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Ay historia do CGT ro Brasil ainda nao 6 sufion Cu eer ecco GaGa rere nee Neary enneie a ao eee cae a ite adc Ree eet cra me eromeelt) ire crta ii Des aaa ee Racca PN Meme Meee te Me se acham empenhados na luta contra.a atual estrutura Cte tec a Men eee cos ee Cee eel austere cl keane tando, os limites da. or as tiva Udginstrumento da greve geral como forma de.os Ree MC L ecco aT Cols hui) Vea cia CcY UUs) UoLe a Nl Cicmcr ee sa mnie Meira emer) Go) a eR ea} 2 todosppara o futuro. Al, o valor essencial deste emcee ae gma RC uma pesquisa profunda empreendida por LUCILIA Deen SP AO CMR aco) Caen tee ae enc eo mac at ekerne re way rf ence Y Ei = 61A 64 a ado Aimeids, U on Eulitora VEGA S.A. Rua Guajajaras, 178 — 30 000 Belo Horizonte, MG Todos os direitos reservados Capa: Marcelo Xavier Composigio: Técnica Neves, Lucilis de Almeida C.G-7. no Brasil, 1961-1964 / Lucilia de Almeida Neves; preficio de [Luiz Igndcio da Silva (Lula). — Beto Horizonte: Vega, 1981 144p. 1. Movimento operiio - Brasil - 1961/1964, 2, Sindicatos 1961/ 1964. I. Silva, Luiz Ignécio, pref. U1. Titulo. cpp ~ 323.32 eDU ~ 323.33(81) 331.8091 331.881(81) Ficha catalogrifica preparada pela Kseola de Bibliateconomia ‘da Universidede Federal de Mines Corais Dedico ao meu pat, General Roberto de Almeida Neves pela retidéo de comporta- ‘mento nos idos dos anos 60, CAPITULO IV. AS PRINCIPAIS REIVINDICACOES E MANIFESTOS SINDICAIS NO INICIO DOS ANOS 60 1 —0 Movimento Sindical e o Conteiulo de suas Reivindicagdes 'No presente capitulo pretendemos demonstrar que © movimento sindical no infeio dos anos 60 desenvolve lutas concretss que visavam i melhoria das condigoes do vida e de trabalho da classe trabalhadore brasileira, enumerando uma série de reivindicagdes que inclufain desde qucatdes como saldrios ¢ jornada de trabalho, questoes ligadas & condigdes de vida como abastecimento, cass propria, inquilinato, controle da inflagio, passundo por questes politicas € econémmicas mais gerais, que gradativamente se tomaram 0 eixo principal destas propostas. O conteiido’ destas reivindicagdes sf0 opostos a0 “modelo” econd- ico que vige no pais, cujos principals aspectos so: internacionalizagfo da economia com grandes empréstimos no estrangeiro ¢ com investimentos de empresas multinacionais nos ramos mais dindnnicos da producio, énfaxe na indus- trializagfo de bens de consumo duriveis e achatamento do salétio real da classe trabaihadora," politica esta aplicada desde 0 governo Juscelino ainda nos anos 50. (0s t6picos mais amplos ligamsse & propostas ¢ lutas pelas reformas de ‘base, isto &, reforms agréria, teforma bancérla, reforma urbana, reforma eleitoral ce reforms fiscal, & luta pela nacionalizacio da economia através da encampaggo de indistrias de base e da exploragao ce riquezas minerals, & nacionalizagdo de bancos, ao controle da remessa de lueros e 20 fortalecimento da Peirobrés. O programa desenvolvido na greve geral de 5 cle julho de 1962 6 uma sintese desta tendéncia reivindicativa 1 Francisco de Olen: em seu artigo “Critica & Razao Duals”, deservoWeu oom clare ‘ave armumento) Je que o crescimento do PIB no govcino JK os indizs de 114%, 32 Glveute eancamcts 8 Sonoma tas pr felt afore pica |) ass com 0 capa estraeko (prncppalmente elo fornecinento de teenologa) qu a cr a tipo dnd lea alata pars beonetng eax comaeae leat: da socked ‘adem, 3 achatamsente do saiio ral com aumento da exploregfo da fouga do {tata gue Formac exsedonts interns pate acummlacio. 100 “1) Lata conereta ¢ eficaz contra a inflacdo ¢ a carestia, mobilizando todos os meios de transporte para conducao de géneros essenciais, dos centros produtores para 0s consumidores, chegando-se, se necestério, até ao confisto dos estoques existentes. 2) Reforma agriria radical , de imediato, reconhecimento dos Sindi- catos de Trabalhadores Ruras. 3) Reforma urbana como tni prépria 4) Reforma bancéria, com a nacionalizagfo dos depésitos. 5) Reforma eleitoral, com direito de voto aos analfabetos, aos cabos « soldados das Forgas Atmadas ¢ a instituigto da cSdula tnica para as eleicdes de 7 de outubro. ©) Reforma universitéria ¢ a particlpagdo de 1/3 de estudantes nas Gongregsetes, Conselhos Depatanentals e Conseos Universi 7) Ampliagéo da atual politica extema do Brasil, pele conquista de novos mercados, em defesa da paz, do desirmamento total e da eutodcterminagdo dus pov, 8) Repidio © desmascaramento da politica financeira do Fundo Monetdiio Intetacional, 9) Aprovacto da lei que assegura o diceito de greve, nos termos do ‘projeto aprovado pela Camara Federal, oom as emendas propostas @ @ aprovadas pelos trabalhadores em suas confersncias © con solugao para 0 problema da casa restos. 10) Encampagio, com tombamento de todas os empresas estrangeiras| que exploram os servigos pablicos. 