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CIRCUITOS MAGNÉTICOS
2006
2
Índice
1. Resumo...............................................................................................................................3
2. Introdução...........................................................................................................................3
3. Circuito Magnético.............................................................................................................3
4. Indutância Própria..............................................................................................................9
7. Indutância Mútua..............................................................................................................14
8. Referências Bibliográficas................................................................................................17
Anexo I...................................................................................................................................18
Parte Experimental.................................................................................................................19
3
1. Resumo
2. Introdução
3. Circuito Magnético
Linhas de Campo
Muito embora o fluxo magnético Φ seja uma grandeza escalar, assumiremos como
r
“linhas de fluxo” a mesma direção da indução magnética B , uma vez que elas estão relacionadas
pela expressão:
r r
Φ = ∫ BdS
s
5
Uma analogia apropriada é o uso que fazemos de “setas” quando queremos representar a
corrente elétrica I num circuito elétrico. Nesse caso, também temos uma grandeza escalar I que
r
segue o caminho de numa grandeza vetorial, a densidade de corrente J . Lembrando que:
r r
I = ∫ JdS
s
Por esse modelo, o átomo produz um campo magnético gerado pela órbita do elétron em
torno do núcleo e pelo spin do elétron, de forma que, pela ação destes dois fenômenos, o átomo
possui um momento magnético, ou seja, ele é um dipolo magnético ou um minúsculo ímã.
Nos materiais ferromagnéticos, por conta de uma interação quântica, esses dipolos se
agrupam e formam domínios e cada domínio possui um único momento magnético. A figura 3, feita
por microscópio eletrônico numa amostra de chapa de Fe, mostra claramente as divisões entre os
domínios. As setas indicam os momentos magnéticos dos domínios.
Sem nenhuma excitação externa, os momentos magnéticos dos domínios estão orientados
aleatoriamente, o que faz com que, em termo macroscópico, uma chapa de Fe, por exemplo, não
tenha um momento preferencial, uma vez que os momentos dos domínios se cancelam entre si.
Todavia, na presença de um campo magnético externo, os momentos magnéticos dos
domínios de um material ferromagnético tendem a se alinhar com esse campo e quanto maior o
campo, maior o número de domínios com os momentos alinhados.
6
A figura 4 apresenta, esquematicamente, essa dinâmica de alinhamento dos momentos
magnéticos num material ferromagnético. r
H externo
r r
B B
Os materiais ferromagnéticos mais conhecidos são o Fe e suas ligas, como o FeSi, FeNi etc.
Esses materiais são muito utilizados em dispositivos eletromecânicos (máquinas elétricas,
r
atuadores, transformadores, etc) com o intuito de “canalizar” e aumentar o valor da indução B e do
fluxo magnético Φ.
Essa propriedade de facilitar a passagem das linhas de campo é quantificada pela grandeza
conhecida como permeabilidade magnética a qual é representada pela letra grega μ. Para se ter uma
idéia, a permeabilidade magnética do ar, conhecida por μ 0 , vale μ 0 = 4π.10−7 [H / m] , enquanto que
as dos materiais ferromagnéticos são alguns milhares de vezes superior. Normalmente, a
permeabilidade de um material é representada por seu valor relativo em relação a μ 0 , ou seja,
μ
μ r = material .
μ0
Para este início de curso, os materiais ferromagnéticos serão supostos lineares, isso significa
que a permeabilidade magnética μ será considerada constante, de forma que a relação constitutiva
r r
B = μH seja linear. Na prática, essa relação é não-linear devido a duas características dos materiais
7
ferromagnéticos conhecidas por saturação magnética e histerese. Mas a não linearidade não será
tratada neste início de curso.
Bobina
N espiras Figura 3: Indutor
ℓm
r
a. Linhas de campo de H b. Caminho médio ℓm
Figura 4: Núcleo ferromagnético
Vamos adotar um caminho médio ℓm, conforme indicado na figura 4b, e aplicar a equação
r r
de Maxwell que rege essa situação, qual seja, ∫ Hd l = NI . Considerando um campo magnético
l
médio Hm sobre o caminho ℓm, a integral toma a forma:
1
Bm l m = NI (2)
μ
8
Multiplicando e dividindo o termo à esquerda pela seção transversal S do núcleo, temos:
1
l m BmS = NI (3)
μS
A parcela BmS pode ser admitida como o fluxo magnético Φ no núcleo (lembrar que
r r 1
Φ = ∫ BdS ). O termo = ν é conhecido como relutividade magnética. Então:
S μ
l
ν m Φ = NI (4)
S
l l
Note que o termo ν m é similar à expressão de resistência elétrica de um fio, R = ρ cond .
