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CENTRO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
Maceió
2013
VICTOR GAMA CARNAÚBA AZEVEDO
Maceió
2013
VICTOR GAMA CARNAÚBA AZEVEDO
BANCA EXAMINADORA
Agradeço primeiramente aos meus pais, que me deram todo o aporte necessário para
conclusão do curso de engenharia e formaram o meu caráter.
Ao meu pai Fernando Régis que foi o meu norte e me guiou durante a conclusão do curso
e elaboração deste trabalho.
À minha namorada Camila Lins que me auxiliou, mostrando paciência e me dando forças
para vencer os obstáculos.
Aos meus amigos, em especial Alcyr Vergetti, Jean Victor, Pedro Cavalcante e Yuri
Lemos, que estiveram presentes em vários momentos ao longo dessa jornada.
Aos meus colegas de turma que sempre se mostraram unidos na busca de um objetivo
comum.
Aos engenheiros Caetano Ximenes e Jayme Marden por permitirem a coleta de dados e
me auxiliarem com aporte teórico para execução deste trabalho.
The engineering practice consists to use the most efficient and economical way, but this
practice is generally only applied to project design, leaving aside its use. Following this
line and the growing concern for sustainable issues and environmental impacts caused by
the construction industry and the use of their works, it is necessary to adopt solutions that
aim to reduce this impact. These solutions are expensive and require in turn an analysis
of the feasibility of adopting them and regard them as an investment. Within this context,
this work presents a comparative techno-economic works between conventional and we
have solutions for energy efficiency and rationalization of water consumption, which have
great impact on the cost of use during the life cycle of the project after construction. Also
shown the advantages of its use, the percentage difference in cost between the systems
present in the projects and then the time point for the adoption of the investment is
justified.
1 INTRODUÇÃO
Junto com o desenvolvimento na construção civil, o consumo dos recursos naturais, como
a água, e a necessidade atual da adoção de novas tecnologias alternativas para geração de
energia. O custo da energia é cada vez mais um componente importante nos custos de
operacionais dos edifícios. Neste sentido, todos esforços possíveis devem ser feitos para
conter gastos desnecessários (PROCOBRE, 2003).
A questão ambiental tem-se tornado uma exigência de mercado cada vez mais
contundente e gradativamente tem ocupado mais espaço nas prioridades das construtoras.
Em todo o mundo há diversas certificações que verificam se uma dada obra é sustentável.
A norte americana LEED (Leadership in Energy and Environment Design) e a francesa
HQE (Haute Qualité Environment) são alguns exemplos de certificações estrangeiras. No
território nacional existe a certificação AQUA (Alta Qualidade Ambiental). De modo
geral, essas certificações fundamentam-se no princípio de eficiência energética, uso
racional de água, coleta seletiva e qualidade ambiental interna da edificação. Além da
certificação brasileira AQUA, foi criado em agosto de 2007 o CBCS, Conselho Brasileiro
de Construção Sustentável, que possui como meta incentivar o setor da construção a
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utilizar práticas mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida dos usuários, dos
trabalhadores e do entorno das edificações (OKRASKA, 2011).
1.1 JUSTIFICATIVA
Sendo assim, esse trabalho propõe a avaliação técnica e econômica dessas tecnologias
com a finalidade de apresentar ao cliente as vantagens e desvantagens para apoiar essas
iniciativas no momento de idealização do projeto.
1.2 OBJETIVOS
Esse trabalho tem o objetivo de verificar o custo benefício para o consumidor final de um
edifício com características sustentáveis em relação aos edifícios convencionais em
Maceió - AL.
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O terceiro capítulo aborda os métodos de avaliação dos custos do ciclo de vida de uma
edificação.
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2 SUSTENTABILIDADE
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Seguindo esses conceitos, as edificações atuais adotam várias medidas para criar um
projeto que procure atender as exigências de um desenvolvimento sustentável. Em alguns
mercados as iniciativas são apenas pontuais, que indicam o começo do amadurecimento
local em relação à novas tendências.
As medidas tomadas pela construção civil vão desde o projeto, o período de construção e
ocupação. Essas medidas visam diminuir os impactos gerados e algumas delas são as
técnicas para eficiência hidrossanitária, elétrica, sonora, térmica, disposição de resíduos
e muitas outras que formam o contexto das obras sustentáveis.
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A água é um dos recursos mais importantes para a sobrevivência e também é um dos mais
ameaçados devido ao alto consumo, pouco aproveitamento e falta de qualidade. Segundo
Victorino (2007), a distribuição das águas na terra estão de acordo com o seguinte gráfico
da Error! Reference source not found..
100
90
80
70
60
50 97.2
40
30
20
10
2.38 0.39 0.029 0.001
0
Oceanos Gelo/Glaciais Água Lagos e Rios Atmosfera
subterrânea
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2.1.1.1 Chuveiros
Consiste em uma pequena peça que restringe a passagem da água de acordo com sua
vazão, por meio de um elastômero que se comprime de acordo com a pressão da água,
reduzindo a seção de passagem da água. Observado na Error! Reference source not
found., que ilustra o funcionamento dos elastômeros, que se comprimem para reduzir a
passagem de água.
