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leando candido ribeiro04293209905

FÍSICA PARA PERITO CRIMINAL DA PC/SP


PROFESSOR: GUILHERME NEVES

Aula 2 – Parte 2
Força Elástica ................................................................................................................................... 2
Associação de molas em série .......................................................................................................... 5
Associação de molas em paralelo .................................................................................................... 6
Elevadores em movimento vertical .................................................................................................. 7

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Força Elástica

Imagine uma mola de comprimento natural , estando fixa em uma das


extremidades.

Pois bem, vamos então aplicar uma força de mesma direção da mola, de
modo que seu comprimento aumente para o valor . A diferença entre e C
é a chamada deformação da mola.

A experiência nos mostra que a intensidade da força aplicada é proporcional à


deformação da mola. Isto quer dizer que se dobrarmos a intensidade da força,
a deformação também dobra. Se triplicarmos a força, a deformação triplica. Se
reduzimos a força à sua metade, a deformação também reduz à sua metade.

Em suma, temos:

= ∙

Onde k é uma constante que depende da mola e é chamada de constante


elástica da mola. A unidade desta constante no SI é o newton por metro
(N/m).

Esse resultado é conhecido como Lei de Hooke.

Tanto no caso em que a mola é “esticada” quanto no caso em que é


comprimida, ao retirarmos a força que causou a deformação, a tendência da
mola é voltar ao seu comprimento inicial. Em alguns casos pode acontecer de a
mola voltar a um comprimento diferente do seu comprimento inicial, mas só
consideraremos os casos em que a mola volta rigorosamente ao seu
comprimento inicial . Quando isso ocorre é obedecida a lei de Hooke,
dizemos que a deformação é elástica.

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Quando a força F é aplicada na mola, provocando a sua deformação, a mola


reage com uma força (força elástica) e está aplicada no agente que aplica a
força F.

Pelo princípio da ação e reação, e devem ter a mesma direção, sentidos


opostos e mesmo módulo.

=−

O sinal negativo indica que o sentido da força elástica sempre oposto ao


sentido da deformação da mola.

Aprofundaremos mais os estudos das molas quando estudarmos energia.

Observação: Chamamos de mola ideal a uma mola de massa desprezível que


obedeça à Lei de Hooke.

01. Uma mola ideal, de comprimento natural = 1,2 , é pendurada a um


suporte. Na extremidade inferior da mola, prendemos um bloco de massa
= 1,6 de modo que, na posição de equilíbrio, o novo comprimento da mola
é = 1,4 . A aceleração da gravidade tem intensidade = 10 / ². Calcule a
constante elástica da mola.

As forças que atuam no bloco são o seu peso ( ) e a força elástica


exercida pela mola. Como o bloco está em equilíbrio, devemos ter:

= = ∙ = 1,6 ∙ 10

= 16
A deformação da mola é dada por 1,4 − 1,2 = 0,2 . De acordo com a lei de
Hooke, temos:
=

16 = 0,2 ∙
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= 80 /

O que significa esta constante?

Se você aplicar uma força de 80 N na extremidade da mola, ela sofrerá uma


deformação de 1 metro. Se você dobra a força e aplica 160 N, a deformação
será de 2 m. Se aplica 40 N, a deformação será de meio metro, etc.

02. No sistema representado na figura, os blocos A e B têm massas iguais a


4,0 kg. Os fios e a mola são ideais, a aceleração da gravidade tem módulo
= 10 / ² e a constante elástica da mola é = 5,0 / . Calcule a deformação
da mola.

Resolução

Como os blocos são iguais, então eles têm o mesmo peso.

= = 4 ∙ 10 = 40

Como a mola e o fio são ideais, a força exercida em cada extremidade da mola
tem intensidade T igual à da tração no fio.

Como o sistema está em equilíbrio, então a tração tem o mesmo módulo do


peso.

!= ∙

40 = 5

= 8

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Associação de molas em série

Consideremos duas molas ideais, de constantes e ", associadas em série


como mostra a figura a seguir.

Chamamos de mola equivalente à associação uma única mola de constante


elástica k que, sob a ação da mesma força, sobre a mesma deformação. Em
suma, queremos substituir as duas molas acima por uma única mola que sofre
a mesma deformação sob a ação de uma mesma força.