S Scond
l
Por analogia, podemos chamar ℜ = ν m de Relutância Magnética do núcleo ferromagnético e a
S
expressão final fica na forma:
ℑmm = ℜΦ (5)
Na qual ℑmm = NI é conhecida como Força Magneto-Motriz. Repare que a expressão (5) é
composta apenas de grandezas escalares.
Observando a equação (5), é imediata a sua associação com a Lei de Ohm. De fato, se
fizermos uma analogia entre ambas, podemos construir a Tabela I apresentada a seguir.
ℑmm = ℜΦ ℑem = RI
ℑmm = NI : Força magneto-motriz [A esp] ℑem : Força eletromotriz [V]
ℜ : Relutância magnética [Aesp/Wb] ou [H-1] R: Resistência elétrica [Ω]
Φ : Fluxo magnético [Wb] I: Corrente [A]
μ: Permeabilidade magnética [H/m] σ: Condutividade elétrica [S/m]
1 1
ν= : Relutividade magnética [H-1m] ρ= : Resistividade elétrica [Ωm]
μ σ
Φ ℜ I R
ℑmm ℑem
9
4. Indutância Própria
Para o indutor da figura 3, com uma bobina de N espiras, podemos determinar a sua
indutância própria a partir da definição de indutância própria, qual seja:
NΦ
L= (6)
I
ℑmm NI
Da expressão (5), obtemos que Φ = ou, Φ = e a expressão (6) resulta:
ℜ ℜ
N2
L= (7)
ℜ
• Exemplos Numéricos
Para consolidar o que já foi visto, vamos realizar dois exemplos numéricos e observar a
importância do circuito magnético na indutância própria do indutor.
Sabe-se que:
60 mm
- Número de espiras: 100
- Resistência ôhmica da bobina: 2,5 Ω
- Permeabilidade relativa do material do núcleo: μr = 1000
Pede-se:
- A indutância própria do indutor
- O modelo por circuito elétrico deste indutor
Resolução: 20 mm
N2 1002
E a indutância resulta: L= = ≅ 16,58 [ mH ]
ℜ 6, 03.105
O modelo do indutor em termos de circuito elétrico fica:
2,5 Ω
16,58 mH
Resolução:
1 0, 001
ℜar = ⋅ −4
= 19,89.105 [H -1 ]
μ 0 4.10
Note que a inclusão de um entreferro de 1mm apenas, ocasionou uma drástica redução na
indutância própria do indutor.
O intuito deste item é mostrar o procedimento de análise do indutor quando alimentado por
uma fonte de tensão contínua ou alternada (senoidal). Para este último caso será desenvolvida a
expressão da força contra-eletromotriz que aparece devido à variação temporal do fluxo magnético.
11
• Alimentação em corrente contínua
Vamos admitir que o indutor do exemplo 1 anterior seja alimentado por uma fonte de tensão
contínua de 10 V e deseja-se saber a corrente I que percorre a bobina e o fluxo magnético Φ que
passa pelo núcleo ferromagnético.
O melhor método para abordar o problema é utilizando o modelo por circuito elétrico, o que
nos dá a seguinte configuração:
A determinação da corrente I é feita pela análise desse circuito elétrico, o que fornece a
expressão:
dI ( t )
V ( t ) = RI ( t ) + L
dt
Por estarmos com uma alimentação em corrente contínua e admitindo a situação em regime
dI 10
(não em transitório), o termo L = 0 e ficamos com o resultado I = = 4A , ou seja, a corrente é
dt 2,5
apenas limitada pela resistência ôhmica da bobina.
