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Se as vibragées ocorrerem muito devagar, numa razéo de 2 menos de 16 vezes por segundo o que em termos técnicos é dito como uma frequéncia menor que pa— Tet minagdes 16 Hertz (abreviado 16 Hz) nao \ Keruéeae: podemos ouvir nada, pois elas Ondos } vf 2 nao sensibilizam nossos ouvidos. ' a Tomeans No entanto, se sua freqiiéncia for 4 maior que este valor, as vibragdes que chegam aos nossos ouvidos fazem vibrar otimpano (umamem- brana interna) e transmitem ao nosso cérebro a sensagao que denominamos som, conforme mostra a figura 2, Se a barra for vibrando cada vez mais rapidamente, com freqiéncias mais aitas, continuamos ouvindo o som, mas ele muda para nosso cérebro. Nao podemos perceber variagdes muito pequenas, masse a freqiiéncia subir 1/8 do valor original, a ouvido ja consegue perceber uma mudanga. Por este motivo é que as notas musicais sao separadas por oitavas. Cada notatem uma freqiéncia 1/8 maior que a anterior. A medida que a frequéncia do som vai aumentando vamos tendo mudangas que nos levam a classificar os sons em trés grupos: nas freqiléncias mais baixas temos os sons graves. A faixa se estende dos 16 até os 200 ou 300 Hz aproximadamente. Vem em seguida a faixa dos médios, cujos sons possuem frequéncias de 300 a 3 000 Hz aproximadamente e, finalmente, temos os sons agudos, cujas freqliéncias vao dos 5 000 Hz até 15 000 Hz aproximadamente. Todos os sons destas faixas podem ser colocados num diagrama que é denominado espectro audivel, conforme mostra a figura 3. 3 Infra-som Acima dos 15 000 Hz o nosso ouvido nao consegue mais ouvir as vibragdes, mas elas continuam existindo e existem muitos animais cujos ouvidos sao mais sensiveis e conseguem. So os ultra-sons que podem ser ouvidos por animais como ocao, omorcego, © golfinho, etc. Veja entao que tudo que ocorre em termos de musica e reprodugao da voz, obrigatoriamente, esta dentro do estreito espectro audivel entre 16 e 16 000 vibragdes por segundo. Neste espectro colocam-se entao diversas “oitavas” das escalas das notas musicais, conforme mostra a figura 4. Uma barra que vibra em formato de forquilha, denominada dispasao, produz oquedenominamos desom “puro”. Esse som, conforme mostraafigura5, consiste em condigées suaves numa forma de onda denominada sendide. Dpi0s ap soquauinaysuy odos ap sojusunaysut Fat te oxiog! Gps aioquy ‘ofog 343u)30|— j3.3 U0} J, a apopuaisues op auywaj] @ 2 i} oxoung zn ' 6 mt i} ° T 2 a 3 8 3 3 8 z = s = a e = g5n $3 2 gsoc z aga8 = B2% a ° 3,5 z igle z ele 2 3 & ulunol 16000 Asendide corresponde pois a um tipo de som puro cujas vibragdes consistem em ondas de compressao e descompressao do ar de frequéncia Unica. O “vaievem" da lamina nao 6 perturbado por qualquer anormalidade ou deformagao, 6 Sendide Diapaséo No entanto, nem todos os corpos que vibram e por isso produzem sons tam essa caracteristicas. A corda de um violao quando vibra o faz de uma maneira complexa e desta forma o som produzido nao € puro, mas sim formado por diversas vibragdes. superpostas de freqiiéncias multipla. Estas frequéncias denominadas ‘harmdénicas” se sobrepdem ao sinal original @ o resultado é uma forma de onda diferente da sendide, como mostra- 6 mos na figura 6, Este fato, de que cada instru- mento e a prépria voz humana pro- duzem vibragoes que nao sao pu- ras, mas ricas em harménicas e, portanto, com formas de onda dife- rentes 6 que permite diferencia-los quando tocam a mesma nota, ou seja, emitem a mesma frequéncia. Por isso 6 que a nota dé emi- tida por um violao é diferente do dé emitido pelo piano oupor um cantor, se bem quetodostenham amesmafrequéncia. Dizemos em linguagem técnica que estes sons possuem timbres diferentes, ou seja, formas de onda diferentes, Veja que o timbre esta associado a vibragGes harménicas ou de frequéncias multiplas que se estendem em alguns casos até a faixa dos ultra-sons. Por este motivo 6 que, mesmo nao ouvindo os ultrasons é importante que os bons amplificadores reproduzem