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SERVIÇO DE CONTROLE DE AERÓDROMO ICA 100-37

AUTORIZAÇÕES E INFORMAÇÕES

As autorizações e informações emitidas pela TWR se baseiam nas condições conhecidas de tráfego e
do aeródromo e se aplicam ao tráfego de aeródromo, bem como a veículos e pessoas na área de manobras ou
perto delas. Caso a autorização não seja conveniente ao piloto em comando da aeronave, este poderá
solicitar outra autorização, a qual será atendida, sempre que não houver prejuízo ou conflito para o tráfego.
As autorizações emitidas pela TWR não abrangem as condições legais ou técnicas relativas à aeronave e aos
tripulantes e não isentam o piloto em comando de qualquer responsabilidade por violação a regulamentos e
normas de tráfego aéreo. A TWR é o órgão oficial de informação a respeito das horas de saída e de chegada
das aeronaves, bem como o responsável por encaminhar essas e outras informações necessárias ao ACC a
que estiver subordinada.

RESPONSABILIDADE DOS PILOTOS

Quando em voo VFR, nas proximidades de um aeródromo ou durante o táxi, será responsabilidade
do piloto em comando da aeronave: manter escuta na frequência apropriada de transmissão da TWR a partir
do momento em que acionar os motores, nas partidas, e até a parada total dos motores, nas chegadas;
manter-se em condições de transmitir, a qualquer momento, na frequência de escuta da TWR; cumprir as
autorizações de tráfego aéreo emitidas pela TWR; fazer chamada inicial à TWR e informar ao atingir as
posições críticas; prestar quaisquer informações úteis ao controle e à segurança do tráfego aéreo.

FUNÇÕES DAS TORRES DE CONTROLE DE AERÓDROMO

As TWR transmitirão informações e/ou autorizações às aeronaves sob seu controle, para
conseguirem um movimento de tráfego aéreo seguro, ordenado e rápido no aeródromo e em suas
proximidades, com o objetivo de evitar abalroamento entre as aeronaves: que voam dentro da área designada
de responsabilidade da torre de controle, incluindo aquelas voando nos circuitos de tráfego do aeródromo;
operando na área de manobras; pousando e decolando; os veículos operando na área de manobras; operando
na área de manobras e os obstáculos existentes nessa área.
As funções de uma torre de controle de aeródromo podem ser realizadas por diferentes posições
controle, tais como: posição controle TWR, normalmente responsável pelas operações na pista e por
aeronaves que voam dentro da área de responsabilidade da torre de controle de aeródromo; posição controle
solo, normalmente responsável pelo tráfego na área de manobra, com exceção das pistas; posição
autorização de tráfego, normalmente responsável pela entrega de autorizações ATC para voos com PLN IFR
em partida, com PLN Y, PLN Z, VFR especial e VFR noturno.

ALERTAS FORNECIDOS PELAS TORRES DE CONTROLE DE AERÓDROMOS

As torres de controle de aeródromo são responsáveis por alertar os serviços de salvamento e combate
a incêndios, sempre que: tiver ocorrido um acidente aéreo no aeródromo ou em suas imediações; for
recebida informação de que existe ou pode existir risco à segurança de uma aeronave que está ou ficará sob
a jurisdição da torre de controle de aeródromo; solicitado pela tripulação de voo; for considerado necessário
ou desejável. Os procedimentos relativos ao alerta aos serviços de salvamento e de combate a incêndio
devem estar contidos em instruções locais. Tais instruções deverão especificar o tipo de informação a ser
prestada aos serviços de salvamento e combate a incêndio, incluindo o tipo de aeronave e tipo de
emergência e, quando disponível, o número de pessoas a bordo e quaisquer cargas perigosas transportadas
na aeronave.

FALHA OU IRREGULARIDADE DE AUXÍLIOS E EQUIPAMENTOS

As TWR deverão comunicar imediatamente, de acordo com as instruções locais, toda falha ou
irregularidade no funcionamento de qualquer equipamento, luzes ou outros dispositivos instalados no
aeródromo, utilizados para orientar o tráfego.
SELEÇÃO DA PISTA EM USO

A expressão “pista em uso” é empregada para indicar a pista que a TWR considera mais adequada,
em um dado momento, para as aeronaves que se espera pousar ou decolar do aeródromo. Normalmente, a
aeronave pousará ou decolará contra o vento, a menos que as condições de segurança de tráfego aéreo ou a
configuração da pista determinarem que é preferível uma direção diferente.
Se o piloto em comando da aeronave considerar que a pista em uso não é apropriada para a operação
que tenha que realizar, poderá solicitar autorização para usar outra pista. A TWR manterá o APP
permanentemente informado quanto à seleção da pista em uso. Sempre que estiverem se realizando
operações de aproximação por instrumentos, mesmo em treinamento, a TWR não deverá mudar a pista em
uso sem a devida coordenação com o APP.

