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Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural

A Produção Biológica

Dados e evolução em Portugal


Medidas de apoio 2007-2020
Planos de ação

DSPAA/Divisão de Qualidade e Recursos Genéticos

Abril de 2017
ÍNDICE

Introdução.............................................................................................................................. 9

1 Principais indicadores da evolução da produção biológica no Continente ........................ 11

1.1 Evolução da superfície cultivada.................................................................................................. 11

1.1.1 Importância da superfície em agricultura biológica na SAU do Continente .............................. 12

1.2 Dimensão média das explorações ............................................................................................... 13

1.2.1 Dimensão média de cultivo em agricultura biológica por tipo de cultura .............................14

1.3 Evolução da ocupação cultural da superfície em agricultura biológica .................................15

1.3.1 Distribuição das culturas por região agrária ............................................................................... 19

1.4 Evolução dos efetivos pecuários em produção biológica ............................................................ 21

1.4.1 Distribuição dos efetivos pecuários por região ........................................................................... 22

1.4.2 Dimensão média dos efetivos pecuários ..................................................................................... 23

1.5 Evolução do número de produtores agrícolas ............................................................................. 24

1.5.1 Produtores por tipo de cultura ..................................................................................................... 25

1.6 Evolução do número de produtores pecuários ............................................................................ 27

1.6.1 Evolução do tipo de produtores por espécie pecuária ................................................................ 28

1.7 Natureza jurídica dos produtores em produção biológica .......................................................... 29

1.8 Regiões Autónomas ...................................................................................................................... 30

2 A produção biológica nos anos de 2014 e de 2015 .......................................................... 33

2.1 Operadores em produção biológica ............................................................................................. 33

2.2 Superfície cultivada em agricultura biológica ............................................................................. 34

2.3 Superfície cultivada com culturas temporárias ........................................................................... 35

2.4 Superfície cultivada com culturas permanentes ......................................................................... 36

2.5 Efetivos pecuários em produção biológica .................................................................................. 37

2.6 Produtores de aves, processadores de ovos e ovoprodutos ...................................................... 37

2.7 Produtores aquícolas e aquicultura ............................................................................................. 38

2.8 Preparadores e transformadores ................................................................................................. 38

2.9 Produtores vitivinícolas ................................................................................................................ 40

2.10 Importadores ................................................................................................................................ 40

2.11 Operadores da restauração ......................................................................................................... 41


3 Associativismo................................................................................................................. 42
3.1 Caraterização das associações .................................................................................................... 42

3.2 Capacidade técnica das associações .......................................................................................... 44


3.3 Organizações de Produtores ........................................................................................................ 46

3.3.1 Organizações de Produtores por região ...................................................................................... 48

4 Consumo.......................................................................................................................... 49

5 Medidas de apoio em Portugal ......................................................................................... 49

5.1 Programa de Desenvolvimento Rural PRODER 2007 -2013 ....................................................... 49

5.2 Programa de Desenvolvimento Rural PDR2020 .......................................................................... 50

5.3 PRORURAL+ e PRODERAM ........................................................................................................... 53

6 Ensino e formação ........................................................................................................... 54

6.1 Ensino ........................................................................................................................................... 54

6.1.1 Ensino superior agrícola ............................................................................................................... 54

6.1.2 Ensino profissional agrícola.......................................................................................................... 55

6.1.3 Cursos técnicos superiores profissionais ..................................................................................... 55

6.2 Formação profissional .................................................................................................................. 56

6.2.1 Formação de técnicos em agricultura biológica .......................................................................... 56

6.2.2 Formação de agricultores/trabalhadores em agricultura biológica ............................................ 57

6.3 Técnicos com formação regulamentada ...................................................................................... 58

7 Investigação, Experimentação e Demonstração .............................................................. 59

8 A produção biológica na Europa....................................................................................... 60

9 Planos de ação para agricultura e produção biológica ..................................................... 61

9.1 Síntese dos planos nacionais desenvolvidos em outros países ................................................. 62


ANEXOS ................................................................................................................................ 70

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 78


Lista de Figuras e de quadros

Figuras

Figura nº 1 – Evolução da superfície em agricultura biológica (ha) – Continente


Figura nº2 – Agricultura biológica, principais culturas, área (ha) - Continente
Figura nº3 – Agricultura Biológica, principais culturas, 1994/1999, áreas (ha) - Continente
Figura nº4 – Agricultura biológica, principais culturas, 2000/2006, área (ha) - Continente
Figura nº 5 - Agricultura biológica, principais culturas, 2007/2014, área (ha) - Continente
Figura nº6 – Ocupação cultural da superfície em agricultura biológica- 2015 - Continente
Figura nº7 – Efetivo pecuário em agricultura biológica, por espécies, nº de efetivos- Continente
Figura nº8 – Agricultura Biológica – Total de Produtores (nº) - Continente
Figura nº9 – Nº de produtores por tipo de cultura em 2004- Continente
Figura nº 10 – Nº de produtores por tipo de cultura em 2015- Continente
Figura nº 11 – Nº de produtores pecuários biológicos- Continente
Figura nº 12 – Efetivo pecuário biológico, por espécies – nº de produtores- Continente
Figura nº 13 - Superfície agrícola em agricultura biológica (ha) - Regiões Autónomas
Figura nº 14 – Peso da área em agricultura biológica na SAU (%) - Regiões Autónomas
Figura nº 15– Número de operadores em produção biológica - Regiões Autónomas
Figura nº 16 – Área ocupada por tipo de cultura em 2015 (ha) - Regiões Autónomas
Figura nº 17 – Número de cabeças em produção biológica em 2015 (apicultura: n.º de
colmeias) - Regiões Autónomas
Figura nº18 – Países de origem da importação de produção biológicos
Figura nº 19 – Âmbito de atuação das associações
Figura nº 20 – Distribuição de associações por tipo de associados representados
Figura nº 21 – Distribuição das associações em função do número de associados em produção
biológica
Figura nº 22 – Número de associações por tipo de serviços prestados
Figura nº 23 – Distribuição de associações por regime de trabalho dos técnicos reconhecidos em
agricultura biológica
Figura nº 24– Distribuição do nº de associações por dimensão do corpo técnico com
reconhecimento em agricultura biológica
Figura nº 25 – OP reconhecidas em Maio de 2016- distribuição dos títulos de reconhecimento
por setor
Figura nº 26 – Distribuição (nº) de OP reconhecidas por região
Figura nº 27- Evolução do número de ações de formação e de certificados homologados -
Técnicos
Figura nº 28 - Evolução do número de ações de formação com certificados homologados por
região – Agricultores/Trabalhadores
Figura nº 29 - Evolução do número de certificados homologados por região – Agricultores
/Trabalhadores
Figura nº 30 – Nº de técnicos com formação regulamentada por área de inscrição/Distrito
Figura nº 31 – Evolução da superfície total em Agricultura Biológica na UE 28 (milhões ha)
Quadros

Quadro nº1 – Importância da agricultura biológica (AB) em relação à SAU (2009 e 2015) -
Continente
Quadro nº 2 – Agricultura Biológica – Área total, nº de produtores agrícolas e área média das
explorações (2015) - Continente
Quadro nº 3 – Superfície média de cultivo em agricultura biológica por tipo de cultura (2015) -
Continente
Quadro nº 4 - Distribuição dos diferentes tipos de cultura por região (2015) - Continente
Quadro nº5 - Efetivos pecuários em agricultura biológica, por espécie e por região (2015) -
Continente
Quadro nº6 - Dimensão média dos efetivos pecuários em agricultura biológica, por espécie e
por região (2015) - Continente
Quadro nº 7 – Natureza jurídica do produtor biológico, por região (2009) - Continente
Quadro nº 8 – Natureza jurídica do produtor em agricultura biológica, por região (2009) -
Continente
Quadro n.º 9 – Operadores biológicos registados – 2014/2015 - Portugal
Quadro n.º 10 – Superfície cultivada em agricultura biológica por tipo de culturas – 2014/2015
- Portugal
Quadro n.º 11 – Superfície cultivada em agricultura biológica com culturas temporárias–
2014/2015 -- Portugal
Quadro n.º 12 – Superfície cultivada em agricultura biológica com culturas permanentes –
2014/2015-- Portugal
Quadro n.º 13 – Efetivos pecuários em agricultura biológica – 2014/2015 – Portugal
Quadro n.º 14 - Produtores de aves e processadores de ovos e ovoprodutos –anos 2014 e
2015
Quadro n.º 15 - Aquicultura biológica - 2014/2015
Quadro n.º 16 - Transformação de produtos biológicos - 2014/2015
Quadro n.º 17 - Importações de produtos biológicos – 2014/2015/2016
Quadro n.º 18 - Quantidade importada de produtos biológicos por categoria – anos 2014 a
2016
Quadro nº 19 - Ação 2.2.1 – Área determinada para apoio em agricultura biológica (por grupo
de cultura
Quadro n.º 20 - PDR 2020 - Pagamentos da Campanha 2015 – Ação 7.1 - Agricultura
Biológica: áreas pagas por tipo de cultura
Quadro n.º 21 - PDR 2020 - Pagamentos da Campanha 2015 – Ação 7.1 - Agricultura
Biológica: áreas pagas por região
Quadro n.º 22 PRORURAL+ - Pagamentos efetuados em 2015 - Agricultura Biológica: áreas
pagas por cultura
Quadro n.º 23 PRODERAM 2020- Pagamentos efetuados em 2015 - Agricultura Biológica:
áreas pagas por medida
Quadro nº24 - Ensino superior com cursos de Agricultura Biológica
Quadro nº25 - Cursos técnicos superiores profissionais
Quadro nº 26 – Síntese dos Planos Nacionais Desenvolvidos em outros países
Lista de acrónimos e abreviaturas

MPB – Modo de produção biológico


SAU – Superfície agrícola utilizada
RA 2009 – Recenseamento Agrícola de 2009
EDM – Região agrária de Entre Douro e Minho
TM – Região agrária de Trás-os- Montes
BL - Região agrária da Beira Litoral
BI - Região agrária da Beira Litoral
RO - Região agrária do Ribatejo e Oeste
ALT - Região agrária da Alentejo
ALG - Região agrária do Algarve
RURIS – Plano de Desenvolvimento Rural, RURIS (2000-2006)
AGRO – Programa Operacional Agricultura e Desenvolvimento Rural, AGRO (2000-2006)
PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural, PRODER (2007-2013)
PDR2020 - Programa de Desenvolvimento Rural continente, PDR2020 (2014-2020)
IFOAM- International Federation of Organic Agriculture Movements
RCOP - Comité de regulamentação da produção biológica
INTRODUÇÃO

O movimento da agricultura biológica na Europa surgiu no início do século XX, em resultado de


um conjunto de ideias, crenças, princípios filosóficos e da experimentação de novas técnicas
agrícolas. Atribui-se a Rudolf Steiner (Áustria, 1924), cientista e filósofo, a introdução de uma
perspetiva holística na agricultura, sendo considerado o fundador da agricultura biodinâmica.

Com a adesão de Portugal à CEE em 1986, o processo de institucionalização da agricultura


biológica em Portugal adquiriu um maior dinamismo, facilitando o acesso dos agricultores
biológicos ao mercado internacional.

A reforma da PAC iniciada em 1992 prevendo medidas para controlar e restringir a


sobreprodução de alguns produtos alimentares, incentivou uma agricultura de qualidade e
sustentável, contemplando a publicação do Regulamento (CEE) nº 2092/91 do Conselho de 24
Junho 1991, em vigor em 1992, um quadro harmonizado de regras de produção, de rotulagem
e de controlo dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios biológicos, tendo em vista
aumentar a confiança dos consumidores e garantir uma concorrência leal entre os produtores,
estabelecendo os primeiros passos para definição de uma política europeia em matéria de
agricultura e produção biológica.

Em Portugal, a área cultivada em agricultura biológica só a partir da década de 90 começou a


ter algum peso económico e social, tendo contribuído para este incremento as medidas de
política especificamente orientadas e assentes, designadamente, em apoios financeiros às
explorações agrícolas, assim como o aparecimento de organizações associativas como a
AGROBIO (1985) e de outras associações mais recentes de base regional, concebidas para a
oferta de serviços sobretudo de assistência técnica e a promoção e incentivo da agricultura
biológica na UE e no resto do mundo.

A produção biológica é entendida atualmente como um sistema global de gestão das


explorações agrícolas e de produção de géneros alimentícios que combina as melhores práticas
ambientais, um elevado nível de biodiversidade, a preservação dos recursos naturais, a
aplicação de normas exigentes em matéria de bem-estar dos animais e método de produção
em sintonia com a preferência de certos consumidores por produtos obtidos utilizando
substâncias e processos naturais e encontra-se suportada em vários princípios, segundo o
IFOAM - International Federation of Organic Agriculture Movements:

- A produção biológica deve sustentar e melhorar a saúde do solo, planta, animal, humana e
do planeta como uno indivisível;

- A produção biológica deve basear-se em sistemas ecológicos vivos e ciclos, trabalhar com
eles, imitá-los e ajudar a sustentá-los;

9
- A produção biológica deve basear-se relações que garantam a justiça e em conta o ambiente
comum e as oportunidades de vida;

- A produção biológica deve ser gerida com precaução e de forma responsável protegendo a
saúde e bem-estar da atual geração e futuro das gerações e do ambiente.

Em Portugal, como na UE, o número de agricultores que praticam este sistema de produção e
o número de consumidores que compram produtos biológicos tem crescido a um ritmo
considerável durante a última década. O mercado de produtos biológicos, estimulado por um
aumento constante da procura, desenvolveu-se significativamente. Em cada ano, 500 000
hectares de terrenos agrícolas convertem-se em terrenos de produção biológica na UE.

A atividade abrange toda a cadeia de produção, desde os produtores agrícolas e de


aquicultura, preparadores e transformadores, bem como os distribuidores e importadores de
produtos alimentares biológicos, cumprindo todos eles regras estritas.

O desafio global enfrentado pelo setor biológico consiste em garantir um crescimento


constante da oferta e da procura, o valor acrescentado, preservando ao mesmo tempo a
confiança dos consumidores.

Com a presente publicação a DGADR pretende disponibilizar num único documento elementos
relativos à evolução da produção biológica em Portugal e a sua implementação, de divulgação
ao público em geral, de fácil leitura, de atualização periódica, e de melhoria e desenvolvimento
permanente, baseada na sistematização e apuramento de informação de várias fontes
administrativas, na análise comparativa de elementos de caracterização da atividade agrícola
em geral, assim como na recolha de informação disponibilizada por outros Estados- Membros,
Comissão e organizações do setor, com vista a proporcionar uma visão estratégica global
respeitante à contribuição desta atividade para a diversificação e valorização da atividade
agrícola e de produção de géneros alimentícios de qualidade.

Lisboa, abril de 2017


1 PRINCIPAIS INDICADORES DA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO BIOLÓGICA NO
CONTINENTE

1.1 EVOLUÇÃO DA SUPERFÍCIE CULTIVADA

Os primeiros registos oficiais de superfície notificada em agricultura biológica verificaram-se


em 1994, ano em que a superfície total atingiu os 7.183 hectares. Este valor manteve-se
quase estacionário entre aquele ano e o de 1997, altura em que se registaram 12.193
hectares. Nos dois anos seguintes, 1998 e 1999, verificou-se um acréscimo que permitiu quase
quadruplicar aquele valor, registando-se uma área declarada de 47.974 hectares.

Durante o período de 2000 a 2006, época em que vigorou o Programa Ruris, a área notificada
passou de cerca de 50.000 para 214.232 hectares, tendo-se registado nesse mesmo período
os maiores acréscimos até agora verificados na evolução da superfície em agricultura biológica
(Figura nº1).

Figura nº 1 – Evolução da superfície em agricultura biológica (ha) - Continente

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: DGADR

Entre 2007 e 2013, após um novo acréscimo da superfície no primeiro ano para 229.717
hectares, passaram a verificar-se sucessivos decréscimos que até ao final do período,
corresponderam a cerca de -15% da superfície inicial deste período. Esta variação resulta não
só da alteração do regime de apoios ao modo de produção, mas também de uma alteração da
metodologia de recolha da informação estatística.