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Exemplos bastante utilizados são as bacias com válvulas de fluxo fixos para cada
acionamento e as com caixa acopladas VDR (Volume de Descarga Reduzido). As bacias
com caixas acopladas possuem volume fixo para cada descarga, enquanto que as de fluxo
fixo determinam o volume que será utilizado de acordo com a necessidade do usuário,
seja 3 litros para dejetos líquidos ou 6 litros para dejetos sólidos.
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2.1.1.3 Torneiras
6) Pulverizadores: semelhantes aos arejadores, mas não tem orifícios laterais para
introdução de ar, transformam o jato de água em feixes de pequenos jatos.
Reduzem a vazão para valores entre 0,06 l/s e 0,12 l/s;
11) Torneiras acionadas por sensor infravermelho: são dotados de sensores que
detectam a presença das mãos e liberam o fluxo de água para uso apenas enquanto
as mesmas permanecem no campo de ação do sensor. Geralmente consomem 0,7
litros por utilização.
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A captação de água não é uma tecnologia nova, porém o seu uso crescente em edificações
atendidas por água potável é atual. Segundo Machado (2008):
A utilização das águas provenientes da chuva são atividades não potáveis, como limpeza
de pisos, rega de jardim, lavagem de carros, reserva de incêndio, ar condicionado central,
entre outras. Sua obtenção é relativamente de baixo custo, consistindo somente no
armazenamento para a água derivada das áreas cobertas.
Como pode ser visto na figura 4, a água da chuva captada pelo telhado é coletada por uma
calha, onde são filtrados os galhos e folhas. Após a coleta, a água passa por um filtro fino
e é armazenada em um reservatório subterrâneo, onde é bombeada para o reservatório
superior e destinada para uso.
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O sistema de captação de água da chuva também possui suas desvantagens, por depender
exclusivamente da oferta de chuva em cada região, podendo comprometer a
disponibilidade de água. Segundo LIMA (2010), “as desvantagens do sistema são a
diminuição do volume de água coletada nos períodos de seca, além da necessidade de se
fazer uma manutenção regular no sistema, caso contrário podem surgir riscos sanitários”.
O reuso de água é uma tecnologia alternativa ao uso da água que ainda é pouco aplicada
no Brasil. Essa tecnologia vem sendo mais utilizada devido à ascensão dos edifícios
sustentáveis que, além de aproveitarem a água da chuva, aproveitam e utilizam as águas
cinzas como alternativa para diminuição do consumo e impacto ambiental e social.
O uso dessa técnica também ocorre devido à falta de água tratada em algumas regiões,
que é um problema de saúde pública e leva a adoção do tratamento e uso dessa água.
FIORI et al. (2006) definem reuso de água como:
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Existem vários fatores impactantes para o consumo de energia elétrica que devem ser
considerados, para sua redução, durante o projeto da edificação, como o clima, área de
iluminação e transferência de calor com o ambiente externo. O Programa Nacional de
Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) cita:
Esse tipo de solução necessita de instalações hidráulicas para transporte da água quente.
Além disso, os aquecedores podem ser para cada residência ou um aquecedor para todo
o edifício.
A relação do edifício com o seu exterior é determinado com a sua arquitetura, que irá
determinar o nível de aproveitamento térmico do empreendimento, como cita Mateus
(2004):
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2.2.3 Iluminação
O gasto de energia com iluminação chega a 17% do consumo total no Brasil (SOUZA,
2010). Esse consumo está relacionado à baixa eficiência na iluminação, que pode ser
otimizada com o uso de iluminação natural, controle de acendimento e lâmpadas mais
eficientes.
A iluminação artificial está relacionada com a arquitetura do edifício e seu entorno. Pode-
se verificar que no Brasil a disponibilidade da luz natural é mal aproveitada, como cita
Souza (2010)
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O Brasil possui uma das abóbadas celestes mais claras do mundo, com baixa
nebulosidade em muitos pontos de seu território. Aproveitar bem a iluminação
natural é um princípio que deve nortear cada processo de eficientização de
iluminação (SOUZA, 2010, p. 1).
O uso de diferentes tipos de lâmpadas também tem um grande impacto no consumo com
iluminação artificial do edifício. Mateus (2004) cita os seguintes tipos:
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lâmpadas pode ser usada com reator convencional ou electrónico. As que usam
reator eletrônico são mais eficientes. A maioria é tubular simples (tem a forma de
um tubo direito) embora existam lâmpadas circulares e em forma de "U". As
últimas têm um diâmetro de 30mm ou 38mm e são as menos eficientes. A sua
eficácia situa-se na gama de valores de 20 a 80 lm/W.
Além disso, há as lâmpadas LEDs, ou diodo emissor de luz, que possuem uma
durabilidade cerca de 25 vezes maior e um maior aproveitamento da energia na
transformação em luz.
O aproveitamento da energia solar por painéis fotovoltaicos ainda é uma solução com
custos altos para o consumidor, porém o aparecimento de novas tecnologias que os tornam
mais baratos e mais eficientes é frequente. Em contrapartida, os painéis instalados em
edifícios tendem a reduzir os custos e perdas com transmissão e distribuição de energia.
Os painéis são formados por módulos fotovoltaicos, que são compostos por células que
produzem uma corrente contínua de intensidade fraca. A radiação solar é convertida em
energia por meio dos semicondutores de silício que formas as células, tendo um
rendimento entre 25 e 30%.
