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_ Os Pensadorés _ Comte "O verdadeita epirito positive consiste sobretudo em ver para prever, em estudar 9 que é, a fim de concluir isso 0 que serd, segundo o dogma ge- tal da invariabilidade das leis natu- rais,”” A. COMTE: Discurso sabre 0 esptrito positive, “O pove sb pode interessar-se es- sencialmente pelo uso efetivo do po- der, onde quer que resida, ¢ nao por Sut conquista especial. Loga que as ‘questées paliticas, ou melhor, a partir de agora socials, se reporlarem ordina- tiameme & maneira pela qual © poder dewe ser exercido para melhor atender a.seu destino geral, principalmente re- lativa, para os modemnos, 2 massa pro- letéria, nd tardaremos a reconhecer que o desdém atual nip se vincula de modo algum 8 uma perigosa indiferen- a. Até | a opinidio popular permane- Ceri estranha a esses debates que, aos colhos dos bons espirites, aumentando @ instabilidade de todos os poderes, tendem especialmente a retardar essa indispensdvel transformagdo, Numa palavra, © povo esta naturalmente dlis- posto @ desejar que a vi ¢ tempestuasa discussio dos direitos seja enfim substi- tulda por uma fecunda e salutar apre- ciagda dos diversos deveres essen- clais, quer gerais, quer especiais, Tal é © principio espontanes da intima cone- xo, que, cedo ou tarde pressentida, li- gard necessariamente o instinto popu- lar & agéo social da filosofia positiva."* A. COMTE: Discurse sabre @ espitito positive. Os Pensadorés CIP-Brasil. Catal: 2 Publicagdo Camara Brasileira do Livro, SP Comte, Auguste, 1798-1857, Curso de Filosofia positiva ; Discurso sobre © espirito positive ; Discur- sa pteliminar sobre o conjunto do positiviumo : Catecisme positivist / Au- guste Comte ; seleviio de texios de Jost Arthur Giannotti ; tradugdes de Jo- # Anhur Giannanti ¢ Miguel Lemos. — 2. ed, — Sao Paulo : Abril Cuku- , 1983. (Os pensadores) Anclui vida ¢ obra de Comie. Bibliogratia, 1, Comte, Auguste, 1798-1857 2. Filosofia francesa 3. Positivismo 1. Giamatti, José Archur, 1930 - LI, Thuslo: Curse de filosofia positive, IL. Tix tulo: Discurso sobre o espirito positive. LV. Titulo: Discurso preliminar se. bre 0 conjanto do positivismo, V, Titulo: Catecismo positivista. V1. Série, eDD.146.4 190.92 198) indives para cardlogo sisiematica: 1. Comtismo : Filosofia 146.4 2, Filoseha Francesa 194 3. Filosofos franceses 194 4. Filésofos modomos : Biografia¢ obra 190,92 5. Positivismo : Filosofia 146.4 AUGUSTE COMTE CURSO DE FILOSOFIA POSITIVA DISCURSO SOBRE O ESPIRITO POSITIVO DISCURSO PRELIMINAR SOBRE O CONJUNTO DO POSITIVISMO CATECISMO POSITIVISTA Selogiio de textos de José Arthur Giannotti ‘Tradugdo de José Arthur Clannotti ¢ Miguel Lemos tL 1983 EDITOR: VICTOR CIVITA ‘Titules originais: Cowre de Philossnie Positive Disceurs ser PEsprit Pasa) Diseours sur F Enycenble dha Positive Canéwbivme Positinste ou Sommaare Exposition de la Retizion Universelte © Copyright desta edigto, Abril S.A. Cultural e Tustin, ‘Sy Paulo, (978, — 2. edigdo, 1983, A uraduce, por Miguel Lemos, do Coreceona Pasitviste, que figura neste volune, foi gerdifmente cedida a Abril 8.A. Culrural ¢ Industral pare esti edigde pela Ipreja Poytivista Go Brasil, derentors dos dneitos autorsis Direiuiw exclusive sate is domuls tadugtes deste volume, Abril $A. Caltura} ¢ Industrial, S40 Paalo, Diteiios exclusives sobme "Comic — Vida e Db ‘Abril S.A. Culnural ¢ Indust, $s Paks, COMTE VIDA E OBRA Consulteria: José Arthur Giannatté | uguste Comle nasceu em Montpellier, Franca, a 19 de janeira de 1798, filho de um fiscal de impostos. Suas relagées cam a familia foram sempre tempestuosas e contém elementos explicatives do desenvolvimento de sua vida ¢ talvez até mesmo de certas orentagoes dadas as suas obras, sobretudo em seus dttimos anos. Froqtientemen- te, Comte acusava os familiares (8 excecdo de um irmao) de avareza, culpando-os por sua precaria situacao econdmica, O pai e a ima. ambos de saude muito fragil, viviam reclamande maior participagao de Auguste em seus problemas. A mie apegou-se a ele de forma exire= mada, solicitande sua atengao ‘da mesma maneira que um mendiga implora um pedaga: de pda’ para sobreviver, como diz ela em carta ao filho jé adulto. Tao Complexes lagos familiares foram atinal rompi- dos por Comte, mas deixaram-lhe marcas prafundas, Com a idade de dezesseis anos, em 1814, Comte ingressou na Es- cola Politécnica de Paris, fato que tetia significativa influéncia na orientagan posterior de seu pensamento, Em carta de 1842 a John Stuart Mill (1806-1873), Comte fala da Politécnica como a primeira comunidade verdadeiramente cientifica, que deveria servir como mo dele de toda educag.io superior. A Escola Politécnica tinha sido funda da em 1794, como fruto da Revalugag Francesa e do desenvulvimen= to da ciéncia e da técnica, resultante da Revolucade Industrial, Embora pormanecesse por apenas dois anos nessa escola, Comte ali recebeu a influéncia do tabatha intelectual de cientistas como o fisico Sadi Carnot (1796-1832), 0 matemitico Lagrange (1736-1813) @ 0 astrono- mo Pierre Simon de Laplace (1749-1827), Especialmente importante fai a influéncia exercida pela Mecdhica Anafftica de Lagrange: nela Comte teria se inspirado para vir a abordar os principios de cada cién- segundo uma perspectiva histrica, Em 1816, a onda reaciondria que se apoderou de toda a Europa, depois da dertota de Napaledo e da Santa Alianca. repercutiu na Esco- ja Politécnica. G» adeptos da restauragde da Casa Real dos Bourbon conseguiram 0 fechamente tempordrio da Escola, acusando-a de jaco- binisma. Comte deixou a Politécnica ¢, apesar dos apelos insistentes da familia, resalveu continuar em Paris. Nesse perfodo sofreu as in- fluéneias dos chamados “idedlogos”’: Destutt de Tracy (1754-1836), Cabanis (1757-1808) © Valney (1757-1820), Leu também os tedricos da economia politica, cemo Adam Smith (1723-1790) e ran-Haptiste Say (1767-1832), fildsoias e historiadores como Navid Hume (1711-1776) ¢ William Robertson (1721-1793). © fator mais decisive vit COMTE para sua formagao foi, gorém, 0 estude do Esboco de um Quadro Histérico dos Progressos do Espiite. Humano, de Condorcel (1743-1794), ao qual se referiria, mais tarde, como “meu imediato predecessor”. A obra de Condorcet traca um quadre do desenvolvi- mento da humanidade, no qual os descobrimentos 2 invenctes da ciéncia ¢ da tecnologia desempenham papel preporderante, fazendo © homem caminhar para uma era em que a oranizagaa social ¢ poli- tica seria produto das luzes da razaa. Essa idéia torhar-se-ia um dos pontos fundamentais da filosofia de Comte O filosofo e sua musa Umi ano depois de sair da Escola Politécnica, em 1817, Comte tornou-se secretdrio de Saint-Simon (1760-1823), do qual receberia profunda influéncia, Em carta de 1818, Comte declara, sobre suas te- lagdes com Saint-Simon: “Pela cooperagie e amizade com um do ses homens que yéem lange nos daminios da Filosofia politica, apren- di uma multidio de coisas, que em vao procuraria nos livros: e no meio ano durante o qual estive associado a ele meu espitito fer maic~ res progressos do que faria em Irs anos, se eu estivesse sozinho: o tras balho desies seis meses desenvolveu minha concepgao das cléncias politicas ¢, indiretamente, tornay mais sdlidas minhas idéias sobre as demais ciéncias...’