No ano de 2015, a superfície em agricultura biológica atingiu o valor de 239.864 hectares, o


que corresponde a um acréscimo de 12% face a 2014, traduzindo por um lado, a consolidação
da produção biológica e por outro, a resposta a um novo regime de apoios a este modo de
produção a vigorar de 2014 a 2020.

11
A reter: A superfície cultivada em agricultura biológica tem vindo a crescer de
forma sustentada, perspetivando-se que em 2020 ultrapasse os 250.000
hectares.

1.1.1 IMPORTÂNCIA DA SUPERFÍCIE EM AGRICULTURA BIOLÓGICA NA SAU DO CONTINENTE

Segundo o Recenseamento Agrícola de 2009 (RA 2009) realizado pelo INE, o peso da
superfície em agricultura biológica na Superfície Agrícola Utilizada (SAU) do Continente
representava 3%.

De acordo com o mesmo Recenseamento, a região do país com maior área de agricultura
biológica era o Alentejo, representando cerca de 59% do total da área do país, seguido da
Beira Interior com 26%. Contudo esta região era a que, em relação à sua SAU, tinha maior
peso da superfície em agricultura biológica, atingindo cerca de 8%, enquanto que no Alentejo
o peso da superfície em agricultura biológica não ultrapassava 3% da SAU da região.

Comparando os dados da superfície em agricultura biológica registada em 2015, com os dados


do RA 2009 em relação à SAU do Continente e por região (Quadro nº 1), verifica-se que o peso
da superfície total em agricultura biológica em relação à SAU total aumentou, passando para
cerca de 7%. Este acréscimo corresponde, para além do aumento em termos nacionais, a um
aumento generalizado da superfície em agricultura biológica em todas as regiões.

As regiões Alentejo e Beira Interior, no ano de 2015, continuavam a ser as que tinham maior
peso da superfície em agricultura biológica em relação à superfície total em agricultura
biológica no Continente (64% e 19%, respetivamente). Também a Beira Interior continuava a
ser a região com a maior superfície em agricultura biológica em relação à sua SAU, cerca de
13%, seguida do Alentejo com 8%.
Quadro nº1 – Importância da agricultura biológica (AB) em relação à SAU (2009 e 2015) - Continente

Peso da Peso da AB
SAU por região
AB na SAU Área em AB 2015* (2015) na
(2009)
Regiões (2009) SAU (2009)

Área Área Área Área


ha % % ha % %
Portugal 3.668.145 100 3 240.603 100 7
Continente 3.542.305 97 3 239.864 100 7
Entre-Douro e Minho 211.154 6 0 8.799 4 4
Trás-os-Montes 432.873 12 2 17.176 7 4
Beira Litoral 125.436 4 0 2.279 1 2
Beira Interior 337.031 10 8 44.547 19 13
Ribatejo e Oeste 391.006 11 1 11.276 5 3
Alentejo 1.956.505 55 3 152.969 64 8
Algarve 88.297 2 1 2.818 1 3
* Sem Floresta

Fonte: INE – RA 2009; DGADR - 2015

A reter: A superfície cultivada em agricultura biológica representa 7% da SAU do


Continente, sendo na Beira Interior e no Alentejo que se localiza cerca de
82% daquela superfície.

1.2 DIMENSÃO MÉDIA DAS EXPLORAÇÕES

A dimensão média do conjunto das explorações em agricultura biológica no Continente, no ano


de 2015, situava-se em cerca de 63 hectares (Quadro nº2), o que evidencia a natureza extensiva
deste modo de produção e configura que as explorações em agricultura biológica têm uma
dimensão média muito superior às explorações com agricultura convencional, a qual se situa,
segundo os dados do RA 2009, em 12 hectares por exploração.

Ainda comparando os dados de 2015 com os dados do RA de 2009, verifica-se que a dimensão
média das explorações em agricultura biológica registou uma descida de 79 para 63 hectares,
sendo que é aproximadamente, em média, 5 vezes superior à dimensão média das
explorações convencionais.

Ainda que as explorações em agricultura biológica tenham uma dimensão média elevada,
verifica-se uma variabilidade regional algo acentuada, uma vez que na Beira Litoral a
dimensão média é cerca de 9 hectares e no Alentejo a dimensão média é de 160 hectares. Na
região da Beira Interior a dimensão média situava-se nos 62 hectares e no Ribatejo e Oeste
nos 31 hectares.
Quadro nº 2 – Agricultura Biológica – Área total, nº de produtores
agrícolas e área média das explorações (2015) - Continente

Área
Área Produtores
Regiões média
ha nº ha
Continente 239.864 3.820 63
Entre-Douro e Minho 8.799 476 18
Trás-os-Montes 17.176 966 18
Beira Litoral 2.279 244 9
Beira Interior 44.547 716 62
Ribatejo e Oeste 11.276 360 31
Alentejo 152.969 959 160
Algarve 2.818 99 28

Fonte: DGADR

A reter: A dimensão média das explorações em agricultura biológica é cerca de 5


vezes superior a dimensão média das explorações convencionais. As maiores
explorações em agricultura biológica localizam-se na região Alentejo e na
Beira Interior.

1.2.1 DIMENSÃO MÉDIA DE CULTIVO EM AGRICULTURA BIOLÓGICA POR TIPO DE CULTURA

No ano de 2015, analisando por tipo de cultura a área média cultivada em agricultura
biológica, verifica-se que as pastagens são a cultura que apresenta maior área média de
cultivo, que para o conjunto das explorações do continente é de cerca de 121 hectares,
variando entre 20 hectares em Trás-os-Montes e 178 hectares no Alentejo (Quadro nº3).

As culturas forrageiras são o segundo tipo de culturas com maior área média de cultivo em
agricultura biológica. Para o conjunto do continente a superfície média é de 37 hectares,
variando entre 2 hectares no Entre Douro e Minho e 116 hectares no Algarve.

As culturas arvenses são o terceiro tipo de culturas com maior área média de cultivo em
agricultura biológica. Para o conjunto do continente a superfície média é de 20 hectares,
variando entre 1 hectare no Entre Douro e Minho e 39 hectares no Alentejo.

O Olival tem em média uma superfície de exploração de cerca de 13 hectares, variando entre 2
hectares no Algarve e 21 hectares no Alentejo.
Quadro nº 3 – Superfície média de cultivo em agricultura biológica por tipo de cultura – 2015 - Continente

Culturas Frutos Plantas Culturas


Culturas Pastagens Olival Vinha Fruticultura Horticultura Pousio
Arvenses Secos aromáticas Forrageiras
Regiões Agrárias ha ha ha ha ha ha ha ha ha ha
Continente 20 121 13 5 3 3 9 3 9 37
Entre-Douro e Minho 1 54 9 3 2 1 2 1 2 2
Trás-os-Montes 6 20 10 6 2 1 9 2 5 8
Beira Litoral 11 22 5 4 2 2 2 1 2 66
Beira Interior 12 89 10 5 5 4 4 1 15 22
Ribatejo e Oeste 8 155 7 4 3 2 17 10 3 24
Alentejo 39 178 21 10 5 7 42 2 16 49
Algarve 16 95 2 3 7 2 3 1 8 116

Fonte: DGADR

O pousio, em relação ao conjunto das explorações tem uma superfície média de cerca de 9
hectares, variando entre 2 hectares no Entre-Douro e Minho e Beira Litoral e 16 hectares no
Alentejo.

As plantas aromáticas têm uma área média de cultivo de 3 hectares, variando entre áreas
inferiores a 1 hectare, como se verifica na região de Entre-Douro e Minho e os 10 hectares no
Ribatejo e Oeste.

Os frutos secos têm uma área média de 9 hectares, variando entre 2 hectares no Entre Douro
e Minho e 42 hectares no Alentejo.

A vinha tem em média uma superfície de exploração de cerca de 5 hectares, variando entre 3
hectares no Entre-Douro e Minho e Algarve e 10 hectares no Alentejo.

A fruticultura tem em média uma superfície de exploração de cerca de 3 hectares, variando


entre 2 hectares no Entre-douro e Minho e em Trás-os-Montes e 7 hectares no Algarve.

A horticultura tem uma área média de cultivo no continente de cerca de 3 hectares, variando
entre 1 hectare no Entre Douro e Minho e em Trás-os-Montes e 7 hectares no Alentejo.

A reter: A dimensão da superfície cultivada em agricultura biológica por tipo de


cultura é muito variada, ainda que fortemente relacionada com a estrutura
fundiária das regiões agrárias e a natureza e destino das culturas. As culturas
com maiores áreas médias de cultivo são as pastagens e as culturas
forrageiras. As culturas com menores áreas médias de cultivo são a
fruticultura, a horticultura e as plantas aromáticas.
1.3 EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO CULTURAL DA SUPERFÍCIE EM AGRICULTURA
BIOLÓGICA

A evolução da ocupação cultural da superfície em agricultura biológica no Continente, no


período de 1994 a 2015, carateriza-se por um primeiro período em que a ocupação das
culturas ainda é praticada numa escala muito reduzida e o olival é a cultura com maior
expressão, de 1994 a 2001, e por um segundo período em que a ocupação cultural já
evidencia uma escala de cultivo bem mais expressiva e na qual as pastagens passam a ser a
cultura mais expressiva em termos de superfície em agricultura biológica (Figura nº2).

Figura nº2 – Agricultura biológica, principais culturas, área (ha) - Continente

180.000

Culturas
160.000
arvenses
Fruticultura
140.000
Frutos secos

120.000 Horticultura

Olival
100.000
Pastagens

80.000 Plantas
aromáticas
Pousio
60.000
Vinha

40.000 Culturas
forrageiras

20.000

0
94

95

96

97

98

99

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15
19

19

19

19

19

19

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

Fonte: DGADR

Analisando mais em detalhe, verifica-se que logo no ano de 1994, a ocupação cultural da
superfície em agricultura biológica começou por apresentar um domínio do olival, que
representava inicialmente cerca de 50% das culturas declaradas (Figura nº3).

No ano de 1999 já se verificava uma ocupação cultural distinta na qual o olival ainda
representava cerca de 40% da superfície em agricultura biológica, mas as culturas arvenses já
representavam 23% e as pastagens 24%.
Figura nº3 – Agricultura Biológica, principais culturas, 1994/1999, áreas (ha) - Continente
25.000

C ulturas
arvenses
Fruticultura

20.000
Frutos
secos
Horticultura

Olival
15.000

Pastagens

Plantas
aromáticas
10.000 Pousio

Vinha

5.000

0
1994 1995 1996 1997 1998 1999

Fonte: DGADR

A partir do ano de 2001 as pastagens começam a ter um acréscimo progressivo e acentuado,


evoluindo de 27.818 hectares, naquele ano, para 141.976 hectares no ano de 2005.
Simultaneamente regista-se um ligeiro decréscimo da superfície de olival, estabilizando em
cerca de 19.000 hectares.

No ano de 2006 as pastagens representam 68% da superfície em agricultura biológica, as


culturas arvenses 19%, o olival 9% e os frutos secos cerca de 2%. As restantes culturas
apresentam ainda um peso pouco significativo (Figura 4).

Figura nº4 – Agricultura biológica, principais culturas, 2000/2006, área (ha) - Continente

160.000

140.000

120.000

C ulturas arvenses
Fruticultura
100.000
Frutos secos
Horticultura
Olival
80.000
Pastagens
Plantas aromáticas
Pousio
60.000
Vinha
C ulturas forrageiras

40.000

20.000

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: DGADR
No período de 2007-2014 realça-se o acentuado decréscimo da superfície das culturas
arvenses, quer em área (cerca de 30.000ha) quer em importância relativa (passando de 17%
para apenas 4% da superfície em agricultura biológica). Em sentido inverso, destaca-se o
aumento considerável verificado nas plantas aromáticas (mais de 1.000ha), na horticultura e
na fruticultura (tendo ambas duplicado a sua área). (Figura nº5).

Figura nº 5 - Agricultura biológica, principais culturas, 2007/2014, área (ha) - Continente


180.000

C ulturas
arvenses
160.000
Fruticultura

Frutos secos
140.000
Horticultura

Olival
120.000
Pastagens

Plantas
100.000 aromáticas
Pousio

Vinha
80.000

C ulturas
forrageiras
60.000

40.000

20.000

0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: DGADR

No ano de 2015 em que a superfície total em agricultura biológica no Continente atinge


239.864 hectares, a ocupação cultural é dominada pelas pastagens, que representam cerca de
70% da superfície em agricultura biológica, seguindo-se como culturas com maior
representatividade, o olival, que ocupa 9% da superfície, as culturas forrageiras com cerca de
8%, os frutos secos com cerca de 4% e as culturas arvenses com cerca de 3%. Por outro lado,
ainda que com reduzido peso aparecem um conjunto de culturas que evidenciam uma
acentuação da diversidade de culturas já realizadas em agricultura biológica, tais como a
fruticultura e a vinha que correspondem a cerca de 1,5% e 1,1%, respetivamente, seguidos da
horticultura ocupando cerca de 0,6% e das plantas aromáticas com 0,5% da superfície em
agricultura biológica. O pousio registado representa neste ano 2,7% da superfície (Figura nº6).
Figura nº6 – Ocupação cultural da superfície em agricultura biológica- 2015 - Continente

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Pastagens 69,5

Olival 9,0

C ulturas forrageiras 8,1

Frutos secos 3,7

C ulturas arvenses 3,2

Pousio 2,7

Fruticultura 1,5

Vinha 1,1

Horticultura 0,6

Plantas aromáticas 0,5

Fonte: DGADR

A reter: A superfície cultivada em agricultura biológica é destinada de forma


dominante, cerca de 80%, a pastagens e forragens destinadas a alimentar o
efetivo pecuário. Apenas 20% daquela superfície é destinada à produção de
bens alimentares dirigidos ao consumo alimentar direto ou para
transformação.

1.3.1 DISTRIBUIÇÃO DAS CULTURAS POR REGIÃO AGRÁRIA

Tendo por referência os dados de 2015 verifica-se que a superfície com culturas arvenses em
agricultura biológica se localiza dominantemente no Alentejo, cuja área corresponde a 75% do
total e na Beira Interior com uma área correspondente a 16% do total (Quadro nº 4).

As pastagens permanentes apresentam uma distribuição semelhante, 69% no Alentejo e 19%


na Beira Interior.

As culturas forrageiras, apesar da distribuição similar, apresentam um maior peso no Alentejo,


82%, enquanto na Beira interior se situa apenas em 8%.

O pousio corresponde a 31% do total da superfície em agricultura biológica no Alentejo e na


Beira Interior a 47%.
A distribuição deste tipo de culturas por estas duas regiões decorre essencialmente da sua
relação com a atividade pecuária em agricultura biológica igualmente expressiva nestas
regiões, do peso que assumem na área total em agricultura biológica e das suas características
agroecológicas.

Quadro nº 4 - Distribuição dos diferentes tipos de cultura por região – 2015 - Continente

Culturas Culturas Arvenses Pastagens Olival Vinha Fruticultura Horticultura Frutos Secos Plantas aromáticas Pousio Culturas Forrageiras

Regiões Agrárias % % % % % % % % % %
Continente 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
EDM 1 4 2 6 10 5 2 10 2 1
TM 3 2 30 39 9 2 64 2 6 1
BL 3 0 1 5 6 8 1 4 2 3
BI 16 19 19 28 28 11 5 3 47 8
RO 2 5 2 5 14 15 4 64 8 2
ALT 75 69 46 16 20 54 24 16 31 82
ALG 2 1 0 1 13 5 0 2 4 2

Fonte: DGADR

O olival apresenta uma distribuição essencialmente centrada em três regiões. O Alentejo é a


região que maior área tem de olival em agricultura biológica, com 46%, seguindo-se Trás-os-
Montes com 30%, e a Beira Interior com 19%.

A vinha em agricultura biológica tem a sua maior expressão em Trás-os-Montes,


correspondendo a sua superfície a cerca de 39% da área total e na Beira Interior a qual pesa
28% em relação ao total. No Algarve a vinha apenas representa 1%. Nas restantes regiões
varia entre 5% na Beira Litoral e 16% no Alentejo.

A fruticultura tem a sua maior expressividade na Beira Interior com 28%, seguida pelo
Alentejo com 20% da superfície em agricultura biológica. Mas a sua distribuição por outras
regiões é ainda significativa, correspondendo a 14% no Ribatejo e Oeste e 13% no Algarve.

