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Cálculo 3

Integrais Duplas
Volumes

Prof. Jailson de Abreu


Integrais Duplas - Volume

• Na tentativa de resolver o problema de determinar


áreas, chegamos à definição de integral definida.
Vamos aplicar procedimento semelhante para
calcular o volume de um sólido e, no processo,
chegar à definição de integral dupla.
f : IR2 → IR contínua no retângulo
R = [a,b] x [c,d]

• Consideremos uma função f de duas variáveis


y definida em um retângulo fechado

d
R = [a,b] x [c,d] = { (x,y) ∈ IR2| a < x < b, c < y < d }

c
a b x
f ≥ 0 em IR
Q = {(x,y,z) | (x,y) ∈ IR e 0 ≤ z ≤ f(x,y)}

• e vamos, inicialmente, supor f(x,y) > 0. O gráfico de f é a


superfície de equação z = f(x,y).

z Q • Seja Q o sólido que está contido na


região acima de R e abaixo do gráfico
de Q, ou seja,
Q = {(x,y,z) ∈ IR3| (x,y) ∈ R,
 0 ≤ z ≤ f(x,y)}
y Volume de Q = V = ?
R
x
Partição de R

• O primeiro passo consiste em dividir o retângulo R em sub-


retângulos. Faremos isso dividindo o intervalo [a,b] em m
subintervalos [xi-1 , xi], de mesmo comprimento ∆x = (b – a) / m,
e o intervalo [c,d] em n subintervalos [yj-1 , yj], de mesmo
comprimento ∆y = (b – a) / n. traçando retas paralelas aos eixos
coordenados passando pelos extremos dos subintervalos,
formamos os sub-retângulos.
Rij = [xi-1,xi] x [yj-1,yj ] = {(x,y) | xi-1 < x < xi , yj-1 < y < yj }

cada um dos quais com área ∆A = ∆x∆y.


Partição de R
y
R
d
• • • •

• • • •
Rij
yj •
• • • • • • • •
(xij , yij)
∆y yj-1 •


• • • • • •

y2
• • • • • • • •

y1
• • • • •
• • • •

• • • • • • • • •

c
a x1 x2 xi-1 xi b x
∆x
Integrais Duplas - Volume

• Se escolhermos um ponto arbitrário (xij,yij) em cada Rij,


podemos aproximar a parte de Q que está acima de cada Rij
por uma caixa retangular fina (ou um prisma) com base Rij e
altura f(xij,yij). O volume desta caixa é dado pela sua altura
vezes a área do retângulo da base:.
Vij = f(xij,yij)∆A.
Integrais Duplas - Volume

Se seguirmos com esse procedimento para todos os


retângulos e somarmos os volumes das caixas
correspondentes, obteremos uma aproximação do volume
total de Q:
n m
V≈ ∑ ∑ f (x , y
i =1 j =1
ij ij ) ∆A

Essa dupla soma significa que, para cada sub-retângulo,


calculamos o valor de f no ponto amostra escolhido,
multiplicamos esse valor pela área do sub-retângulo e,
então, adicionamos os resultados.
Integrais Duplas - Volume
z Q
f (xij , yij) Vij

y
R
(xij , yij)
n m
x
V= lim
m , n →∞
∑ ∑ f (x ij , yij )∆A
i =1 j=1
Integrais Duplas - Volume
Definição
• Considere uma função z = • Traçando retas paralelas
f (x, y) contínua e definida aos eixos x e y, recobrimos
numa região fechada e a região D por pequenos
limitada D do plano xy. retângulos.
Definição
• Considere somente os retângulos Rk que estão totalmente contidos
em D, numerando-os de 1 a n.
Em cada retângulo Rk, tome o ponto Pk = (xk , yk) e forme a soma

• SOMA DE RIEMANN:

onde ∆Ak = ∆xk . ∆yk é a área do retângulo Rk.


• Traçando-se mais retas paralelas aos eixos x e y, os retângulos
ficam cada vez menores.
Toma-se mais retas tal que a diagonal máxima dos retângulos
Rk tende a zero quando n tende ao infinito.
Definição

• Então, se

existe, ele é chamado INTEGRAL DUPLA de f (xk ,yk)∆Ak


sobre a região D.
Denota-se por:
n

∫ ∫ f ( x, y)dA = ∫ ∫ f ( x, y)dxdy = lim


D D
n →∞ ∑ f ( x , y ).A
i =1
k k k
Interpretação Geométrica

• Se f (x, y) ≥ 0, f (xk , yk)∆Ak representa o volume de um prisma


reto, cuja base é o retângulo Rk e cuja altura é f (xk , yk).

• A soma de Riemann é a aproximação do


volume limitado abaixo da região z e acima de D.
Interpretação Geométrica

• Assim, se z = f (x, y) ≥ 0, então

é o VOLUME DO SÓLIDO delimitado superiormente pelo


gráfico de z = f (x, y) e inferiormente pela região D.
Interpretação Geométrica

Área da Região D
Se f(x, y) = 1 ∀ P(x, y) ∈ D, então, V = 1.áreaD.

Logo:
Cálculo de Volumes - Aplicações

A Integral dupla dá o volume sob a superfície f(x,y)


Cálculo de Volumes - Aplicações

Para f (x, y) ≥ 0, a integral

nos dá o volume do sólido delimitado superiormente pelo


gráfico de z = f (x, y), inferiormente pela região D e
lateralmente pelo cilindro vertical cuja base é o contorno de D.
Exemplos

Calcular o volume do sólido delimitado superiormente pelo


gráfico de z = 4 - x - y inferiormente pela região delimitada
1 1
por x = 0, x = 2, y = 0 e y = x + e lateralmente pelo cilindro
4 2
vertical cuja base é o contorno de R. Resposta: V = 15/4 u.v.
Representamos na Figura a região R (base deste sólido):

1 1
Assim, 0 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ x+ ,
4 2
logo a região é do Tipo I e podemos
integrar deste modo:
1 1
x+
2 4 2
V=

0

0
( 4 − x − y ) dydx
Teorema de Fubini
b b d

∫∫ f ( x, y)dxdy = ∫ A( x)dx = ∫ [∫ f ( x, y).dy]dx


a a c
Teorema de Fubini
d d b

∫∫ f ( x, y)dxdy = ∫ A( y)dy = ∫ [∫ f ( x, y).dx]dy


c c a
Exercícios
1) Determinar o volume do sólido limitado pelos planos
coordenados pelo plano x + y + z = 3, no 1º octante.

3
Exercícios

2) Determinar o volume do sólido limitado por z = 4 − x2 ; x = 0;


y = 6; z = 0; y = 0.

Resposta: 32 u.v
Exercícios

3) Determinar o volume do sólido limitado no 1º octante pelos


cilindros x2 + y2 = a2 e x2 + z2 = a2.

Resposta: 2a3/3 u.v.


Exercícios

4) Determinar o volume do sólido limitado superiormente por z


= 2x + y + 4 e inferiormente por z = − x − y + 2 e lateralmente
pela superfície definida pelo contorno da2 região D limitada
x
pelas curvas y = x – 4 e
2 y= −2
2
Exercícios

Resposta: -22/15 u.v.


Exercícios

5) Determine o volume do sólido S que é delimitado pelo


parabolóide elíptico x2 + 2y2 + z = 16, os planos x = 2 e y = 2
e os três planos coordenados.
Primeiro, observamos que S é o sólido que se encontra sob a superfície
z = 16 − x − 2 y e acima de R = [0,2] × [0,2].
2 2

V = ∫∫ (16 − x − 2 y ) dA = ∫0 ∫0 (16 − x 2 − 2 y 2 )dxdy


2 2 2 2

0
[
= ∫ 16 x − x − 2 y x
1
3
3 2
] x=2
x =0
dy = ∫
2

0
( 88
3
− 4 y dy
2
)
= [ 88
3
y
4
− y
3
3
] 2
0
= 48 Resposta: 48
Exercícios

6)Determine o volume do sólido que está abaixo do parabolóide


z = x2 + y2 e acima da região do plano xy limitada pela reta
y = 2x e pela parábola y = x2.
y = 2x

y = x2

Resposta: 216/35
Exercícios
8) Determine o volume do tetraedro limitado pelos planos
x + 2y + z = 2, x = 2y, x = 0 e z = 0.
Exercícios
8) Determine o volume do tetraedro limitado pelos planos
x + 2y + z = 2, x = 2y, x = 0 e z = 0.
x
1 1− 2

∫ ( 2 − x − 2y) dydx = ∫ [ ]
1 x
2 1− 2
V = ∫∫ ( 2 − x − 2 y ) dA = ∫ 2 y − xy − y x dx
D 0 x/2 0 2

1   x   x   x 2 x2 x2 
= ∫ 21 −  − x1 −  − 1 −  − x + + dx
0   2   2   2  2 4 
1
 x2 x2 x2 x2 
= ∫  2 − x − x + −1+ x − −x+ + dx
0
2 4 2 4 
1
 x3 
( )
1
1
= ∫ 1 − 2x + x dx =  x − x +  =
2 2

0  3 0 3

Resposta: 1/3
Exercícios
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Loiuis Leithold. – O cálculo com Geometria Analítica volume 2, editora
HARBRA.
James Stewart. – Cálculo volume 2, editora CENGAGE LEARNING.

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