NI 100.4
ℑmm = ℜΦ ⇒ Φ = = = 66,33.10−5 Wb
ℜ 6, 03.105
Vamos admitir, agora, que o indutor do exemplo 1 é alimentado por uma fonte de tensão
senoidal de valor eficaz 10 V e freqüência de 60 Hz. Nesse caso, o circuito elétrico correspondente
fica:
dI ( t )
E a equação V ( t ) = RI ( t ) + L , para alimentação senoidal, pode ser colocada na
dt
representação por números complexos, ou seja:
V& = RI& + jωLI&
Sendo: j = −1 ; ω = 2πf e V& e &I grandezas complexas. O termo ωL = X é chamado de Reatância
L
100.1, 49
1. utilizando a expressão (5), o que dá: Φ = 5
= 24, 71.10−5 Wb (valor eficaz)
6, 03.10
2. utilizando a expressão da força contra-eletromotriz E& sobre o indutor.
dΦ ( t )
Lembrando que E ( t ) = − N e considerando que o fluxo é senoidal no tempo, ou seja:
dt
Φ ( t ) = Φ max senωt
d ( Φ max senωt )
Temos: E ( t ) = −N = − NΦ max ω cos ωt (8)
dt
Ou seja, E(t) e Φ(t) possuem a mesma forma de onda, mas estão defasadas entre si de 90˚.
E max 1
O valor eficaz da expressão (8) é: E eficaz = = NΦ max ω
2 2
Guarde e entenda a expressão (9) muito bem, pois ela será muito utilizada ao longo do curso!
Voltando ao nosso problema, sabemos que a tensão E& pode ser obtida por:
2
E& = 102 − ΔV
&
R
Pelos exemplos anteriores, fica evidente a operação distinta do indutor para cada caso de
alimentação e a forma como o fluxo, que é uma grandeza difícil de ser medida diretamente, pode
ser obtida.
Note que, no exemplo 2, o fluxo pode ser obtido de forma indireta, mesmo não se
conhecendo o valor da indutância do indutor, apenas pelos valores da tensão de alimentação, da
corrente e da resistência ôhmica da bobina, que são grandezas de fácil obtenção por ensaio.
Usando a configuração idealizada da figura 3a, vamos introduzir uma segunda bobina no
circuito magnético, conforme mostrado na figura 4. Essa segunda bobina está “em aberto”, ou seja,
seus terminais não estão conectados a nenhuma fonte ou carga e, portanto, a corrente que passa por
ela é I 2 = 0 .
Bobina 1 Bobina 2
N1 espiras N2 espiras
Fluxo Φ
Note que, nessa configuração, todo o fluxo produzido pela bobina 1 (da esquerda) passa pelo
núcleo ferromagnético e atravessa a bobina 2. A esse fluxo comum entre as bobinas 1 e 2 dá-se o
nome de fluxo mútuo.
Todavia, é importante esclarecer que o modelo adotado até aqui, no qual o fluxo magnético
passa exclusivamente pelo núcleo ferromagnético, é uma simplificação da realidade. Por maior que
seja a permeabilidade magnética de um material ferromagnético, isso não ocorre na prática. Sempre
haverá uma parcela do fluxo que passará pelo ar, conforme mostrado na figura 5 a seguir.
Pela própria figura 5 fica clara a necessidade dessa simplificação inicial, pois a existência de
r r
diversos caminhos pelo ar torna complexo o cálculo da integral ∫ Hd l . O fato de considerarmos o
fluxo passando apenas no núcleo permite que usemos o argumento dos valores médios, Hm e ℓm,
conforme a equação (1).
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Com essa nova configuração, mostrada na figura 5, o fluxo que atravessa a bobina 1 é maior
que o fluxo mútuo, em outras palavras, o fluxo que atravessa a bobina 1 é a soma do fluxo mútuo
mais o fluxo que passa no ar.
A esse fluxo que passa pelo ar e não se concatena com a bobina 2 é dado o nome de fluxo
de dispersão ( Φ d ).
λ1=N1(Φm+Φd)
λ2=N2Φm
Linhas do Fluxo de
Dispersão Φd
Fluxo Mútuo
Φm
É importante ressaltar que, pelo fato de passar pelo ar, que tem uma permeabilidade baixa, o
fluxo de dispersão tem um valor significativamente inferior ao fluxo que passa no núcleo.
7. Indutância Mútua
Φm
M12 = N 2 (10)
I1 I2 = 0
15
Note que a indutância mútua M12 foi definida alimentando-se a bobina 1 e deixando a
bobina 2 em aberto (I2=0). Podemos, entretanto, também definir uma indutância mútua (M21)
alimentando-se a bobina 2 e deixando a bobina 1 em aberto.
No exemplo em questão, devido à simetria e à regularidade do caminho magnético para o
fluxo mútuo entre as bobinas 1 e 2, podemos assumir que M12=M21=M.
