Você está na página 1de 6

DIRETORIA DE ENSINO

PLANO DE ENSINO
CAMPUS: Campo Mourão
CURSO: História
DISCIPLINA: História do Brasil II
SÉRIE: 3ª
TURMA(S): Única
ANO LETIVO: 2017
DOCENTE
CARGA-HORÁRIA ANUAL: Teórica:124 Prática: 20
(se houver no PPP)

1. EMENTA DA DISCIPLINA NO CURSO


Estudo da sociedade brasileira imperial em seus aspectos políticos, econômicos, ideológicos e
culturais no século XIX, enfocado pelo debate historiográfico clássico e contemporâneo; análise do
projeto de nação, das instituições e do trabalho; estudo da história e da cultura indígena e afro-
brasileira como matrizes, no século XIX, da elaboração de um povo brasileiro segundo conceitos de
raça e cultura; análise de material didático produzido no Império sobre a História do Brasil.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA NO CURSO


 Avaliar as características da sociedade imperial do século XIX brasileiro como tempo em que se
estabelece uma ordem social e econômica baseada na escravidão, na repressão e na
concentração oligárquica de poderes e riquezas;
 Identificar efeitos da continuidade social de suas estruturas políticas e econômicas e de suas
justificativas ideológicas;
 Discutir o conteúdo personalista e patriarcal da construção de povo e nação pelo Estado Imperial.

3. PROGRAMA DA DISCIPLINA
3.1 A CRISE DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL.
3.1.1 Movimentos de sedição no Brasil e idéias de revolução e reforma.
3.2. O BRASIL E O CONTEXTO INTERNACIONAL
3.2.1 Realidade europeia de nações.
3.2.2 Processo de criação do Estado Brasileiro.
3.3 A ECONOMIA ESCRAVISTA, SUA JUSTIFICAÇÃO E ORDEM ECONÔMICA INTERNACIONAL.
3.3.1. Bases da economia imperial e o lugar do Império na economia mundial.
3.4. SOCIEDADE IMPERIAL PATRIARCAL ESCRAVOCRATA E OLIGÁRQUICA.
3.4.1 A personalidade D.Pedro II, fazendeiros e políticos.
3.4.2 Estratégias de história e elaboração de um povo: IHGB, Colégio Pedro II e o princípio da raça.
DIRETORIA DE ENSINO
3.4.3 O povo das elites: as bases românticas do passado histórico do povo brasileiro.
3.5. TENSÕES INTERNAS E EXTERNAS.
3.5.1 Mutações da economia mundial no século XIX.
3.5.2 Crise do negócio de escravos e substituição da mão de obra.
3.5.3 Idéias ilustradas e urbanização: o crescimento do movimento abolicionista e liberal.
3.6. CRISE MONÁRQUICA E ESGOTAMENTO DO IMPÉRIO.
3.6.1 Emergência social do povo brasileiro, instituições históricas e o princípio da cultura.
3.6.2 Ascensão do movimento republicano: a nação liberal elitista.
3.6.3 A república brasileira e os limites da herança imperial.

4. METODOLOGIA DE TRABALHO DO (A) PROFESSOR (A) NA DISCIPLINA


Atividades de leitura e discussão de literatura historiográfica.
Atividades de pesquisa em sala de aula e biblioteca, supervisionadas pelo professor.
Aulas de exposição– uso do quadro e de equipamento audiovisual

5. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA NO CURSO


Prova escrita;
Produção de textos;
Participação em atividades programadas.

6. BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA


 ALENCASTRO, Luiz Felipe de; NOVAIS, Fernando A. (Orgs.) História da Vida Privada no
Brasil. v.2. Império: a Corte e a modernidade nacional. SP: Cia das Letras, 2005.
 CARVALHO, José Murilo de. A construção da ordem. A elite política imperial & Teatro de
Sombras: a política imperial. 2ª ed. RJ: Civilização Brasileira, 2006.
 CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade. Uma história das últimas décadas de escravidão
na corte. SP: Cia das Letras, 1990.
 FREITAS, Marcos Cezar de (Org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. SP:
Ed.Contexto, 2005
 NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808).
SP: Hucitec, 1983.
 SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos 2ª
ed. SP: Cia das Letras, 2004.