esta faixa, de modo a manter o timbre original. Se um amplificador de ma qualidade cortar as harm 6nicas das freqéncias mais elevadas, o som original se deforma ocorrendo o que chamamos de “distorgao”, Além das duas caracteristicas que vimos, que sao a altura dada pela frequéncia do som (que nao deve ser confundida com a intensidade) e o timbre, temos ainda uma terceira que é 0 volume. O volume ou intensidade, esta relacionado com a “forga” que as vibragdes ecorrem e portanto, com a energia envolvida no processa. Para um sistema reprodutor de som como um alto-falante ou uma barra que vibra, essa intensidade é dada em termos de poténcia. Esta poténcia determina a amplitude ou quanto se deslocam as particular de ar que transportam as vibracdes, conforme temos na figura 7. — 3 1 yi aly Pequena poténcia desiocamento pequeno 1 das particulas ‘ =“ \ ‘ Mais poténcia moior sai deslocamento das 1 particulas ' fete: : Num som fraco ou pouco intenso ou de pequeno volume, as vibragdes possuem pequena amplitude e a energia transferida no processo 6 pequeno. Dizemos que se trata de um som de baixa poténcia. Uma caracteristica importante do ouvido humano é que sua sensibilidade ao som 6 logaritmica. Isso é necessario por um motivo simples: na natureza existe uma diferenga de milhdes de vezes entre o som mais fraco (murmurar de folhas ao vento) eo som mais forte (um trovao ou um tiro de canhao) Se 0 ouvido for muito sensivel a todos os sons, os fracos seriam dificeis de ouvir e os fortes nos causariam dor. A natureza nos protege deixando entao o ouvido sensivel aos sons fracos e reduzindo a sensibilidade para os sons fortes. Numa escala logaritmica, diferente de uma escala linear, um som 10 vezes mais potente que outro nao é percebido pelo ouvido desta forma. Parao ouvido, um som 10vezes mais potente que é outro é percebido apenas como 2 vezes maisforte! Na figura 8 mostramos uma escala logaritmica para que 0 leitor tenha uma idéia do que ocarre. Veja entao, que a poténcia de um sistema de som deve ser consideradaem termos logaritmicos, 0 que significa que um amplificador com o dobro da poténcia de outro na verdade nao produz um som duas vezes mais “forte” para nossos ouvidos. oer 8 Poténcia. FIDELIDADE Os equipamentos eletrénicos de som destinam a reproduzir num alto-falante ou num fone de ouvido, um som originalmente transmitido por uma estagao ou gravado em fita, disco ou outra forma qualquer de registro. Uma primeira exigéncia para que um equipamento seja bom, é que o som reproduzido seja idéntico ao original, ou seja, seja fiel. Temos entao o conceito de fidelidade, que significa que a forma de onda do som original, qualquer que sejaele, deve ser mantida durantetodoo processamento pelo equipamento. Se houver qualquer alteragao nesta forma, e isso ccorre normalmente, dizemos que ha distorgao. Um aparelho de boa qualidade nao tem distorgao nula, mas sim um nivel suficientemente baixo para que nossos ouvidos nao possam perceber. Uma alteragao de até 0,5% nao 6 percebido pelo ouvido humano, o que quer dizer que aparelhos que funcionem dentro deste limite podem ser considerados de boa qualidade. E claro que os ouvidos exigentes vao querer equipamentos com menor distorgao ainda e tipos com valores tao baixos:como 0,001% existem a disposigao de quem pode pagar por eles. Na avaliagao de um som, 0 fator principal que se leva em conta depois desta fidelidade que 6 dada pela taxa de distorgao e pela faixa de freqiiéncias, é a poténcia. A poténcia de um amplificador, que & o elemento final de qualquer cadeia reprodutora de som 6 medida em watts (abreviado por W). Muitos associam esta poténcia a qualidade de um amplificador. Quanto mais watts tiver o equipamento, melhor ele é (e mais caro), esquecendo de observar que muitos tipos, principaimente os usados em carro, quando exigidos a dar toda a poténcia, apresentam niveis inadmissiveis de distorgao, algo acima de 2 e até 5% (figura 9). Sabendo disso, os fabricantes procuraram enaltecer seus produtos