Vamos supor que a estrutura da figura 5 tem a bobina 1 alimentada por uma fonte de tensão
senoidal de valor eficaz 10 V e freqüência 60 Hz. Na bobina 2, em aberto, é conectado um
voltímetro. Nessa situação, uma corrente senoidal I=2 A (valor eficaz) percorre a bobina 1. A
figura 6 mostra essa configuração.
Dados adicionais:
Resistência da Bobina 1: R1=1Ω
Resistência da Bobina 2: R2=1Ω
Leitura do voltímetro: V2=15 V
Número de espiras N1=100
Número de espiras N2=200
Pede-se:
O valor da Indutância própria L1
O valor da Indutância Mútua
Os fluxos total, mútuo e de dispersão
Resolução:
dI ( t ) dI ( t )
V1 ( t ) = R1I1 ( t ) + L1 1 ±M 2 (11)
1424dt3 dt
E (t)
1
Lembrando que I2=0 e a alimentação é senoidal, a equação (11) pode ser colocada na forma:
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& = ( R + jX ) &I
& = R &I + jX &I ou V
V1 1 1 1 1 1 1 1 1
14 243
Z& 1
V& 10 2
1
Assim: Z& 1 = = = 5Ω e a reatância X1 é obtida por: X1 = Z& 1 − R12 = 25 − 1 ≅ 4,90Ω
&I 2
1
X1 4,90
E a indutância L1 fica: L1 = = ≅ 13mH
2πf 2π60
& = X &I
V2 M 1
1 V& 1 15
2
E a indutância mútua M é obtida por: M = ⋅ = ⋅ ≅ 19,89mH
2π60 &I
1
2π60 2
Para a determinação do fluxo mútuo Φm, podemos partir da definição de indutância mútua:
Φm
M12 = N 2
I1 I2 = 0
−3
MI1 19,89.10 .2
Isolando Φm, temos: Φ m = = ≅ 1,99.10−4 Wb (valor eficaz).
N2 200
Uma outra forma de resolver é utilizando a expressão (9), uma vez que I2=0.
& = 4, 44fN Φ 15
Assim: V2 2 mutuo _ max ⇒ Φ mutuo _ max = ≅ 2,82.10 −4 Wb (valor de pico)
4, 44.60.200
Φ mutuo _ max
Em valor eficaz: Φ m = ≅ 1,99.10−4 Wb , que é o mesmo valor obtido anteriormente.
2
Pela figura 5, observamos que o fluxo total Φt, que é a soma do fluxo mútuo Φm com o fluxo
de dispersão Φd, é criado pela bobina 1, portanto é esse fluxo que induz a tensão E& 1 . Assim, temos
duas formas de determinar Φt:
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N1Φ1
1. utilizando a definição da indutância própria L1, ou seja, L1 = , no qual Φ1= Φt
I1
13.10−3.2
Numericamente: Φ t = = 2, 60.10−4 Wb (valor eficaz)
100
2. utilizando a expressão (9) de forma que: E& 1 = 4, 44fN1Φ t _ max , mas E& 1 = & 2 − ΔV
V & 2
1 1
9,8
Numericamente: E& 1 = 102 − 22 ≅ 9,8V e Φ t _ max = ≅ 3, 68.10−4 Wb
4, 44.100.60
Φ t _ max
E o valor eficaz é: Φ t = = 2, 60.10−4 Wb
2
É importante esclarecer que, para o exemplo dado, esta é a única maneira de se determinar
Φd, uma vez que no circuito elétrico adotado na figura 7 não há nenhuma tensão associada a esse
fluxo.
Apenas a título de esclarecimento, os fluxos descritos neste exemplo, por serem também
senoidalmente variáveis no tempo, devem ser tratados como grandezas complexas. Entretanto,
como apenas os módulos são utilizados, foi abolida a notação complexa (ex: Φ& ).
d
Dito isso, a subtração Φ d = Φ t − Φ m é uma operação com grandezas complexas, mas como
os três fluxos têm a mesma fase, pois são todos produzidos pela mesma corrente, a utilização apenas
dos módulos é aceitável.
O exemplo apresentado, no qual duas bobinas são instaladas num núcleo ferromagnético, é
uma antecipação de um dos dispositivos mais importantes na engenharia elétrica que é o
transformador. O transformador, que se baseia no fenômeno da tensão induzida gerada por um fluxo
mútuo variável no tempo (Lei de Faraday), é fundamentalmente utilizado para a variação de
grandezas elétricas de uma bobina para outra.
Repare que no exemplo em questão, a tensão aplicada na bobina 1 é de 10V e na bobina 2
surge uma tensão induzida de 15V.