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O SGE é um documento onde são descritas as exigências para obtenção do QAE, sendo
composto pelo comprometimento do empreendedor, implementação e funcionamento,
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2) Eficiência do uso da água: promove inovações para o uso racional da água, com
foco na redução do consumo de água potável e alternativas de tratamento e reuso
dos recursos.
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As categorias são:
1) Qualidade Urbana;
2) Projeto e Conforto;
3) Eficiência Energética;
5) Gestão de Água;
6) Práticas Sociais.
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Existem várias opções para avaliação dos custos do ciclo de vida. Todas estão bem
documentadas e estão em uso, certamente desde meados de 1930s, em vários setores de
negócio. Os três mais comumente utilizados no setor da construção civil são (DALE,
1993, p.3):
2) Valor presente líquido: definido como a soma de dinheiro necessário para investir
hoje para garantir todos requerimentos financeiros futuros que possam surgir
durante o ciclo de vida do investimento;
Ribeiro (2010) define que o payback como cociente entre o valor investido inicialmente
e o valor de retorno esperado a uma taxa temporal definida, seja em dias, meses ou anos
(Equação 1).
𝑉𝑖
𝑃𝑏 = 𝑉𝑟 (1)
Onde:
Vi – Valor investido;
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O payback também pode ser calculado realizando o fluxo de caixa e identificando o tempo
em que o fluxo se torna positivo. Sendo assim, realiza-se uma interpolação para encontrar
o payback (Equação 2):
𝑉𝑓𝑐𝑓
𝑃𝑏 = (𝑇 − 1) − 𝑇−1
(2)
𝑉𝑓𝑐
𝑇
Onde:
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Ribeiro (2010), o projeto é considerado viável quando o resultado do cálculo for maior
que zero, pois isso significa que o projeto dará um retorno maior que a taxa especificada.
𝑃𝑓𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −𝑉𝑖 + ∑𝑛𝑡=1 (1+𝑖)𝑡 (3)
Onde:
Vi – Valor investido;
t – Tempo;
Pf – Pagamentos futuros;
i – Taxa de desconto.
𝑃𝑓𝑡
0 = −𝑉𝑖 + ∑𝑛𝑡=1 (1+𝑇𝐼𝑅)𝑡 (4)
Onde:
Vi – Valor investido;
t – Tempo;
Pf – Pagamentos futuros;
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Ribeiro (2010) considera que um investimento seja considerado viável, o TIR deve ser
maior do que a taxa de remuneração do mercado.
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4 MÉTODO DE PESQUISA
Yin (2005) complementa que o estudo de caso pode se basear em qualquer mescla de
provas quantitativas e qualitativas. E também podem incluir, e mesmo ser limitados, às
evidências quantitativas.
O estudo de caso também se caracteriza pelo fato do pesquisador ter pouco ou nenhum
controle sobre os eventos e por se tratar de uma avaliação de acontecimentos
contemporâneos.
A obtenção de dados seguiu as evidências propostas por Yin (2005), obtendo documentos,
registros em arquivo e realizando entrevistas de forma espontânea. Tais dados são listado
a seguir:
3) Especificações técnicas;
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4) Composições orçamentárias;
O acesso a essas informações são de suma importância para realização do trabalho, sendo
necessário a proteção dos dados fornecidos pela construtora por motivos éticos. Para
realizar esta proteção, os custos unitários foram convertidos para uma unidade monetária
qualquer. A conversão foi realizada, em todos os dados presentes neste trabalho, com a
multiplicação por um único fator de correção que não compromete a análise percentual
entre os dados.
Para realização da pesquisa, realizou-se 4 etapas distintas que são listadas abaixo:
A Error! Reference source not found. a seguir mostra que a revisão bibliográfica foi o
alicerce para esta pesquisa, pois ela forneceu toda base teoria para contextualização e
entendimento do problema.
Revisão Bibliográfica
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Identificação
Obtenção dos Análise dos Apresentação
do local de
dados dados dos dados
estudo
1) Instalações hidro-sanitárias;
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Dos itens identificados acima, os tópicos “1”, “2”, “3”, e “5” estão ligados diretamente à
economia de recursos para o usuário final. O item “4” influencia indiretamente na
economia do sistema de refrigeração do empreendimento. O item “6” está ligado a
preocupação ambiental do edifício, mas não será analisado economicamente por este
trabalho, pois não há relação com sistema hidrossanitário e de consumo de energia.
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Ressalta-se que os custos que não estão relacionados a construção do edifício, como o
preço do terreno, não foram considerados para composição do custo do edifício. Esses
itens não foram considerados devido à suas variações serem determinadas com
especulações imobiliárias e localização do empreendimento.
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O edifício dispõe de soluções como tratamento térmico de lã de vidro nas fachadas com
maior incidência do sol, sistema coletivo de aquecimento a gás, bacias com descarga
seletiva, torneiras com aeradores, sistema de automação de iluminação das áreas comuns,
coleta do óleo de cozinha, acessibilidade para deficientes, medição individual de água e
o uso de lâmpadas econômicas nas áreas comuns.
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Foram selecionados diversas soluções sustentáveis que compõem a obra escolhida. Esses
componentes possuem um impacto na planilha orçamentária do edifício, além de
influenciar no consumo de energia e água.