A horticultura assume a maior importância no Alentejo cuja área corresponde a 54% e no


Ribatejo e Oeste com 15%. Na Beira Interior a horticultura corresponde a cerca de 11% e na
Beira Litoral a 8%.

Os frutos secos localizam-se essencialmente em Trás-os-Montes correspondendo a superfície


cultivada nesta região a 64% da superfície total em agricultura biológica.

As plantas aromáticas em agricultura biológica cultivam-se essencialmente no Ribatejo e Oeste


cuja superfície corresponde a cerca de 64% do total. O Alentejo cuja superfície representa
16% e o Entre Douro e Minho com 10%, são duas regiões onde as plantas aromáticas já
atingem igualmente alguma expressividade.
A reter: A superfície cultivada com pastagens, culturas forrageiras, culturas
arvenses, pousio e olival têm a sua maior representatividade na ocupação
cultural das explorações em agricultura biológica do Alentejo.
A fruticultura tem a sua maior expressão na ocupação cultural das
explorações em agricultura biológica da Beira Interior e do Alentejo.
A superfície cultivada com horticultura tem a sua maior expressão na
ocupação cultural das explorações em agricultura biológica do Alentejo.
A superfície cultivada com frutos secos tem a sua maior expressão na
ocupação cultural das explorações em agricultura biológica de Trás-os-
Montes.
A superfície cultivada com plantas aromáticas tem a sua maior expressão na
ocupação cultural das explorações em agricultura biológica do Ribatejo e
Oeste.

1.4 EVOLUÇÃO DOS EFETIVOS PECUÁRIOS EM PRODUÇÃO BIOLÓGICA

A produção animal em agricultura biológica tem vindo a expandir-se. Se em 2002 apenas o


efetivo pecuário de ovinos em agricultura biológica tinha alguma expressividade com 38.072
cabeças, tal já não acontece em 2015. Neste ano o efetivo pecuário biológico total inclui
96.876 cabeças de bovinos, 108.337 de ovinos e as aves atingem o valor de 61.062 bicos,
estando registadas 55.001 colmeias. Ainda que sem expressividade numérica relevante, já se
registam efetivos em produção biológica de suínos, caprinos e equídeos.

Figura nº7 – Efetivo pecuário em agricultura biológica, por espécies, nº de efetivos -


Continente

140.000 Bovinos

120.000 Suínos

100.000 Caprinos

80.000
Ovinos

60.000
Equídeos

40.000
Aves

20.000
Apicultura
(nº
0 colmeias)
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: DGADR
Conforme se pode visualizar na Figura nº7, no período de 2002 a 2006, verificou-se um
acréscimo expressivo dos efetivos pecuários de ovinos, bovinos e de aves, como resultado dos
apoios então disponibilizados pelo programa RURIS.

Após 2007 e até 2009 verifica-se um ligeiro decréscimo daquelas espécies, que apenas
recupera ligeiramente no ano de 2010, tendência positiva que se mantém até 2015. Neste
último período verifica-se também um aumento acentuado do nº de colmeias. A queda inicial e
a ligeira recuperação resultam de um quadro de apoios à produção biológica menos
estimulantes que os anteriores, que se traduziu na perda de efetivos para a produção
convencional.

A reter: As principais espécies exploradas em agricultura biológica são a bovina,


ovina, aves e apícola.

1.4.1 DISTRIBUIÇÃO DOS EFETIVOS PECUÁRIOS POR REGIÃO

Em 2015, o efetivo bovino localizava-se essencialmente na Região Alentejo, correspondendo a


cerca de 69% do total, na Beira Interior com cerca de 18% e no Ribatejo e Oeste com cerca de
6% (Quadro nº 5).

O efetivo ovino repartia-se regionalmente com maior expressão no Alentejo onde se


localizavam 63% das cabeças, seguido da Beira Interior com 29% e de Trás-os-Montes com
4%.

Quadro nº5 - Efetivos pecuários em agricultura biológica, por espécie e por região – 2015 - Continente

Espécies Bovinos Suínos Caprinos Ovinos Equídeos Aves Apicultura


Regiões Agrárias % % % % % % %
Continente 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
EDM 5% 3% 35% 0% 1% 2% 5%
TM 2% 5% 11% 4% 3% 0% 69%
BL 0% 17% 5% 0% 1% 43% 2%
BI 18% 0% 20% 29% 42% 5% 12%
RO 6% 0% 0% 1% 2% 42% 2%
ALT 69% 73% 28% 63% 52% 7% 9%
ALG 0% 1% 0% 2% 0% 0% 1%

Fonte: DGADR

As aves repartiam-se essencialmente pela Beira Litoral com 43% e pelo Ribatejo e Oeste, onde
se localiza cerca de 42% do efetivo.

No que respeita à apicultura, 69% das colmeias localizam-se em Trás-os-Montes, 12% na


Beira Interior e 9% no Alentejo.

Quanto ao efetivo suinícola, 73% do total localizava-se no Alentejo.


A reter: A região Alentejo concentra o maior número de efetivos pecuários
explorados em agricultura biológica da espécie bovina, ovina e suína.
A região Beira Litoral e a região Ribatejo e Oeste concentram o maior número
de efetivos de aves exploradas em agricultura biológica.
A região de Trás-os-Montes concentra o maior número de efetivos apícolas.

1.4.2 DIMENSÃO MÉDIA DOS EFETIVOS PECUÁRIOS

Considerando o número de cabeças e a corpulência constata-se que o efetivo bovino é o mais


importante no conjunto das espécies exploradas em produção biológica. No ano de 2015 o nº
de cabeças atingia as 96.876. O efetivo médio no continente era de 122 cabeças, variando
entre 36 em Trás-os-Montes e 476 no Ribatejo e Oeste (Quadro nº6).

Quadro nº6 - Dimensão média dos efetivos pecuários em agricultura biológica, por espécie e por região –
2015 - Continente

Espécies Bovinos Suínos Caprinos Ovinos Equídeos Aves Apicultura

nº de nº de nº de nº de nº de nº de nº de
Regiões Agrárias
cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças cabeças
Continente 122 32 75 279 8 1.327 263
Entre-Douro e Minho 48 15 175 30 1 137 105
Trás-os-Montes 36 40 104 148 1 30 410
Beira Litoral 60 36 54 48 1 4.403 95
Beira Interior 79 --- 65 270 9 3.000 257
Ribatejo e Oeste 476 2 4 138 4 1.716 85
Alentejo 159 38 52 316 12 373 144
Algarve 89 7 5 865 --- --- 194

Fonte: DGADR
Nota: Nº de cabeças – nº de animais independentemente da classe, aptidão, etc.

Os ovinos são o segundo efetivo mais importante em número de cabeças. A dimensão média
de um rebanho em agricultura biológica situa-se nas 279 cabeças, variando entre 30 cabeças
no Entre Douro e Minho e as 865 cabeças no Algarve.

Igualmente as aves constituem um efetivo bastante importante, uma vez que este já engloba
cerca de 61.062 bicos. Em termos de explorações do continente o efetivo médio situa-se em
1.327 bicos, variando entre a inexistência de explorações em agricultura biológica na região do
Algarve e uma dimensão média máxima de 4.403 bicos na Beira Litoral.

A apicultura em agricultura biológica reúne cerca de 55.001 colmeias. A dimensão média dos
apiários no continente é de cerca de 263 colmeias, variando entre 85 colmeias no Ribatejo e
Oeste e as 410 colmeias em Trás-os-Montes.

Os caprinos tendo ainda uma expressão global reduzida em termos de dimensão média do
rebanho, apresentam já uma considerável expressão. Com efeito a dimensão média do
rebanho de caprinos em agricultura biológica é de 75 cabeças, variando entre as 4 cabeças no
Ribatejo e Oeste e as 175 cabeças em Entre Douro e Minho.

Os suínos integram também o conjunto das espécies que têm ainda uma fraca expressão na
agricultura biológica. Em 2015, o nº de cabeças era de 829. A dimensão média do efetivo por
exploração no continente era de apenas 32 cabeças, variando entre a inexistência de efetivos
na Beira Interior e as 40 cabeças em Trás-os-Montes.

Finalmente os equídeos, espécie em agricultura biológica com a menor dimensão, apenas


reúnem 177 cabeças no conjunto das explorações do continente. O efetivo médio é de 8
cabeças por exploração, variando entre a inexistência no Algarve e as 12 cabeças na região do
Alentejo.

A reter: A dimensão média por produtor dos efetivos pecuários explorados em


agricultura biológica é de 122 cabeças na espécie bovina, 279 cabeças na
espécie ovina, 1.327 bicos nas aves, 263 colmeias na apicultura, 75 cabeças
nos caprinos, 32 cabeças nos suínos e 8 cabeças nos equídeos.

1.5 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PRODUTORES AGRÍCOLAS

No ano de 1994 estavam registados 234 produtores agrícolas em agricultura biológica. Apenas
em 2002 aquele número ultrapassou o milhar, revelando uma adesão lenta ao modo de
produção (Figura nº 8).

Figura nº8 – Agricultura Biológica – Total de Produtores (nº) - Continente


4.000

3.000

2.000

1.000

0
94

95

96

97

98

99

00

01

02

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15
19

19

19

19

19

19

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

20

Fonte: DGADR

No final de 2006 o número de produtores registados era então de 1550 produtores agrícolas.
Entre 2007 e 2009 regista-se uma quebra no número de produtores em agricultura biológica,
que resulta por um lado, do processo de transição entre programas de apoio, como foi o caso
da mudança entre o AGRO e o PRODER, e por outro lado, da alteração de metodologia na
obtenção da informação.

Entre 2009 e 2015 constata-se uma adesão acentuada de novos produtores o que permitiu
duplicar neste período o número de produtores.

Assim, no ano de 2015, o número de produtores já atinge um total de 3.837 produtores


agrícolas, o que corresponde ao maior número existente no Continente no período que medeia
entre 1994 e 2015.

A reter: O número de produtores agrícolas biológicos tem vindo sucessivamente a


aumentar.

1.5.1 PRODUTORES POR TIPO DE CULTURA

No ano de 2004 verificava-se que a maior parte dos produtores agrícolas em agricultura
biológica explorava olival e pastagens, 761 e 555 produtores, respetivamente (Figura nº 9).

Numa ordem de grandeza mais reduzida, havia um segundo grupo de produtores agrícolas que
se dedicavam às culturas arvenses (370), fruticultura (245), frutos secos (269) e horticultura
(214).

Figura nº9 – Nº de produtores por tipo de cultura em 2004 - Continente

Olival 761

Pastagens 555

C ulturas arvenses 370

Frutos Secos 269

Fruticultura 245

Horticultura 214

Vinha 188

Pousio 98

Plantas Aromáticas 27

0 100 200 300 400 500 600 700 800

Fonte: DGADR
Por último verificava-se que apenas um número reduzido de produtores se dedicava à
produção de plantas aromáticas (27) e vinha (188).
Analisando o ano de 2015, já se verifica uma situação algo diferente quanto ao volume de
produtores que se dedicam a determinadas culturas (Figura nº 10).

Neste ano verifica-se que o maior número de produtores continua a centrar a sua produção no
olival e nas pastagens, 1.708 e 1.375 produtores, respetivamente.

Um segundo grupo de produtores, também muito expressivo, dedica-se à fruticultura e aos


frutos secos, 1.133 e 953 produtores, respetivamente.

Figura nº 10 – Nº de produtores por tipo de cultura em 2015 - Continente

Olival 1708

Pastagens 1375

Fruticultura 1133

Frutos Secos 953

Pousio 742

Horticultura 548

C ulturas Forrageiras 533

Vinha 501

C ulturas arvenses 383

Plantas Aromáticas 328

0 500 1000 1500 2000

Fonte: DGADR

Um terceiro grupo de produtores, já com alguma expressão, integra na sua produção a


horticultura (548), as culturas forrageiras (533), a vinha (501) e as culturas arvenses (383).

No que respeita ao número de produtores de plantas aromáticas verifica-se que registou um


extraordinário aumento, tendo passado de 27 produtores em 2004, para 328 em 2015.

O pousio é praticado por 742 produtores.


A reter: O olival, as pastagens permanentes e a fruticultura ocupam um número de
produtores superior a 1000.
Os frutos secos ocupam um número de produtores que se situa na ordem dos
900.
A horticultura, as culturas forrageiras e a vinha situam-se nos 500
produtores.
O número de produtores que se dedicam à produção de plantas aromáticas
registou um aumento acentuado e, tal como o setor das culturas arvenses,
ocupam um número de produtores acima de 300.

1.6 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PRODUTORES PECUÁRIOS

O número total de produtores pecuários em agricultura biológica no ano de 2004 era de 446
produtores pecuários.

Num período de 11 anos, de 2004 a 2015, verifica-se que aquele número quase triplica,
atingindo-se os 1324 produtores (Figura nº 11).

Figura nº 11 – Nº de produtores pecuários biológicos - Continente

1500
1324

1053
1003 978
937 964
1000

786 792

662
603 616

500 446

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: DGADR

Registando um crescimento sistemático anual sempre positivo, apenas no ano de 2009 se


verifica um decréscimo em virtude da transição entre programas de apoio e da alteração da
metodologia utilizada na obtenção e tratamento da informação estatística relativa à produção
biológica. No ano de 2013 também se regista uma redução não significativa de produtores,
logo anulada no ano de 2014, igualmente resultante da transição entre programas.

A reter: Em 2015 estão registados 1.324 produtores pecuários em agricultura


biológica.

1.6.1 EVOLUÇÃO DO TIPO DE PRODUTORES POR ESPÉCIE PECUÁRIA

Analisando a evolução do número de produtores pecuários biológicos por tipo de espécie


explorada, verificamos que o ritmo de crescimento é muito similar ao identificado para o
conjunto dos produtores. Apenas na apicultura há um crescimento positivo contínuo no período
de 2004 a 2012, que se acentuou nos anos de 2010 a 2012 (Figura nº 12).

Figura nº 12 – Efetivo pecuário biológico, por espécies – nº de produtores - Continente

800

700

600

500

400

300

200

100

0
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

B o vino s Suíno s Caprino s Ovino s Equídeos A ves A picultura (nº de Co lmeias)

Fonte: DGADR

A espécie que maior número de produtores pecuários explora em produção biológica é a


bovina, o que é verificável em todos os anos do período em análise.

A segunda espécie igualmente explorada por um elevado número de produtores pecuários em


produção biológica é a ovina, o que também se verifica em todos os anos.

As restantes espécies têm uma menor importância no que respeita ao número de produtores
que as exploram, uma vez que, com exceção da apicultura, nunca atingem a centena de
produtores. Com efeito, a apicultura tem registado aumentos sucessivos desde 2010, tendo
atingido os 209 produtores em 2015.

A reter: Os produtores pecuários biológicos exploram na grande maioria bovinos e


ovinos.

1.7 NATUREZA JURÍDICA DOS PRODUTORES EM PRODUÇÃO BIOLÓGICA

De acordo com os dados do RA 2009 realizado pelo INE (Quadro nº7), podemos verificar que
76% das explorações em agricultura biológica assume a figura jurídica de “produtor singular”,
tal como acontece em relação às explorações em agricultura convencional, não sendo por isso
um elemento distintivo dos produtores biológicos.

Quadro nº 7 – Natureza jurídica do produtor biológico, por região (2009) - Continente

Produtor singular Sociedades Outras formas


Regiões Explorações Explorações Explorações
Nº % Nº % Nº %
Continente 882 100% 255 100% 20 100%
EDM 58 7% 18 7% 2 10%
TM 317 36% 32 13% 4 20%
BL 19 2% 14 5% 6 30%
BI 238 27% 57 22% 5 25%
RO 45 5% 27 11% 0 0%
ALE 185 21% 103 40% 3 15%
ALG 20 2% 4 2% 0 0%

Fonte: INE-RA 2009

Contrariamente, a forma jurídica da “sociedade comercial agrícola” assume uma expressão


bastante maior nos produtores biológicos do que nos produtores convencionais. Com efeito a
forma societária é assumida por 22% das explorações em agricultura biológica (Quadro nº8).

Os “produtores singulares” em agricultura biológica situam-se maioritariamente na região de


Trás-os-Montes, correspondendo a 36% do total. O conjunto das regiões de Trás-os-Montes,
Beira Interior e Alentejo, reúne 84% dos produtores singulares.