Embora a modelagem utilizada no exemplo tenha se valido da indutância mútua, essa não é
a modelagem mais utilizada, na prática, para transformadores.
Mas esse desenvolvimento deixaremos para as próximas aulas!
8. Referências Bibliográficas:
ANEXO I
Nesta parte experimental, iremos verificar algumas relações e fenômenos discutidos na parte
teórica.
N2
1. Iniciaremos pela verificação da expressão L = , ou seja, da dependência do valor da
ℜ
indutância com N2 e com a geometria do núcleo ferromagnético, representada pela relutância ℜ .
Materiais:
- Medidor digital de indutância
- Fio de cobre encapado
- Núcleo toroidal de ferrite
Procedimento:
- Primeiro, medir a indutância apenas do fio, sem o núcleo
- Enrolar de 1 a 10 espiras em torno do núcleo e preencher a Tabela 1.
Exemplo: 1 espira 2 espiras
Só o fio
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Questões:
a. Desenhe os circuitos magnéticos para os casos de 2 e 4 espiras.
20
b. Suponha que, com 2 espiras, seja necessário uma corrente I para se produzir um fluxo Φ no
núcleo. Qual será a corrente necessária para se estabelecer o mesmo fluxo Φ, mas com 4 espiras?
Expresse sua resposta usando múltiplo ou sub-múltiplo de I.
Procedimento:
- Passar o fio pelo interior do núcleo, de 1 a 10, e preencher a Tabela 2.
Exemplo: 1 núcleo 2 núcleos
Tabela 2 Gráfico 2
N˚ Núcleos Indutância [μH]
Só o fio
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
Questões:
c. Desenhe o circuito magnético para o caso de 3 núcleos toroidais.
21
d. Como varia a relutância do conjunto com o aumento do número de núcleos toroidais? Demonstre
pela expressão da relutância e por circuito magnético.
Materiais:
- Variac: entrada 127V e saída para o transformador abaixador
- Transformador abaixador 7:1;
- Bobina1 de 600 espiras e Bobina 2 de 1200 espiras
- Núcleos “I” e “U”
- Voltímetro e amperímetro
Procedimento:
- Anotar o valor da resistência da bobina (marcada no carretel)
- Inserir o carretel da bobina 1 (600 espiras) no núcleo “I” ,
- Montar o circuito da figura 1,
Observação: a alimentação das figuras 1, 2, 3, 4 e 5 representada por deve ser entendida como:
Tabela 3
Grandezas V I Z L Φ1
Núcleo [V] [A] [Ω] [mH] [μWb]
I 10
U 10
I+U 10
Z é a impedância da bobina 1
Φ1 é o fluxo total produzido pela bobina 1
f. Suponha que as 3 montagens sejam alimentadas com uma tensão contínua de 20V e que as
correntes medidas sejam II, IU, IUI. Coloque as 3 correntes em ordem crescente e justifique a sua
resposta.
23
3. Nesta experiência iremos utilizar duas bobinas para averiguar o fluxo mútuo, a tensão induzida
na segunda bobina e a indutância mútua. Também será observada a influência da posição relativa
entre as bobinas no valor do fluxo mútuo.
Materiais:
- Variac: entrada 127V e saída para o transformador abaixador;
- Transformador abaixador 7:1;
- Bobina1 de 600 espiras e Bobina 2 de 1200 espiras
- Núcleos “I” e “U”
- Voltímetro e amperímetro
Procedimento:
- Montar o circuito da figura 4,
- Alimentar a bobina 1 com uma tensão CA através do transformador abaixador,
- Medir a corrente na bobina 1, a tensão na bobina 2 e completar a Tabela 4,
- Mudar a Bobina 2 de posição, conforme mostrado na figura 5, e repetir as medidas.
Tabela 4
Grandeza Bobina 1 Bobina 2 Indutâncias [H] Fluxos [μWb]
Montagem V1 [V] I1 [A] V2 [V] L1 Mútua Total Mútuo Dispersão
Figura 4 10
Figura 5 10
L1 é a indutância própria da bobina 1
24
Questões:
g. Por que o fluxo total não se altera de uma montagem para outra?
h. Em que montagem o fluxo mútuo resulta maior? Explique por que isso acontece.
i. Por que não é possível se determinar a indutância própria da bobina 2 (L2) com as montagens
acima? Desenhe uma montagem com a qual seja possível determinar L2.