* Essa intima ligagdo intelectual foi extremamente proveitosa para Comte, pois acelerou seu processo de desenvolvimento. Terminou, Contuda, de maneira tempestuosa, como acontecia com quase todas as relagées pessoais de Comte. Ele © Saint-Simon eram de tempera. Mentos muito diversas para que pudessem trabalhar juntos durante Muito tempo: © rampimento ocorreu quando o discipula comecou 4 sentit-se independente do mestre, discordando de suas idéias sabre as telagoes entre a ciéncia a reorganizacdo da sociedade, Comte nav aceitava 6 fato de Saint-Simon, nese periado, deixar de lado seus pla- nos de reforma tedrica do conhecimento e dedicar-se a tarefas prati- cas no sentide ve formar uma nova elite industrial e cientifica, que te- ria como alvo a reforma da ordem social. O conilito culminou com a Publicagaa do Plano de Trabalhoy Cientificos Necessirias a Reargani- Zagdo da Sociedade, escrito por Comte & do qual Saint-Simon discor- dou, A separagia entre os dois ocoreu em 1824. Na mesmo ana, Comte casou-se com Caroline Massin e, ndo tendo mals os proventos de secretirio de Saint-Simon, passou a ganhar a vida dando aulas par- ticulares de matemstica. Dois anos depois, exatamente no dia 2 de abril de 1826, iniciou em sua propria casa um curso, do qual resulto uma de suas principals abras, 0 Curso de Filosofia Positiva, em seis volumes, publicados a panir de 1830. Alguns dos maiores names da €poca freqdemtavam suas aulas, como a fisidlogo Henri-Marie de _Blainville (1777-1850) e 0 psiedloge Jean-ftionne Esquirol (1772-1840). © curso, no entanto, foi interrampido logo na terceira aula, devi- do & crise mental sofrida por Comte, & qual se seguiu profunda depres- so melancdlica, Depuis disso, Comte tomou-se repetidor de andlise Matematica e de mecanica, no tendo canseguide elevar-se a fun fOes superiores, apesar de varias tentativas em concursos para ubten- VIDA EOBRA 1x 30 de citedra. Em 1838, as relagdes com a esposa pioraram sensivel- mente até a completa separagao em 1842. Deis anos apés separar-se de Caroline, Comte publicou © Discur- so Sobre a Espirita Positiva, ao mesmo tempo que perdeu o posto de examinador de admissao na Escola Politécnica. A exclusio definitiva da Escola Politécnica resultou sobretude das criticas aes matemat cos, feitas no preficio do Ultims volume do Curso de Filosofia Positi- va, editado em 1842. Atacando os especialistas em matematica, Com- te afirmava ter chegada o tempo de os bidlogos & socidloges ocupa- rem 0 primero posto no munde inelectual. A perda do meio de sobrevivencia fez com que Camte passasse a ser sustentado por amigos ¢ admiradores, como o filésofo John Stuart Mill eo dicionarista Lité (1801-1881), seu entusiasmado discipule, Em 1844, Comte conheceu a mulher que ira transformar sua vi- dae dar nova orientago a seu pensamento. Chamava-se Clatilde de Vaux © era esposa de um homem que se encantrava preso por crime infamante, Clotilde de Vaux, contudo, considerava indissol(ivel seu casamento, nao permitinds que suas relagdes com o fildsufo uhrapas- sassem os limites de uma intima amizade. Comte apaixanou-se pordi- damente por Clotilde e pretendou transforma-la em nova Beatriz, a musa de Dante. Nela encontrou alguem que Ihe permitiu expressar to- dos os seus sentimentos @ necessidades emocionais. A afeigdo tor- nou-se ainda mais profunda cam a morte de Clotilde, um ane depois. Comte transformou-a entio no génio inspirador de uma nova religido, Cujas tdéias se enconiram numa extensa obra em quatre volumes, pu- blicades entre 1851 © 1054: Politica Positiva au