CHAMADA INICIAL PARA A TORRE DE CONTROLE DE AERÓDROMO

Para aeronaves que contam com a prestação de serviço de controle de aeródromo, a chamada inicial
deverá conter: designação da posição controle que está sendo chamada; indicativo de chamada e, para as
aeronaves na categoria de esteira de turbulência pesada, a palavra “Pesada”; posição; elementos adicionais,
conforme o caso.

INFORMAÇÕES METEOROLÓGICAS E DE AERÓDROMO

Antes de iniciar o táxi para a decolagem, as TWR deverão transmitir às aeronaves as seguintes
informações, na ordem abaixo, exceto aquelas que se saiba que a aeronave já tenha recebido: a pista em uso;
a direção e a velocidade do vento na superfície, incluindo suas variações significativas; o ajuste de altímetro
(QNH), arredondado para o hectopascal inteiro inferior mais próximo; temperatura do ar para a pista a ser
utilizada; a visibilidade existente no setor de decolagem ou o valor, ou valores atuais, do RVR
correspondente à pista em uso; a hora certa.
As informações meteorológicas indicadas na lista acima devem seguir os critérios utilizados nos
METAR e SPECI, exceto a informação relativa ao vento de superfície, que deverá ser referido em graus
magnéticos.

INFORMAÇÃO DE TRÁFEGO ESSENCIAL LOCAL

TWR deverá informar sobre o tráfego essencial local, em tempo hábil, diretamente ou por meio do
APP, quando, a seu critério, tal informação for necessária no interesse da segurança ou quando a aeronave o
solicitar. Tráfego essencial local será considerado como qualquer aeronave, veículo ou pessoas na área de
manobra ou próximo dessa, ou tráfego operando nas imediações do aeródromo, que possam constituir um
perigo para a aeronave em questão.

INFORMAÇÃO ESSENCIAL SOBRE AS CONDIÇÕES DO AERÓDROMO

Obras de construção ou de manutenção na área de movimento ou em áreas adjacentes a ela; partes


irregulares ou danificadas da superfície das pistas, pistas de táxi ou dos pátios que estejam ou não
sinalizadas; neve, lama ou gelo nas pistas, pistas de táxi ou nos pátios; água nas pistas, pistas de táxi ou nos
pátios e ação de frenagem, se disponível; bancos de neve ou neve acumulada adjacentes a uma pista, pistas
de táxi ou pátios; outros perigos ocasionais, incluindo aeronaves estacionadas e bando de aves no solo ou no
ar; avaria ou funcionamento irregular de uma parte ou de todo o sistema de iluminação do aeródromo;
qualquer outra informação pertinente.

CONTROLE DE TRÁFEGO DE AERÓDROMO

Como o campo de visão da cabine de comando de uma aeronave é normalmente restrito, o


controlador deverá assegurar que as instruções e informações sobre elementos que requerem que a
tripulação de voo empregue detecção, reconhecimento e observação visuais sejam formuladas de forma
clara, concisa e completa.

ENTRADA NO CIRCUITO DE TRÁFEGO

A autorização para uma aeronave entrar no circuito de tráfego será expedida quando se desejar que
esta se aproxime da área de pouso, de acordo com os circuitos de tráfego em uso e as condições de tráfego
sejam tais que não seja possível autorizar o pouso imediato. Dependendo das circunstâncias e das condições
de tráfego, uma aeronave pode ser autorizada a entrar em qualquer posição no circuito de tráfego.

PRIORIDADE PARA POUSO

Se uma aeronave entrar no circuito de tráfego do aeródromo, sem a devida autorização, o pouso será
permitido se suas manobras indicarem que assim o deseja. Quando as circunstâncias o justificarem, um
controlador de tráfego aéreo poderá solicitar às aeronaves com as quais estiver em contato que se afastem,
tão logo seja possível, para evitar o risco originado pela operação não autorizada.

CONTROLE DAS AERONAVES QUE CHEGAM

Aeronaves em emergência podem ser autorizadas a pousar em pista não homologada para o tipo da
aeronave. Excluindo-se o caso de aeronave em emergência que de nenhum modo poderá ser preterida, a
seguinte ordem de prioridade deverá ser observada na sequência de pouso:

a) planadores;
b) aeronave transportando ou destinada a transportar enfermo ou lesionado em estado grave, que necessite
de assistência médica urgente, ou órgão vital destinado a transplante em corpo humano;
c) aeronave em operação SAR;
d) aeronave em operação militar (missão de guerra ou de segurança interna);
e) aeronave conduzindo o Presidente da República;
f) aeronave em operação militar (manobra militar);
g) demais aeronaves, na sequência estabelecida pelo órgão de controle.