atribuin- do-lhes valores de poténcia que nem sempre correspondem a realidade. Como anunciar uma poténcia que o equipamento nao tém realmente, é delito previstoem 9 Distorgao Curva tipica de distorcao de um amplificador < Maior distor¢gao na maxima poténcia Potncia (°%o) lei, pois seria enganar o consumidor, os fabricantes encontraram diversas maneiras de contornar as restrigoes legais e também “enganar’ os incautos. Assim, a poténcia que realmente um amplificador fornece é medida em valores denominados RMS (root mean square ou valores médios quadraticos). Esse valor corresponde & energia que o amplificador fornece durante um certo tempo, quando fornece em sua saida um sinal senoidal, conforme mostra a figura 10. 10 <—-~— Valor méximo ( pico} 0,7074+-f—~ —~--\+ — —~— --- Valor RMS 9,707} - —-—- —— —= Valor RMS Como o sinal senoidal corresponde a uma tens&o variavel, ou seja, ele tem variagées da intensidade em suafreqiléncia, esse valor correspondea umaretaque naverdade cortaa sendide em 0,707 de sua altura ou precisamente a raiz quadrada de 2 dividida por 2. Fisicamente, esse valor corresponde a energia equivalente entregue ao circuito se em lugar de um sinal senoidal tivessemos na salda do amplificador uma tensao continua, comparando o amplificador a um gerador que produz energia. Esta sem divida é a maneira mais correta para medir poténcia, pois ela compara o amplificador a um gerador de poténcia efetiva, sendo 0 alto-falante um receptor dessa energia, Uma primeira tentativa de se “contornar” esses valores rms, que nao sao IA 10 muito grandes, 6 indicar em seu lugar o ponta mais alto da sendide, conforme mos- 4 1 tra a figura 11. Tamos entao o valor “de pico” quena verdade 6 1,4 vezes maior que a poténcia original rms, Desta forma, se o fabricante tiver um amplificador de apenas 10 watts, se ele indicar como poténcia de pico, ele pode vender o mesmo aparelho como 14 watts, o que 6 um pouco mais... Mas a coisa nao fica por ai. Se em lugar de indicar esse valor maximo, o fabri- cante tomar a variagao que a corrente tem do maximo ao minimo, ele tem a indicagéo denominada “pico-a-pico” mostradana figura 12. Desta forma, seu amplificador de 10 watts apenas, transforma-se num potente 1 2 amplificador de 28 watts! Temos ainda, a consideragao que eo alguns fazem, de que, por uma fragao de f segundo o sinal amplificado que normal- mente é diferente da sendide (pois na — Valor pico musica as variagoes sao mais complexas) apices: atinge valores mais altos. Em fungao disso, 1 criou-se o que se chama de “poténcia mu- cyanate sical” ou |HF que leva nosso pequeno am- plificador de 10 watts a valores ainda mais altos que enganam o consumidor. Assim, muitos dos “potentes’ amplifi- cadores que sao vendidos para os carros como tendo 100 watts (por canal!) na verdade quando levados a uma bancada e analisados com instrumentos nos revelam &s vezes nao mais do que uns 20 ou 30 watts rms e olhe 1a, pois ja vimos até menos! Esses conceitos sao muitos importantes para o leitor que vai comprar ou montar seu equipamento de som! Parauma sala de 4x 4m, uma poténcia de 30 watts por canal (rms) significa muito som, e para um carro, 20 a 25 watts por canal (rms) representam muito mais do que seu ouvido pode aguentar. Lembre-se que a poténcia do seu ampilificador indica quanto ele da quando esta no maximo volume e raramente vocé o usa nestas condigoes! Quando vocé usa um amplificador a 1/4 do volume vocé esta aproveitando apenas 1/4 de sua poténcia. Se o amplificador é de 40 watts estao sendo usados apenas 10 watts. Por que entao comprar um caro amplificador de 100 ou 200 watts se em nossa casa, em condigdes normais sé vamos usar 10 ou 20 watts? Uma reserva de poténcia pode ser interessante para garantir que nao seja preciso usar toda a poténcia, pois é nestas condigdes que ocorre amaior distorgao, mas esta reserva nao precisa ser exagerada. SINAIS ELETRICOS Os equipamentos de som trabalham com sinais elétricos que tem caracteris- ticas préprias. Estes sinais mantém a frequéncia ea forma de onda do som original, 1 sendo obtidos por diversos dispositivos denominados transdutores (Figura 13). Os transdutores convertem os sinais elétricos em som num primeiro caso, como os alto-falantes e os fones de auvido. Estes elementos devern ter caracter/sticas que permitam manteratfidelidade de reprodugao e também ter um bom rendimento. 