As “sociedades agrícolas” são essencialmente representativas no Alentejo, onde se situam


40% do total das sociedades em agricultura biológica. As regiões do Alentejo, Beira Interior e
Trás-os-Montes reúnem 75% dos produtores com a forma societária.

Analisando a relação entre a natureza jurídica do produtor e a SAU detida verifica-se que os
produtores singulares detinham 52% da SAU em agricultura biológica no continente, e que os
produtores sob a forma de sociedades detinham 46% da SAU, relação que atesta a
importância deste último tipo de explorações pela sua dimensão física e económica.
Quadro nº 8 – Natureza jurídica do produtor em agricultura biológica, por região (2009) -
Continente

Produtor singular Sociedades Outras formas


Regiões SA Utilizada SA Utilizada SA Utilizada
hectares % hectares % hectares %
Continente 51.220 100% 45.279 100% 2.137 100%
EDM 272 1% 362 1% 15 1%
TM 5.632 11% 1.528 3% 160 7%
BL 153 0% 125 0% 22 1%
BI 17.906 35% 7.703 17% 55 3%
RO 814 2% 4.701 10% 0 0%
ALE 26.242 51% 30.275 67% 1.885 88%
ALG 201 0% 585 1% 0 0%

Fonte: INE-RA 2009

Em relação à SAU detida pelos “produtores singulares” verifica-se que tem a sua maior
expressão no Alentejo onde se localiza 51% da SAU em agricultura biológica, seguida da Beira
Interior onde se localiza 35%.

As sociedades localizadas no Alentejo detêm 67% da SAU sob esta forma jurídica.

A SAU detida pelas explorações com outras “formas jurídicas” (cooperativas, associações,
fundações, entre outras), localiza-se essencialmente na região Alentejo (88%).

A reter: A natureza jurídica dos produtores em agricultura biológica é


dominantemente a de “pessoa singular”.
A forma jurídica “sociedades” é mais expressiva nos produtores em
agricultura biológica do que nos produtores convencionais.
As regiões de Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo concentram 84% dos
“produtores singulares” e 74% dos produtores “sociedades”.
Os produtores em agricultura biológica com a forma jurídica “sociedades”
detêm cerca de 46% da SAU em agricultura biológica.

1.8 REGIÕES AUTÓNOMAS

Ainda que a maior parte dos dados disponíveis incluam apenas o Continente, existe alguma
informação, recolhida no seu essencial a partir de fontes administrativas, que permitem obter
alguma caracterização sobre a realidade deste modo de produção nas Regiões Autónomas.

Constata-se que, em valores absolutos, e de acordo com os dados fornecidos pelos relatórios
anuais dos OC, a área em agricultura biológica assume uma maior dimensão na RAA (588ha
em 2015) do que na RAM (151ha em 2015) (Figura nº 13). Em ambas as regiões, ocorreu em
2015, um aumento considerável da área em agricultura biológica face aos anos anteriores.
Figura nº 13 - Superfície agrícola em agricultura biológica (ha) - Regiões Autónomas

Fonte: DGADR

Contudo, relacionando os valores absolutos de 2015 com os valores da SAU disponibilizados


pelo INE (de 2009), verifica-se que a área em agricultura biológica assume uma maior
importância relativa na RAM do que na RAA, ficando contudo muito aquém da importância
relativa registada no Continente (Figura nº 14).

Figura nº 14 – Peso da área em agricultura biológica na SAU (%) - Regiões Autónomas

Fonte: DGADR, INE

Em 2015 verificou-se um aumento do número de operadores nas duas regiões autónomas,


sendo que, ao contrário do verificado em anos anteriores, o n.º de operadores na RAM
suplantou o da RAA.
Figura nº 15– Número de operadores em produção biológica - Regiões Autónomas

Fonte: DGADR

Quanto ao tipo de culturas, verifica-se uma grande discrepância entre as duas regiões
autónomas (Figura nº 16). Na RAA predomina a área dedicada a pastagens (ca. 500ha),
seguindo-se a grande distância as áreas dedicadas à horticultura e à fruticultura (ca. 30ha
cada uma). Pelo contrário, na RAM verifica-se um maior equilíbrio entre os vários tipos de
ocupação cultural, ainda que com predomínio da fruticultura (ca. 70ha).

Figura nº 16 – Área ocupada por tipo de cultura em 2015 (ha) - Regiões Autónomas

Fonte: DGADR

Também se verificam diferenças entre as duas regiões autónomas quanto ao efetivo pecuário
em produção biológica: na RAA predomina o efetivo bovino, ao passo que na RAM as aves que
assumem maior importância (Figura nº 17). Note-se que estes dados se referem ao número de
cabeças (e não de cabeças-normais). No caso da apicultura, os dados dizem respeito ao
número de colmeias.
Figura nº 17 – Número de cabeças em produção biológica em 2015 (apicultura: n.º de
colmeias) - Regiões Autónomas

Fonte: DGADR

A reter: A superfície cultivada em agricultura biológica nas RA tem vindo


igualmente a crescer. Na RAA predomina a área dedicada a pastagens e o
efetivo bovino. Na RAM a fruticultura e as aves assumem maior
importância.

2 A PRODUÇÃO BIOLÓGICA NOS ANOS DE 2014 E DE 2015

2.1 OPERADORES EM PRODUÇÃO BIOLÓGICA

A produção biológica envolve toda a cadeia de produção, desde a produção primária, à


transformação e comercialização até ao consumidor final, envolvendo as atividades de
importação e distribuição.

No ano de 2014 estavam registados como operadores sob controlo em produção biológica em
Portugal, 3.649 operadores, dos quais 91% como operadores agrícolas ao nível da produção
primária (Quadro nº 9).

Quadro n.º 9 – Operadores biológicos registados – 2014/2015 - Portugal

Variação
Operadores - 2014 Operadores - 2015
2014/2015

nº % nº % %
Total 3.649 100% 4.531 100% 24%
Produtores agrícolas* 3.329 91% 4.142 91% 24%
Produtores aquícolas 3 0% 3 0% 0%
Preparadores 540 15% 604 13% 12%
Importadores 2 0% 2 0% 0%
Outros operadores 36 1% 51 1% 42%

*inclui produtores pecuários


Fonte: DGADR
Os preparadores, localizados no segmento da transformação e da comercialização,
evidenciavam já em 2014, um número com grande importância e correspondiam a 15% do
conjunto dos operadores em produção biológica.

No ano de 2015, sem que haja uma alteração substancial da caracterização anterior verifica-se
um crescimento de cerca de 24% do total de operadores, que passam a ser 4.531, resultado
fundamentalmente do aumento verificado a nível dos produtores agrícolas e dos preparadores.

No que se refere aos produtores aquícolas e aos importadores de produtos biológicos manteve-
se o reduzido número de operadores (3 operadores na primeira situação e 2 operadores neste
último segmento).

Finalmente os “outros operadores”, que reúnem os distribuidores de produtos biológicos e


outro tipo de operadores mais específicos, registaram um acréscimo de 42% de 2014 para
2015, correspondendo a 1% do total de operadores. Não se registaram alterações no número
de produtores aquícolas.

2.2 SUPERFÍCIE CULTIVADA EM AGRICULTURA BIOLÓGICA

A superfície agrícola utilizada em agricultura biológica em Portugal no ano de 2014, situava-se


em 213.470 hectares, tendo aumentado cerca de 13% em 2015, passando a situar-se nos
240.632 hectares (Quadro nº 10).

Quadro n.º 10 – Superfície cultivada em agricultura biológica por tipo de culturas –


2014/2015 - Portugal

Variação
SAU e Superfície Área - 2014 Área - 2015
2014/2015
cultivada
ha % ha % %
SAU total 213.470 100% 240.632 100% 13%
Culturas temporárias 24.586 12% 29.789 12% 21%
Pousio 7.479 4% 6.553 3% -12%
Pastagens permanentes 152.061 71% 167.292 70% 10%
Culturas permanentes 29.344 14% 36.998 15% 26%

Fonte: DGADR

Em 2014 a superfície em agricultura biológica estava predominantemente ocupada com 71%


de pastagens permanentes, 14% de culturas permanentes e 12% de culturas temporárias.

No ano de 2015 mantém-se este perfil de ocupação cultural, ainda que com pequenas
variações relativas, com aumentos mais significativos na área ocupada com culturas
permanentes, onde se verifica um acréscimo de 26% e na área ocupada com culturas
temporárias em que se verifica igualmente um acréscimo de 21%. Em sentido inverso, a área
de pousio registou um decréscimo de 12%.

A reter: A SAU em agricultura biológica em 2015 é ocupada em 70% por


pastagens permanentes, 12% por culturas temporárias, 15% por culturas
permanentes e 3% por pousio.

2.3 SUPERFÍCIE CULTIVADA COM CULTURAS TEMPORÁRIAS

A superfície cultivada com culturas temporárias atingia no ano de 2014 os 24.586 hectares,
aumentando no ano de 2015 cerca de 21%, passando a ocupar 29.789 hectares (Quadro nº 11).

Em 2014, a superfície encontrava-se ocupada essencialmente por prados temporários e


culturas forrageiras, representando cerca de 55% da superfície com culturas temporárias. Os
cereais eram o segundo grupo de culturas com maior peso, ocupando cerca de 33% da área
com culturas temporárias. As culturas industriais apenas ocupavam 5% daquela área e as
culturas hortícolas não excediam 6%. As leguminosas secas para grão e as plantas com
tubérculos eram cultivadas em áreas muito reduzidas, 0,3% e 0,1% respetivamente.

Quadro n.º 11 – Superfície cultivada em agricultura biológica com culturas temporárias 2014/2015 -
Portugal

Variação
Área - 2014 Área - 2015
Culturas temporárias 2014/2015
ha % ha % %
Culturas temporárias - Total 24.586 100% 29.789 100% 21%
Cereais 8.135 33% 6.745 23% -17%
Leguminosas secas para grão 72 0,3% 714 2% 892%
Plantas com tubérculos* 25 0,1% 28 0% 12%
Culturas industriais 1.295 5% 1.311 4% 1%
Prados temporários e culturas forrageiras 13.463 55% 19.557 66% 45%
Culturas hortícolas 1.596 6% 1.434 5% -10%

Fonte: DGADR *Batata doce; Batata; Inhame

Comparando o ano de 2014 com o de 2015, verifica-se que há um aumento muito acentuado
da área de leguminosas secas para grão, de 72 ha em 2014, para 714 ha em 2015. Também a
área dedicada aos prados temporários e culturas forrageiras regista um aumento de 13.643
ha, em 2014 para 19.557 ha, em 2015.

Pode também constatar-se que existiu uma redução das áreas, no que diz respeito aos cereais
(-17%) e às culturas hortícolas (-10%).

A reter: As principais culturas temporárias em agricultura biológica no ano de 2015


são os prados temporários e culturas forrageiras, que ocupam 66% da
superfície com culturas temporárias e os cereais que ocupam 23%.
2.4 SUPERFÍCIE CULTIVADA COM CULTURAS PERMANENTES

As culturas permanentes em agricultura biológica ocupavam em 2014 uma superfície cultivada


de 29.344 hectares, aumentando no ano de 2015 cerca de 26%, passando a ocupar 36.998ha
(Quadro nº 12).

No ano de 2014, o olival era a cultura permanente predominante uma vez que a superfície que
ocupava correspondia a 65% da superfície dedicada a este tipo de culturas.

Quadro n.º 12 – Superfície cultivada em agricultura biológica com culturas permanentes – 2014/2015
-Portugal

Variação
Área - 2014 Área - 2015
Culturas permanentes 2014/2015
ha % ha % %
Culturas permanentes - Total 29.344 100% 36.998 100% 26%
Frutos frescos 1.242 4% 1.451 4% 17%
Frutos subtrobicais 451 2% 553 1% 23%
Pequenos frutos de baga 730 2% 918 2% 26%
Frutos de casca rija 4.588 16% 8.798 24% 92%
Citrinos 177 1% 338 1% 91%
Vinha 2.772 9% 2.734 7% -1%
Olival 19.024 65% 21.694 59% 14%
Outras culturas permanentes 359 1% 510 1% 42%

Fonte: DGADR

Os frutos de casca rija eram o segundo conjunto de culturas permanentes com maior ocupação
cultural, a qual correspondia em relação ao total 16% da superfície.

A vinha era a terceira cultura mais importante, mas sem exceder os 9% da superfície total.

No ano de 2015 mantém-se o mesmo perfil de ocupação do ano anterior, sendo de registar o
aumento significativo da superfície ocupada com frutos de casca rija, cerca de 92% e dos
citrinos com cerca de 91% de aumento em relação ao ano anterior, ainda que neste último
caso, a área absoluta em termos relativos apenas represente 1% do total da área com culturas
permanentes.

Os frutos frescos experimentam um acréscimo de 17%, os frutos subtropicais de 23%, os


pequenos frutos de baga de 26%. Por outro lado a vinha regista um pequeno decréscimo de
1%.

A superfície com “outras culturas permanentes”, para consumo não humano, regista um
acréscimo de 42% em 2015.

A reter: As principais culturas permanentes em agricultura biológica no ano de


2015 são o olival (59% da superfície com culturas permanentes), os frutos de
casca rija (24%) e a vinha (7%).
2.5 EFETIVOS PECUÁRIOS EM PRODUÇÃO BIOLÓGICA

Os efetivos pecuários em produção biológica mais importantes nos anos de 2014 e 2015
continuaram a ser os bovinos, os ovinos, as aves e a apicultura (Quadro nº 13).

Os bovinos registaram um aumento acentuado de 2014 para 2015 de cerca de 31%, passando
o efetivo a ter 97.320 cabeças.

Quadro n.º 13 – Efetivos pecuários em agricultura biológica – 2014/2015 - Portugal

Variação
Espécies Pecuárias Efetivos-2014 Efetivos-2015
2014/2015
nº cabeças nº cabeças %
Bovinos 74.343 97.320 31%
Suínos 1.723 833 -52%
Ovinos 91.299 108.375 19%
Caprinos 6.560 6.468 -1%
Aves 57.054 63.291 11%
Equídeos 162 189 17%
Coelhos 0 0 ---
Apicultura (nº de colmeias) 47.118 55.167 17%
Outras Espécies 0 6 ---

Fonte: DGADR

Os ovinos registaram um acréscimo de 19%, sendo o rebanho global em agricultura biológica


de 108.375 cabeças.

Nas aves verificou-se um aumento de 11%, passando o bando global em agricultura biológica
a ser constituído por 63.291 bicos.

Na apicultura o movimento foi no mesmo sentido. O acréscimo foi de 17%, passando o


número total de colmeias em agricultura biológica a ser de 55.167.

Também os equídeos registaram um aumento de 17%, passando a um efetivo de 189 cabeças.

Em sentido inverso, verificou-se uma acentuada redução no efetivo de suínos, passando de


1.723 cabeças em 2014, para 833 cabeças em 2015.

Nos caprinos também se verificou um decréscimo, mas de apenas 1%.

A reter: Os principais efetivos pecuários em agricultura biológica no ano de 2015


continuaram a ser os de bovinos, ovinos, aves e apícolas.

2.6 PRODUTORES DE AVES, PROCESSADORES DE OVOS E OVOPRODUTOS

Para o mesmo período e analisando mais detalhadamente os produtores agrícolas e pecuários,


em particular os produtores de aves e os processadores de ovos e ovoprodutos, verifica-se que
este segmento da produção biológica não registou grandes alterações de 2014 para 2015
(Quadro nº14).
De facto, enquanto no que respeita aos produtores de aves se registou um ligeiro aumento de
21%, no número de processadores de ovos e ovoprodutos não se verificou qualquer alteração.

Quadro n.º 14 - Produtores de aves e processadores de ovos e ovoprodutos –anos 2014 e


2015
Variação
Operadores Operadores
2014/2015
2014 2015
%
Ovos e ovoprodutos 10 10 0%

Produtores de aves 48 58 21%

Fonte: DGADR

2.7 PRODUTORES AQUÍCOLAS E AQUICULTURA

Dos produtores aquícolas biológicos notificados, 2 operadores localizam-se no sul do país,


produzindo mexilhão biológico em off-shore e realizando operações de acondicionamento. O
terceiro é um operador de algas localizado na zona de Aveiro, produzindo alguns produtos com
incorporação destas algas (Quadro nº15).