AUTORIZAÇÃO PARA POUSO

Uma aeronave poderá receber autorização de pouso quando houver garantia razoável de que a
separação prevista em 6.14.4 ou 6.15 existirá no momento em que essa aeronave passar a cabeceira da pista.
Essa autorização de pouso não poderá ser emitida antes que a aeronave precedente (que pousa) tenha
cruzado a cabeceira da mesma pista. Para reduzir o potencial de mal-entendidos, a autorização de pouso
deverá incluir a designação da pista de pouso.

PROCEDIMENTOS PARA OPERAÇÕES EM BAIXA VISIBILIDADE

Quando for exigido que o tráfego opere na área de manobra em condições de visibilidade que
impeçam a torre de controle de aeródromo de aplicar separação visual entre as aeronaves e entre aeronaves e
veículos, o seguinte será aplicável: Na interseção das pistas de táxi, não será permitido que uma aeronave ou
veículo situado em uma pista de táxi se mantenha em espera mais perto de outra pista de táxi que o limite de
posição de espera definido por uma barra de cruzamento, barra de parada ou marca de interseção de pista de
táxi. A separação longitudinal nas pistas de táxi será a especificada para cada aeródromo pela autoridade
ATS competente. Esta separação levará em conta as características dos auxílios disponíveis para vigilância e
controle de tráfego no solo, a complexidade da configuração do aeródromo e as características das aeronaves
que utilizam o aeródromo.

SUSPENSÃO DAS OPERAÇÕES - POUSOS E DECOLAGENS VFR


Por motivo de segurança, qualquer dos seguintes órgãos ATC, pessoas ou autoridades poderá
suspender uma ou todas as operações VFR no aeródromo ou nas suas imediações: o APP ou o ACC a que
estiver subordinada a TWR em questão; a TWR do aeródromo em questão; ou o DECEA.

SUSPENSÃO DAS OPERAÇÕES - DECOLAGENS IFR

Quando as condições meteorológicas estiverem abaixo dos mínimos prescritos para operação de
decolagem IFR, essas operações serão suspensas por iniciativa do APP ou da TWR.

LUZES AERONÁUTICAS DE SUPERFÍCIE

Os procedimentos aqui tratados têm aplicação em todos os aeródromos, independentemente da


existência de serviço de controle de aeródromo. Aplicam-se também a todas as luzes aeronáuticas de
superfície, estejam ou não no aeródromo ou em suas proximidades. Todas as luzes aeronáuticas de
superfície serão ligadas: continuamente durante o período compreendido entre o pôr e o nascer do sol; em
todo outro momento em que, baseando-se nas condições meteorológicas, se considere conveniente para a
segurança do tráfego aéreo.

ILUMINAÇÃO DE APROXIMAÇÃO

A iluminação de aproximação inclui luzes, tais como: sistema de luzes de aproximação (ALS),
sistema visual indicador de rampa de aproximação (VASIS), indicador de trajetória de aproximação de
precisão (PAPI) e faróis luminosos de aproximação e indicadores de alinhamento de pista. A iluminação de
aproximação também deverá ser ligada: durante o dia, quando solicitado por uma aeronave que se aproxima;
quando estiver funcionando a iluminação de pista correspondente.

MONITORAÇÃO DE AUXÍLIOS VISUAIS

Os controladores de aeródromo deverão fazer uso de dispositivos de monitoração automática, quando


instalados, para determinar se a iluminação está em boas condições e funcionando de acordo com a seleção
realizada. Na ausência de um sistema de monitoração automática ou para complementar um sistema deste
tipo, o controlador de aeródromo deverá observar visualmente as luzes, a partir da torre de controle de
aeródromo, e usar as informações obtidas de outras fontes, tais como inspeções visuais ou informes das
aeronaves, a fim de manter-se atualizado sobre o estado operacional dos auxílios visuais.

FAROL ROTATIVO DE AERÓDROMO

Farol rotativo de aeródromo, quando existente, deverá permanecer ligado entre o pôr e o nascer do
sol nos aeródromos com operação contínua. Nos aeródromos cuja operação não for contínua, o farol rotativo
de aeródromo, quando existente, deverá permanecer ligado desde o pôr do sol até o encerramento do
serviço. O farol rotativo de aeródromo, quando existente e disponível, deverá ser ligado entre o nascer e o
pôr do sol, quando as condições meteorológicas do aeródromo somente possibilitarem operações IFR ou
VFR especial.

SINAIS PARA O TRÁFEGO DO AERÓDROMO

As TWR usam pistolas de sinais luminosos que emitem feixes luminosos na cor selecionada pelo
controlador (verde, vermelha ou branca). O alcance normal das pistolas de sinais luminosos é de 2,7 NM (5
km) durante o dia e de 8NM (15km) durante a noite. Embora os sinais luminosos possibilitem algum
controle das aeronaves sem rádio, os controladores deverão considerar as seguintes desvantagens: o piloto
da aeronave poderá não estar olhando em direção a pistola de sinais luminosos no momento desejado; as
autorizações serão muito limitadas, nesses casos, somente poderão ser emitidas “aprovações“ ou
“desaprovações”.

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