13 Energia elétrica Som —e“— —_> FTE Energia Som elétrica —_— ———_+ MIC Energia Som elétrica ——_+ Cabesa gravadora Energia Som fF eletrica Ee ee Fonocaptor Outros transdutores sdo os que convertem sonsem sinaiselétricos, como por exemplo as capsulas de toca-discos denominadas fonocaptores, as cabegas dos gravadores de fita, os microfones, etc. Neste caso é preciso observar que o rendimento na conversao de som em energia elétrica nao é muito importante, pois os circuitos des aparelhos podem amplificar essas correntes por mais fracas que sejam. Napraticaéisso que ocorre realmente. Os microfones, capsulas fonocaptoras 9 cabecas gravadoras fornecem sinais extremamente fracos, da ordem de milioné- simos de volt de amplitude ou no maximo milésimos e que precisam de excelente amplificagao para poder excitar um alto-falante. Como cada transdutor possui determinadas caracteristicas, os am Plificado- res devem estar aptos a trabalhar com os sinais das mais diferentes intensidades, possuindo por isso diversas entradas. Naverdade, conforme vimos, o ouvide humano nao responde deforma linear aos sons, segundo suas freqléncias e intensidades. Pessoas de mais idade por exemplo, tém menor sensibilidade aos agudos e algumas nao conseguem chegar ao limite dos 15 000 Hz. Assim, alteragdes nos sons gravados ou transmitidos devem ser feitas para 12 que eles se adaptem as caracteristicas dos circuitos eletrénicos e do préprio ouvido humano. Essas alteragoes, que precisam ser compensadas nos apare- Ihos para termas fidelidade de reprodu- §0 sao varias, mas falaremos apenas das duas principais, denominadas equalizagées. A resposta & gravagao de disco por exemplo 6 menor para as baixas freqiiéncias. Desta forma, na gravagao 10 100.1000 10000 Hz dos discos ¢ introduzido um reforgo ar- tificial nos graves e atenuagao nos agu- dos de modo a melhorar a relacao sinal/ ruido, conforme a curva mostrada na figura 14: Estacurvade equalizagao denominada RIAA 6 adotada mundialmente desde 1952 ¢ precisa ser compensada na hora da reprodugao. Assim, os amplificadores ou circuitos que operam com os sinais dos fonocaptores dos toca-discos, devem estar aptos a levar de volta aos niveis normais, os sons das freqiiéncias que tiveram reforgo ou atenuagao. Estes amplificadores possuem entao verdadeiros filtros que sé devem ser usados nas entradas de fonocaptores, ja que outras fontes de sinal como por exemple um microfone ou uma cabega de gravador nao tem amesma equalizacao. Muitos aparelhos, projetados para operar com discos muito antigos podem ter “equalizadores” adicionais comutados por chaves para outros tipos de discos como os americanos antigos, os Decca, HMV, ¢ outros, O importante para leitor saber é que para reproduzir sinais de discos, osinal nao deve ser aplicado diretamente a um amplificador comum que nao tenha uma entrada propria. Este sinal deve obrigatoriamente passar por um pré-amplificador que tenha uma equalizagao RIAA. Da mesma forma, para gravagdes em fita adota-se a equalizagao NAB que deve ser compensada no reprodutor por um reforgo e atenuagao das freqléncias correspondentes. Asintensidades dos sinais obtidas em transdutores variam bastante, confor- me falamos e isso exige amplificagdes em diversos niveis. Os amplificadores comuns possuem diversas entradas para um pré-amplifi- cador ja preparadas para operar com os mais diversos tipos detransdutores. Seum amplificador comum tem uma unica entrada, ou ele é indicado para operagae com uma Unica fonte de sinal ou exige o uso de um pré-amplificador, conforme mostra a figura 15. sina! —_» Alto- Ent fo. fraco A a, Pré-amplificador Amplif icador 15 13 Além do nivel de sinal 6 preciso ainda levar em conta uma outra caracteristica dos transdutores que é a sua impedancia. A impedancia medida em ohms ou milhares de ohms (quilo hms ou k) indica de que modo 0 transdutor entraga © sinal em termos de adaptagao a carga ou amplificador. 