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Prof.ª Ms.

Elaine Cecília Gatto


Disciplina: Introdução à Computação
Seminários
A placa de vídeo é responsável por gerar e enviar imagens para os monitores.
Enquanto a GPU, a memória e outros componentes são encarregados de lidar
com os dados a serem processados, os painéis de saída (como a VGA — Video
Graphics Array, conhecida por sua tradicional cor azul — e a DVI — Digital Visual
Interface, a saída digital – HDMI -- High-Definition Multimedia Interface é
uma interface condutiva totalmente digital de áudio e vídeo capaz de transmitir
dados não comprimidos) são os responsáveis pela transmissão das imagens da
placa até a imagem do seu monitor.
Algumas placas-mães vêm com adaptadores de vídeo integrados,
porém o desempenho não consegue agradar alguns usuários
(geralmente jogadores) que acabam colocando uma placa de vídeo
separada em slots Agp ,Pci ,Pci Express, ISA.

Antes mesmo da primeira geração de placas de vídeo a IBM lançou o


primeiro computador com placa de vídeo , o IBM MDA - Monochrome
Display Adapter, ou adaptador de vídeo monocromático, capaz de exibir 25
linhas por 80 colunas, com memória de 4KB de vídeo, exibia tudo em alta
resolução.
Primeira Geração: O inicio do 2D.
Em meados da década de 90, a empresa S3 lançou a ‘S3 Trio’
considerada por muitos a primeira placa realmente a ser lançada. Ela
tinha três componentes básicos que iniciaram a aceleração 2D –GPU,
RAMDAC e o gerador de freqüências - fazendo com que muitos
jogadores ficassem doidos com os gráficos extremamente perfeitos pra
época.
A primeira GPU (processdor gráfico dedicado especificamente a tarefas
gráficas) foi a S3 Trio, lançado pela antiga fabricante de chips S3. A
novidade da época é que, pela primeira vez, um chip de vídeo reunia os
três componentes básicos de vídeo nos computadores: o processador
propriamente dito, o RAMDAC (conversor entre os sinais digitais dos
chips e os sinais analógicos do monitor) e o gerador de freqüência. A S3
Trio teve diferentes versões voltadas para placas de vídeo e para placas
mãe com vídeo onboard.
Na mesma época (início da década de 90), a ATI também apresentou
suas primeiras placas de vídeo, com recursos parecidos com a linha da
S3. Estas tecnologias foram sendo aperfeiçoadas, fazendo com que as
placas de vídeo começassem a utilizar memória dedicada apenas para
seu processamento.
A segunda geração: Que venha o
3D!
De placas de vídeo surgiu em 1995, com a linha S3 ViRGE,
sucessora da linha S3 Trio. A S3 lançara a primeira família de
placas de vídeo 3D, mas o seu poder de processamento não era
muito superior ao dos demais chips 3D que haviam no mercado.
No mesmo ano, a recém lançada NVIDIA lança seu primeiro chip
gráfico, o NV1, que não foi bem aceito no mercado, pois ele era
muito caro. O NV1 também tentou ser uma central multimídia
completa, com áudio próprio (embutido na placa de vídeo) e até
mesmo entrada para joysticks do Sega Saturn (que perdeu
mercado para o Sony Playstation). Com isso, começaram a
aparecer no mercado as primeiras placas de vídeo que realmente
otimizavam tarefas gráficas.
No ano seguinte, a NVIDIA lançou a Riva 128 ZX, versão
melhorada da Riva 128 original, e que tinha até 8MB de memória
dedicada de vídeo (apenas para comparar, atualmente existem
placas com mais de 2GB de memória dedicada).
Até mesmo a Intel tentou entrar o mercado, mas logo desistiu e
passou fabricar apenas chips de vídeo onboard. A NVIDIA
respondeu ao lançamento da Voodoo 2 com a linha Riva TNT,
que não fez muito sucesso por causa de problemas de
aquecimento, mas ela serviu como base para as placas de vídeo a
sucederam.
A terceira geração das placas de
vídeo (ATI x NVIDIA Round 1)
A primeira placa de vídeo que marcou o final do reinado da 3DFX foi a
NVIDIA Geforce 256, em 1999. Ela foi a primeira totalmente compatível
com o Direct 3D 7.
Foram lançadas duas versões desta placa: com memória SDR e com memória
DDR. Nesta última, o processador gráfico poderia demonstrar toda a sua
potência, sendo 50% mais rápido do que a antecessora Riva TNT2. Como o
preço da Geforce 256 era muito alto, poucos aproveitaram o seu potencial.