11) Controle da inversfo de capitais estrangeiros no Pais e Limitacto da remessa de lucros. 12) Participagao dos trabalhadores nos lueros das empresas, 13) Revogaedo de todo e qualquer acordo lesivo aos interesses naci ais, 14) Fortalecimento da Petrobris com 0 monopélio estatal da impor- tago de deo bruto, da distribuigto de dorivados a grancl, da indistria petroquimica © « encampagfo das refinarias particula~ res, 15) Mediidas concretas e efieazes pars o funcionamento da Eletrobris. 16) Ceaefo da. Aerob, nsttuindo o monopélio esttl na aiaefo comercis 17) Manuteng&io das stuais autarquias que exploram o transporte maritima, sstegurando-selhes © percentual de 50% das cargas tuansportedss, na importap£o e- exportagio, as embarcagdes mercantis nacionzis. 18) Aprovagfo Lei que inattulo pagamento de 139 mis de s- io”? # In: MIGLIOLI Jorg Como sfo fas st Gives no Bra. Rio 8 Jac, Chilo ‘Brasileira, 1963, pp. 117-118, oe Bos 101 programa demonstra claramente como a Enfase principal das lutas sindicais concentra-se em quest@es mais amplas da vida nacional, sem que contu- 4 se tivesse abandonado as reivindicagoes mais imediatas. Na realidade o movi- ‘mento sindical procura intervie cada vez mais nos problemas politicos do pats, tomando-ie uma forga inegével na realidade brasileira. A imagem da forga ¢ presenga do sindicalismo ra vida polftica brasikira, identificado inclusive por algumas correntes conservadoras como 0 “49 poder” acaba por provocar uma forte reagio desses setores que tomam a iniciativa do golpe de 19 de abril. Esta imagem dos sindicatos deve-se principalmente & constante atuagio de suas liderancas, aos movimentos de cardter de massa que empreendia ¢ sos manifes- tos A nagdo por cles divulgados. Esta imagem ndo corresponds entretanto a um trabalho de organizagZo das bases (como foi demonstrado no 2° capitulo), eapaz de sustentar 0 alto nivel de reivindicaggo desenvolvido. A énfase em questoes politicas ¢ econémicas mis gerais tem como contrapartida mobilizaggo eminen- ‘temente de cariter nacional, que se provocam a impressfo de uma grande forga o sindicalismo, ndo podem, contudo, ocultar sua fraqueza se tomarmes como referéncia a relagio movimento sindical-trabalhadores. A EvolucZo do Contetdo das ReivindicacBes. ‘As Questies Corporativas [As reivindicagdes sindicais no infcio dos anos 60 softem grande influén cia das andlises desenvolvidas pelo PCB do que seriam as principais vias para a ‘cansformagdo € revolugdo social no pais. A presenga de um grande nimero de iilitantes desse partido (como foi demonstrado no capitulo dros das entidades sindicais, principalmente nas federagoes si sindicais, reforgam 0 peso desta influéncia, ¢ como conseqiiéncia 2 orientagao prodominante na pritica didria destas entidades. No inicio do ano de 1961 as lutas prioritérias do movimento sindical ainda se concentrayam basicamente em reivindicagdes ligadas 8s condigGes ime- itas de vida ¢ trabalho da classe operiria. Fo que pode ser constatado através de um manifesto entregue por sindicalitas comercidrios a0 Presidente Juscelino em janeiro de 1961 jf nos dlkimos dias do seu governo, Os prinelpais ppontos do manifesto propugnavam por: 1) Hoxdtio nico rigido (8-18 hs) para funcionamento do comércio. 2) Cumpcimento integral da semana inglese, 3) sengdo de imposto de renda para as classes assalariadas cujos ordenados ndo sejam malores do que 5 vezes 0 atual salirio minimo. 4) Efetivagzo © cumprimento da Lei que criow assentos para baleo- nibias 5) Alteragfo da CLT adaptando-a 4s reals necessidades dos trabalha- dors. © Estabelecer que a parte fixa dos trabathadores que percebem 0 saldrio mfalmo Galério e comissces) no seja inferior em nenhu- ra hip6tese, 20 atualsalério minimo. 102 7) Regulamentagso urgente e democritica do diretto de greve. 8) Constrago de restaurantes populares (SAPS) nes centros de maior densidade demografica operiria, 9) Participagao efetiva e imediata dos empregados nos tucros das empresas. 10) Aposertadora aos 25 ans par a muler comer 11) Prorrogacao da Lei do inqullinato, 12) Gratifiagao obrigatéria de Natal para todos. os comercidrios (138 saldrio).. 13) Férias de 30 dias conrids, 14) Indenizagao “post-mortem” para a cional ao tempo de servigo, 15) Reform agritia”” Como se pode observar,s principals reivindicagoes tratam de assuntos ligados a interesses imediatos da categoria comerciiria sendo que a questdo poli tica mals ampla af aparece somente de forma marginal; o inverso disso & que «araoteriza os éltimos anos do governo Jogo Goulart, Outy document de grade inp tdinie que cvidencis esta tendécia do periodo sfo as resolugées consiantes da Carta de Principios elaborada no “I Encontro Sindical Nacional”, cujo conteédo mais amplo trata de questes tuabalhistas, tais como, salivio e previdéncia social, embora ji faa alguma refe- réncia A questo agrétia, principalmente no que diz respeito a sindicalizagdo dos trabalhadores agrfcolas. Em seguide reproduziremos uma sfatexe dessas resolu- 0s: flia do trabalhador, propor 1) Polftica salarial: propugnar pela atualizagso dos atuais nfvels de salitio-minimo, que foram considerados inteiramente superados, dante da elevaco do custo de vida nos dltimos trés meses, Rei- vindicam ainéa os trabalhadores, no tocante a silos, a institui- $40 do salério-profssional e do abono de Natal, este altimo objeto de projeto jd apresentado na Camara dos Deputados. 