Existe conhecimento do interesse de implantação de uma unidade na RAM, mas que ainda não
se encontra em funcionamento.

Na totalidade o volume de produção da aquicultura biológica não registou qualquer alteração


de 2014 para 2015, mantendo-se nas 1.300 toneladas em peso vivo.

Quadro n.º 15 - Aquicultura biológica - 2014/2015

Variação
Produção - 2014 Produção - 2015
Espécies 2014/2015
1000 kg peso vivo 1000 kg peso vivo %
Produção aquícola 1.300 1.300 0%

Fonte: DGADR

2.8 PREPARADORES E TRANSFORMADORES

Como já se verificou anteriormente o número de preparadores registou um crescimento de


2014 para 2015 de cerca de 12% (Quadro nº 9).

Para o mesmo período, analisando com um pouco mais de detalhe os preparadores e


transformadores de produtos biológicos, poderemos verificar ter havido um crescimento
apreciável, de 2014 para 2015, neste segmento da produção biológica (Quadro nº 16).
Quadro n.º 16 - Transformação de produtos biológicos - 2014/2015

Processadores Processadores Variação


Processadores 2014 2015 2014/2015

nº nº %

Preparação e conservação de carne, produção de produtos de


30 35 17%
carne

Preparação e conservação de peixes, crustáceos e moluscos 11 13 18%

Preparação e conservação de frutas e de vegetais 224 227 1%

Transformação de óleos e de gorduras vegetais e animais 158 98 -38%

Transformação de produtos lácteos 16 17 6%

Transformação de produtos de cerais e leguminosas, amidos e


42 42 0%
féculas

Transformação de produtos de padaria e farináceos 45 48 7%

Transformação de outros produtos alimentares 194 291 50%

Transformação de alimentos preparados para animais 2 3 50%

Transformação de vinho a partir de uvas 60 28 -53%

Transformação de outras bebidas 11 17 55%

Fonte: DGADR

Com efeito no que respeita à “Transformação de outras bebidas”, à “Transformação de outros


produtos alimentares” e à “Transformação de alimentos preparados para animais” registaram-
se variações superiores ou iguais a 50%.

Também na “preparação e conservação de peixes, crustáceos e moluscos” e na “preparação e


conservação de carne, produção de produtos de carne” aconteceram acréscimos de 18% e 1%,
respetivamente.

Em sentido contrário, a “transformação de vinho a partir de uvas” e “transformação de óleos e


de gorduras vegetais e animais” decresceram 53% e 38%, respetivamente.

No entanto, e mais precisamente no que diz respeito à “transformação de vinho a partir de


uvas”, este acentuado decréscimo deve-se a uma alteração metodológica. Em 2015, os
produtores de uvas e de azeitona que produzem vinho e azeite maioritariamente a partir da
sua própria produção, deixaram de ser contabilizados como transformadores.
2.9 PRODUTORES VITIVINÍCOLAS

Em 2015 foram controlados 516 produtores com vinha e 87 operadores com atividade de
vinificação. Dos quais 13 produtores de uvas e 2 processadores de vinho na RAM.

2.10 IMPORTADORES

No que respeita aos importadores de produtos biológicos, é possível realizar uma análise mais
detalhada sobre a evolução ocorrida nesta atividade da produção biológica, desde 2014 até ao
presente, com base nas validações dos certificados de importação de produtos biológicos que
entraram em Portugal.

Efetivamente, e analisando os dados baseados nos certificados de importação de países


terceiros, pode verificar-se que de 2014 para 2016, ocorreu um acentuado aumento do
número de operadores a operar nesta atividade, numa variação de 125% (Quadro nº17).

O maior número de operadores traduziu-se num aumento exponencial, de 2014 para 2016,
tanto do número de importações, com uma variação de 450%, como das quantidades
importadas, com um acréscimo de 732%.

Quadro n.º 17 - Importações de produtos biológicos – 2014/2015/2016


Variação
2014 2015 2016* 2014/2016
%
Quantidade importada (kg) 46.674 45.870 388.181 732%
Número de importações 8 50 44 450%
Número de importadores 4 6 9 125%

*dados apurados até Setembro de 2016


Fonte: DGADR

Em relação aos países de origem da importação de produtos biológicos, como se pode verificar
pela figura nº18 a maior quantidade importada provém da China e do Equador, responsáveis
por cerca de 76% do volume total importado ao longo dos 3 anos. Também Israel e o Chile
apresentam já alguma representatividade, com 8% e 7% da quantidade total importada,
respetivamente.
Figura nº18 – Países de origem da importação de produção biológicos

250.000

208.066
2016
2015
200.000
2014
Quantidade importada (kg)

157.380

150.000

100.000

50.000 34.373 36.800

17.334
1354 5.219 692 1.632 14.520 3.355

0
A

ru
le

o
na

e
il

el

a
l

do
Su


EU

qu
s

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Pe
ra

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C
B

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ri
a

S
ic


fr

M
Á

Fonte: DGADR

No que respeita à categoria de produtos importados, os “Frutos e Hortícolas” e os “Cereais e


Leguminosas”, são as categorias responsáveis pela maior parte da quantidade importada, com
49% e 43% da quantidade acumulada total, respetivamente (Quadro nº18).

Quadro n.º 18 - Quantidade importada de produtos biológicos por categoria – anos 2014 a
2016

Quantidades (kg) 2014 2015 2016 Total %

Frutos e Hortícolas 6.651 15.580 214.471 236.702 49%


Óleos e Gorduras 0 6.009 25.845 31.854 7%
Cereais e Leguminosas 40.000 22.166 146.432 208.598 43%
Outros Produtos Alimentares 23 2.115 1.433 3.571 1%
Total 46.674 45.870 388.181 480.725 100%

Fonte: DGADR

2.11 OPERADORES DA RESTAURAÇÃO

O Regulamento (CE) nº 834/2007, do Conselho, de 28 de Junho de 2007, relativo à produção


biológica e à rotulagem dos produtos biológicos define como «Operações de restauração
coletiva», a preparação de produtos biológicos em restaurantes, hospitais, cantinas e outras
empresas semelhantes do sector alimentar no ponto de venda ou de entrega ao consumidor
final.
Esse mesmo regulamento refere no n.º 3 do artº 1º que “… as operações de restauração
coletiva não estão sujeitas ao presente regulamento. Os Estados-Membros podem aplicar
regras nacionais ou, na sua ausência, normas privadas sobre a rotulagem e o controlo dos
produtos provenientes de operações de restauração coletiva, desde que as referidas regram
estejam em conformidade com o direito comunitário.”

Até ao momento não foi considerado necessário estabelecer regras nacionais para a
restauração coletiva, uma vez que por parte do setor da restauração coletiva não houve ainda
uma demonstração de interesse que tal justifique.

Foi já concedida a um Organismo de Controlo e Certificação, a extensão de reconhecimento


para operações de restauração coletiva em modo de produção biológico, com base num
caderno de especificações privado apresentado por essa entidade, com efeitos a partir de 6 de
dezembro de 2012.

Recentemente, a DGADR recebeu outro pedido de extensão de reconhecimento similar,


assente num referencial próprio, que se encontra em análise.

3 ASSOCIATIVISMO

3.1 CARATERIZAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES

De forma a melhor conhecer a atividade das associações de produtores ligadas ao setor da


produção biológica, a DGADR realizou em 2016, um inquérito a 23 organizações anteriormente
identificadas como tendo intervenção nesse âmbito.

No total, foram rececionadas respostas de 14 associações de produtores, cuja informação geral


pode ser consultada no anexo I.

Da análise dos elementos recolhidos pode concluir-se que o âmbito geográfico de actuação
destas organizações é maioritariamente nacional, mais precisamente com intervenção no
Continente. Não foram recebidas respostas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
No que respeita ao espaço internacional, este apenas é contemplado por 2 associações
(Agrobio e Elipec).
Figura nº 19 – Âmbito de atuação das associações

12 2

MPB e outros modos de produção Apenas MPB

Fonte: DGADR

No que se refere ao âmbito de atuação, apenas duas organizações (AGROBIO e BIOCOA) têm
intervenção unicamente na produção biológica. As restantes associações movimentam-se tanto
na produção biológica como nos modos de produção convencional e produção integrada (Figura
nº 19).

Figura nº 20 – Distribuição de associações por tipo de associados representados

14
Produtores (100%)

Preparadores e 3
outros operadores (21%)

2
Consumidores (14%)

Fonte: DGADR

As organizações inquiridas representam 11.602 associados, dos quais 1.480 são operadores
em produção biológica. Verifica-se assim, que relativamente ao total dos operadores sob
controlo em produção biológica em Portugal em 2015, 33% desses mesmos operadores estão
integrados em associações de agricultores.
Todas as associações representam essencialmente produtores agrícolas (em modo
convencional, biológico ou outros), sendo que 3 dessas organizações também representam
preparadores e outros operadores, tais como transformadores e distribuidores biológicos.
Apenas duas associações têm também responsabilidades na representação dos consumidores,
sendo que uma delas assume unicamente a representação de consumidores biológicos
(AGROBIO) (Figura nº 20).

Figura nº 21 – Distribuição das associações em função do número de associados em


produção biológica

5
(36%)

4
(29%)

3
(21%)

2
(14%)

menos de 10 10 a 50 50 a 100 mais de 100

Fonte: DGADR

Em termos de número de associados que são operadores em produção biológica, apenas 2


organizações representam mais de 100 operadores, constatando-se que 3 representam entre
50 e 100 operadores e 4 associações representam entre 10 a 50 operadores em produção
biológica. A maior parte das organizações (36%) representam menos de 10 operadores
biológicos (Figura nº 21).

3.2 CAPACIDADE TÉCNICA DAS ASSOCIAÇÕES

A grande maioria das associações (85%) presta serviços de assistência técnica em agricultura
biológica, sendo que 64% dessas organizações também elaboram candidaturas às Medidas de
apoio à agricultura biológica, bem como prestam apoio à comercialização. Adicionalmente 36%
das associações dão formação profissional em agricultura biológica e 21% prestam outros
serviços aos seus associados, onde se destaca o caso da AGROBIO, que organiza e gere
mercados de produtores biológicos (Figura nº 22).
Figura nº 22 – Número de associações por tipo de serviços prestados

Assistência técnica 12
MPB (85%)

Elaboração de
9
candidaturas (64%)
agroambientais/MPB
Apoio à 9
comercialização (64%)

Formação 5
profissional MPB (36%)

3
Outros serviços (21%)

Fonte: DGADR

Adicionalmente, e denotando a importância que tem vindo a assumir o apoio técnico neste
setor, a larga maioria das associações dispõe de técnicos a tempo inteiro (57%) ou de técnicos
a tempo inteiro e parcial (21%), existindo apenas uma organização com apenas um técnico a
tempo parcial e duas outras estruturas que não têm técnicos (Figura nº 23).

Figura nº 23– Distribuição de associações por regime de trabalho dos técnicos reconhecidos
em agricultura biológica

Só com técnicos 8
a tempo inteiro (57%)

Com técnicos a
3
tempo (21%)
inteiro e parcial

Só com técnicos a 1
tempo parcial (7%)

2
Sem técnicos (14%)

Fonte: DGADR

No que concerne à dimensão do corpo técnico das organizações, pode constatar-se que apesar
de uma larga fatia das associações (36%), terem apenas 1 técnico reconhecido em agricultura
biológica, 29% das organizações têm já entre 3 a 5 técnicos reconhecidos e 21% dispõem de 2
técnicos (Figura nº 24).

Figura nº 24 – Distribuição do nº de associações por dimensão do corpo técnico com


reconhecimento em agricultura biológica

5
(36%)

4
(29%)

3
(21%)

2
(14%)

sem técnicos 1 técnico 2 técnicos 3 a 5 técnicos

Fonte: DGADR

A reter: Em 2016 existem 14 organizações de agricultores representando 1.480


agricultores em produção biológica. A larga maioria das associações dispõe
de técnicos a tempo inteiro ou de técnicos a tempo inteiro e parcial.

3.3 ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES

A Portaria n.º 169/2015, de 4 de Junho, alterada pela Portaria n.º 25/2016, de 12 de


Fevereiro, veio definir as regras nacionais complementares de reconhecimento de
Organizações de Produtores e respetivas associações, estabelecendo num único normativo
nacional as regras de reconhecimento para o setor das frutas e produtos hortícolas e para os
restantes setores da organização comum dos mercados agrícolas, adaptando também as
regras nacionais de reconhecimento à reforma da política agrícola de 2013.

Através deste diploma foram revistos e integrados os regimes que anteriormente vigoravam, e
adequaram-se à prossecução do objetivo principal de concentração da oferta e do reforço da
posição dos produtores na cadeia de valor, determinados parâmetros para obtenção e
manutenção do reconhecimento. Particularmente no que diz respeito às produções de
qualidade certificada, entre elas a agricultura biológica, foram concedidas condições especiais
de cálculo dos valores mínimos da produção comercializada, permitindo-se assim, a aplicação
de valores inferiores aos estipulados para as restantes formas de produção, por razões de
proporcionalidade e de equidade.

Em Maio de 2016, no Continente, estavam reconhecidas ao abrigo da Portaria nº 169/2015,


100 OP, das quais 47 OP comercializavam produtos provenientes da agricultura biológica.
(Figura n.º 25).

Importa salientar que a mesma OP poderá estar reconhecida para mais do que um setor ou
produto, o que faz com que o número total de OP seja inferior ao somatório do número de
títulos de reconhecimento ativos.

Figura nº 25 – OP reconhecidas em Maio de 2016- distribuição dos títulos de reconhecimento


por setor

100

59

47

21
18 17
15
11
3 3 5 5

PR.ANIMAL AZEITE C-O-P FH VINHO TOTAL

TOTAL MPB

Fonte: GPP

Da análise da Figura nº 25 pode constatar-se que a atividade das 47 OP reconhecidas com


comercialização de produtos de agricultura biológica, se encontra maioritamente centrada nos
setores das frutas e produtos hortícolas (17 títulos de reconhecimento), no setor dos produtos
de origem animal (15 títulos de reconhecimento) e no setor dos Cereais, Oleaginosas e
Proteaginosas (11 títulos de reconhecimento).

Para o setor do vinho e do azeite, embora o número de OP reconhecidas seja menor, 5 e 3


respetivamente, estas correspondem ao número total de OP reconhecidas em Portugal para
esses mesmos setores, independentemente do modo de produção, o que evidencia a
importância que a comercialização de produtos em agricultura biológica assume já na atividade
das OP.

Esta importância é reforçada também pela comparação, nos restantes setores, do número de
OP com reconhecimento em agricultura biológica com o número total de OP reconhecidas em
Portugal para os mesmos setores, uma vez que os valores se situam, por exemplo, na ordem
dos 71 % para os Produtos Animais e em 61% para o setor dos Cereais, Oleaginosas e
Proteaginosas.

As 47 OP que comercializavam produtos provenientes de agricultura biológica são compostas


por 739 produtores, correspondendo a uma área de 97.116 hectares.

3.3.1 ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES POR REGIÃO

Em termos de distribuição geográfica (Figura nº 26), as OP reconhecidas, tanto o número total de


OP reconhecidas em Portugal como as que comercializam produtos provenientes de agricultura
biológica, concentram-se em maior número nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e
Norte.

Figura nº 26 – Distribuição (nº) de OP reconhecidas por região

0
LVT ALENTEJO NORTE CENTRO ALGARVE
(16 OP) (15 OP) (12 OP) (4 OP) (0 OP)

PR. ANIMAL AZEITE C-O-P F/H VINHO

Fonte: GPP

As OP reconhecidas com comercialização de produtos da agricultura biológica situadas na zona


de Lisboa e Vale do Tejo desenvolvem a sua atividade essencialmente no setor das Frutas e
produtos hortícolas (8 títulos de reconhecimento) e no setor dos Cereais, Oleaginosas e
Proteaginosas (6 títulos de reconhecimento).

No Alentejo os setores com maior importância são os produtos de origem animal e os Cereais,
Oleaginosas e Proteaginosas, com 6 e 4 reconhecimentos, respetivamente.