Digamos que a primeira mola tenha sofrido uma deformação e que a


segunda mola tenha sofrido uma deformação " . A deformação total foi de
+ " . Queremos trocar estas duas molas por uma única mola que sofra uma
deformação x tal que = + " .

Aplicando a lei de Hooke a cada mola, temos:

= ∙ → =

= " ∙ " → " =


"

Aplicando a lei de Hooke à mola equivalente, temos:

= → =

Como = + ", temos:

= +
"

1 1 1
= +
"

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A fórmula acima pode ser estendida para um número maior de molas. Se, por
exemplo, fossem quatro molas em série, teríamos:

1 1 1 1 1
= + + +
" % &

03. Três molas ideais, de constantes elásticas = 20 / , " = 30 / e


% = 60 / , foram associadas em série.

a) Determine a constante elástica da mola equivalente à associação.


b) Determine a deformação sofrida pela associação quando submetida a uma
força de intensidade 7,0 N.

Resolução

a) Sendo k a constante elástica da mola equivalente, temos:

1 1 1 1
= + +
" %

1 1 1 1
= + +
20 30 60

1 3+2+1
=
60

1 6
=
60

6 = 60

= 10 /(

b) A deformação sofrida pela associação é a mesma deformação sofrida pela


mola equivalente.

7 = 10

= 0,7

Associação de molas em paralelo

Quando a associação é em paralelo, só temos interesse prático nos casos de


molas idênticas, isto é, molas que têm o mesmo comprimento natural e a
mesma constante elástica.

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Consideremos duas molas ideais, de constantes e ", associadas em paralelo


como mostra a figura a seguir.

As molas são presas a um mesmo suporte S e a uma barra de massa


desprezível, no centro da qual é aplicada a força F.

Ao aplicarmos a força F no centro da barra, o sistema sofrerá uma deformação


x, isto é, cada mola sofrerá a mesma deformação x. Seja k a constante da
mola equivalente.

Neste caso, cada uma das molas recebe uma força de intensidade F/2.

Da mesma forma que o caso anterior, provamos que a constante da mola


equivalente é dada por = 2 .

Se forem n molas em paralelo, teremos que =* .

Elevadores em movimento vertical

Consideremos um indivíduo de massa m apoiado no piso de um elevador. O


indivíduo comprime o piso do elevador, aplicando sobre ele a força normal.
Pelo princípio da ação e reação, o piso do elevador aplica no indivíduo a reação
da normal.

Resumindo:

i) O homem aplica no elevador a força normal.

ii) No homem são aplicadas a força peso e a força normal.

Se o elevador estiver em repouso, teremos obviamente N = P. Vamos analisar


o valor de N quando o elevador está em movimento vertical.

1º caso: O elevador sobe ou desce em movimento uniforme.

Neste caso, a aceleração é nula e, portanto, a resultante das forças que atuam
sobre o indivíduo é nula. Teremos também N = P.

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2º caso: O elevador sobe em movimento acelerado de aceleração a

Neste caso, a aceleração do indivíduo é a mesma aceleração do elevador.


Como o sentido da aceleração é para cima, então N > P e a resultante será N
– P.

Aplicando a segunda lei de Newton:

− = ∙+

= + ∙+

= ∙ + ∙+

= ∙ ( + +)

3º caso: O elevador desce em movimento aceleração de aceleração a.

Como o sentido da aceleração é para baixo, temos que P > N e a resultante


será P – N.

− = ∙+

= − ∙+

= ∙ − ∙+

= ∙ ( − +)

Veja que interessante: se g = a (elevador em queda livre), teremos que a


normal será nula. Isso significa que o indivíduo não comprimirá o piso do
elevador e terá a sensação de estar flutuando (com sensação de ter “perdido o
peso”).

Se a aceleração do elevador for maior que a gravidade, teremos N < 0. Como


isso pode acontecer? Módulo negativo?

O que ocorre é que o elevador está acelerado com aceleração maior que a
gravidade e, assim, o indivíduo fica para trás. Se o movimento continuar, o
indivíduo baterá a sua cabeça no teto do elevador.

4º caso: O elevador desce em movimento retardado de aceleração a

O elevador está descendo, mas como o movimento é retardado, a direção da


aceleração está para cima. Assim, N > P e a resultante é N – P.

Aplicando a segunda lei de Newton:

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− = ∙+

= + ∙+

= ∙ + ∙+

= ∙ ( + +)

5º caso: O elevador sobe em movimento retardado de aceleração a

O elevador sobe, mas a aceleração tem a direção para baixo. Neste caso, P >
N e a resultante será P – N.

− = ∙+

= − ∙+

= ∙ − ∙+

= ∙ ( − +)

Em suma: se a aceleração tem o sentido para baixo, a relação é = ∙ ( − +).


Se a aceleração tem o sentido para cima, a relação é = ∙ ( + +).

Se o indivíduo, dentro do elevador, sobe em uma balança, a balança indicará


justamente o valor da normal. Assim, costuma-se dizer que N é a intensidade
do peso aparente.

04. Um indivíduo de massa = 100 , está de pé sobre uma balança fixa no


piso de um elevador. A aceleração da gravidade tem módulo 10 m/s².
Determine a marcação da balança nos seguintes casos:

a) O elevador está em repouso

O peso do indivíduo é = = 100 ∙ 10 = 1.000 .

A balança indica a intensidade da normal. Como o elevador está parado, temos


N = P = 1000 newtons.

b) O elevador sobe em movimento uniforme.

Neste caso, a resultante é nula. Temos N = P = 1.000 newtons.

c) O elevador sobe com movimento acelerado cuja aceleração tem módulo 3


m/s².

A aceleração tem sentido para cima e a relação é = ∙ ( + +).

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= 100 ∙ (10 + 3) = 1.300 */012*

d) O elevador desce com movimento acelerado cuja aceleração tem módulo 3


m/s².

Neste caso, a aceleração tem direção para baixo. A relação é = ∙ ( − +).

= 100 ∙ (10 − 3) = 700 */012*

e) O elevador sobe com movimento retardado cuja aceleração tem módulo 3


m/s².

Neste caso, a aceleração tem direção para baixo. A relação é = ∙ ( − +).

= 100 ∙ (10 − 3) = 700 */012*

f) O elevador desce com movimento retardado cuja aceleração tem módulo 3


m/s².

A aceleração tem sentido para cima e a relação é = ∙ ( + +).

= 100 ∙ (10 + 3) = 1.300 */012*

g) O elevador cai em queda livre.

Como vimos na parte teórica, a normal, neste caso, é nula.

05. (MEC 2009/CESGRANRIO) Um elevador transporta uma pilha de tijolos


cuja massa é de 70 kg, mas a leitura da balança indica que ela teria um peso
bem diferente. Considerando que o elevador está subindo com uma aceleração
de 5m/s2, qual a massa aparente, em kg, indicada na balança?. (Dado: g = 10
m/s2)
(A) 135
(B) 105
(C) 70
(D) 65
(E) 55

Resolução

O elevador está subindo em um movimento acelerado. A direção da aceleração


está para cima, portanto:

= ∙ ( + +)

= 70 ∙ (10 + 5)

= 1.050 */012*
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Assim, a balança indica que a massa de tijolos possui 105 kg.

Letra B

Agora, para terminar esta segunda parte da segunda aula, vamos resolver
uma questão que eu encontrei sobre o assunto da primeira parte.

06. (Perito Criminal – Polícia Civil/RJ 2008/FGV) Um perito foi chamado para
analisar um acidente de trânsito e determinar a velocidade de um carro no
instante em que ele colidiu com outro que estava em repouso à sua frente.
O perito recebeu as seguintes informações:
I. no instante em que o carro começou a frear com todas as rodas travadas ele
tinha uma velocidade de 20m/s;
II. a marca deixada no asfalto por cada um dos pneus desde o início da freada
até o instante do impacto era retilínea e tinha 6,5 m de extensão; e
III. o coeficiente de atrito entre os pneus e o asfalto era µ = 0,3.
Com base nesses dados, o perito concluiu corretamente, considerando g =
10m/s2, que a velocidade do carro no instante do impacto foi:
(A) 19m/s.
(B) 17m/s.
(C) 15m/s.
(D) 12m/s.
(E) 10m/s.

A força resultante é a força de atrito.

3 4 = 56

∙+ =7∙

∙+ =7∙ ∙

+=7∙

"
+ = 0,3 ∙ 10 = 3 /

Como o carro está freando, devemos colocar o sinal negativo na aceleração.

Usando a equação de Torricelli, temos:

8² = 8 " + 2 ∙ + ∙ ∆

8² = 20² + 2 ∙ (−3) ∙ 6,5

8² = 361
8 = 19 /

Letra A

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