2) Escala mével de satéro: solicitar A Cémara que pare a tramitagao de qualquer projeto sobre a escala mével de saléio, a fim de pos- sibilitar aos trabalhadores e sindicalistas a discussio do assunto, sobre o qual nfo tiveram ainda a oportunidade de opinar, debater ou sugerir. 3) Contrato coletivo: apolar quaisquer medidas que visem 20 incre- mento dos contratos coletivos de trabalho, que desde hii muito constituem uma aspiragdo de diversas categorias profissionas, 4 lutando pela sua institu 4) Direito de Greve: mais uma vez a posigfo dos trabalhadores tot contriria a0 que chama “famigerado” DeeretorLei_miimero 9.070, encarecendo a necessidade de ser imediatamente reguls mentado 0 Direito de Greve, cujo projeto de lei esti atuaimente no Senado Federal, 5) Previdéncia Social: confiar no sistema colegiado instituido pela 2 UH (RI) 27.0141, p.7. 103 Lei Orginica, bem como assumir posicéo contriria a todo ato ou iniciativa que indiquem interferéncias politicas na esfera dos ‘rplos da Previdencia Social 6) Sindicalismo: assumir posigéo dle vigilincia para garantia de liber- dade e autonomia sindical, bem como teivindicar a sindicalizagco para o funcionalismo piblico e apoiar a realizago do I Congreso Brasileiro do Trabalhador Rural, a ser efetuado em Belo Hori- zonte, no més de outubro vindouro. 7) Custo de vida: teconhecimento de que a Instrugdo 204, conquan- to possa ter influéncia no equilforio orgamentério e saneamento dda moeda, concorreu muito para a elevaczo do custo de vida, ne cassitando pois ser contrabalangada por medidas complement res simultineas, a fim de minorar os sacrficios dos assalariados. 8) Reivindicapdes gerais:solictar 20 Congresso Nacional a prortogn- ¢¢40 da Lei do Inquilinato e a aprovagio da Let antitruste 9) Entidades sindicais no campo: que sejam criadas em todas a enti- ddades sindicais comiss6es de ajuda e assisténcia aos trabalhadores ras, rma vex que ainda nfo ests com suas entidades devids- ‘mente reconhecidas; que 0 proximo congresso de lavradores € ‘rabalhadores curais conte com a participarao das entidades sin- dicais ¢ trabalhadores*. Estas resolugces demonstram que 0 sindicalismo embora ainda preocu- ado com as questoes especificas 20 movimento sindical, jé comega a esbogaz luma série de propostas mais gerais. Estas se exprimem em criticat & politica econtmica do governo, especialmente 4 “Instrugiio 204 da SUMOC” considerada como responsével pela alta no custo de vida e em propostas de organizagdo nacional dos trabalhadores e em entidades de classe, com referencia especial 108 ‘rabalhadores do campo até ento nao incluidos na legsiago trabalhista. Estas ropostas despertam sérias preocupacdes. nos grupos dominantes que, com 0 esbogo de organizacao dos trabalhadores no campo, veem sua hegemonia amea gada por um movimento popular que tende a se fortalecer. Essa tendéncia se toma mals clara quando as organizag6es sindicais romper os limites da cidade € penetrant no campo. Este espectro de ameaca & hegemonia dos setores dominantes provoce a srticulagto de uma alianga dos grandes proprietirios rucas, da burguesia nacto- anal ¢ internacional ¢ dos militaes,na oxganizaego de um processo de reagto 20 crescimento dos movimentos populares, Esta alianga colhe seus frutos no golpe* de abril de 1964, que funciona como um obstéculo definitive a0 desvendar de tum processo reivindicativo tal qual vinha sendo desenvolvido desde o infcio dos anes 60. No inicio de 1961, os trabalhadores discutem algumas questocs refe- rentes 4 reduco da jomada de trabalho para 6 hores. Como reflexo dessa discus- ‘a chega a ser elaborado um projeto de lei pelo Deputado do PTB Sérgio Magalhfes, dando a seguinte redagdo ao Art, 58 da CLT: “a durago normal do # Un GoM 22-0561, p.2. 104 ‘trabalho para os empregados em qualquer atividade privada nfo excederd de 6 horas diérias". Este projeto conta com grande apoio dos sindicalistas que se expressam favoravelmente a ele em especial através da CPOS (Comisséo Perma- nente das Organizagdes Sindicais), Tal proposta vom corroborar nosso argu- mento de que o mivel de reivindicaeSes populares naquela conjunturaatinge um limite incompativel com 0 modelo de desenvolvimento adotado no pats, jé que ‘este modelo, camo afirnis Chico de Oliveira, fem como uma das vertentes para a acumulagiio de capital, uma alta taxa de exploragdo da forga de txabalho. A redu- (¢40 da jornada de trabalho, sem dGvida, significaria uma retragdio nesta taxa de exploragdo, o que 6 prontamente rejitado pelos setores empresariais, Mesmo outras reivindicagdes tals como contrato, coletivo de trabalho, ‘constantes aumentos salariais © 139 sakirio transformam-se a curto prazo em restrigbes ao erescimento da taxa de luero das empresas, provocando nos deten- tores do capital um sentimento de intranquilidade para a sequéncia de seus Investimentos. Este clima vivido pelas classes dominantes 6 docorrente nifo 86 do contetido das reivindicagSes dos trabalhadores como também da instabili- ade ¢ crise institucional provocads por suas mobilizagSes que funcionam como ‘emtineia & niin participacin nas wantsgens do denominado "pasto po pul Outra mostra do contetdo predominante nas reivindicagdes deste pe- rlodo esti’ no temdrio da “IF Convangfo Nacional dos Trabalhadores nas Ens ‘esas de Crédito”, que inclu os seguintes pontos: 1) Condigses de trabalho: fiscalizacdo das leis trabalhistas; defesa da Jel das seis horas © do hortirio corrido; contrato coletivo de traba- Thador; sario profissional. 2) Problemas nacionais: fortalecimento das organizagoes sindicais; revogaeto do Decreto 9.070; diteito de greve. 3) Previdéncin Social: defesa da Previdéncia Social e estudo dos plans a serem adotados pelo APB’. Estes trés ponios confismam 0 que constatamos anteriommente, ou seja ‘nos primciros dois anos da dévaca de 60 predominam reivindicagdes econdmicas. c trabalhistas mais especfficas. Essa tendléncia no entanto se invertera na prépria indmica de crescimento do movimento sindical no periodo. ‘As Questdes Politicas No ano de 1961 0 movimento sindical dé seus primeiros passos em dire- fo do predomfaio de reivindicagtes e manifestagses politicas e econdmicas mais gerais. O episédio que leva 8 uma das primeiras manifestagdes eminente- 5 UH 2Ia361,p.2 OM ein que se gota, rite, vai se dar 90 nivel dag roagben do produto dé bese sh nds emo Cas # ein duno don aa Wp Vidade ed expansto ao sistema. Hs decorve ds slaragio & condicis ds conteoiers ollie principal ca assncta assinlada: serdo as matas tatulhedorss urtaras fe sual aco nouing ia tl ro sere no pata dra, come via deteriora coc proprio nivel ds purtcioyto da rend nacbonsl ue eneeg skangado, Ta! OLIVEIRA, Mancise, Idem bien fages 7 UH (Rd) 0885651, p15 105 mente politica por parte dos sindicatos, ¢ a repressdo ordenada pelo govesno Sobre estudantes e operirios no Recife, quando um grande nimero de mani- Festantes favordvels 8 eforma agréria so presos. O acontecimento gera urn clima ‘de apreensio no pais. Organizagies populares e setores democrétioos protestam contre 0 acontecimento. Em manifesto divulgado a nagfo a CPOS assume posigso em defesa dos manifestantes das liberdades democriticas: “Ao povo e aos trabalhadores do Estado da Guanabara: as medidas. represtivas contra estudanies e trabalhadores no Recife e noutras, cidades do NE, tomadas pelo governo da repiblica, com a invasto de excolas, sedes sindicats, prio de estudantes, de trabalhadores, Ge dirigentes sindicais e de politicos; ocupacao de redapses de jornais, fe suspensio de sua circulaofo precedida de censura as estagbes de ridio, serviram de adverténeia a0 Pafs e a0 povo brasilero.. Todos em nosso Pais sentiram a necessidade de lutar contra 2 com «fo, 0 cerceamento as liberdades piblicas ea violagio dos princfpios € gurantias constitucionais. Os protestos contra violéncia e 0 a= bitrio all praticadas, bem como a solidariedade dos estudantes & tribatnadores ca agio unitaria de Todo 0 povo em defesa e mam tengo de um clima ce democracia¢ liberdade, Somente com demo- cracia, liberdade respeito 0s direitos constitucionais ¢ que os ‘rabalhadores e powo podem reivindicar 0s seus direitos. Diante desses acontecimentos ¢ para que eles nfo se repitam, ¢ nem tomem a ameagar os liberdades democriticas, 2 inviolabili- dade das organizagdes populares e sindicals, os 6rgos de imprensa © a5 estagdet de radio e TV, pora que se assegure de fato 0 direlto, ‘de reuniffo ¢ de greve, nbs reunidos na ABI, dirigimo-nos 2 todo 0 povo, aos trabalhadores, a organizaghes ‘sindieais e populares, aos parlamentares e partidos politicos, para que permanecam vig Jantes em defesa de todas as prerrogativas, da integridade e da autonomia das organizagdes sindicais, devenéo manter-nos coesos fem torno da legalidade democritica”. a) A diretoira executiva da Pos’. Este manifesto, além de ser uma clara defesa das prerrogativas democrit 28, constitu-se em um protesto contra a “violEncia conservadora” que, segundo 8 Sindicalistas, ¢ uma forma de obstar as reivindicagSes dos trabalhadores. ‘No entanto 0 evento que provoca a maior mobilizacio dos trabalhadores naquele ano, & 2 rentineia de Jin’o Quadros & presidéncia da repiblica. A atitu- de do politico seguese forte mobilizagio de setores conservadores das forgas anmadss © do empresariado contra 2 posse do vice-presidente Jofo Goulart? . 