O edifício foi analisado em duas situações diferentes, sendo uma planilha orçamentária
com soluções sustentáveis e uma segunda planilha sem essas soluções. Sendo assim,
criou-se a seguinte Tabela 2 para comparação do valor global das obras.
Ao realizar esse tipo simples de comparação, pode-se verificar o valor a ser investido e
qual a sua participação percentual no custo global do empreendimento. Pode-se verificar
que no edifício em questão o uso de algumas soluções sustentáveis implicou em um
aumento no custo de construção do edifício na ordem de 2,03%. É notável que tais
soluções variam de acordo com a concepção de cada edifício, como no caso citado por
Okraska (2011) em que a diferença variou de 11 a 24% em edificações com certificações
LEED “Silver”.
Dentre os itens analisados, o sistema de coleta de óleo de cozinha é uma das ações
sustentável no edifício, que representa 0,15% do valor global do edifício, não influencia
o consumo de água e energia do empreendimento.
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disso, elas são capazes de atingir uma economia de 60% em relação ao sistema
convencional de 9 litros, segundo a fabricante.
Segundo Hafner (apud MACHADO, 2008, p.3), as bacias sanitárias são responsáveis por
22% do consumo de água em uma residência. Ao se aplicar a economia de 60% nos 22%
referentes ao consumo, obtém-se uma economia efetiva de 13,20% no total consumido.
Valor
DESCRIÇÃO Und Qtd TOTAL
Unitário
BACIA SANITÁRIA COM CX.
OBRA 1 ACOPLADA FLUXO FIXO Und 669,00 $217,74 $145.666,35
(DUAL FLUX)
Valor
DESCRIÇÃO Und Qtd TOTAL
Unitário
INSTALAÇÃO DE AUTOMAÇÃO
OBRA 1 Und 1,00 $30.912,16 $30.912,16
DE ILUMINAÇÃO
VARIAÇÃO (%) 0%
O custo para implantação desse sistema é de $ 30.912,16 unidades monetárias. Esse custo
não é confrontado com um sistema convencional devido ao fato de ser uma adição ao
custo do edifício e não uma modificação de um sistema já existente. Por outro lado, a
adição desse sistema implica em um acréscimo de 0,11% no valor total da obra.
Coelho (apud MACHADO, 2008, p.12) cita que esse sistema reduz o consumo em até
50% para as unidades residenciais e de 30% para o edifício como um todo.
Valor
DESCRIÇÃO Und Qtd TOTAL
Unitário
SISTEMA DE MEDIÇÃO
OBRA 1 Und 226,00 $618,24 $139.722,94
INDIVIDUALIZADA DE ÁGUA
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Segundo testes realizados pela construtora, a aplicação desse tratamento da fachada pode
chegar a reduzir em 10 ºC a temperatura da face interna da parede durante o verão.
Valor
DESCRIÇÃO Und Qtd TOTAL
Unitário
TRATAMENTO TÉRMICO EM
OBRA 1 m² 983,00 $41,73 $41.021,98
FACHADAS
Esse sistema tem como objetivo reduzir o consumo de energia elétrica no edifício,
diminuindo as despesas com os chuveiros elétricos ou boilers. Além disso, o sistema por
ser de consumo coletivo, proporciona uma redução na tarifa cobrada pela companhia de
gás.
Outro fator relevante é o acréscimo em relação as instalações de gás no edifício, mas que
não afetam o empreendimento em questão, pois o edifício dispõe de instalações de gás
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natural para as cozinhas. Esse tipo de sistema comparado aos chuveiros elétricos exigem
instalações de água quente e misturadores, situação que não ocorre se comparado aos
boilers.
Valor
DESCRIÇÃO Und Qtd TOTAL
Unitário
MONOCOMANDO PARA
Und 510,00 $105,17 $53.637,15
CHUVEIRO
CHUVEIRO CONVENCIONAL Und 510,00 $22,54 $11.497,49
Vale salientar que em alguns casos, os custos relacionados a instalação e material dos
tanques e aquecedores são cobertos pela companhia fornecedora de gás. Outro fator
importante é a redução nos custos com a subestação do empreendimento e instalações
elétricas, que não foram quantificadas na realização dessa comparação.
Essa obra em especifico possui alguns itens com características sustentáveis que
proporcionaram um custo de cerca de 2% a mais para o empreendimento. Essa diferença
de custo pode se tornar um empecilho para a venda do edifício, devendo-se então realizar
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O custo de 2% a mais para obra pode variar de obra para obra devido a diversas
particularidades que não estão relacionadas a adoção desses sistemas.
Para análise do payback descontado, valor presente líquido e a taxa interna de retorno, foi
necessário contabilizar os custos relacionados ao consumo e economia dos dispositivos
sustentáveis.
Faixa de
consumo Tarifa
Até 10 m³ $ 1,64
11 a 15 m³ $ 3,13
16 a 20 m³ $ 3,62
21 a 30 m³ $ 3,86
31 a 40 m³ $ 3,99
41 a 50 m³ $ 4,04
51 a 90 m³ $ 4,07
91 a 150 m³ $ 4,10
> 150 m³ $ 4,10
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O consumo médio, segundo Ghisi (2004), para edifícios residenciais é de 200 litros por
pessoa por dia, considerando-se uma população média de 4 pessoas por apartamento para
torre 1 e de 3 pessoas por apartamento na torre 2. Em um mês de consumo, a média de
consumo mensal dos apartamentos será de 24000 litros e 18000 litros, respectivamente.