Tratade de Sociolo- Bia Instituindo a Religiso da Humanidade. Alem dessa obra, Comte publicau, em 1852, © Catecismo Positivista ou Exposigde Sumairia da Religie Universal, Para esse trabalho, preparou-se, fazendo “higiene serebral"', por ele entendida como abstengdo de quaisquer leiuras & aprofundamento na meditacao solitéria. Pretendia, assim, atnstar-se de todos os clementos perturbadures © assegurar unidade ao projeto de constituigdo das doutrinas da nova religido. Nesse mesmo perio- do, dedicou-se aa estudo da musica, a poesia italiana e espanhola ea leitura da tmitagdo de Criste, obra que considerava um grande poema sobre a natureza humana, A palavra “Deus” do texto da Initagde de- veria, segundo Comte, ser entendida como significando a humanica- deem geral, Os ultimos anos da vida de Comte transcorreram em grande soli- dio e desencanto. sabretudo por tor side abandenado par Litiré; seu mais famoso discipulo nao concerdava com a idéia de uma nova reli- gido, Auguste Comte faleceu no dia 5 de setembra de 1857, Os trés temas basicos O nécleo da filosofia de Comte radica na idéia de que a socieda~ de sO pede ser convenientemente reorganizada através de uma com= pleta reforma intelectual do homem, Com isso, distingue-se de outros filésofos de sua época, come Saint-Simon ¢ Faurier, preocupados tam- bem com a reiorma das instiltigGes, mas que prescreviam modos mais dirctos para efetivi-la. Enquanto esses pensadores pregavam a acao pritica imediata, Come achava que antes disso seria necessdrio x COMTE fumecer aps homens novos hibitos de pensar de acordo com © esta- do das ciéncias de seu tempo, Por essa razao, a sistema comteano es Wuturouse em tomo de tts temas basicos. Frm primeira lugar, uma fi- losofia da histérla com © objetivo de mostrar as tazoes pelas quais uma certa maneira de pensar (chamada por ele filosofia positiva ou pensamento postive) deve imperar entre oy homens, Em segundo lu- gat, uma fundamentaggo © classificacao das ciéncias baseadas na filo- sofia positiva, Finalmente, uma sociologia que, determinando a estru- tura © Os proceso, de modilicagao da sociedade, permilisse a refor- ma pritica das instituigoes. A esse sistema deve-se acrescentar a for ma religioxa assumida pelo. plane de renovacao social, proposta por Comte nos seus dltimos anos de vida. © progresso do espirito A filosofia da historia — primviro tema da filosofia de Comte — pode ser sintetizada na sua célebre fei dos trés estadas: todas as cién- cias_€ © espirito humano camo um todo desenvolvem-se através de trés fases distintas: a teolégica, a metafisica @ a positiva. No estado woldgico, pensa Comte, 0 niimero de observagoes dos fendmenos reduz-se a paucos casos €, por isso, a imaginagdo de- sempenha papel de primeire plano, Diante da diversidade da Nature 4a, 0 homem s6 consegue explicd-la mediante a crenga na interven- ao de seres: pessoais @ sobrenaturais, Q mundo torna-se: compreensi- vel somente através das idéias de deuses € espiritos, Segundo Comte, a mentalidade (eoldgica visa a um tipo de compreensie absaluta; o homem, nesse estagio de desenvalyimento, acredita ter posse absolu- ta do conhecimento, Para além dos limites dos seres sobrenaturais, 0. homem nie coloca qualquer problema, sentindo-se satisfetto na medi- da em que a possibilidade de recorrer a intervengao das divindades fornece um quad para compreensdo dos fendmenos que ocorrem ao seu redor. Paralolamente as fungdes de explicagio da Natureza, a mentali- dade tealdgica desempenharia também relevante papel de coesdo so- cial, fundamentando a vida moral, Confiando em podeves imutdveis, fundados na