5 Para que um dispositivo entregue toda a energia de um sinal a outro, a impedancia de safda de um deve ser igual a de entrada do outro. Dizemos que a transferéncia maxima de sinal ocorre quando as impedancias estao casadas. Assim, para receber o sinal de um transdutor, um amplificador deve ter uma determinada impedancia de entrada que se case com aste transdutor. Setemos um amplificador com entrada de 100k, por exemplo e ligamos um microfone de 1k apenas neste aparelho, ele nao consegue entregar seu sinal apropriadamente e o amplificador nado opera satisfatoriamente. O volume 6 baixo e ainda podem ocorrer distorgoes. Se o transdutor tiver uma “reserva de poténcia” a diferanga de impedancia pode ser compensada. Por exemplo, se um amplificador precisa de 10 mV em sua entrada e 0 transdutor fornece 100 mV, mesmo que sua impedancia seja um pouco diferente ainda teremos uma boa excitagao (figura 16). 1 6 500 my 100K Pré’-amplifica- dor ou Amplificador transdutor E claro que a condigao ideal é aquela em que as imped&ncias “se casam” 6 aentrada do amplificador ou pré-amplificador tenha a “sensibilidade” que é medida em milivolts ou microvolts (uV ou pV). Na tabela a seguir temos as caracterlsticas que normalmente devem ter os pré-amplificadores e amplificadores para operarem Satisfatoriamente com ossinais que Ihe sac entregues: Observe que no caso do gravador e sintonizador, aS sensibilidades s&o valores mais altos pois os sinais que eles entregam j4 vem amplificados. No caso dos gravadores, esta sensibilidade nao se refere a cabega gravadora mas a salda do circuito pré-amplificador que estes aparelhos j4 possuem. Variagdes em torno dos valores indicados podem ocorrer, dependendo das caracter{sticas especificas dos aparelhos e dos transdutores que se pretende usar ou das fontes de sinal. . Para os alto-falantes, os sinais elétricos também precisam ter caracteristicas préprias. Também falamos neste caso da impedancia do aparelho e do proprio alto- -falante. Um amplificador sé tem o seu rendimento maximo quando a sua salda ligamos um alto-falante de mesma impedancia. Se a impedancia do alto-falante for maior o sistema funciona, mas sua poténcia maxima ficara reduzida. O maior perigo ocorre entretanto, quando ligamos alto-falantes de menor impedancia que a saida do circuito, Ocorre neste caso uma 14 sobrecarga que pode causar a queima de componentes importantes do aparelho como os transistores de saida. Os alto-falantes nao sé devem ter impedancia de acordo com a saida do amplificador como também devem estar aptos a suportar a poténcia que ele entrega a sua carga. Assim, de nada adianta usar um alto-falante de 100 watts num amplificador de apenas 20 watts, que o som vai ser o mesmo do amplificador: apenas 20 watts. O alto-falante precisa ter pelo menos 30W para suportar o que o amplificador fornece pols se sua capacidade for menor, um alto-falante de 10W apenas, ao se abrir o volume do amplificadar, o alto-falante 6 danificado. Observe ainda que se li- 1 7 garmos mais de um alto-falantea saida de um amplificador, a impedancia que eles apresentam em conjunto nao é a mesma de cadaalto-falante individual ealém disso a potncia fica dividida. 4a an Assim, temos varias ma- neiras de se associar alto-falan- ~O 6.0. O— tes, conforme mostramos inicial- mente na figura 17. Ligando alto-falantes em série, suas impedancias se so- mam. Dois alto-falantes de 4 ohms ligados em série apresentam uma impedancia total para o amplificador de 8 ohms. Se ligarmos em paralelo como mostra a figura 18, a impedancia ficara dividida. 