No ano seguinte, a ATI lança uma rival à altura da Geforce 256: a Radeon 7000
(codinome R100), que foi lançada em duas versões diferentes (com e sem
entrada/saída de vídeo) e ambas eram melhores que a Geforce 256.
A NVIDIA obviamente não ficou parada e lançou a Geforce 2 GTS, superando a
ATI. Com a Geforce 2, a NVIDIA resolveu atacar vários segmentos do mercado,
lançando versões de baixo custo e desempenho (linha Geforce 2 MX), versões
custo/benefício (linha Geforce 2 TI) e versões de alto desempenho e preço
(linha Geforce 2 GTS).

A reação da ATI foi imediata: o chip R100 foi rebatizado comercialmente como
Radeon 7200 para competir com a Geforce 2 TI, e o chip RV100 (versão
rebaixada) foi lançado como Radeon 7000 para competir com a Geforce 2 MX.
Em 2001, aproveitando a liderança no mercado, a
Geforce rebaixou todas as placas Geforce 2 para o
seguimento de baixo custo, e lançou a nova linha
Geforce 3, superada rapidamente pelo novo chip R200
da ATI, que foi utilizado na linha Radeon 8500. Ambas
eram compatíveis com Direct3D 8, mas as placas da ATI
eram muito mais rápidas.
A NVIDIA tentou contra-atacar em 2002 com a nova
linha Geforce 4, mas a versão de alto desempenho
(Geforce 4 TI) não conseguiu cumprir seu objetivo, por
ser menos potente do que a Radeon 8500. Enquanto
isso, a linha de baixo custo da NVIDIA (Geforce 4 MX)
foi um sucesso comercial por causa do seu preço baixo.

Mesmo tendo melhores placas de vídeo que a rival, a


ATI resolveu lançar um novo chip, para aumentar sua
relação custo/benefício: o R300. Ele era compatível
com Direct3D 9, e foi utilizado na linha Radeon
9XXX. O R300 tinha um desempenho 100% superior
ao R200, e o seu projeto foi tão eficiente, que até
mesmo as primeiras placas da geração seguinte (no
caso, Radeon X300, X550 e X600) utilizavam ele.
A NVIDIA tentou contra-atacar com a linha Geforce FX 5XXX, mas o resultado
foi decepcionante: com a exceção do modelo de baixo custo Geforce FX 5200
(que se tornou a placa de vídeo mais vendida da história), todos os outros
modelos não foram bem aceitos comercialmente por um motivo muito simples:
todos eram menos potentes que os rivais da ATI.

Pela primeira vez, a NVIDIA perdia uma batalha no mercado de placas de


vídeo, e uma mesma empresa (ATI) apresentava a melhor placa de vídeo da
geração (ATI Radeon 9800 XT) e a melhor placa de vídeo custo/benefício (ATI
Radeon 9600Pro).
A quarta geração das placas de
vídeo (ATI x NVIDIA Round 2)
Movida pelo embalo de sua geração atual, a ATI resolveu continuar apostando no
Direct3D 9 em sua nova linha de placas de vídeo. Em 2004, o R420 foi usado para
equipar as placas de vídeo da linha Radeon X700, X800 e X850. A médio prazo, a
decisão da ATI se mostrou precipitada, pois o mercado se moveu rapidamente para
o recém lançado Direct3D 9.0c.
Embora a placa mais potente da época fosse a X850XT PE, a ATI novamente perdeu
espaço para a NVIDIA devido ao uso do bom e velho R300 nas placas
custo/benefício, que não era páreo para a linha Geforce 6XXX.
Embora esta linha tivesse suporte apenas parcial ao Direct3D 9.0c, era mais do que
as rivais da ATI ofereciam. Além disso, a Geforce 6600GT é considerada até hoje
uma das melhores de sua categoria. Esta geração marcou o ‘resgate’ da tecnologia
SLI criada pela 3DFX, pois ela estava presente em alguns modelos da NVIDIA.
No ano seguinte, a ATI se rende ao Direct3D 9.0c com a linha Radeon X1XXX. A
NVIDIA, para não ficar para trás, lançou a série Geforce 7XXX com suporte
melhorado ao mesmo Direct3D 9.0c. Esta geração foi marcada pro preços bem
elevados das placas de vídeo, mas pouca diferença de desempenho, exceto pela
Radeon X1950 XTX, que perdia apenas para a Geforce 7950GX2 (que utilizava duas
placas de vídeo ligadas em modo SLI).
Em 2006, a NVIDIA resolveu tentar liderar de forma absoluta o mercado de placas
de vídeo com seu chip G80 (linha Geforce 8XXX), que foi mal recebida pelos
críticos, mas fez muito sucesso por ter baixo custo. Os dois pontos fracos desta
geração da NVIDIA foram o altíssimo custo das placas de alto desempenho (até US$
700,00 por uma Geforce 8800 Ultra!) e as melhorias muito modestas das outras
placas, se comparadas com as gerações anteriores.

