—em relagdo ao uso ¢ ocupagdo do solo e scus pardmetros: a) promover o acesso & terra urbana ¢ a infraestrutura bésica por difereates sogmentos sociais, através da diversidade do dimensionameato de lotes: b) —_ordenar e uso ¢ @ ocupagiio, considerendo a diversidade territorial local, bem como a sua capacidade de suporte; ¢) _ promover @ coupagio voltada para protegdo, recuperagio ¢ revitalizagdo dos atributos ecoldgicos ¢ naturais; d) —conter a expansio da drea urbana sobre as zonas de potencial ccoligico © paisagistico: ©) _evitar a ocupagiio em dreas de risco ou locais imp:éprios para habitagaio: 1) __incentivar projetos voitados para habitagdo social atrelados a implantecio de dreas Ptblicas atrativas a0 convivio social, as praticas esportivas ¢ o luver contemplativo; g} promover a diversidade de tipologia como forma de essegurar condigies de ventilagao © sombreamento que contribuam para a melhoria do mieroctima local. bh) descemtralizar e civersificar as atividades ampliando as centralidades para geragio de novas oportunidades de eraprego ¢ renda; i) conter a retengdo imobilidria para fins de especula: J)___promover a ampliagiio da atratividade por novos empreendimentos sem comprometer a permanéncia da populagio residente tradicional; k) __ preservar o patrimdnio natural, histérico, cultural e paisagistico; 1) regular os pardmetros de ocupagio, condicionando-os. nos casos de grandes empreendimentos habitacionais, indusiriais ou comerciais, ao adequado provimento de infraestrutura, ¢ de cquipamentos urbanos © comunitdtios necessirios: como também, de ‘manutenc&o ou implantagzio de cobertura vegetal; m) —regulamentar ¢ disciplinar noves empreendimentos que impliquem no aumento do Dotencial construtivo, estabelecendo critétios e contrapartida por meio da Outorga onerosa do Direito de Construir; Il— era relagao a infraestrutura e suporte ambiental a) meionalizar os invcstimentos cm infraestrutura de forma a acelerar a cobertura das dreas nao atendidas; b)__promover o aumento do potencial construtivo em Areas ja consolidadas, impedindo ocupariio desordenada e em desequilfbrio com os recursos natu ©) garantir a adequada utilizagio de iméveis em relagio ao conecito de unidade de vizinhanga ¢ qualidade ambiental, impedindo usos incompativeis, inconvenienies, porigosos ou poluidores junto 20s usos residenciais; © incentivar a implantagzo de tecnologias e alternativas construtivas voliadas para preservagio ambiental e minimizag&o dos impactos da urbanizago sobre o ambiente natural: ©) _integrar os recursos hidricos € naturais 4s politicas sociais que objetivam as melhorias voltadas para o lazer, as pratica esportivas ¢ a convivénicia soci ‘1 reavaliare modemizar a infraestrutura com visias a garantit a melhoria do acesso aos novos servicos urbanos de telefonia, transmissio de dados e tratamento dos residues: TI ~ cm relagdo aos espagos publicos a) __ampliar a implantagZo ¢ a melhoria dos espagos pablicos, reconhecendo que estes sao essenciais & qualidade de vida urbana, ¢ Aue proporcionam beneficios fisicos, aletivos ¢ ambientais para toda a populaczo: ; EAIAGIO do Jeripapeiro, RLSAL, né 652, Conjunto Nova Maracanal, Maracanad, Ceark CHP 61 908-480 AFIXADG eH BL i219 We Od, dil bots nea MAT 21500 PREFERTURA DE MARACANAG b) —qualificar_os espagos ptiblicos para 0 uso de comércio informal, esporte ¢ convivéneia social, ¢) articular iniciativas de caréter cultural, captando ¢ apoiando eventos culturais © a criagio de novos espagos de cultura ¢ lazer: d) — promover 0 desenvolvimento cconémico de forma social c ambientalmente sustentivel: ) _ combater a polniedo visual, observada legislagao pertinente. TV ~ em relago & mobilidade urbana e infraestrutura vidria: a) garantir 9 acesso aos servigos urbanos € equiganentes piblicos; b} —implantar, integrar ¢ estruturar a malha vidria, permitindo 0 acesso de todos os cidadiios a qualquer ponte do territérie, por meio da rede vidria estrutucada para todos os modais & promovendo fucilidades, sobretudo, para pedestres, ciclistas e usudrios do transporte coletivo. °) Garantir a qualidade e © conforto ambiental des vias no que se refere & arborizagio, iluminagao ¢ elementos de acessibilidade universal. V—emrrelugdo as politicas puiblicas a) promover programes de geragio de trabalho e renda e o acesso da populagdo a estas oportunidades, por meio do estimulo as atividades compativeis com ay caracterfsticas potencialidades naturais da regio; b) promover politicas de educagio ambiental que apresentem as qualidades e particularidades da ambiéncia da arca para a populacdo residente, ressallando a importéncia da qualidade do entorno ambiental para a qualidade de vida; °) articular as areas, distantes das centralidades, & malha urbana formal, ampliando 0 aces80 208 servigos urbanos; Art, 63, O Poder Publico Municipal, através da Lei especifica, regulamentara a subdivisao do macrozoneamente da zea urbana em Zonas, € os parimeiros urbanislicos que incidirio sobre as mesmas, bem como seus limites e respectivas localizagdes geograficamente delimitados. Segio T DA MACROZONA URBANA Art. 64, © Macrozoncumento urbano, delimitado no anexo 02, parte integrante desta Lei, correspond a érea do perimetro urbano, delimitado em lei especifica ¢ tem por objetivo identificat reas que, por suas caractecisticas ambientais e usos urbanos insialados, devem ser objeto de que orientern sua ocupagio e qnalificagao. Art. 65, A Macrozona Urbana est composta por: 1-Zona de Amortizagio Urbana — ZAU; Ul Zona de Estruturagio Urbana Sustentdvel ~ ZEUS; Ill — Zona de Estruturagio Urbana a Consolidar - ZEUS. ce IV — Zona de Estruturagéo Urbana Sustentivel Ampliada — ZEUS A; V — Zona de Requalificagao Urbana - ZRU; ‘V1— Zona Industrial; VIl - Corredor Prioritdrio de Projetos Ampliados; VIII - Corredor Prictitério de Projetos Dfversificados; Dre cio do Jeripapeiro, Rua 92, nb | Conjunto Novo Maracanad, Meracanad, Gear Chel ons ts

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