8 UHCI) 22-0661, p. 8:CM 22.06.61, p. 7 9 “0 Prosidente Provisério, Ranieri Mazzili, comanicow a0 Congresso a 28 de agosto que ‘os militares se opunkars & poss: do View Presidente Goulart na PresidSace da Repablica. Por marbes de sogurenca racional Mazzi fez « declaragao depo de tne reno ‘munhit de 26 om Brasie, com o Ministro da Guctta, Denys, da Marinha, Silvio eek, e ‘0 da Aerondutica, Gabriel Grun Nose. Denys afmando na véspera que © opunta & flovofa governamental de Goulart disve que hava chogado a hora do escolber entre gepripis ¢ 0 brad. in: YOUNG, Jordin. bras 1984 1964; Fm ds um Cio Ci. fo, Nove Frontens, 1973, 106 Imediatamente as forgas populates se organizer para defender uma posigao posta. O episédio da rentincia de Janio Quadros, além de ter unificado varios se- ‘ores da populagao em tomo Ae objetivos comuns para a defesa da legalidade contra a posigd0 dos militares, provoca também a unido de virios sindicatos em tomo de uma grande mobilizagio grevista em defesa intransigente das conquistas até entéo alcangadas pelos trabalfiadores. No esteio desse movimento que durou até a posse de Jogo Goulart na presidéncia surge o intersindical CGG. Na ocesiio virios manifestos sfo lancados por entidades sindicais cujo contetido fundamental é: respetto & democracia, defesa da legalidade, protesto contra 2 prisfo de Iideres sindicais @ contra a interdicao das sedes de sindicatos © conclamagdo de uma greve geral em defesa da posse de Jog Goulart. Entre eles: Federagio Nacional dos Grificos: “Vamos parar 0 Brasil, qualquer ‘entativa de solugdo extrasepal para a crise politica que atravessamos provocari imediata reagso das classes trahalhadoras com a deflagra- ‘Glo de uma greve nacional, no haveri forga capaz de impedir 0 pro- testo das clastes trabalhadoras que sera ordeiro e pacifico”. Diretoria do Sindicato dos Bancirios da GB: “Nao estamos em esta- do de silo, nenhuma garantia constitucional fot legelmente susper- Si. engaamse 08 que pensim que o sindicato so a8 paredes, 2s quinas e os utensilios de nossa sede. Isso tudo poder ser interdi- tado pele arbitréria vontade dos que usam ilegitimamente do poder contra 0 pov, mas o verdadeito sindicato, o sindicato unidade, 0 sindicato agdo, 0 sindicato consciéncia, o sindicato det este sindicato indomavel — ¢ a classe bancéria organizada e cons. ciente que cedo ou tarde saira vitoriosa da Iuta, como vitorioso seri © povo brasileiro, na defesa de sua soherania e dos preceitos consti- tucionais .." 29 Funcionrios Piblicos de MG: “Os servidores piblicos por sues enti *. ‘Ainda dentro doclima sempre crescente de polarizagio de Forgas, os Dries Assoviados desfraldam uma forte campanha de criticas a Leonel Brizola, tendo co- ‘no objetivo principal difundir junto 4 populagfo um elims conteirio 2s camps: > 7A tensto « 2 dewonfianes politica ere as Fores radia ¢ conservators aumento ig que Leonel Brizols fe2 um apolo xo dia 14 de sotembro, através a etagio do tal Wyre Nelg te Rl Teneo cn gpolo any specs ol dettod qu & FUR Gente de Hobiizcie Popul» UR (nize Nasal dos Fatudanene & CGT (Comune Ger dex’ Tratehedete) stefereriann 0 dint don Pregas Graduadon 4 ocupar cargos pibicas In: YOUNG, Jordan Mob, tp. 177 Foi exatamente’ pela posgfo assumide pelos sargentos ao lado do 0 ser dado o goipe "os militares de mais atta patente assim ‘ocolheram of armas que estavam mis atop dos aunts ¢ cabo. ‘or Rafeel Martine 34 UM Cait 13.05.63, 9.4; CM 1305-63, p.3 as populares, que ‘Orient do cia" = torragio presiads 1s rnhas populares pelas reformas de base € pelo ent-imperialismo. Em resposta 2 esta campanha, a Frente de Mobilizagéo Popular, da qual faz parte o CGT, lange ‘uma nota em todos os grandes jornais na qual além de firmer posicao em toro das bandeiras Gas reformas de base pare alteracdo “das estruturas arcaicas € antisociais do pats, do anti-imperialismo e de se oporem a polftica creditfcia do governa, manifestam sia total solidariedade ao parlamentat Leonel Brizola” ‘A posiego da FMP também reflete a linha reformbsia que as lutas popula: res passam a adotar como prioritras. Estas propostas reformistas se traduzem sie identificagfo pelos Iideres populares da melnoria das contdigdes de vida do traba- thzdor com a conquista de reformas de base *. e também com 2 oposiezo sste- rmatica a0 capital intemacional, através de uma alianca com burguesia nacio nal? 0 epixédio do estado de sitio em outubro de 1963, também demonstra cesta estratégia, Na oportunidade 0 CGT langa um