Devido a medição individualizada presente no edifício, a tarifa aplicada será de $ 3,86
unidades monetárias para torre 1 e $ 3,62 unidades monetárias para a torre 2.
Considerando que a tarifa de água irá ser reajustada a uma taxa de 9% a.a., ou 0,72%
a.m., que é a média de reajuste apresentada nos últimos anos segundo a CASAL e uma
taxa mínima de atratividade (TMA) de 0,5 % a.m., que corresponde à taxa de aplicação
mensal na poupança. Realiza-se os cálculos para determinação dos custos mensais com
consumo para cada situação mensalmente.
Criou-se a Tabela 9 aplicando o reajuste da tarifa de água com uma taxa de 0,72% ao mês
no consumo por meio de juros compostos e, além disso, calcula-se o fluxo de caixa por
meio da diferença entre os dois valores. Observa-se que na coluna do fluxo de caixa foram
realizados os descontos mensais da taxa mínima de atratividade (TMA) com a finalidade
de obter o payback descontado ao realizar o fluxo de caixa acumulado.
Consumo ($/mês)
Fluxo de caixa
Período Fluxo de caixa
descontado
(mês) Obra 2 Obra 1 acumulado
0 -$ 30.297,67 -$ 30.297,67
1 $ 15.990,51 $ 13.879,76 $ 2.100,25 -$ 28.197,43
2 $ 15.991,66 $ 13.880,76 $ 2.089,95 -$ 26.107,48
3 $ 15.992,81 $ 13.881,76 $ 2.079,70 -$ 24.027,78
4 $ 15.993,96 $ 13.882,76 $ 2.069,50 -$ 21.958,28
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Ao se realizar os cálculos do fluxo de caixa, observa-se que a partir do 15º mês o fluxo
passou a ser positivo. Aplicando a Equação 2, obtém-se:
−$1.813,25
𝑃𝑏 = (15 − 1) −
$1960,57
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
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A taxa de retorno interno e o valor presente líquido dependem do tempo considerado para
exploração daquele investimento. No caso da compra de apartamentos, o tempo de uso
do bem investido costuma ser vitalício, sendo assim, considerou-se o tempo máximo para
financiamento, que é de 300 meses. Dessa forma, ao aplicar a Equação 3 para o VPL,
obtém-se:
300
𝑃𝑓𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −$ 30.297,67 + ∑
(1 + 0,5%)𝑡
𝑡=1
𝑉𝑃𝐿 = $ 299.999,38
300
𝑃𝑓𝑡
0 = −$ 30.297,67 + ∑
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
𝑇𝐼𝑅 = 6,97% 𝑎. 𝑚.
Dessa maneira, avalia-se que o uso das bacias sanitárias é viável para o consumidor, pois
a taxa interna de retorno (TIR) é maior que a taxa mínima de atratividade (TMA) e o VPL
é positivo.
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55
1) O investimento só se torna viável após o 15º mês, pois o TIR é a partir desse mês
que o TIR é maior que o TMA;
2) A taxa TIR tende a se tornar constante a partir do 100º mês ou 8 anos e 4 meses,
indicando o período mínimo de uso para obter o máximo de retorno.
Utilizando as tarifas encontradas na Tabela 8, o consumo de 200 litros por pessoa citados
por Ghisi (2004) e a população média de 4 pessoas por apartamento para torre 1 e de 3
pessoas por apartamento na torre 2, calcula-se que o consumo médio mensal dos
apartamentos será de 24000 litros para torre 1 e 18000 para torre 2. Devido a medição
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
56
O consumo mensal total de cada edifício será de 2016 m³ para a torre 1 e 2268 m³ para
torre 2. Ao aplicar uma economia de 30% na Obra 1 citada por Coelho (apud
MACHADO, 2008, p.12), obtém-se o consumo mensal de 1411,20 m³ para torre 1 e
1587,60 m³ para torre 2, totalizando 2998,80 m³ da Obra 1 versus os 4248 m³ da Obra 2.
Essa economia presente na Obra 1 acarretará em um consumo mensal de 16,8 m³ para os
apartamentos da torre 1 e 12,6 m³ para a torre 2, mudando suas tarifas para $ 3,62 e $
3,13, respectivamente.
Considerando que a tarifa de água irá ser reajustada a uma taxa de 9% a.a., ou 0,72%
a.m., e uma taxa mínima de atratividade (TMA) de 0,5 % a.m., realiza-se os cálculos para
determinação dos custos mensais com consumo para cada situação mensalmente.
Cria-se a Tabela 10 com os custos relacionado ao consumo ajustado com a taxa de 0,72%
ao mês, o fluxo de caixa mensal descontado o custo do dinheiro no tempo e
consequentemente o fluxo de caixa final.