18 6n an Of 2 Dois alto-falantes de 8 ohms em paralelo apresentam uma impedancia total de 4 ohms. Na figura 19 temos alguns modos de ligarmos conjuntamente diversos alto- -talantes com a impedancia que eles representam para os amplificadores. Este raciocinio é valido quando os alto-falantes s&o iguais. No entanto, para meihor reproducao dos sons existem alto-falantes especialmente indicados paraos graves, médios e agucos. Os alto-falantes de graves chamam-se woofers, os de médio mid-ranges e os de agudos tweeters. Eles diferem pelo tipo de construgao @ tamanho. Quando usamos num equipamento de som estes alto-falantes, os sinais que sao correntes elétricas intensas, devem ser separados de acordo com as frequién- 15 cias. Para essa finalidade sao empregados filtros divisores de freqiiéncias dotados de bobinas e capacitores. 19 40 an 4a ° ° 4n a a0. © 4 4a lan 4 en 4.0. an en ° en 16 en Na figura 20 temos o diagrama de um filtro onde mostramos que a bobina deixa passar os médios e graves para um alto-falante de médios e graves, eo capacitor deixa passar os agudos para o tweeter. 20 Ao FTE amplificador Graves e médios JAgudos pe | ETE c Senumfiltro destetipo, bem calculado, usarmos dois alto-fatantes de 8 ohms, a impedancia total sera ainda 8 ohms, pois a faixa de som fica dividida e nao ha alteragdo da impedancia. ES On Asensagao de profundidade que temos para os sons vem do fato de termos dois ouvidos e as pequenas diferengas de tempo com que eles percebem as vibragdes pode ser interpretada como diregao e distancia. Eles funcionam como uma espécie de “interferémetro’ avaliando assim o local e a distancia de onde vem o som. Se areprodugao de um som for feitanum alto-falante Unico, o que ocorre nos sistemas monofénicos nossos ouvidos nao conseguem receber dois sinais e com isso nao hé sensagao de profundidade. No entanto se originalmente os sinais forem gravados em dois canais, com informagées separadas e estas informagdes sobre a posigao do som forem reproduzidas da mesma forma, como esta na figura 21, 0 ouvido pode interpretar 0. som de uma forma diferente e ter a sensacao de diregao e profundidade. 21 Canal Amplific ador FTE \ FTE &__oOuvinte Este 60 sistema estereofénico. Veja entretanto, que nao basta tet dois alto- -falantes para que o som seja estéreo. E preciso que sinais diferentes sejam Processados em dois canais diferentes e que a gravacao original ou o programa original também. Qs alto-falantes devem ser sempre posicionados como mostra a figura 22, de modo que os sons incidam sobre angulos diferentes nos ouvidos. preciso tomar cuidado com certes sistemas de som em que os alto-falantes est&o muito préximos ou ainda com uma colocagao inadequada comum nos carros em que todo 0 efeito estéreo 6 perdido. Existem ainda os simuladores de estéreo que consistem em circuitos que se@param os sons em duas faixas de freqiléncias e que ent&o sao reproduzidos em alto-falantes separados. O efeito lembra um pouco o ESTEREO se bam que, como o nome diz, ele apenas simula. 17 Ainplificador estereo Paraos radios de FM e TV, parase obter uma recep¢ao estéreo é preciso que eles possuam decodificadores. Os decodificadores so circuitos que separam os sons dos dois canais para reprodugaéo em separado, quando a transmissao @ desta modalidade. O sinal transmitido mistura os dois canais, mas com um processamento que permite a posterior separagao. Veja entao que temos dois tipos de equipamentos a disposigao: Nos sistemas monofénicos 0 sinal 6 processado por um Unico pré-amplifica- dor, um amplificador de poténcia e depois entregue a uma ou mais caixas acusticas com alto-falantes, conforme indicado na figura 23. 