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CODIFICADOR CODIFICADOR
FONTE CIFRAGEM MODULADOR
DE DE
FONTE CANAL
si (t)
CANAL
r(t)
DECODIFICADOR DECODIFICADOR
DESTINO DECIFRAGEM RECEPTOR
DE DE
FONTE CANAL
forma que o decodificador de canal usa esta redundância para controlar os efeitos
dos ruídos e distorções causados pela passagem do sinal transmitido pelo canal de
comunicações.
Como o canal de comunicação é de natureza analógica, o modulador mapeia uma
seqüência de símbolos na sua entrada em uma seqüência de formas de onda (sinais)
adequada para transmissão pelo canal. O projeto do modulador envolve a escolha de
vários parâmetros, como, por exemplo, o formato e a duração das formas de onda
e a potência média transmitida. Ao longo de sua propagação pelo canal, o sinal
transmitido é distorcido por sinais interferentes e é corrompido por sinais aleatórios
conhecidos genericamente como ruídos. Como uma conseqüência, uma réplica exata
do sinal transmitido não pode ser obtida no receptor. O sinal recebido é descrito em
termos da caracterização estatística do canal e da fonte de informação. O objetivo do
receptor não é reproduzir a forma de onda transmitida com precisão, como ocorre nos
sistemas analógicos, mas é processar o sinal recebido tendo como base esta caracte-
rização estatística e decidir, dentro de um conjunto finito, qual a seqüência de formas
de onda transmitida. Após tomar esta decisão, o receptor usa um mapeamento in-
verso em relação ao usado pelo modulador para determinar a seqüência de símbolos
discretos na saída do receptor.
A seqüência recebida é processada pelo decodificador de canal que faz uso da re-
dundância introduzida para detectar ou corrigir erros em relação aos dados transmiti-
dos. O decifrador transforma a seqüência presente na sua entrada em uma seqüência
inteligível ao usuário. O decodificador de fonte reinsere a redundância originalmente
Introdução à Comunicação Digital 3
• Flexibilidade. Diferentes tipos de sinais digitais (voz, vídeo, dados) com dife-
rentes taxas podem ser tratados e manipulados como símbolos binários e po-
dem ser combinados usando técnicas de multiplexação por divisão de tempo.
O Canal Discreto
Observando o diagrama de blocos da Figura 1.1 podemos definir um canal discreto
como o cascateamento do modulador, canal e receptor, de tal forma que a entrada e a
saída do canal discreto são ambas símbolos discretos. A Figura 1.2 ilustra os blocos
que constituem o canal discreto. Em cada intervalo de duração T , denominado inter-
valo de sinalização, uma seqüência de L símbolos binários, b1 b2 · · · bL , é a entrada
do modulador. O modulador mapeia esta seqüência em uma forma de onda perten-
cente a um conjunto com M = 2L elementos, {si (t)}M i=1 , transmitindo uma delas.
Este conjunto de M sinais define um esquema de modulação digital. Em geral, estes
sinais diferem entre si na fase, amplitude ou freqüência de uma portadora senoidal.
CANAL DISCRETO
dos sinais transmitidos, da estatística dos ruídos introduzidos pelo canal e da estrutura
do receptor. Para um dado modelo estatístico de um canal de comunicações, o de-
senvolvimento de estratégias de modulação e recepção e o cálculo da probabilidade
de erro são de grande importância para o projeto de um sistema de comunicações
digitais.
Um outro recurso importante em sistemas de comunicações digitais é a largura
de faixa do canal de comunicações, que é definida como a faixa de freqüência alo-
cada para a transmissão do sinal. As restrições de largura de faixa são devidas às
limitações físicas do meio de transmissão e dos componentes eletrônicos usados para
implementar o transmissor e o receptor. A limitação da largura de faixa estabelece a
máxima taxa de informação (em bits por segundo) transmitida pelo canal.
Cada esquema de modulação digital necessita de diferentes requerimentos de po-
tência do sinal transmitido, largura de faixa e complexidade de decodificação para
obter um valor preestabelecido para a probabilidade de erro. A meta de um pro-
jetista de um sistema de comunicações digitais é maximizar a taxa de transmissão,
provendo serviços com baixa probabilidade de erro a um grande número de usuários,
com baixos requerimentos de largura de faixa, potência e complexidade. Entretanto,
existem limitações teóricas e tecnológicas que impedem que estes objetivos sejam al-
cançados simultaneamente, gerando um compromisso entre as metas desejadas pelo
projetista. A estrutura conceitual deste texto consiste em estabelecer os compromis-
sos entre estes recursos que são fundamentais para a análise e projeto de um sistema
de comunicações digitais. Na maioria dos canais de comunicações um recurso pode
ser mais importante do que outro, gerando a seguinte classificação: