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ivo.naves@apis.com.br
APRESENTAÇÃO ORAL
Grupo de Pesquisa: 1
Resumo
Abstract
Brazilian agricultural production has presented outstanding growth and the national
agribusiness is one of most fruitful sectors of the economy. In contrast, exports are losing
their share in the international market. Discussing the factors involved in this dichotomy is
the objective of this article. The logistic has an overwhelming impact over the costs and the
competitiveness of the agricultural products. Despite the deficiencies, the investments in
logistic has decreased and the matrix used is not the one recommended to the Brazilian
geographic space. Among the proposals towards avoiding such a scenario, there is the use
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"Conhecimentos para Agricultura do Futuro"
1 – Introdução
2 – A importância da logística
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140
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milhões
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Produção (t) Area (ha)
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Linear (Produção (t)) Linear (Area (ha))
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Fonte: Conab (2007)
Elaboração: O autor
O PIB agropecuário tem sido estimado em mais de meio trilhão de reais nos últimos
anos. Em 2005 foi de R$ 537,6 bilhões (CNA, 2006). Estima-se que o setor gere 33% do
total das riquezas produzidas no País e as exportações agropecuárias sejam responsáveis
por mais de 40% do total comercializado com o resto do mundo e sempre geram
superávits. O setor é apontado com empregador de 37% da população ativa brasileira.
Entre 1998 e 2003, a taxa de crescimento do PIB agropecuário foi de 4,67% ao ano, a
maior entre todos os demais segmentos da economia brasileira (MAPA, 2007).
O Brasil é o maior exportador mundial de café, açúcar, álcool e sucos de frutas.
Lidera o ranking das vendas externas de soja, carne bovina, carne de frango, tabaco, couro
e calçados de couro. As projeções indicam que o país será, em pouco tempo, o principal
pólo mundial de produção de algodão e bioenergéticos, feitos a partir de cana-de-açúcar e
óleos vegetais. A tecnologia utilizada pelo agronegócio nacional é a que de mais avançada
existe no mundo. Somos campeões em produtividade em diversos produtos. Nossa
inteligência em gerar tecnologia, que possibilitou a produção agrícola no antes julgado
inadequado Cerrado, é reconhecida internacionalmente (MAPA, 2007).
A produção agrícola brasileira cresceu, consolidou-se, deverá expandir no Centro-
Norte do País, distante das áreas de maior concentração urbana e de consumo e,
principalmente, dos tradicionais portos de exportação, conforme colocado por Santo
(2001). A região do grande Cerrado brasileiro apresentou as condições necessárias e foi
amplamente favorecida pela “Revolução Verde”, formando um círculo virtuoso com a
chegada e a agregação de agentes de mercado prestadores de diversos serviços,
consolidando os ambientes organizacional e institucional necessários para a formação,
fundamentação e consolidação de um sistema de agribusiness (BATALHA, 1997).
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70.000,0
Centro Norte Nordeste Sudeste Sul
60.000,0
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Toneladas
40.000,0
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Safra
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Informações divulgadas pela Conab (2005) dão conta que estudos do IBGE -
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apontam uma perda de 10 milhões de
toneladas anualmente e cálculos de empresa fabricante de equipamentos para
armazenagem mostram uma perda de 13% da safra. Tem-se, pois, que a cada 7,7 anos uma
safra inteira é perdida.
A persistir tal cenário (aumento da produção e maior debilidade das condições de
infra-estrutura), as expectativas são de um “apagão logístico”. Não só o crescimento e a
competitividade da produção agrícola brasileira estão em jogo, mas até mesmo sua
sobrevivência. Tal quadro só não se materializou devido, principalmente, à queda na
produção nas safras 2003/2004 e 2004/2005 e, aos pesados prejuízos que se impõe à
receita do produtor, do transportador, aos cofres públicos, ao agravamento do Custo Brasil
e ao meio-ambiente. Existe também um efeito duplamente penalizador para os agentes
mais fracos da cadeia. Os produtores acabam pagando mais caro pelos insumos que
consomem e pelo frete dos produtos que vendem, tendo, pois, uma substancial redução em
suas receitas finais.
No Brasil, de acordo com estudo realizado pelo CEL - Centro de Estudos em
Logística da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresentado por Lima
(2006), os custos com logística representam 12,6% do PIB – Produto Interno Bruto. Em
2004 este percentual representou um valor total de R$ 222 bilhões. Os componentes são:
transporte (7,5% do PIB), estoque (3,9%), armazenagem (0,7%) e administrativo (0,5%).
Os custos de transportes geralmente são superiores aos demais custos logísticos
(armazenagem e estoques).
Estudos divulgados pela Conab (2006), mostram que, da região noroeste do Mato
Grosso, o impacto do frete sobre o valor bruto da produção de soja, varia de 29% até 42%
do valor da produção. Caixeta-Filho (2005) calcula que o impacto das despesas com fretes
rodoviários é em média de 5,4% do valor da receita. No arroz, este percentual sobe para
10,6%., no milho, 7,9% e no açúcar, com 6,3%.
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4 - Os Corredores de Transportes
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Sudoeste de Mato Grosso deveriam ser escoadas para exportação por intermédio do
Corredor Noroeste, em face aos menores custos logísticos captados para o escoamento da
produção daqueles municípios em relação a outras rotas. Segundo Ferrari (2006), o porto
de Santos (SP) escoa 55% da soja mato-grossense e o de Manaus (AM) cerca de 17%.
Dentro de um cenário de otimização de custos logísticos, 44,6% da produção de soja do
Estado deveriam ser exportadas pelo porto de Santos (SP) e 27,1% pelo porto de Manaus
(AM). Assim, existe uma margem de 10 pontos percentuais para serem diminuídos no
porto paulista e acrescentados ao porto amazônico. O Corredor Noroeste é apontado como
o canal que apresenta os menores custos logísticos para o escoamento para os paises do
hemisfério norte, bem como “a alternativa modal mais competitiva no escoamento da
produção agrícola do estado de Rondônia e do oeste do Mato Grosso, com destino às
regiões Norte e Nordeste” (Conab, 2006).
5 - Conclusão
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARAL. J.L. A operação logística no Brasil: estágio atual, desafios e perspectivas para
sustentar o crescimento econômico. In: SEMINÁRIO BRASILEIRO DO TRANSPORTE
RODOVIÁRIO, 6, 2006, Brasília, DF. Arquivo eletrônico... Brasília, DF: Câmara dos
Deputados, 2006.
______. A matriz brasileira de transportes está sujeita a uma revisão. In: CONGRESSO
DE AGRIBUSINESS 7, 2005, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro, Sociedade Nacional
de Agricultura (SNA), 2005, p. 34–41.
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NAVES, Ivo Manoel. A remoção dos estoques públicos através do Corredor Noroeste.
2007, 133 p. Dissertação (Mestrado em Agronegócios). Universidade de Brasília, Brasília,
DF, 2007.
SOUSA, César Borges de. Diretrizes para uma política hidroviária nacional – As
Hidrovias como Fator de Integração. Palestra apresentada na Confederação Nacional da
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