No Norte, são os produtos de origem animal e as Frutas e produtos hortícolas que assume
maior representatividade com 6 e 5 títulos de reconhecimento, respetivamente.
No Centro as 2 OP reconhecidas comercializam produtos biológicos e produtos provenientes de
outros modos de produção. No Algarve não existem OP reconhecidas.

A reter: Em 2016, encontram-se reconhecidas 100 OP no Continente, das quais 47


OP comercializam produtos provenientes da agricultura biológica. Estas OP
compostas por 739 produtores e correspondendo a uma área de 97.116
hectares, concentram-se em maior número nas regiões de Lisboa e Vale do
Tejo, Alentejo e Norte.

4 CONSUMO

Em relação aos consumidores e aos seus hábitos de consumo de produtos biológicos não existe
ainda informação disponível. No entanto o Inquérito às Despesas das Famílias 2015, realizado
pelo Instituto Nacional de Estatística, inclui pela primeira vez, a recolha de informação sobre o
consumo de produtos biológicos, o que a breve trecho poderá fornecer mais elementos sobre
os consumidores portugueses, assim que forem disponibilizados os dados.

5 MEDIDAS DE APOIO EM PORTUGAL

5.1 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL PRODER 2007 -2013

Durante os anos em que vigorou o programa de apoio ao desenvolvimento rural PRODER e no


âmbito da medida 2.2 Valorização de modos de produção, com vista a apoiar o
desenvolvimento sustentável das zonas rurais, mobilizando os agricultores e outros
intervenientes no espaço rural para adesão voluntária a métodos de produção específicos e à
manutenção da biodiversidade, através dos pagamentos agro-ambientais, incluiu uma sub-
medida relativa à alteração de Modos de Produção Agrícola, destinada a apoiar os agricultores
que de forma voluntária e durante um período de cinco anos a praticar a agricultura biológica a
sua unidade de produção, prevendo-se apoios à conversão e manutenção do modo de
produção em causa.

As áreas e as respetivas culturas que beneficiaram destes apoios específicos encontram-se


indicadas no Quadro nº 19. Verifica-se que as maiores áreas apoiadas correspondem às
pastagens e culturas forrageiras, seguidas das culturas permanentes e frutos frescos de
regadio, e do olival de sequeiro.

Quadro nº 19 - Ação 2.2.1 – Área determinada para apoio em agricultura biológica (por grupo de cultura)
Área %
Culturas
(ha) Área

Culturas Permanentes 16.697 23%

Frutos frescos de regadio 433 3%

Frutos frescos de sequeiro 384 2%

Olival e frutos secos de


regadio 2.313 14%

Olival e frutos secos de


sequeiro 12.403 74%

Vinha 1.164 7%

Pastagens permanentes 24.529 33%

Pastagem permanente
biodiversa 26.111 36%

Culturas hortícolas 370 1%

Arroz 1 0%

Culturas temporárias de
regadio 1.146 2%

Culturas temporárias de
sequeiro 3.198 4%

Culturas forrageiras 1.290 2%

Total 73.342 100%

Fonte : PRODER – 2007-15 Relatório de encerramento

5.2 PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO RURAL PDR2020

No âmbito do PDR2020, as medidas agroambientais, com vista a apoiar uma gestão


sustentável dos recursos naturais e ações no domínio do clima, através do restauro,
preservação e melhoramento dos ecossistemas ligados à agricultura e à silvicultura, englobam
uma ação específica de apoio à agricultura biológica (ação 7.1), com duas sub-ações:

7.1.1 – Conversão para Agricultura Biológica

7.1.2 – Manutenção em Agricultura Biológica


Sendo que a superfície agrícola mínima elegível para beneficiar de apoios é de 0,5 hectares,
com exceção de culturas específicas, nomeadamente aromáticas, condimentares e medicinais,
cuja área mínima elegível é de 0,3 hectares.

Neste quadro de apoios, e em síntese, os montantes e limites dependem do tipo de cultura e


do escalão de área. As culturas permanentes em particular os frutos frescos são os que
beneficiam de um nível de apoio mais elevado, quer em área em conversão quer em área em
manutenção. As hortícolas, o olival, o arroz e a vinha são igualmente culturas que beneficiam
de apoios mais altos. As culturas de Outono – Inverno, as culturas de Primavera -Verão
efetuadas em sequeiro e todas as culturas forrageiras são as que beneficiam de níveis de
apoios mais baixos.

No Quadro nº 20 apresentam-se as áreas e as respetivas culturas que beneficiaram destes


apoios específicos até ao final de 2015. Como se pode verificar, do total da área paga
(197.613 ha), 66% corresponde a “Prados e pastagens permanentes”, 17% a “Outras cultura
temporárias” (culturas de Outono-Inverno, culturas de Primavera-Verão efetuadas em sequeiro
e todas as culturas forrageiras) e 16% a “Culturas Permanentes”. Nesta última categoria, a
cultura do “Olival e frutos secos de sequeiro” representa 74% do total da área apoiada (12.403
ha).

Quadro n.º 20 - PDR 2020 - Pagamentos da Campanha 2015 – Ação 7.1 - Agricultura Biológica: áreas
pagas por tipo de cultura
Conversão Manutenção
Total %
Culturas área área
Área Área
(ha) (ha)

Culturas Permanentes 10.394 20.361 30.755 16%

Frutos frescos de regadio 612 635 1.247 4%

Frutos frescos de sequeiro 303 521 824 3%

Olival e frutos secos de regadio 1.088 2.628 3.716 12%

Olival e frutos secos de sequeiro 7.980 14.836 22.816 74%

Vinha 411 1.741 2.152 7%

Prados e pastagens permanentes 43.163 86.857 130.020 66%

Horticultura (3) 553 1.225 1.778 1%

Arroz 10 12 22 0%

Outras culturas temporárias


357 583 940 0%
Primavera Verão regadio (1)

Outras culturas temporárias (2) 15.163 18.935 34.098 17%

Total 69.640 127.971 197.613 100%

(1) Culturas de Primavera-Verão feitas em regadio, com exceção do arroz e das culturas que se inserem na
classificação "Horticultura"
(2) inclui as culturas de Outono-Inverno; as culturas de Primavera-Verão efetuadas em sequeiro e todas as
culturas forrageiras
(3) Para além das culturas hortícolas e horto-industriais realizadas ao ar livre e em estufa, inclui ainda as
culturas aromáticas, condimentares e medicinais
Fonte : PDR 2020: Relatório de Execução – 2014/2015

No que se refere à distribuição geográfica dos apoios concedidos, e como se pode verificar no
Quadro nº 21, a maior parte da área apoiada situa-se no Alentejo, representando 62% do total
da área. Com menor expressividade, surgem as regiões Centro e Norte, com 20% e 11% da
área, respetivamente.
Quadro n.º 21 - PDR 2020 - Pagamentos da Campanha 2015 – Ação 7.1 - Agricultura Biológica: áreas
pagas por região
Total
Região Norte Centro LVT Alentejo Algarve
Área

Conversão
área 8.899 12.599 1.219 46.766 157 69.640
(ha)

Manutenção
área 12.366 25.961 12.104 76.586 954 127.971
(ha)

Total
21.265 38.560 13.323 123.352 1.111 197.613
Área (ha)

%
11% 20% 7% 62% 1% 100%
Área

Fonte : PDR 2020: Relatório de Execução – 2014/2015

O apoio à atividade de produção biológica no PDR2020 não se esgota na Medida ‘Agricultura


Biológica’.

O setor pode beneficiar de outras medidas como os apoios ao investimento na exploração, à


transformação e comercialização e à instalação de jovens agricultores, assim como à
formação. As explorações biológicas podem candidatar-se todos os anos às MZD, ao apoio aos
seguros de colheita, às ações previstas na medida Leader, incluindo apoios ao investimento na
exploração, transformação e comercialização.

5.3 PRORURAL+ E PRODERAM

A RAA e A RAM, no âmbito dos programas de apoio PRORURAL+ e PRODERAM 2020 também
abrangem apoios à agricultura biológica, cujas áreas apoiadas em 2015, se encontram
descritas nos Quadros nº 22 e 23.
Quadro n.º 22 PRORURAL+ - Pagamentos efetuados em 2015 - Agricultura Biológica: áreas pagas por
cultura
RAA - Agricultura Biológica

Conversão Manutenção
Total %
Culturas área área
Área Área
(ha) (ha)

Fruticultura 0 4,02 4,02 1,4%

Horticultura 0 25,13 25,13 8,4%

Produção de ananás 0 7,92 7,92 2,7%

Cultura do chá 0 0,12 0,12 0,04%

Pastagem natural ou prado


permanente 0 260,57 260,57 87,5%

Total 0 297,76 297,76 100%

Fonte: RELATÓRIO DE EXECUÇÃO PRORURAL⁺ 2015

Quadro n.º 23 PRODERAM 2020- Pagamentos efetuados em 2015 - Agricultura Biológica: áreas pagas por
medida
RAM - Agricultura biológica

Área de compromisso
Medidas
(ha)

Conversão 14,62

Manutenção 70,26

Total 84,88

Fonte: Relatório de Execução do PRODERAM 2020 ANO DE 2015 - RESUMO

6 ENSINO E FORMAÇÃO

A produção biológica é um sistema de produção de produtos agrícolas e géneros alimentícios


especializado, que exige um elevado domínio das técnicas de produção, formação profissional,
conhecimentos e tecnologias específicos.

6.1 ENSINO

6.1.1 ENSINO SUPERIOR AGRÍCOLA

No que respeita à oferta de cursos superiores dedicados exclusivamente à agricultura


biológica, existem presentemente, em Portugal, dois institutos politécnicos a conferir graus
académicos neste âmbito: a Escola Superior Agrária de Coimbra (grau de licenciatura e
mestrado em Agricultura Biológica) e a Escola Superior Agrária de Viana do Castelo (grau de
mestrado em Agricultura Biológica) (Quadro nº 24).

Quadro nº24 - Ensino superior com cursos de Agricultura Biológica

Distrito Tipo de ensino Nome do Estabelecimento Nome do Curso Grau


Instituto Politécnico de Coimbra - Escola Licenciatura-1ºCiclo e
Coimbra Politécnico Superior Agrária de Coimbra Agricultura Biológica Mestrado-2ºciclo
Viana do Instituto Politécnico de Viana do Castelo
Castelo Politécnico - Escola Superior Agrária Agricultura Biológica Mestrado-2ºciclo

Fonte: DGES, Abril 2016

Salienta-se ainda que a maior parte das instituições que ministram cursos na área da produção
vegetal ou animal, incluem a disciplina de agricultura biológica nos seus planos curriculares.

6.1.2 ENSINO PROFISSIONAL AGRÍCOLA

No que se refere ao ensino profissional agrícola existem, em Portugal, diversas Escolas


Profissionais Agrícolas e de Desenvolvimento Rural e embora não leccionando nenhum curso
dedicado exclusivamente à produção biológica, integram nos seus cursos, módulos de
agricultura biológica.

6.1.3 CURSOS TÉCNICOS SUPERIORES PROFISSIONAIS

Existe outra oferta formativa que apesar de não conferir grau académico, constitui um novo
tipo de formação de curta duração no âmbito do ensino superior, os designados cursos
técnicos superiores profissionais (CTSP). Estes cursos foram criados pelo Decreto-Lei n.º
43/2014 de 18 de Março e visam a aquisição de um diploma de nível 5 de qualificação do
Quadro Nacional de Qualificações (QNQ), tendo como objetivo facultar uma base para o
desenvolvimento de uma área de atividade profissional ou vocacional e para o
desenvolvimento pessoal e prosseguimento de estudos, com vista à conclusão de um ciclo de
estudos de licenciatura. Presentemente, existem 3 CTSP dedicados à agricultura biológica,
ministrados na Escola Superior de Tecnologias e Gestão da Universidade da Madeira, na Escola
Superior Agrária de Viseu do Instituto Politécnico de Viseu e na Escola Superior Agrária de
Coimbra (Quadro nº 25).
Quadro nº25 - Cursos técnicos superiores profissionais

Nº máximo para cada


Denominação do curso técnico
Região NUTS II Instituição de ensino superior admissão de novos
superior profissional
alunos

Universidade da Madeira - Escola


Região Autónoma da Madeira Agricultura Biológica 20
Superior de Tecnologias e Gestão

Instituto Politécnico de Viseu - Escola


Centro Agricultura Biológica 25
Superior Agrária de Viseu

Centro Instituto Politécnico de Coimbra - Escola


Superior Agrária de Coimbra Produção Agrícola Biológica 30

Fonte: DGES, Julho 2016

A reter: Em Portugal, no âmbito da agricultura biológica, existe presentemente


oferta de diversos tipos de ensino, como o ensino superior e o ensino
profissional agrícola, bem como um novo tipo de formação de curta duração
no âmbito do ensino superior, os designados cursos técnicos superiores
profissionais.

6.2 FORMAÇÃO PROFISSIONAL

No âmbito da Formação Profissional Específica Sectorial, a DGADR exerce atribuições como


entidade certificadora de entidades formadoras e da formação realizada para técnicos. As
DRAP realizam a certificação de entidades formadoras que pretendam realizar formação
dirigida a agricultores/produtores/operadores/trabalhadores e ainda a homologação das ações
de formação.

6.2.1 FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM AGRICULTURA BIOLÓGICA

No que concerne à formação de técnicos em produção biológica, é apresentada a evolução


(Figura nº27) ao longo dos últimos 5 anos, do número de ações de formação com certificados
homologados, ou seja, ações de formação que para além de homologadas, foram já
executadas pela entidade formadora.

Também na mesma Figura é apresentada a evolução do número de certificados homologados


emitidos nos últimos 5 anos, tendo como destinatários os técnicos que pretendem vir a ser
detentores de formação regulamentada. Os dados referem-se a certificados homologados, ou
seja, certificados de aproveitamento dos formandos que foram homologados.
Figura nº 27- Evolução do número de ações de formação e de certificados homologados -
Técnicos

350 313
300

250 214
200

150 116
100

50
11 0
0
2011 2012 2013 2014 2015
(1 AF) (16 AF) (23 AF) (9 AF) (0 AF)

Legenda: AF- número de ações de formação com certificados homologados


Fonte: DGADR 2016

6.2.2 FORMAÇÃO DE AGRICULTORES/TRABALHADORES EM AGRICULTURA BIOLÓGICA

No que respeita à formação dirigida aos agricultores e operadores/trabalhadores que


pretendam implementar a prática da agricultura biológica, apresenta-se na Figura nº 28 a
evolução registada ao longo dos últimos 5 anos do número de ações de formação com
certificados homologados pelas DRAP e na Figura nº 29, a respetiva evolução do número de
certificados homologados.

Figura nº 28 - Evolução do número de ações de formação com certificados homologados por


região – Agricultores/Trabalhadores

18

16

14

12 2011

10 2012
2013
8 2014
6 2015

0
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total

Fonte: DGADR 2016


Figura nº 29 - Evolução do número de certificados homologados por região – Agricultores
/Trabalhadores

250

200

2011
150 2012
2013

100 2014
2015

50

0
Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total

Fonte: DGADR 2016

6.3 TÉCNICOS COM FORMAÇÃO REGULAMENTADA

Atualmente estão inscritos na lista de técnicos com Formação Regulamentada para exercer
apoio técnico em produção biológica (conforme o artigo 13º da republicação do Decreto-Lei n.º
256/2009, de 24 de setembro, publicado no Decreto–Lei n.º 37/2013, de 13 de Março), 467
técnicos com formação regulamentada em produção biológica vegetal e 380 técnicos com
formação regulamentada em produção biológica animal, num total de 847 técnicos.

Na Figura nº 30 apresenta-se a distribuição por distrito do n.º de técnicos com formação


regulamentada para apoio técnico em produção biológica, inscritos no período compreendido
entre 2011 e Julho de 2016.
Figura nº 30 – Nº de técnicos com formação regulamentada por área de inscrição/Distrito

MPB
Vegetal
120

100 MPB
Animal

80
Total

60

40

20

0
ro

ro
ja

a
ça

rt o
oa

u
co

l
o
ba

ea
or

ir i
br

rd
ag

gr

se
Be

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Fa
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an

sb
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Po
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ua

R
le

st
ar
Av

Vi
Br

Se
Li
ag

rt a

Ca
Br

nt

la
Co

Vi
Sa
Br

Po
C.