No ano seguinte, a empresa resolveu lançar uma revisão do chip G80 para o
mercado de usuários comuns, mas os engenheiros da NVIDIA fizeram um
trabalho tão bom no chip G92 que todas as placas lançadas com base nele eram
melhores que suas ‘rivais’ com o chip G80.
Enquanto isso, a ATI atrasou o lançamento de suas placas de vídeo em cerca
de seis meses, pois foi adquirida pela AMD. O problema é que, além do
atraso, o chip R600 (linha Radeon HD 2XXX) não era melhor que o G80, e
consumia muito mais energia.
Em 2007, a ATI fez uma revisão no chip R600,e lançou a Rv670, que
consumia menos energia e era muito mais barata do que a R600. O resultado
foi tão bom, que ela foi usada na nova linha Radeon HD 3XXX.
Os chips revisados das duas gigantes (Rv670 da ATI e G92 da NVIDIA) foram
os grandes responsáveis pela queda de preço das placas de vídeo, e com isso o
consumidor comum teve acesso a placas de vídeo muito poderosas.
Antes de lançar novas tecnologias, a NVIDIA resolveu aumentar a produção
de chips G92 e lançar uma versão do mesmo com menos recursos (G94) para
atacar a ATI no mercado de placas de vídeo baratas.
A Geforce 9600GT (chip G94) foi lançada e fez muito sucesso por ser barata e
ter desempenho superior à Radeon HD 3870 (um modelo de alto
desempenho). Isto obrigou a ATI a cortar o preço de seus produtos para se
manter competitiva.
A quinta era das placas de vídeo
(ATI x NVIDIA Round 3: hoje...)
Em 2008, a NVIDIA e a ATI finalmente lançaram seus novos chips: o GT200 e Rv770.
O GT200 já nasceu com problemas, pois consumia muita energia sem ter uma
potência que justificasse estes gastos. A ATI, por outro lado, lançou o Rv700 (Radeon
HD 4850/Radeon HD 4870) alguns meses depois, sendo um sucesso de público e
crítica.
Desta vez, foi a NVIDIA que se viu obrigada a baixar o preço de suas placas para
permanecer competitiva, mas nem isso foi capaz de tomar a coroa da ATI no
mercado de placas de alto desempenho e de custo/benefício.

Em compensação, no atual mercado de baixo custo, a NVIDIA ainda é líder


devido à demora da ATI em lançar novos modelos para esta lucrativa fatia.
Temos os modelos Radeon HD4650/4670 enfrentando as Geforce
9500GT/9600GSO, mas ainda não há rival direto para a 9800GT.
A cada ano a ATI e NVIDIA se degladiam para ter a melhor placa de vídeo do
mercado, e no final o consumidor ganha com isso, pois as placas de vídeo se
tornam cada vez mais potentes e mais baratas.

Atualmente há muitos games que exigem placas de vídeo top-de-linha para


funcionarem satisfatoriamente com qualidade máxima, mas por mais que as
placas de vídeo evoluam, isso ainda não é suficiente.
Referências Bibliográficas
www.baboo.com.br
www.techmundo.com.br
www.museudocomputador.com.br

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