Essa narrativa versa sobre o tema Cartografando Locais e Experiências de Estágio
Profissional e de Campo de Trabalho da Psicologia. Quando nosso grupo recebeu a proposta de escolher um local de estágio, em instituição conveniada com a Unisinos e nela convidar uma estagiária em fase curricular profissional para que comparecesse em sala de aula e falasse sobre suas experiências, sentimos algo desafiador. Para começar, optamos pelo CAPS-NH. Todavia, após novas reflexões, decidimos mudar para uma instituição mais perto de nossas residências, em Porto Alegre. Prosseguindo com nossas procuras pela estagiária, acabamos por encontrar a primeira do Hospital Fêmina. Feitas as primeiras tentativas, descobrimos a estagiária Laura ; ela nos comunicou que iria falar com a sua supervisora. Todavia, ela não nos deu resposta – silêncio total, se aceitaria ou não o nosso convite. Ficamos um tanto afetados, pois o tempo foi passando e teríamos que resolver esta demanda, que aliás já fazia parte de um processo cartográfico: o de desencontros e imprevistos. Nós acompanhamos o desenrolar desse processo com certa apreensão; demanda na qual nós estávamos envolvidos – algo momentâneo e presente. Mas surgiu uma nova ideia, a salvação do grupo, que foi uma consulta à professora Beth. Ela nos forneceu uma lista, onde constavam nomes das colegas que fazem estágio em Porto Alegre. Isso funcionou como um dispositivo ou solução para que déssemos andamento aos nossos desejos: prosseguir com o nosso trabalho. Pondo em prática a nova tarefa, escolhemos uma estagiária de nome Samanta do Hospital Mãe de Deus do Setor de Oncologia. Feito o contato e as devidas explicações de como seria a sua recepção, não só pelo nosso grupo, mas pelos demais colegas e pela professora em sala de aula, ela prontamente aceitou o convite. A Samanta concordou em relatar as suas experiências, as suas vivências e desafios no setor de Oncologia, no qual ela faz parte como estagiária. Foi dessa maneira que o grupo viveu uma nova experiência ou problematizar um certo objeto de estudo, de aprender, se implicar, pensar, produzir, duvidar e ter conflitos, fatores que todo o acadêmico de psicologia vive e passa. Para isso, o grupo saiu dos formalismos, dos protocolos e dos caminhos engessados dos academissísmos positivistas e tentar novas formas de aprendizagem. Em fim, ao vivenciar a co- participação no processo de aprendizagem, o grupo torna-se através de atuação efetiva, crítica e criativa o construtor de seu processo de amadurecimento, gerador de suas potencialidades.