V.
Fonte: DGADR 2016

7 INVESTIGAÇÃO, EXPERIMENTAÇÃO E DEMONSTRAÇÃO

A componente relativa à investigação, experimentação e demonstração relativa à produção


biológica, esteve nos últimos anos, bastante dependente dos programas de apoio para este
fim, embora não destinados exclusivamente a esta área.

Foi realizado um levantamento, tendo sido identificado um conjunto de 6 projetos financiados


pelo programa AGRO Medida 8.1 – Desenvolvimento Experimental e Demonstração (anexo
III).

Não foram identificados no âmbito do PRODER, o desenvolvimento de projetos de investigação,


experimentação e demonstração específicos para agricultura e produção biológica.

No âmbito do PDR2020, a inovação nas zonas rurais tem como principal instrumento, o apoio à
criação e funcionamento de Grupos Operacionais, promover a interação entre o setor
agroflorestal e as entidades de I&D, de forma a facilitar a incorporação do conhecimento
relevante, para a realização dos objetivos da Parceria Europeia de Inovação para a
produtividade e a sustentabilidade agrícolas (PEI) “Produtividade e sustentabilidade agrícolas”.
A participação do setor da agricultura biológica na PEI é essencial e podendo ser utilizados
vários meios para explorar as questões específicas relevantes para a agricultura biológica,
sendo de estabelecer prioridades de inovação neste contexto.

A TP Organics é uma Plataforma Tecnológica Europeia (PTE) oficialmente reconhecida pela CE.
O seu principal objetivo é promover a agricultura biológica enquanto agricultura sustentável de
produção de alimentos.
A TP Organics desenvolve uma agenda de investigação e inovação e os roteiros para a ação a
nível comunitário e nacional, a serem suportadas pelo financiamento privado e público.
Mobilizam as partes interessadas para cumprir as prioridades acordadas e partilhar informação
em toda a EU, ajudando a oferecer soluções para os principais desafios, sendo constituída por
entidades independentes e auto-financiamento.

A TP Organics envolve toda a cadeia de abastecimento alimentar dos agricultores aos


consumidores. Reúne grandes, pequenas e médias empresas, investigadores, agricultores,
consumidores e organizações da sociedade civil que operam na cadeia de valor da produção
biológica.

Portugal ainda não faz parte desta plataforma.

A reter: A componente relativa à investigação, experimentação e demonstração


relativa à produção biológica, nos últimos anos, esteve sempre bastante
dependente dos programas de apoio para este fim, embora não
destinados exclusivamente a esta área. No âmbito do levantamento
realizado, identificou-se um conjunto de 6 projetos financiados pelo
programa AGRO Medida 8.1 – Desenvolvimento Experimental e
Demonstração.

8 A PRODUÇÃO BIOLÓGICA NA EUROPA

A superfície em agricultura biológica na União Europeia (UE) aumentou significativamente,


tendo quase duplicado entre 2002 e 2014. Em 14 anos, a superfície passou de 5 milhões ha
para cerca de 11,1 milhões ha (+6% ao ano) na UE-28. O ritmo de crescimento tem sido mais
notável para o grupo da UE-13, onde a superfície em agricultura biológica passou de 0,55 para
2,4 milhões ha (+12% ao ano), enquanto no mesmo período a superfície na UE-15 aumentou
de 4,4 para quase 8,6 milhões ha, com uma taxa de crescimento de 5% ao ano. Apesar do
forte crescimento do sector na UE-13, a maioria da área em agricultura biológica na Europa
ainda se situa na UE-15. Esta representa 78% de toda a superfície em agricultura biológica na
UE-28, em 2015 (figura nº 31).
Figura nº 31– Evolução da superfície total em Agricultura Biológica na UE 28 (milhões ha)

18,0

16,0

14,0

12,0 10,6 10,8


9,7 10,1
9,1
10,0 8,5 2,4
7,8 2,4
2,2 2,4 UE13
6,9 7,2 1,9
8,0 6,5 1,6
6,0 1,5
UE15
5,7 5,9
1,2 1,3
6,0 0,7 0,8
1,0
0,7
4,0 7,7 8,2 8,4
6,9 7,2 7,5
5,7 5,9 6,3
5,0 5,2 5,2 5,5
2,0

0,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: European Parliamentary Research Service (2015)

Os Estados Membros (EM) com a maior superfície em agricultura biológica são a Espanha (com
quase 2 milhões ha), a Itália (com cerca de 1,5 milhão ha) e a Alemanha (com 1 milhão ha).
Em conjunto, estes 3 países são responsáveis por cerca de 40% da superfície total de
agricultura biológica na UE-28. Na UE-13, a maior área de agricultura biológica situa-se na
Polónia (0,6 milhões ha) e na República Checa (0,4 milhões ha). No período de 2007-2015, a
superfície aumentou positivamente numa série de EM na UE-15 (por ex. Alemanha, Espanha,
França, Áustria e Suécia) mas também na UE-13 (incluindo na Polónia e na República Checa)1.

9 PLANOS DE AÇÃO PARA AGRICULTURA E PRODUÇÃO BIOLÓGICA

A agricultura biológica tem sido uma atividade privilegiada por uma série de medidas da PAC
ao longo dos anos, bem como por medidas nacionais ou regionais, em vários países.

De modo a agregar, de forma simplificada e uniforme, um conjunto vasto de informação sobre


planos de ação ou estratégias nacionais que vários países estabeleceram para desenvolver
esse modo de produção específico, é apresentada uma pequena síntese sobre os mesmos.

Esta informação encontra-se disponível, na maior parte dos casos, nos vários sítios web das
entidades públicas responsáveis, essencialmente pertencentes a organismos dos ministérios da
agricultura desses países. Nalgumas situações, a barreira linguística só foi possível de
ultrapassar para localização da informação, com o auxílio dos representantes homólogos no
Comité de regulamentação da produção biológica (RCOP). Em certos casos, a informação é

1
Comissão Europeia (2016)
escassa e noutros a referida barreira linguística inibiu fortemente o desenvolvimento do
trabalho.

A IFOAM-International Federation of Organic Agriculture Movements tem um vasto trabalho de


recolha e síntese nesta área, pelo que se completou a informação com recurso a algumas das
suas publicações.

9.1 SÍNTESE DOS PLANOS NACIONAIS DESENVOLVIDOS EM OUTROS PAÍSES

Verifica-se que vários Estados Membros da UE e outros países do mundo tiveram na década
passada, grande atividade no desenvolvimento de planos de ação e de estratégias, com
objetivos mais ou menos quantificados.

Estes planos de ação nacionais ou regionais são instrumentos estratégicos que visam
coordenar a oferta e procura e desenvolver a atividade, tendo em conta as condições locais.

Do levantamento efetuado, foram identificados no total, 27 planos de ação nacionais ou


regionais, sendo em muitos casos, planos de ação e medidas de apoio complementares do
pacote da PAC, não (co-) financiados pelo FEADER ou FEAGA, existindo no entanto regimes de
apoio semelhantes nos Estados-Membros implementados desde 2007.

Os planos diferem substancialmente em relação aos objetivos políticos, período de


funcionamento, tipos de ações especificadas e recursos financeiros, refletindo estratégias de
apoio diferentes e estágios de desenvolvimento dos setores biológico nos diferentes países.

Estas iniciativas, mesmo que atualmente já tenham terminado e não existam novos planos,
encontram-se listadas no Quadro nº 26.

Para toda a informação consultada, e a título de referência, indicam-se no anexo III, as


respetivas ligações.
Quadro nº 26 – Síntese dos Planos Nacionais Desenvolvidos em outros países
País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

AUSTRIA 2005-2008 20% de área em Lista extensa inserida no País com grande
agricultura biológica em pacote de desenvolvimento tradição e
2008-2010,
2010 rural. Promoção do representatividade da
prolongado até
investimento e apoio na produção biológica
2013
transformação /
comercialização.

Iniciativa "GOURMET
REGIÃO ÁUSTRIA",

BÉLGICA- 2008-2012 Atingiu 291 explorações


Flandres e 6028 ha

BÉLGICA - 2013-2020 Passar de 1100 para 30 ações incidindo Programa uniforme


Valónia 1.750 explorações e Formação, promoção, para toda a região.
duplicar a área atual investigação e Bastante abrangente
54.745 ha - 7,6%SAU. enquadramento. no tipo de ações.

Passar nº de A investigação representa Com forte componente


preparadores de 230 cerca de 405 do de seguimento e
para 500 e volume de orçamento. avaliação, permitindo
negócio de 109 para 500 ajustamentos.
A estruturação da fileira
meuros. Bastante especificado
também tem forte peso no
nas ações previstas e
Estão orçamentados 1,9 programa.
respetiva alocação de
meuros para o plano.
recursos.

BULGARIA 2007-2013 8% de área em Longa lista inserida no Grande ligação às


agricultura biológica em pacote de desenvolvimento verbas SAPARD
2013. 3% do consumo. rural. Desenvolvimento da (DRural).
produção. Promoção do Envolvimento de 52
investimento e apoio na membros num grupo
transformação / de Trabalho para
comercialização. implementação do
plano. Será
interessante avaliar
resultados face a
objetivos no final do
plano.

REPUBLICA 2003-2010 Duplicar o nº de Relação agricultura O plano bem


CHECA produtores biológicos; biológica/Ambiente/Bem estruturado,
2011-2015
auto aprovisionamento estar animal. Confiança do apresenta ligações
em 60% do consumo consumidor-promoção. institucionais claras,
nacional de produtos bio. Transformação e objetivos bem
comercialização. delineados,
Aumentos de consumo
Investigação, formação e financiamentos
anuais de 20%.
divulgação. Instrumentos articulados com
Consumo bio representar

63
País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

3% do consumo de de política. políticas nacionais e


produtos transformados. com o DRural.

DINAMARCA 1995-1998 60% da restauração Conversão de cozinhas Plano já orientado


coletiva e duplicar a área públicas. para questões
1999-2003
agricultura biológica em específicas, resultado
Conversão de terras
2012-2020 2020. de aplicação de
públicas.
anteriores planos num
Conversão de 18000 ha
Desenvolvimento de país com grande
por ano.
biogás/biomassa. tradição nesta área.
Apoio total de 2400
Desenvolvimento e
coroas
inovação.
dinamarquesas/ha.
Vendas, exportação e
particularmente na
aquicultura.

ESTÓNIA 2007-2013 Aumento área de 72 800 Utiliza parte das verbas do


hectares em 2006 para DRural
120 000 hectares em
2013, e de 1173 para
2000 explorações,
aumentar taxa anual de
crescimento de 0,15%
para 3% em 2013

FRANÇA 2013-2017 Duplicar superfícies, 20% Desenvolver a produção, Programa muito


de produtos biológicos estruturar as fileiras, abrangente mas com
“Ambition bio
em cantinas em 2017. desenvolver o consumo e grande flexibilidade
2017”
conquistar mercados. para atender às
Envolver agentes e
Reforçar a investigação, a diferenças regionais. É
regiões em conjunto com
sua gestão e divulgação. um programa que
Estado – nova forma de
Formar agentes agrícolas e vem atuar
governança.
agroalimentares . Adaptar “cirurgicamente” em
Programa holístico – a regulamentação. áreas que as regiões
abrange todas as áreas e não “resolveram” em
é adaptado às regiões. planos anteriores.
Apresenta algumas
(poucas) ações
desenvolvidas a nível
nacional.

FINLÂNDIA 2013-2020 20% de área em Medidas suportadas pelo


agricultura biológica em Desenvolvimento Rural.
2020.

Existe objetivo nacional


País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

de atingir em 2030 50%


da produção nacional em
produção biológica.

Em 2012 apenas 2% do
consumo era de
produção biológica.

ALEMANHA 2001-2008 e 20% de área em Atividades de formação, Representa o maior


2008-2015 agricultura biológica, sem reconhecimento e mercado da EU.
definir quando. informação geral, incidindo
Apoio à produção
sobre a produção agrícola,
(16 meuros em 2013) biológica desde 1994
comércio e transformação.
a nível dos Laender.
Os grupos-alvo são
Interligação forte com
produtores, processadores
o DRural e com vários
e comerciais bem como
planos nacionais: para
consumidores, crianças,
a agricultura
jovens, professores,
sustentável, para a
jornalistas e outros
investigação.
“opinion makers”.

IRLANDA 2008-2012 5% de área em


agricultura biológica em
Inexistente
2012
atualmente

ITÁLIA 2001-2005 (5 milhões € em 2005) Penetração no mercado Pouca informação


mundial; disponível.
Programas de 2005-2007
ação nacionais Organização da fileira
2008-2009 (20 milhões € em 2008-
comercial;
2009)
Aumento da procura
interna e comunicação
institucional;

Reforço e melhoria do
sistema institucional e dos
serviços

LETÓNIA Inexistente Objetivo atingir 15% da


atualmente superfície agrícola em
2015

LITUÂNIA Inexistente
atualmente

LUXEMBURGO 2009-2013 e Aumento para 6% da Guias de compras, Feiras,


Prémios, Investigação e
País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

2014 superfície em 2011 Demonstração

HOLANDA 2001-2004, 10% da área em Informação disponível


2005-2007 e agricultura biológica em bastante agregada.
2008-2011 2010
Apoio
Crescimento anual de maioritariamente do
10% em orçamento nacional.

gastos de consumidores Dos 49,2 meuros,


28,9 destinaram-se a
Crescimento anual de 5%
investigação.
da

área de agricultura
biológica

10% da verba para


pesquisa apoiar a
investigação para a
agricultura biológica.

(49,2 meuros)

POLÓNIA Inexistente
atualmente

PORTUGAL Inexistente
atualmente

ESLOVÁQUIA 2005-2010 5% de área em


agricultura biológica;
30% de produtos
certificados no mercado
nacional
País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

ESLOVÉNIA 2005-2015 20% Área em agricultura Plano de médio/longo


biológica em 2015 prazo em final de
execução.
10% do consumo
biológico de produção
nacional em 2015

10% do mercado até


2015

15% de explorações
biológicas em 2015

Triplicação das
explorações turísticas
biológicas até 2015

ESPANHA Vários planos Apoiar o Criadas 15 linhas a que A documentação


regionais entre desenvolvimento e a correspondem 38 ações. disponível ao nível
Estratégia para
2002 e 2006 consolidação da produção nacional bastante
apoio à Praticamente todas as
biológica. Incentivar o agregada.
produção 2007-2010: áreas envolvidas:
consumo interno e
biológica 35,8 Milhões € Organização, acesso à Grande enfoque na
melhorar a
informação, investigação, forma de audição dos
No presente: comercialização de
consulta às entidades, stakeholders como
Em maio de produtos biológicos.
fomento da produção e estrutura de suporte
2011 -Reunião
Contribuir para a transformação, solução organizacional para a
de auscultação
estruturação sectorial. para fatores de produção, Estratégia nacional.
alargada a
integração de políticas
associações de Objetivos não Elementos disponíveis
ambientais, plano nacional
todos os níveis, quantificados sobre planos regionais
de seguros, estimulo ao
com no passado indicam
consumo, promoção
participação maior detalhe,
alimentar, canais de
das Autoridades sobretudo quanto
comercialização,
centrais e orçamento, contudo
integração da fileira,
autonómicas. ainda bastante
formação de agricultores e
agregados quanto a
O doc. de produtores.
forma de
apresentação
execução/medidas
da estratégia,
(caso do Plano da
datado de
Andaluzia (2001-
março 2014
2006).
não refere
prazo de Apresenta bastante
execução. interesse para
aprofundar forma de
articulação com
stakeholders.
País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

SUÉCIA 2010 20% Área de agricultura


biológica até 2010;

25% dos alimentos em


cantinas, escolas e
hospitais

REINO UNIDO 2002-2010 70% da componente


nacional no mercado de
produção biológica em
2010

HUNGRIA Inexistente
atualmente

ROMÉNIA 2004-2008 Sem quantificação de


Inexistente objetivos
atualmente

CHIPRE Inexistente
atualmente

SUIÇA Friburgo 2013-2020 Promoção. Na Suíça existem


iniciativas a nível dos
Apoio estrutural à
cantões. Existe um
produção, transformação e
plano nacional para a
comercialização.
biodiversidade.
Investigação, formação e
A associação Biosuisse
divulgação. Instrumentos
tem mais de 20 anos e
de política
representa os
produtores.