Consumo ($/mês)
Período Fluxo de caixa Fluxo de caixa
(mês) Obra 2 Obra 1 final
0 -$139.722,94 -$139.722,94
1 R$ 15.990,51 R$ 10.073,67 $5.887,40 -$133.835,54
2 R$ 15.991,66 R$ 10.074,39 $5.858,53 -$127.977,01
3 R$ 15.992,81 R$ 10.075,12 $5.829,81 -$122.147,20
4 R$ 15.993,96 R$ 10.075,85 $5.801,22 -$116.345,98
5 R$ 15.995,12 R$ 10.076,57 $5.772,78 -$110.573,20
6 R$ 15.996,27 R$ 10.077,30 $5.744,47 -$104.828,73
7 R$ 15.997,42 R$ 10.078,02 $5.716,30 -$99.112,43
8 R$ 15.998,58 R$ 10.078,75 $5.688,27 -$93.424,16
9 R$ 15.999,73 R$ 10.079,48 $5.660,38 -$87.763,77
10 R$ 16.000,88 R$ 10.080,20 $5.632,63 -$82.131,15
11 R$ 16.002,04 R$ 10.080,93 $5.605,01 -$76.526,14
12 R$ 16.003,19 R$ 10.081,66 $5.577,52 -$70.948,62
13 R$ 16.004,34 R$ 10.082,38 $5.550,17 -$65.398,44
20 R$ 16.012,42 R$ 10.087,47 $5.362,45 -$27.301,81
21 R$ 16.013,57 R$ 10.088,20 $5.336,16 -$21.965,65
22 R$ 16.014,73 R$ 10.088,92 $5.309,99 -$16.655,66
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57
Observa-se que pelo fluxo de caixa o retorno do investimento ocorre a partir do 26º mês.
Dessa forma, aplica-se a Equação 2 para obter o payback.
−$881,40
𝑃𝑏 = (26 − 1) −
$5.206,61
Pode-se verificar na Error! Reference source not found. a evolução do fluxo de caixa
final junto ao fluxo de caixa, representando graficamente o momento em que há o retorno
do investimento. Esse momento é representado pelo ponto em que o fluxo de caixa final
cruza o eixo das abscissas.
$150,000.00
$100,000.00
$50,000.00
$0.00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
-$50,000.00
-$100,000.00
-$150,000.00
-$200,000.00
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
58
300
𝑃𝑓𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −$ 139.722,94 + ∑
(1 + 5%)𝑡
𝑡=1
𝑉𝑃𝐿 = $ 786.164,85
300
𝑃𝑓𝑡
0 = −$ 139.722,94 + ∑
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
𝑇𝐼𝑅 = 3,72% 𝑎. 𝑚.
O TIR para a medição individual de água é maior que a taxa mínima de atratividade
(TMA) e o VPL é positivo, consequentemente, o uso desse sistema é uma opção viável
para o consumidor.
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59
1) O investimento só se torna viável após o 26º mês, pois o TIR é a partir desse mês
que o TIR é maior que o TMA;
2) A taxa TIR tende a se tornar constante a partir do 156º mês ou 13 anos, indicando
o período mínimo de uso para obter o máximo de retorno.
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
60
Cria-se a Tabela 11 com os custos relacionados ao consumo ajustado com a taxa de 0,72%
ao mês, o fluxo de caixa mensal descontado o custo do dinheiro no tempo e
consequentemente o fluxo de caixa acumulado.
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61
Observa-se que pelo fluxo de caixa o retorno do investimento ocorre a partir do 23º mês.
Dessa forma, aplica-se a Equação 2 para obter o payback.
−$6.908,08
𝑃𝑏 = (23 − 1) −
$7.003,32
Pode-se verificar na Error! Reference source not found. a evolução do fluxo de caixa
final junto ao fluxo de caixa, representando graficamente o momento em que há o retorno
do investimento. Esse momento é representado pelo ponto em que o fluxo de caixa final
cruza o eixo das abscissas.
$150,000.00
$100,000.00
$50,000.00
$0.00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43
-$50,000.00
-$100,000.00
-$150,000.00
-$200,000.00
300
𝑃𝑓𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −$170.020,62 + ∑
(1 + 5%)𝑡
𝑡=1
𝑉𝑃𝐿 = $ 1.057.144,74
_____________________________________________________________________________
Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
62
300
𝑃𝑓𝑡
0 = −$170.020,62 + ∑
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
𝑇𝐼𝑅 = 4,62% 𝑎. 𝑚.
1) O investimento só se torna viável após o 23º mês, pois o TIR é a partir desse mês
que o TIR é maior que o TMA;
2) A taxa TIR tende a se tornar constante a partir do 156º mês ou 13 anos, indicando
o período mínimo de uso para obter o máximo de retorno.
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63
De posse desses dados, o consumo total de gás gasto por cada torre da Obra 1 pode ser
calculado com a multiplicação pelo número de unidades e o número de dias existentes em
1 mês, obtendo a Tabela 13:
Devido ao fato do sistema ser de uso coletivo, as tarifas são cobradas sobre o consumo
total de gás, evitando que os usuários paguem a taxa mínima de consumo. As tarifas
praticadas pela distribuidora de gás de Alagoas (ALGÁS) são tarifados em cascata, ou
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
64
seja, a tarifa é cobrada de acordo com parcelas referentes a cada faixa de consumo (Tabela
14).