autoridade, essa montalidade teria como ferma politica correspondente a monarquia aliada an militarisma, © estado tealdgico, para Comte, apresenta-se dividida em tres periadgs sucessives: o fetichismo, o polite’sme ¢ o monoteisma, No fetichismo, uma vida espiritual, semelhante a do homem, é atribuid, 205 seres naturais. © politeismo esvazia os seres naturais de suas vi- das animicas — tal como concebidos no estégia anteriar — © atribui a animagiv desses seres nao a si mesmos, mas a outros seres, inv veis e habitantes de um munde superior. No monoteismo, a distancia entre 63 sores @ seus principios explicatives aumenta ainda mats: o he- mem, nesse estagio, retine todas as divindades em yma sé. A fase tealogica: monateista representaria, no desenvalyimento do espirito humano, uma etapa de (ransigao para 0 estado metatisico. Este, inicialmente, concebe “forgas'’ para explicar os diferentes. gru- pas de fendmenos, em substituigdo as divindades da fase teoldgica. Fala-se entac de uma “forca fisica, uma "farca quimica’, uma “for- ga vital”, Num segunda perinde, a mentalidade metafisica reuniria to- VIDA E OBRA xl das essas forgas numa 36, a chamada “Natureza"’, unidade que equi: valeria ao deus Gnico do manotefsmo. © estado metafisica tem, segundo Comte, outros pontos de con- lato com o tealdgico. Ambos tendem a procura de solucées absolutus para os problemes do homem; a metaiisica, tanto quanto a tealogia, procura explicar a “natureza intima’ das coisas, sua origem @ destino ailtimos, bem como a maneira pela qual sao praduzidas. A diferenca reside no fato de-a metafisica colocar @ abstrata no lugar do concreta ¢.9 argumentagao no lugar da imaginacdo, Nessa perspectiva comtea- na, 0 estado metafisico se caracterizaria fundamental mente pela disso- lugdo do teoligieo. A argumentacao, penetrando nos dominios das idéias teolépicas, traria a luz suas contradigoes inerentes ¢ substitu # vontade divina por "idéias" ou “forgas”. Com isso, a metaffsica des- tuitia a idgia teoldgica de subordinagaa da natureza.e do homem ao sobrenatural, Na esfera politica, 9 espirito metalisico corresponderia @ uma substituiego dos reis pelos juristas; supondo-se a sociedade: co- MO ongindria de um cantrato,; tende-se a basear o Estade na sobora- nia do povo, O pensamento positive O estado positive caracteriza-se, segundo Comte, pela subordina- do da imaginagio ¢ da argumentagae & observagdo. Cada _proposi- cao enunciada de maneira positiva deve Ccorrespander a um fat, seja particular, seja universal. Isso naa significa, parém, que Comte deton- da um empirismo puro, ou scja, a reducdo de todo conhecimento a apreensao exclusiva de fatos isolados, A visio positiva dos fatos aban- dana a consideragao das causas dos fendmenos (procedimento teald- gico ou metafisice) ¢ torna-se pesquisa de suas lets, entendidas camo felagdes, constantes entre fendmenos observaveis. Quande procura co- nhecer fendmenos psicaligicos, o espirita pasitive dove visar as rela- 60s imutdvels presentes roles — como quando trata de fendmenos {i- sicds, Como oO Movimento ou a massa; sd assim Conseguiria realmen- te explicislos. Segundo Comite, a pracura de leis imutiveis ocorrou pela primeira vez na histéria quandd 03 antigos gregos criaram a éstro- nomia matematica, Na @poca moderna, o mesma procedimento rea- parece em Bacon (1561-1626), Galileu (1564-1642) ¢ René Descartes (1596-1650), 03 fundadores da tilosutia positiva, para Comie, A filesofia positiva, a0 contraria dos estadas teoldgica & metalisi- ¢a, considera impossivel a redugio dos fendmenos naturals a um

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