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PEIXES ASSOCIADOS À PLATAFORMA

DE PETRÓLEO PXIV,
SUL DO BRASIL

Áthila Bertoncini Andrade


athilapeixe@gmail.com
INTRODUÇÃO

Estudos com objetos flutuantes vem


crescendo dia a dia no mundo inteiro, pois
essas estruturas são agregadoras de diversas
espécies de peixes e muitas dessas espécies
tem um grande interesse comercial, onde se
constitui principalmente de atuns e afins, e
dourados.

Este substrato, habitualmente coberto por uma


série de organismos incrustantes, constitui
uma fonte direta ou indireta de alimento para
uma série de espécies de peixes. Por outro
lado, pode oferecer proteção, agir como
atrator visual para espécies pelágicas ou
mesmo um recurso para a reprodução no caso
das espécies que guardam ovos demersais
aderentes. Essas estruturas sugerem também
um importante berçário, sendo um recrutador
de espécies comerciais.
OBJETIVOS

Identificar as espécies de
peixes ocorrentes na área da
plataforma de petróleo P-XIV.

Realizar estudos de reprodução e


alimentação das espécies mais abundantes
e freqüentes.
METODOLOGIA
A plataforma P-XIV localiza-se a
cerca de 100 milhas náuticas a
leste da cidade de Itajaí (SC),
(26º 46' 2.2" S; 46º 47' 2.15"
W), região Sul do país. As saídas
de campo foram realizadas nos
anos de 1999 a 2002.
METODOLOGIA

Obtenção de exemplares para coleção de referencia e estudos


biológicos:
Os exemplares foram coletados através de pesca subaquática e
pesca com linha e anzol. O material coletado foi identificado e
analisado no Laboratório de Ciências Ambientais – Ictiologia da
Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).
METODOLOGIA

Obtenção de Imagens:
Utilizando técnicas de mergulho autônomo e apnéia, foram
realizados mergulhos nas estruturas submersas, variando
entre 7 e 20 metros de profundidade. As espécies foram
identificadas através de censos visuais e capturas de imagens
com maquina fotográfica, câmera filmadora e “R.O.V”.
METODOLOGIA

Censos complementares:
Ao todo 18 operações de mergulho foram realizadas.
RESULTADOS
24 Famílias 47 espécies

Superfície Meio Fundo

Caranx crysus Seriola rivoliana


CARANGIDAE
8 spp. S. lalandi

SCOMBRIDAE Thunnus albacares


4 spp. Katsuwonus pelamis

SERRANIDAE
Epinephelus niveatus
4 spp.
BALISTIDAE Balistes capriscus
3 spp.
KYPHOSIDAE Kyphosus incisor
2 spp. K. sectatrix
METODOLOGIA
Distribuição ecológica das famílias

Recifais
Acanthuridae
Balistidae
Blenniidae
Chaetodontidae
Holocentridae
Kyphosidae
Malacanthidae

Monacanthidae

Pomacentridae

Serranidae
METODOLOGIA
Pelágicas Distribuição ecológica das famílias
Belonidae
Carangidae
Carcharhinidae
Coryphaenidae
Dasyatidae
Echeneidae
Lamnidae
Myliobatidae
Rhincodontidae
Scombridae
Sphyrnidae
Trichiuridae
RESULTADOS
Distribuição ecológica das famílias

Demersais
Caproidae
Dasyatidae
Malacanthidae
Nomeidae
Pinguipididae
Serranidae
RESULTADOS
Reprodução pijirica – Kyphosus incisor (Cuvier, 1831)

Amostragem: junho de 2001 a março de 2002

57 exemplares entre 241 a 413 mm de comprimento


17 fêmeas
40 machos
Comprimento de primeira maturação:
Obtido Referência

Macho: 330 mm / 370 mm


Fêmea: 290 mm / 330 mm

Período Reprodutivo: verão


RESULTADOS
Reprodução peixe-porco – Balistes capricus Gmelin,1789

Amostragem: agosto de 2001 a abril de 2002

423 exemplares entre 141 a 784 mm de comprimento


217 fêmeas
206 machos

Comprimento de primeira maturação:


Obtido Referência

Macho: 230 mm / 390 mm


Fêmea: 250 mm / 310 mm

Período Reprodutivo: primavera e


verão
RESULTADOS

Alimentação pijirica – Kyphosus incisor (Cuvier, 1831)

Amostragem: janeiro de 2000 a março de 2001


102 exemplares amostrados
arroz, abóbora, milho e
59% só alimentos descartados pela plataforma semente de melancia
11% algas e alimentos descartados
3% crustáceos, moluscos, peixes e alimentos descartados
27% digestão total

100% estômagos cheios


RESULTADOS
Alimentação dourado – Coryphaena hippurus
Amostragem: 2000 e 2001
28 exemplares entre 1040 a 1610 mm de comprimento

Peixes
Espécies provindas
Belonidae - Tylosurus acus (7,14%) dos barcos de vara e
isca viva
Carangidae - Oligoplistes sp. (3,57%)
Clupeidae – não identificado (14,29%)
Exocoetidae - Exocoetus volitans (3,57%)
Monacanthidae - Aluteros monoceros (3,57%)
Não identificados ou totalmente digeridos (42,85%)
Molusco
lulas – não identificado (14,29%)
Crustáceo
Anfípoda – não identificado (3,57%)

Estômagos vazios (25%)


IMAGENS

Rhincodon typus – tubarão baleia


Whale shark
IMAGENS

Coryphaena hippurus – dourado


Common dolphinfish
IMAGENS

Thunnus albacares – atum


Yellowfin tuna
IMAGENS

Katsuwonus pelamis – bonito listrado


Skipjack tuna
IMAGENS

Seriola rivoliana – remeiro


Almaco jack
IMAGENS

Caranx crysus – carapau - Blue runner


IMAGENS

Remora remora – remora


Common remora
IMAGENS

Abudefduf saxatilis – sargentinho


Sergeant major
IMAGENS

Stegastes pictus – donzelinha


Yellowtip damselfish
IMAGENS

Acanthurus chirurgus – cirurgião


Doctorfish
IMAGENS

Paranthias furcifer – garoupa boquinha


Creole-fish
IMAGENS

Chaetodon striatus – peixe borboleta


Banded butterflyfish
IMAGENS

Epinephelus marginatus – garoupa


Dusky grouper
IMAGENS

Hypsoblennius invemar – maria da toca


Tessellated blenny
IMAGENS

Holocentrus adscensionis – olho de cão


Squirrelfish
IMAGENS

Balistes capriscus – peixe porco


Grey triggerfish
IMAGENS

Kyphosus spp. – pijirica


Sea chub
IMAGENS

Cantherines macrocerus – porquinho


American whitespotted filefish
IMAGENS

Epinephelus itajara – Mero


Goliath Grouper
PUBLICAÇÕES

Relatório UNIVALI-Petrobras

XIV Encontro Brasileiro de Ictiologia 2001 - RS


Revista Ciência Hoje – junho 2002 vol 31, N 183
COMENTÁRIOS

• Peixes recifais monitoramento;


• Reprodução, recrutamento e alimentação;
produtora/agregadora?
• Novos estudos em outras plataformas

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