SUIÇA Jura e 2019-2015 Aumento de 50% do nº Desenvolvimento das


Berna de explorações principais fileiras
produtivas.

Restauração coletiva.

Apoio à transformação.
Formação

NORUEGA 2009-2020 15% Crescimento da Forte componente de Plano de médio/longo


produção e do consumo, investigação. prazo.
até 2020.

Não são indicadas verbas


disponíveis.

ESTADOS 2010-2020 Duplicar quantidade de


UNIDOS produtos biológicos e do
País Duração Objetivos quantificados Ações/Medidas Observações

AMÉRICA número de explorações,


área cultivada, pública
terras e animais a cada
cinco anos até 2020.

Aumentar as
capacidades de produção
de sementes biológicas
locais, com um valor de
referência de 50% de
todas as necessidades.

Aumentar em 50% até


2020 a produção e a
transformação, através
de apoios estatais.

CANADÁ 2013-2018 Não quantifica objetivos. Grupo de Trabalho de


Desenvolvimento de
Estratégia para
Mercado, Grupo de
a agricultura
Trabalho Inovação
biológica
Pesquisa e Grupo de
Trabalho para aumento da
capacidade
ANEXOS

Anexo I – Associações de Produtores

Anexo II - Programa de Desenvolvimento Rural PRODER 2007 -2013- síntese das medidas de
apoio à agricultura biológica

Anexo III - Projetos financiados pelo programa AGRO Medida 8.1 – Desenvolvimento
Experimental e Demonstração

Anexo IV - Sites consultados – planos de ação

70
Anexo I – Associações de produtores
Nº técnicos
Início Locais de atendimento Telefone Âmbito
Designação Endereço Fax Correio eletrónico Página Web Âmbito Atuação Serviços reconhecidos
atividade ao público Telemóvel geográfico
em MPB
Assistência Técnica em MPB
AAPIM-Associação de Agricultores Av. Monsenhor Mendes do Carmo, nº 23, Formação Prof. em MPB
271223964 Agricultura Biológica
para Produção Integrada de Frutos de 1994 R/C esq Sede 271200075 geral@aapim.com www.aapim.com Continente Elaboração cand. 5
935562890 Produção Integrada
Montanha 6300-586 Guarda A.Ambientais/MPB

Agricultura Biológica
Assistência Técnica em MPB
ACRIGA - Associação de Criadores de Largo da Cooperativa 278426546 Agricultura
1989 Sede 278426547 acriga1@gmail.com Continente Elaboração cand. 2
Gado e Agricultores 5340-279 Macedo de Cavaleiros 961556086 Convencional
A.Ambientais/MPB
Produção Integrada

Assistência Técnica em MPB


Agricultura Biológica
Rua Comandante Salvador do Formação Prof. em MPB
Adrab - Associação Desenvolvimento Agricultura 1- A tempo inteiro
2005 Nascimento, Bloco 3B-1ª cv Guarda; Covilhã 917262927 adrab@sapo.pt Continente Elaboração cand.
Rural Agrícola das Beiras Convencional 1- A tempo parcial
6300-678 Guarda A.Ambientais/MPB
Produção Integrada
Apoio à comercialização

Assistência Técnica em MPB


AGRIARBOL-Associação dos Av. Infante D. Henrique - edif. Translande, Macedo de Cavaleiros, Formação Prof. em MPB
278421698 Agricultura Biológica
Produtores Agro-Florestais da Terra 1998 2º, nº 12 Alfandega da Fé e Vila agriarbol@gmail.com Continente Elaboração cand. 1 - A Tempo Parcial
969102867 Produção Integrada
Quente 5340-204 Macedo de Cavaleiros Flor A.Ambientais/MPB
Apoio à comercialização
Assistência Técnica em MPB
Formação Prof em MPB
Elaboração cand.
AGROBIO-Associação Portuguesa de Calçada da Tapada, 39, r/c Dto. Lisboa, Coimbra, Porto, 213641354 Continente 4- A tempo inteiro
1985 213628133 geral@agrobio.pt www.agrobio.pt Agricultura Biológica A.Ambientais/MPB
Agricultura Biológica 1300-545 Lisboa Lagos 912237056 Internacional 1- A tempo parcial
Apoio à comercialização
Organização e gestão de
mercados de produtores

Casa do Mel-Quinta das Fontainhas, Ap Agricultura Biológica


Agrupamento de Produtores de "Mel Casa do Mel - Quinta
1993 231 273327228 meldoparque@gmail.com Continente Agricultura Apoio à comercialização Não tem
de Montesinho", Lda das Fontainhas
5301-903 Bragança Convencional

Agricultura Biológica
ANCPA-Associação Nacional dos Rua Diana de Liz-Apartado 71 266771932 porcoalentejano@gmail.co Agricultura Assistência Técnica em MPB
1991 Sede 266771933 www.ancpa.pt Continente Não tem
Criadores de Porco Alentejano 7002-501 Évora 934551332 m Convencional Apoio à comercialização
Produção Integrada

Agricultura Biológica Assistência Técnica em MPB


Rua do Arroz, nº 1 Agricultura Elaboração cand.
APARROZ, LDA 1997 Sede Aparroz 265619180 265619181 geral@aparroz.pt Continente 1
7580-131 Alcácer Convencional A.Ambientais/MPB
Produção Integrada Assistência técnica em PRODI

Assistência Técnica em MPB


Apoio à comercialização
APAS - Associação dos Produtores Estrada Municipal 612, km 4, Sobrena 262699040 www.apas.com. Agricultura Biológica
1989 Sobrena e Cadaval 262699049 apas@apas.com.pt Continente Centro de Inspeção de 3
Agrícolas da Sobrena 2550-458 Sobrena 913054812 pt Produção Integrada
pulverizadores
Gestão da Rega

Av. Gago Coutinho e Sacadura cabral- Assistência Técnica em MPB


Associação de Agricultores Ribeira Agricultura Biológica
1999 Edificio do Parque Meda 279883520 aartvc@gmail.com Continente Elaboração cand. 1
Teja e Vale do Coa Produção Integrada
6430-183 Meda A.Ambientais/MPB

Casa do Mel-Quinta das Fontainhas, Ap Agricultura Biológica


Associação dos Apicultores do Parque Casa do Mel - Quinta Assistência Técnica em MPB
1980 231 273327228 casa.do.mel@iol.pt Continente Agricultura 1
Natural de Montesinho das Fontainhas Apoio à comercialização
5301-903 Bragança Convencional

Assistência Técnica em MPB


Rua Alexandre Formação Prof em MPB
BIOCOA - Associação dos Agricultores Largo José Dias Coelho 20 271411660 1- A tempo inteiro
2004 Herculano 10, 6400-319 biocoa@hotmail.com Continente Agricultura Biológica Elaboração cand.
Biológicos do Vale do Coa 6400-398 Pinhel 933936589 1- A tempo parcial
Pinhel A.Ambientais/MPB
Apoio à comercialização

Agricultura Biológica
Assistência Técnica em MPB
Bioraia - Associação de Produtores Zona Industrial, nº 15, 1º Agricultura
2002 Sede 277202316 bioraia@iol.pt Continente Elaboração cand. 4
Biológicos da Raia 6000-182 Idanha-a-Nova Convencional
A.Ambientais/MPB
Produção Integrada

Agricultura Biológica
Av. De Badajoz, nº 3
Elipec - Agrupamento de produtores Continente Agricultura
2003 7350-903 Elvas Sede 268629354 268621173 geral@elipec.pt www.elipec.pt Apoio à comercialização 1
de Pecuária, SA Internacional Convencional
Produção Integrada

72
Anexo II - Programa de Desenvolvimento Rural PRODER 2007 -2013- síntese das medidas de apoio à agricultura biológica

Acção/ Medida de Apoio Tipo de apoio Elegibilidades/OBS. Forma e nível de apoio

PRODER 2.2.1 Adesão voluntária a métodos de produção Período de 5 anos Limites anuais
específicos através de pagamentos agro-
VALORIZAÇÃO DOS MODOS DE Submissão totalidade superfície 900 euros /ha culturas
ambientais
PRODUÇÂO permanentes
Encabeçamento menor ou igual
Pagamento a título compensatório por
Acção 2.2.1 2,00 CN por hectare 600 euros/ha culturas
hectare de área elegível
temporárias
Alteração dos modos de
produção agrícola 450 euros/ha pastagens
permanentes
Acção/ Medida de Apoio Tipo de apoio Elegibilidades / OBS.

PRODER 1.4.1 Concessão de uma ajuda compensatória, Limite anual de € 3000 por exploração.

APOIO AOS REGIMES DE QUALIDADE paga diretamente aos produtores agrícolas, quando Montantes unitários por categoria de produto
estes sujeitem a sua produção ao MPB com o
Ação suspensa em 17/01/2011
objetivo de compensar os custos acrescidos
associados à adesão voluntária e participação dos
produtores neste regime

PRODER 1.4.2 Apoio ao desenvolvimento de atividades necessárias O montante total do apoio concedido, não pode
à informação e promoção específica de produtos ultrapassar 20% do valor de vendas dos produtos
INFORMAÇÃO E PROMOÇÃO DE
alimentares abrangidos por regimes de qualidade objeto do Plano de Ação
PRODUTOS DE QUALIDADE
Concurso 2009 e 2011
Anexo III - Projetos financiados pelo Programa Operacional da Agricultura e
Desenvolvimento Rural PO AGRO (2007-2013)

Eixo 2- Reforçar o potencial humano e os serviços à agricultura e zonas rurais

Medida 8- desenvolvimento Tecnológico e Demonstração - 8.1 – Desenvolvimento


Experimental e Demonstração

FERTILIZAÇÃO ORGÂNCIA DE BRÓCULO PARA INDÚSTRIA EM AGRICULTURA BIOLÓGICA

Projeto AGRO 508 – Programa AGRO DE&D – medida 8.1

VARIEDADES DE MACIEIRA ADAPTADAS À AGRICULTURA BIOLÓGICA – LIMITAÇÕES


FITOSSANITÁRIAS

Projeto AGRO 740 – Programa AGRO DE&D – Medida 8.1

PRODUÇÃO BIOLÓGICA DE HORTÍCOLAS EM AGROSSISTEMA DIVERSIFICADO

Projeto AGRO 129 – Programa AGRO DE&D – Medida 8.1

PREPARAÇÃO DE COMPOSTOS PARA AGRICULTURA BIOLÓGICA

Projeto AGRO 282– Programa AGRO DE&D – Medida 8.1

FERTILIZAÇÃO DE CULTURAS EM AGRICULTURA BIOLÓGICA E AVALIAÇÃO DO PROCESSO


PÓS-COLHEITA DOS PRODUTOS

Projeto AGRO 747– Programa AGRO DE&D – Medida 8.1

PROMOÇÃO E ESTÍMULO À PRODUÇÃO BIOLÓGICA DE MEL

Projeto AGRO – Programa AGRO DE&D – Medida 8.1

75
Anexo IV - sites consultados – planos de ação

http://www.ifoam

eu.org/sites/default/files/page/files/ifoameu_policy_04_capbook201403.pdf

http://www.orgap.org/fileadmin/orgap/documents/action_plan_targets.pdf

http://www.orgap.org/fileadmin/orgap/documents/manual.pdf

http://www.orgap.org/fileadmin/orgap/documents/orgap_wp31_documentation_250107.pdf

AUSTRIA http://www.ifoam-eu.org/en/austria

FRANÇA http://agriculture.gouv.fr/Programme-Ambition-bio-2017,22587

ESPANHA
http://www.magrama.gob.es/imagenes/es/Estrategia%20Apoyo%20Producci%C3%B3n%20Ec
ol%C3%B3gica_tcm7-319074.pdf

ESPANHA–Andaluzia
http://www.juntadeandalucia.es/agriculturaypesca/prospectiva/Ecologico1_doc.pdf

ITÁLIA http://www.sinab.it/politiche-pan

http://www.sinab.it/sites/default/files/share/BIOREPORT_2013_WEB%5B1%5D.pdf

DINAMARCA
http://fvm.dk/fileadmin/user_upload/FVM.dk/Dokumenter/Landbrug/Indsatser/Oekologi/Oekol
ogisk_Handlingsplan_2020.pdf

BÉLGICA–Valónia
http://agriculture.wallonie.be/apps/spip_wolwin/IMG/pdf/plan_bio_final_juin_2013.pdf

BÉLGICA- Flandres

http://lv.vlaanderen.be/nl/zoek?query=nlapps%20data%20docattachments%20strategisch%2
0plan%20bio%202013%20pdf

LUXEMBURGO https://www.gouvernement.lu/3632152/plan-d_action-2013-2014.pdf

ALEMANHA http://www.bundesprogramm.de/das-programm/

http://www.bmel.de/EN/Agriculture/SustainableLandUse/_Texte/OrganicFarmingInGermany.ht
ml

FINLÂNDIA http://www.ifoam-eu.org/en/finland

REPUBLICA CHECA http://www.bioinstitut.cz/english/documents/Akcni_plan_EZ.pdf

REINO UNIDO
http://www.defra.gov.uk/farm/organic/policy/actionplan/pdf/actionplan2year.pdf
76
http://webarchive.nationalarchives.gov.uk/20130123162956/http:/www.defra.gov.uk/farm/or
ganic/policy/actionplan/pdf/actionplan2year.pdf

ESLOVÉNIA http://www.itr.si/uploads/LZ/_c/LZ_cC-8sfhhyw1OsfUn-LQ/ANEK_Slovenija.pdf
http://www.ifoam.org/en/slovenia
http://www.mkgp.gov.si/fileadmin/mkgp.gov.si/pageuploads/podrocja/Kmetijstvo/Ekolosko_k
metijstvo/ANEK_slo.pdf

SUÉCIA http://www.ifoam-eu.org/en/sweden

ESTÓNIA http://www.ifoam.org/en/estonia

LETÓNIA http://www.ifoam-eu.org/en/latvia

LITUANIA http://www.ifoam.org/en/lithuania

ROMÉNIA http://www.ifoam-eu.org/en/romania

BULGÁRIA
http://www.mzh.government.bg/MZH/Libraries/Organic_Farming/NOFAP_FINAL_en.sflb.ashx

NORUEGA
http://www.regjeringen.no/upload/LMD/Vedlegg/Brosjyrer_veiledere_rapporter/Handlingsplan
_okologisk_200109.pdf

http://www.ifoam-eu.org/en/norway

SUIÇA Friburgo http://www.fr.ch/iag/files/pdf59/plan_action_bio.pdf

SUIÇA Jura e Berna http://www.frij.ch/CMS/default.asp?ID=735

ESTADOS UNIDOS http://rafiusa.org/programs/just-foods/national-organic-action-plan/

CANADÁ
http://www.organicagcentre.ca/DOCs/OVCRT/OVCRT_Strategic_Plan_Aug_2013_EN.pdf

CANADÁ - Quebec
http://www.agrireseau.qc.ca/agriculturebiologique/documents/Plan_de_dev_secteur_bio_VF.p
df
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(2012) Comissão Europeia, RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO


CONSELHO sobre a aplicação do Regulamento (CE) n.º 834/2007 do Conselho relativo à
produção biológica e à rotulagem dos produtos biológicos

(2014) Comissão Europeia, COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO


CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES Plano
de Ação para o futuro da produção biológica na União Europeia

(2015) European Parliamentary Research Service, Organic Farming legislation. Revision of


Regulation on organic production and labelling of organic products.

(2016) Comissão Europeia, Facts and figures on organic agriculture in the European Union.

(2016) PRODER – 2007-15 Relatório de encerramento

(2016) PDR 2020: Relatório de Execução – 2014/2015

(2016) Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente - Região Autónoma dos Açores,


RELATÓRIO DE EXECUÇÃO PRORURAL⁺ 2015.

(2016) Região Autónoma da Madeira, Relatório de Execução do PRODERAM 2020 ANO DE 2015
– RESUMO.

(2016) DGADR, Agricultura em MPB - Serie estatística Portugal continental (1994-2015):


http://www.dgadr.pt/images/docs/val/mpb/MPB_continente_1994-2015.xls

(2016) DGADR, Produção biológica – dados reportados EUROSTAT – Portugal e Ilhas (2013 -
2015):
http://www.dgadr.pt/images/docs/val/mpb/2015/Dados_Estatisticos_Portugal_Ilhas.pdf

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