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Sistema Offshore – Plataforma Fixas

- Introdução

A indústria offshore teve início no final do século XIX, nos EUA, com estruturas rústicas de madeira. Em 1948, a
exploração migrou para o Golfo do México, com estruturas mais complexas em lâminas d'água de 14 metros.
No Brasil, o início da exploração de petróleo offshore se deu na década de 60. Em 1968, ocorreu a primeira
descoberta de petróleo no mar brasileiro. A partir desse ano, foram testadas as primeiras tecnologias voltadas para
os campos marítimos. A construção da plataforma P-1 (Petrobras-I), por exemplo, foi fundamental para o êxito do
projeto.
Montada em Niterói (RJ), com tecnologia norte-americana, a P-1, como a própria sigla sugere, foi a primeira
plataforma de perfuração de petróleo construída no Brasil.

- Tipos de Plataformas

1. Apoiadas no Fundo do Mar

1.A. Plataforma Fixa: Uma plataforma fixa é um tipo de plataforma offshore utilizada para a produção de petróleo
(ou gás) em águas rasas da plataforma continental, em campos de exploração localizados em lâminas d’água de até
450 metros. Essas plataformas são construídas sobre pés de concreto e ou aço, ancorados diretamente no fundo do
mar, suportando estruturas responsáveis pela perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal, bem como
todas as instalações necessárias para a produção dos poços. Via de regra, não tem capacidade de armazenamento de
petróleo ou gás.

1.A.1. Plataforma Fixa Tipo Jaqueta

Tipo mais comum de plataforma fixa, o tipo jaqueta corresponde a 95% das plataformas offshore do mundo.
Jaquetas (steel jacket) são estruturas tubulares de aço, cujas pernas servem de gabarito (modelo) para a cravação de
“estacas” e de contraventamento lateral, em que os pés são fixados no fundo do mar.
A jaqueta é equipada com estacas de aço de 2 metros de diâmetro que podem penetrar no fundo do mar até 100
metros de profundidade para garantir a estabilidade de toda a plataforma. A instalação da estaca pode chegar a 40%
do custo total da estrutura da plataforma.
Podem ter centenas de metros de altura e pesar milhares de toneladas (20000 toneladas). A altura da jaqueta é
definida pela profundidade da água mais cerca de 15 metros acima do nível do mar, sobre a qual são instalados os
módulos e/ou convés (a superestrutura).
As jaquetas são comumente compostas de elementos tubulares finos de colunas abertas (seções fechadas
proporcionarem maior empuxo e grande rigidez torcional), superfície mínima para pintura e ataque corrosivo,
simplicidade de forma e aparência agradável.
Nas partes submersas dessas estruturas, são projetados tubos circulares buscando a minimização das forças
hidrodinâmicas em relação aos membros tubulares de seção quadrada ou retangular.
Os elementos das barras são submetidos predominantemente a esforços axiais de tração e compressão. São
estruturas com grande capacidade de redistribuir os esforços internos após a falha de algum elemento estrutural. Seu
comportamento global é semelhante a uma viga em balanço, engastada no fundo do mar.

As estruturas de uma plataforma fixa são compostas por elementos tubulares de aço treliçados, que formam uma
estrutura hiperestática. São fixadas ao solo marinho através de estacas cravadas a percussão ou por vibração. Os
elementos principais da estrutura de uma jaqueta são submetidos predominantemente a esforços axiais de tração
e compressão

Tais plataformas são, em virtude de sua imobilidade, projetadas para uso de longo prazo. São utilizados diversos
tipos de estrutura, es de aço, caixão de concreto, aço flutuante e até concreto flutuante. Jaquetas de aço são seções
verticais feitas de membros de aço tubular e geralmente são empilhadas no fundo do mar. As plataformas fixas são
economicamente viáveis para instalação em profundidades de até 150 m; para profundidades mais profundas, um
sistema de produção flutuante, ou um encanamento submarino para aterrissar ou para profundidades de água mais
rasas para processamento, normalmente seria considerado.

- Acidentes (em plataforma fixas)

Em 16 de agosto de 1984, ocorreu a maior tragédia da história da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro: um acidente na
Plataforma de Enchova (PCE-1) matou 37 trabalhadores e causou ferimentos em outros 23 quando a embarcação em
que tentavam abandonar a plataforma despencou no mar, de uma altura de 30 metros, após explosão seguida de
incêndio provocada pela perfuração de um poço de petróleo. O acidente começou quando houve um vazamento de
gás do poço 33 que estava sendo perfurado.

Em 31 Maio de 2014 um incêndio na Plataforma Namorado 1 (PNA-1), na Bacia de Campos, paralisou temporariamente
as operações no local. Seis funcionários tiveram ferimentos leves e foram liberados após avaliação médica. Os
trabalhadores são vinculados à empresa Odebrecht Oil & Gas, responsável pela pintura da plataforma. As chamas
foram apagadas com ajuda do sistema automático de dilúvio.

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