𝐶 = 𝑇𝑓1 ∗ 50 + 𝑇𝑓2 ∗ (75 − 50) + 𝑇𝑓3 ∗ (100 − 75) + 𝑇𝑓4 ∗ (𝐶𝑔 − 100) (5)
Onde:
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65
𝐶𝑒 = 𝑃𝑡 ∗ 𝑇 ∗ 𝑃𝑝 ∗ 𝑁𝑏 (6)
Onde:
Pp – População;
Com essas considerações, cria-se as seguintes tabelas para cada cenário de consumo
supracitados. As tabelas foram criadas realizando o reajuste mensal das tarifas, o desconto
da taxa mínima de atratividade no fluxo de caixa mensal e a determinação do fluxo de
caixa final.
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
66
Consumo ($/mês)
Período Fluxo de caixa Fluxo de caixa
(mês) Obra 2 Obra 1 final
0 -$293.622,08 -$293.622,08
1 $5.371,76 $4.479,76 $887,56 -$292.734,52
2 $5.372,12 $4.480,01 $883,26 -$291.851,26
3 $5.372,47 $4.480,25 $878,97 -$290.972,29
4 $5.372,83 $4.480,49 $874,71 -$290.097,58
5 $5.373,18 $4.480,74 $870,47 -$289.227,11
6 $5.373,54 $4.480,98 $866,25 -$288.360,86
7 $5.373,89 $4.481,22 $862,04 -$287.498,82
8 $5.374,25 $4.481,46 $857,86 -$286.640,96
9 $5.374,60 $4.481,71 $853,70 -$285.787,26
10 $5.374,96 $4.481,95 $849,56 -$284.937,69
290 R$ 5.475,28 R$ 4.550,47 $217,72 -$155.309,73
291 R$ 5.475,64 R$ 4.550,72 $216,66 -$155.093,07
292 R$ 5.476,00 R$ 4.550,96 $215,61 -$154.877,46
293 R$ 5.476,36 R$ 4.551,21 $214,56 -$154.662,90
294 R$ 5.476,73 R$ 4.551,46 $213,52 -$154.449,37
295 R$ 5.477,09 R$ 4.551,70 $212,49 -$154.236,88
296 R$ 5.477,45 R$ 4.551,95 $211,46 -$154.025,43
297 R$ 5.477,81 R$ 4.552,20 $210,43 -$153.815,00
298 R$ 5.478,17 R$ 4.552,44 $209,41 -$153.605,59
299 R$ 5.478,53 R$ 4.552,69 $208,39 -$153.397,19
Consumo ($/mês)
Período Fluxo de caixa Fluxo de caixa
(mês) Obra 2 Obra 1 final
0 -$293.622,08 -$293.622,08
1 $10.743,53 $6.091,02 $4.629,36 -$288.992,72
2 $10.744,24 $6.091,35 $4.606,70 -$284.386,02
3 $10.744,95 $6.091,68 $4.584,16 -$279.801,86
4 $10.745,66 $6.092,01 $4.561,72 -$275.240,14
5 $10.746,37 $6.092,34 $4.539,40 -$270.700,74
6 $10.747,08 $6.092,67 $4.517,18 -$266.183,56
7 $10.747,79 $6.093,00 $4.495,07 -$261.688,49
8 $10.748,50 $6.093,33 $4.473,08 -$257.215,41
9 $10.749,21 $6.093,66 $4.451,18 -$252.764,23
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67
Consumo ($/mês)
Período Fluxo de caixa Fluxo de caixa
(mês) Obra 2 Obra 1 final
0 -$293.622,08 -$293.622,08
1 $16.115,29 $7.887,51 $8.186,84 -$285.435,24
2 $16.116,36 $7.887,94 $8.146,74 -$277.288,49
3 $16.117,42 $7.888,37 $8.106,84 -$269.181,65
4 $16.118,48 $7.888,80 $8.067,13 -$261.114,52
5 $16.119,55 $7.889,22 $8.027,62 -$253.086,91
6 $16.120,61 $7.889,65 $7.988,30 -$245.098,61
7 $16.121,68 $7.890,08 $7.949,17 -$237.149,44
8 $16.122,74 $7.890,51 $7.910,23 -$229.239,20
9 $16.123,81 $7.890,93 $7.871,49 -$221.367,72
10 $16.124,87 $7.891,36 $7.832,93 -$213.534,78
35 $16.151,52 $7.902,06 $6.928,09 -$29.705,42
36 $16.152,59 $7.902,49 $6.894,15 -$22.811,27
37 $16.153,65 $7.902,92 $6.860,38 -$15.950,88
38 $16.154,72 $7.903,34 $6.826,78 -$9.124,10
39 $16.155,79 $7.903,77 $6.793,34 -$2.330,76
40 $16.156,85 $7.904,20 $6.760,07 $4.429,31
41 $16.157,92 $7.904,63 $6.726,96 $11.156,27
42 $16.158,99 $7.905,06 $6.694,01 $17.850,27
43 $16.160,06 $7.905,49 $6.661,22 $24.511,49
44 $16.161,12 $7.905,91 $6.628,59 $31.140,09
Observa-se que apesar de gerar economia, o cenário de consumo mínimo não irá retornar
o investimento nos 300 meses considerados, verifica-se também que em um período
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
68
Consumo médio:
−$2.419,67
𝑃𝑏 = (76 − 1) −
$3.204,22
Consumo máximo:
−$2.330,76
𝑃𝑏 = (40 − 1) −
$6.760,07
Sendo assim, é mostrado como o sistema de aquecimento a gás depende do consumo dos
seus usuários, pois quanto mais se consome, mais barato se torna a tarifa em relação à
energia elétrica. Para visualização gráfica, a Error! Reference source not found.5 e
Error! Reference source not found.6 mostram o momento em que há o retorno do
investimento.