manifesto em que fixe um programa de “Iutas fundamentais do povo brasileiro”: |) Defesn das liberdades democréticas contra quelques tentativa de implantagao do Estado de Sitio; direito de voto aos soldados, mark nnheieos, cahos e analfahetos. pela elegibilidade de todos os eleitores. sem quaisquer discriminagoes: 2) apoio decidido @ aprovagfo da emenda que garante o direito de serem eleitos 05 sargentos ¢ 08 cabos das forgas armadss. Anistia ampla e irrestrita, beneficiando soldados, marinheiros, cabos, sargen- tos ¢ demais processados por crime politico; 3) reforma agrira, com efetiva distribuigao das terres dos latifundi- frios aos camponeses, através da ago imedista do poder executivo; apoio deeidido 4 campanha dos camponeses na sua luta pela posse da terra, modificag%o ns Constituigso Federal no problema da distribu ‘¢f0 da terra, pelos reflexos benéticos que trari a toda populacio do pais com 0 aumento do poder aguisitivo dos trabalhadores rurais € 0 conseagiente incremento da produgo industrial e das atividades comerciais, edundando, assim, na maior produtividade da na¢Zo; 4) regulamentegfo imediata da Lei da Remessa de Lucros das ‘emproses estrangsiras e nacionalizagfo das concessionsrias de servi- 05 pillicos, moinhos, frigorificos e industria farmacéutica; inter- vvongZo no mercado de géneros alimenticios; 5) ampliago do Menopélio Estatal do Petréleo com encampagio 25 UH (BH) 03.0753, p.2; EM 0347-63, 9.7. Spoxares,p. 8 25 “Sem as reformas de base nie, havera condigdes para se melhorar vida dos assalariados cedor tabattaeres do campo". Entrevista de Donte Pelacant2 autora. ‘Em entrevista autora o Sr. Dante Pelican fez a segunte aftrmacio: “no que di espe tp alte cu oud eres popula ui eal dalam com eur sia nacional algum tempo antes do goipe, poraue 6 CGT novou que a burguesia nacional fstvya muito sanusada com os movimeutor sindicis,¢ mos quotiamos demonstrat pars fa que 9 objetivo principal 20 combatermos @ impetiallsmo era o seu proprio fortales fmosta, Nao fe mstuande no paisa: indictrias de lnporieismo, a tondéueia normal soria 2 indstria nacional prosredir™. 116 das refinarias particulares e entrega a Petrobrés da distribuigo de todos os seus produtos; 6) rigorosa seletividade do crédito em beneficio do povo; 7) realizag{o de uma reforma bancéria progressista, tibutdria,urba- ‘na, monetria, universitiia, eleitoral eacministrativa” 28 Neste documento do CGT as lutas nacionais dominam por completo as, [propostas da entidade. Esta se coloca cada vez mais como uma organizapio poli- ‘Hea que procura ter peso na definigso dos rumos do pais. Sua atitude contribu para 0 crescimento de “uma mobilizae40 popular que, embora muitas vezes ependesse da iniciativa do Estado, tendia a superar os limites institucionais vigentes” 29, na medida em que se torna inaceitvel pelos setores.conservadores uma possivel participagco efetiva de trabalhadores nos érgfos de decisfo do ais A Amplingfo da Luta Politica do CGT em 1964 AAs principals relvindicapses dos trabalhadores no ano de 1964 sto assim definidss por Risni: “nés estivamos numa luta muito grande, com virias reivindicagoes, com muita garra, com muita combatividade © com a situaio ‘muito tensa. EntZo n6s j4 estivamos praticamente exigindo do governo a questao 4a reforma agri, pols nos achévamos que jé tinha chegado a hora de resolver este problema. Fot justamente em marco de 1964 que conseguimos com 0 Presidente que fosse decretada a reforma agriria. E no dia 13 de margo fol realizada uma grande concentragso no Rio de Janeiro com todas a5 liderancas Singicais... Também nesta 6poca reivindicévamos a encampagfo das tefinarias particulars de petréleo: Manguinhos, Capuava, etc.” 22. [A declaragao do ex-presidente do CGT demonstra claramente a orienta- ‘¢f0 adatada pelo movimento sindical na conjuntura do pré-golpe. A presenca ativa do CGT ne vida politica nacional, a smeaga constente de greve nacional fem oposigo 2 “qualquer avango das forges antidemocritiess”, 0 langamento cquase diéro de manifestos ¢ 2 permanente realizapdo de comicios, tornam a tuagdo cada vez mais alarmante para as forgas conservadoras ligadas a0 latifiindio © ao grande capital, que passam a desenvolver uma politica de cooptacio das classes médiss através da difusfo de um “terror psiclbgico anti-comunista” = ‘A situagio torna-te mais eritica segundo estes setoret, devido i existencia de governos estaduais como o de Pernambuco, cuja atuagio é proxima do 24 UH (BH) 03-10-63, p.2, 2» werFoRT, Francisco, liso na Politica Brasilia, Kio de Janeito, Paz © Tecra, YEFOR. 0 Popa Politica Brasieira. Rio de Janeto, Paz 61 30 Entrevista de Clodsmidt Riana im Tempo 1961, 31. esse terror consitiasobretudo em: 1) aprexentar © comuniamo como um regime de terror em que 9s Durpiests ¢ nnticomunistassertim todos fuzladot"2) 0 Brest seh io por uma repiblica sindicalisia em que operdvies brutos esnalfabetosestaram Iuanidando; 3) a8 lgrjs seram fechadas: 4) todas 8 terras feriam desapropriadse..” tn BASBAUN, Leincio Historn Sincera do Repiblis; 1961-1967, vol. Sao Plo, Alf megs, 1977. p. 113. M7 iWesrio defendido pelo movimento sindical. Diante deste quadro os militares propéem o afestamento do governador. Na defesa deste govemo, em margo de 1964, 0 movimento sindical através de suas principais inter-sindicas, lanea notas de apoio a Miguel Arraes ¢ a0 povo pernambucano®. As notes contém defesas clares das conquistas trabalhistas ¢ mais que tudo caracterizam uma oposigd0 das entidaces sindicais ao golpe que claremente se articula ‘Mas a posicfo totalmente politica do CGT, inclusive por pressiio dos fetos, se dé com a realizagio do comicio do dia 13 de margo no qual Jango assina o Decieto da SUPRA, que representa o primeiro passo decisivo para ¢ teforma agréria ¢ no qual é anunciada @ adogo de uma séric de medidas para a amelhoria das condigées de vida das classes populares. ‘Apesar das principais medidas anunciadas pelo gorerno nffo screm basica- mente reformistas, mas sim propostas de atenuapio imedista des condigdes de vida dos trabalhadores, 0 6xito do comico € grande, Os decretos de tebelamento dos aluguéis, dos “que criaram os sapatos populares, 0s tecidos populares ¢ 03 ‘que fixaram prezos de remédios nos rétulos, como ainda aguele que disciplinou ‘oso de livros escolares, todas estas medidas tiveram maior repercussdo favordvel ao goreino do yue toda a polémica no sentido das reformas de base ¢ da subst- tuigdo das velhas ¢ arcaicas estruturas” Estes dectetos, 20 acetarem para a adogo de uma politica econdmica mais popular, oposte 10 modelo econdmico voltado para a produgao mais sofisti- cada ¢ destinada 4s camadas alts da populagfo funcionam como estopim pera a articulagao geral do golpe™. Ao mesmo tempo que induzem a um posicionamen- to do CGT, expresso nos manifestos da entidade, langados na véspera ¢ um dix apés 0 golpe, tals manifestos que propdem uma resisténcia do movimento sindl- cal a0 avango dos militares entretanto nifo tém a repercussfo esperada. Jé.n0 dia seguinte 20 golpe tompenrse as organizag0es sindicais que conduzem © movi mento operério no perfodo. ‘Sao do's os manifestos finals do CGT, ambos tendo como contetdo a defesa da democracia e das conquistas populares e um alerta aos trabalhadores para resister ao golpe: “O CGT e todas as forcas populares responderdo por todos os meios 8 qualquer tentativa de golpe, que vise enfraquecer a autoridade do presidente Goulart pare atingir seu mandato, Aos golpistas civis e mnfltares.adveriimos que a classe trabalhadora brasileira nfo permite 14 nenhum entrave na caminkada que j4 inieiamos pela conquista das reformas sugeridas na mensigem presidencial e pela imediata consti- twigzo de um governo nacionalista e democrético. Nesta Iuta conta- ‘mos com a maioria do povo brasileiro integrada de civis e militares 92 CM 04-03-64, p10. 99 JUREMA, Abelardo, Sexts [ira 13; 08 titimos das do governo Jogo Goulart. Rio de Taneird, Edigdo Cruzciton, p55 [No dia seguinte ao comico, clage produtora lungou ura documento com 0 seguinte Sonistde: oposieda 20 governo e ax organiaagées sndicals que amescam 2 tradigzo de serera convivencis democetca do pals, antrcomunismo, oposieto 4 ublicegso da prev. ‘emo alisiamento.ostensive A desordcmn, ery relvniieagoet comandadas quate Sempre por organismoscspiries” — UNL 1403-64, . 5, 8 patriotas. Preparados ¢ unidos os trabalhadores barrardo 0 golpe ¢ exigitdo as reformas de base..”* “Fel ao compromisso de defesa des clases que representa, ¢ diante dos altimos acontecimentos politicos verificados no pais em conse: ‘qincia das atitudes assumidas pelo Exmo. Sr. Presidente da Repabli ‘a, Dr. Joz0 Goulart, em bencficio do pore brasileiro, como sejam: decreto do SUPRA. tabelamento dos aluguéis, encampagio dat refinarias, combate 20s especuladorcs ¢, principalmente, a mens gem presidencial ao Congsesso para a votagdo imediata das reformas de base necessirias a0 progresso do pats, o CCT defendendo a autori dade ¢ 0 mandato do presidente da repiblies em face dos teus atos posilivos, que possam atender as espiragSes do nosso pov e de acordo com a resoluggo do CGT, alerta aos trabalhadores para permanecerem vigilantes © mobilizados em condig6es de atenderem a qualquer ‘momento i palavra de ordem do seus respectives sindicatos, caso seja nocesséria a deflagiagio da greve geral”™. Estes manifestos finais continuam reafirmando as propostas reformistas € as decisOes de cipula que marcam 0 movimento sindical do periodo, Neste sentido, podemos dizer que a insisténcia neste tipo do reivindicagdo o de prit ‘az como resultado o que Weffort afirme ser a “tragédia do movimento operério de 1945-1964”. Esta se encontra, segundo 0 autor, menos no atraso da classe operdria do que em sua subordinagSo, através das lideranges, is jungGes da politica nacional2”. A pritica sindical daquelas lideranges nfo gera condig6es ‘ara a real organizagGo dos trabalhadores como “classe para si”, enveredando por uma politica muito mais voltada para a relagdo sindiceto-Estado, através das propostas politicas mals gerals, do que voltada para relagéo sindicato-fibrice ou local de trabalho. 