23 Fone dnica de sinal SS Amplificador c 18 R2 er 5OmA ‘ om Cl mm C2 a 3 32 pF 32pF Our Ny = 450V 450V 450 * D2 14007 — oe + G 6,3Vv alimentagao na figura 79. O diagrama de um canal do amplificador 6 mostrado na figura 80. Este tipo de aparelho deve ser montado em chassis de aluminio. Um lay-out para a disposigao dos componentes é fornecido na figura 81 Veja que sa0 usados soquetes fixados no chassi para as valvulas, etambém, v2 80 ELe4 cl Ent 20°F 7 wy Lat at ao OoITyLaW ISssvHD capacitores eletroliticos de filtragem do tipo de rosquear no chassi, onde seu invdlucro de aluminio, ao fazer contacto com o chassi, ja 6 0 pdlo negativo do componente, As valvulas trabalham bem quentes e isso é normal, mas deve ser prevista uma boa ventilagao para o aparelho que, desta forma, nao deve ser instalado em caixa hermética. Os resistores sa0 de 1/2W salvo indicagao diferente, e os capacitores eletroliticos devem ter as tensdes indicadas na lista. Os demais capacitores sao de poliéster com tensao de trabalho de 250V ou mais. Ligagoes curtas ou com fios blindadas sao importantes para entrada de sinal. UTILIZACAO Ligue o aparelho e espere pelo menos 30 segundos para que as valvulas aquegam. Aplique um sinal na entrada e verifique se ocorre sua reprodugao num. alto-falante ligado a saida. Comprado o funcionamento é sé usar 0 aparelho em conjunto com um bom pré-amplificador. Mesmo operando com altas tensdes, desde que tenha fonte independente, pode ser usado um pré-amplificador transistorizado. AMPLIFICADOR VALVULAS * V1 - 12AX7 - duplo triodo + V2, V3 - ELB4 - pentodos de poténcia RESISTORES * 1 - 22k (vermelho, vermeiho, laranja) + R2 - 1M2 (marrom, vermelho, verde) + RS - 6Bk (azul, cinza, laranja) + R4, RS, R6 e R7 - 100k (marrom, preto, amarelo) * RS e RY - 1k (marrom, preto, vermetho) + R10 - 150 ohms x 10W - fio CAPACITORES = C1 - 220 nF poliéster + C2, C3 e C5 - 100 nF poliéster + C4 - 100 uF x 28 eletrolitico DIVERSOS + TS - Transformador push-pull para valvula ELB4 - 15W * Chassi de metal, soquetes de valvulas, pontes de terminais, fios, ete. FONTE STADE MATERL SEMICONDUTORES: +01 eD2-1N4007 - diodo desilicio PHILIPS COMPONENTS: RESISTORES + 1 - 100 ohms x 10W - fio * R2- 10k x 5W - fio CAPACITORES * C1 -32 uF x 450 V eletrolitico * C2 -32 uF x 450 V eletrolitico * C3 -80 uF x 450 V eletrolitico DIVERSOS, * 71 -Transformador de forga com primario conforme rede e secundario de 250 + 250V x50 mA e6,3V x 3A Chassi de metal, cabo de alimantagao, su- porte de fusivel, etc. Obs: C1 e C2 podem serum Unico capacitor duplo de 92+32 wF x 450V. Os valores destes filtros nao s4o criticos, podendo ser usados valores até 50% maiores conforme disponibilidade do fornecedor. Observagées: caso nao haja indicagao ao contrario no texto, todos os resistores usados sa0 de filme carbono do tipo de uso geral - CR-25 - 0,83W PHILIPS COMPONENTS, todos os. capacitores eletroliticos sao da série 035 da PHILIPS COMPONENTS com tolerancla de +20%, todos os capacitores de poliéster metalizado (EPOX) sao da série 365 da PHILIPS. COMPONENTES, todos os potenciémetros rotativos sao de @ 23 mm - cédigo 2306 36001 (sem chave) e cédigo 2306 36501 (com chave) da PHILIPS COMPONENTS e todos os trim- pots s4o de @ 14 mm - codigo 2306 449 25... da PHILIPS COMPONENTS, indice Apresentacao... A ESSENCIA DO AUDIO OSom.. Técnicas de Montagem Pré-Amplificadores. Como Tirar Roncos. ComoAumentar Agudo: Como Medir a Poténcia de Um Amplificador=.. Projeto 1 - Contole de Tom Ativo............ Projeto 2 - Pré-Amplificador Com Controle de Duas Entradas. Projeto 3 - Pré-Amplificador Universal Com 5 Entrada: Projeto 4 - Amplificador Transistorizado de 0,5W. Projeto 5 - Amplificador Integrado de 1 a 3 Watts. Projeto 6 - Amplificadores Transistorizados de 3 e 5 Watts. Projeto 7 - Amplificador Integrado de 1W x 6V......... Projeto 8 - Amplificador Integrado de 4a 10W RMS. Projeto 9 - Amplificadores de 7 a 35W Transistorizado Projeto 10 - Amplificador Quadrif6nico de 44 Watts Projeto 11 - Amplificador Integrado de 40 Waltts.........0cceceeenee Projeto 12 - Amplificador Integrado Estéreo de 24 Watts Para 0 Carre... cece ceseeeeeeeteseaceeeeceeeesenesasasaaseensesa 68 Projeto 13 - Cinco Amplificadores Transistorizados de 35 a100Watts.... Projeto 14 - Amplificador "Velha Guarda" Valvulado de BE WALES... eeccccssssessesessssessseesssseetsvessssvsnssvstsavsecsssnsseesnseaesseterstsneaneeeee 76 Impressio ¢ acabamento W. ROTH S.A. — (011) 960-2988 80

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