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69
Fonte: O autor
Dessa fora, calcula-se o VPL para o cenário de consumo médio de acordo com a Equação
3.
300
𝑃𝑓𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −$293.622,08 + ∑
(1 + 0,5%)𝑡
𝑡=1
𝑉𝑃𝐿 = $ 435.203,31
300
𝑃𝑓𝑡
0 = −$293.622,08 + ∑
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
𝑇𝐼𝑅 = 1,58% 𝑎. 𝑚.
Observa-se que o VPL é positivo e o TIR para o uso de aquecimento a gás é maior que o
TMA, significando que na ótica do uso dessa tecnologia como investimento será viável.
1) O investimento só se torna viável após o 76º mês, pois o TIR é a partir desse mês
que o TIR é maior que o TMA;
2) A taxa TIR tende a se tornar constante a partir do 290º mês ou 24 anos e 2 meses,
indicando o período mínimo de uso para obter o máximo de retorno.
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71
Consumo ($/mês)
Período Fluxo de caixa Fluxo de caixa
(mês) Obra 2 Obra 1 final
0 -$463.642,69 -$463.642,69
1 $26.734,03 $14.239,39 $12.432,48 -$451.210,21
2 $26.735,90 $14.240,31 $12.371,56 -$438.838,65
3 $26.737,76 $14.241,23 $12.310,94 -$426.527,70
4 $26.739,62 $14.242,14 $12.250,62 -$414.277,08
5 $26.741,48 $14.243,06 $12.190,60 -$402.086,49
6 $26.743,35 $14.243,98 $12.130,86 -$389.955,63
7 $26.745,21 $14.244,90 $12.071,42 -$377.884,20
8 $26.747,07 $14.245,81 $12.012,27 -$365.871,93
9 $26.748,93 $14.246,73 $11.953,42 -$353.918,51
10 $26.750,80 $14.247,65 $11.894,84 -$342.023,67
36 $26.799,28 $14.271,53 $10.468,75 -$52.403,88
37 $26.801,15 $14.272,45 $10.417,46 -$41.986,43
38 $26.803,02 $14.273,37 $10.366,41 -$31.620,02
39 $26.804,88 $14.274,29 $10.315,62 -$21.304,40
40 $26.806,75 $14.275,21 $10.265,07 -$11.039,33
41 $26.808,62 $14.276,13 $10.214,77 -$824,56
42 $26.810,49 $14.277,05 $10.164,72 $9.340,16
43 $26.812,35 $14.277,97 $10.114,92 $19.455,08
44 $26.814,22 $14.278,89 $10.065,35 $29.520,43
45 $26.816,09 $14.279,81 $10.016,03 $39.536,47
Pode-se verificar que o fluxo de caixa final torna-se positivo a partir do 42º mês,
indicando que o tempo de payback está entre o 41º e o 42º mês. Dessa forma, o payback
é calculado segundo a Equação 2.
−$824,56
𝑃𝑏 = (42 − 1) −
$10.164,72
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
72
300
𝑃𝑓𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −$463.642,69 + ∑
(1 + 0,5%)𝑡
𝑡=1
𝑉𝑃𝐿 = $ 1.662.368,66
300
𝑃𝑓𝑡
0 = −$463.642,69 + ∑
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
𝑇𝐼𝑅 = 2,70% 𝑎. 𝑚.
Observa-se que o VPL é positivo e o TIR para a combinação final é maior que o TMA,
significando que o investimento será viável.
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UFAL
73
1) O investimento só se torna viável após o 42º mês, pois o TIR é a partir desse mês
que o TIR é maior que o TMA;
2) A taxa TIR tende a se tornar constante a partir do 223º mês ou 18 anos e 7 meses,
indicando o período mínimo de uso para obter o máximo de retorno.
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
74
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após realizar a análise dos dados e os resultados obtidos, comparando os dois edifícios,
são feitas algumas considerações importantes.
Observa-se que há a necessidade de realizar um aporte inicial maior para adotar soluções
que tragam vantagens na economia de recursos em comparação ao edifício concebido
convencionalmente, no entanto tais soluções apresentam características de investimento
ao retornar o esforço inicial à medida que o empreendimento é utilizado, como
demonstrado nesse trabalho.
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75
Para estudos futuros, sugere-se que seja abordado a comparação técnico econômica entre
edifícios que possuam certificação em Maceió – AL, além de verificar a aceitabilidade no
mercado imobiliário para esse tipo de empreendimento, mensurando o percentual de
clientes dispostos a adquirir uma unidade em um edifício sustentável. Pode-se confrontar
a velocidade de venda entre edifícios convencionais e sustentáveis a fim de oferecer ao
construtor um parâmetro para o planejamento financeiro da obra.
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais
76
7 REFERÊNCIAS
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Victor Gama Carnaúba Azevedo (victor.azevedo@outlook.com) – Trabalho de Conclusão de Curso -
UFAL
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Análise comparativa técnico-econômica entre empreendimentos com características sustentáveis e
convencionais