3 UH) 31.0364, p.2. CM 31-03-64, 9.7, 3% UH (RD 31-04-64, p. 3. 37 WEFFORT, Francisco. “Democraca ¢ movimento operirio". In: Revista de Cultura e Politica 0? 1, $80 Paulo, CEDEC, 1979, p.17- 119 Brasileira, 1970. WEFFORT, Francisco. “Democracia ¢ Movimento Operdrio: Algumas Quests para 2 Historia do Periodo (1945-1964)”. In:Revista de Cultura Contempo- Yénea, n9 1. Sto Paulo, CEDEC, 1978. wre eae ‘Hisiéria Critica ou Histéria Ideol6xica. S60 Paulo, 1974 (mimeo) ——."‘Origens do Sindicalismo Populista no Brasil; A Conjuntura do Apés- ~~ Guerra”. In: Estudos CEBRAP, n° 4. Sg0 Paulo, CEBRAP, 1973. ——. 0 Poputismo na Politica Brasileira. Rio, Pau ¢ Terra, 1978. YOUNG, Jotan. Bras! 1954-1964; Fn de un lo Gril. Rio, Nova Fronteire, 1973, SUMARIO APRESENTACAO .. + x INTRODUGAO ul Objetivos do Trabalho... + 2 ‘A Cee Institacional ~Propostas de Andis. B ! 0 conteiido das Mobilizagdes Populares. 18 ! ‘A Situagfo do Movimento Sindieal na Conjurtars da Crise — Propostas de Andlise ....-+ +++ Sia 0 CAPITULO L ‘A FORMACAO DO CGT (Organtsmos Intersindicais antes dos ance $0... - + Py ‘As Experiéncias Intersindicals na Década de $0. 27 i {As Intersindicais nos anes 60 27 Quostées Fundamentss para Andlise da Formagao do CGT 2B OIL? Congresso Nacional e a proposta de criapfo do CGT ans ‘As Pinas Mobiles Snel om 1961 : x 31 MEMORIAL... a 31 Passeatas # Comicios . 34 148 149 Groves ~ A Crise da CNTI e « Queda dos Ministerilistas, 36 As Principais Mobilizacdes Sindicais em 1952. : 37 © IV Encontro Sindical Nacional e a Criapfo do CGT. . os AA Greve Politica de Julho de 1962. a Conquista do 13.° Sulirio 39 Outros Acontecimentos Sindicais ¢ Greve de Setembro de 1962... 40 ‘A Campanha pela volta do Presidencialisno .... ee ‘As Principals Mobilizag0es Sindicais em 1963... ~ #f ‘A Oposigio Sindical a0 CGT pela ala Conservadora do Sindicalismo |... 44 Greves. .. a gomuasunpenmeatgeersais 45 A Crite do Estado de Sti ea Ligagdo do CGT eam Goulart 46 A Campanha pelo Aumento do Salirio Minimo. . 3H = ae As Piincipais MobilizaGes Sindicais em 1964 + 48 AEEleigfo da CNT... . 4 Novas Mobilzagoes Sindicais e 0 Aumento do Salério Minimo. so Comfcios e Reagées dos Grupos Conservaores....... a Se OGolpe e o Final do CGT. . weninaae - 88 CAPITULO IL 0 CGT: SUAS RELAGOES COM A ESTRUTURA SINDICAL E.COM AS BASES CGT ea Estrutura Sindical Brasileira: Contra Complementariedade . . 58 ‘As Bases Legais da Estrutura Sindical Brasileira. 59 Unicidade/Pluralidade Sindical, . 60 As Propostas dos Sindicalstas para a Organizasto de wma Central de Trabalhadores senna Outzas Insttuicoes da Estrutura Sindical 6 a Posigio do CGT... 68 ODireito de Greve e a Posigto do CGT . anor 70 OCGT e os Trabalhedores. * sae a A Pratics do CGT e seu Relacionamento com as Bases 2 CAPITULO IIT OPARTIDO COMUNISTA E 0 COMANDO GERAL DOS TRABALHADORES A Latta pelas Reformas de Base © por um Governo Nacionalista¢ Democritico. . rantiesarss 2 ES Proposta de Frente Democritica e de Aliauga com a Burguosia Nacional oes eee eee eae svee ay APARTICIPACAO DO PCB NO MOVIMENTO SINDICAL DO. INICIO DOS ANOS 60. . . 0 As Propostas de Luta Sindical do PCB. 92 150 CAPITULO IV AS PRINCIPAIS REIVINDICACOES E MANIFESTOS SINDICAIS ‘NO INICIO DOS ANOS 60 0 Movimento Sincical ¢ 0 Contetido de suas Reivindicagdes z A Evo do Conteh ds Rendon. bs Quetta Corporativas. ‘As Questtes Politicas.... i AACise Poca de Setembro de 1962 e a ta por Un Govemio “Nacionalista e Democratico” . .. . * {A Volta a0 Presidencialieme e Acentuagl0 do Contetido Politico das Reivindicagdes. A Revolta dos Sargentos ¢ s Polarizagio das Forgas...» ‘A Ampliagdo da Lute Politica do CGT em 1964... .« CAPfTULO V AS PRINCIPAIS GREVES NO GOVERNO JOAO GOULART EA ORGANIZACAO DO CGT Introdugao, Notas Tericas ‘A Grove da Criso da Suoetsto e o Embrigo do CGT A Gree Gara pelo Pei, ‘A Greve dos 700 mil em Sio Paalo ‘A TENTATIVA DE GREVE CERAL EM RESISTENCIA AO GOLF ConclUsfo oo. ese eeeesee eee ner ees 3 CONCLUSAO GERAL..... 2.6.00 06+ Periddicos ¢ Fontes Consultadas. .... 6646+ BIBLIOGRAFTA CONSULTADA. 2 QUADROS: Quadro 1 Quadro IL. Quadro I. Quadro IIA. Quadro IV... Quadro V. Quadro VI Quadto VIE ee ee 100 102 105 108 m2 ua 47 120 121 122 123 Las 128 131 134 136 140 144 145 55 63 65 n 93 128 133 140. Ist

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