7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR DA DISCIPLINA

ALENCASTRO, Luiz Felipe de; RENAUX, Maria Luiza. Caras e modos dos migrantes e imigrantes. In:
ALENCASTRO, Luiz Felipe de; NOVAIS, Fernando A. (Orgs.) História da Vida Privada no Brasil.
v.2. Império: a Corte e a modernidade nacional. SP: Cia das Letras, 2005.
ALONSO, Angela. Introdução. In: ______ . Idéias em movimento. A geração 1870 na crise do Brasil-
Império. SP: Paz e Terra, 2002.
ALMEIDA, Marta de. As ciências no Brasil Oitocentista: visões historiográficas. In: FERREIRA, Tania
Maria Tavares Bessone et al. Dom João VI e o Oitocentismo. RJ: Contracapa, 2011.
DIRETORIA DE ENSINO
BARRA, Sergio Hamilton da Silva. Entre a corte e a cidade: o Rio de Janeiro no tempo do rei. RJ:
José Olympio, 2008.
BASILE, Marcelo Otavio N. de C. O império brasileiro: panorama político. In: FREITAS, Marcos Cezar
de (Org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. SP: Ed. Contexto, 2005.
BENTIVOGLIO, Julio. Nem corcundas, nem republicanos: razões e sentimentos monárquicos na
formação dos partidos políticos no Império Brasileiro (1831-1840). Anais Eletrônicos do XVIII
Encontro Regional de História – O historiador e seu tempo. ANPUH/SP, 2006.
BETHEL, Leslie. A abolição do tráfico de escravos no Brasil. RJ: Expressão e Cultura; SP:
EdUSP, 1976.
BRAGANÇA, Anibal. A criação da Imprensa Régia no Rio de Janeiro: novos aportes. In: FERREIRA,
Tania Maria Tavares Bessone et al. Dom João VI e o Oitocentismo. RJ: Contracapa, 2011.
BURKE, Peter. A fabricação do rei. A construção da imagem pública de Luiz XIV. RJ: Zahar, 1994.
CARVALHO, José Murilo de (Org.) Cidadania no Brasil: o longo caminho. 4ª ed. RJ: Civilização
Brasileira, 2007.
______ . (Org.). Nação e Cidadania no Império. Novos Horizontes. RJ: Civilização Brasileira, 2007.
CARVALHO, José Murilo de (Org.); SCHWARCZ, Lilia Moritz (Dir.) A Construção Nacional (1830-
1889). Col. História do Brasil Nação (1808 – 2010). v.2. Madri: Fundacion Mapfre; RJ: Ed.Objetiva,
2012.
______ . Os bestializados. O Rio de Janeiro e a República que não foi. 3ª ed. SP: Cia das Letras,
1999.
CHALHOUB, Sidney. Cidade febril. Cortiços e Epidemias na corte imperial. SP: Cia das Letras,
1996.
DA COSTA, Emilia Viotti. Da monarquia à república. Momentos decisivos. 8ª ed. SP: EdUSP, 2007.
DIAS, Maria Odila Leite da Silva. A interiorização da metrópole (1808-1853). In: MOTA, Carlos
Guilherme. (Org.) 1822: Dimensões. SP: Perspectiva, 1986.
______ . Sociabilidades sem História: votantes pobres no Império. 1824-1881. In: FREITAS, Marcos
Cezar de (Org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. SP: Ed. Contexto, 2005.
FAORO, Raimundo. Os donos do poder. A formação do patronato político brasileiro. 3ª ed. SP:
Globo, 2001.
FERREIRA, Gabriela Nunes. O rio da Prata e a consolidação do Estado imperial. SP: Hucitec,
2006.
FERTIG, André Átila; SACOOL, Tassiana Maria P. A Guerra do Paraguai nos livros didáticos de
História do Brasil: uma análise de obras publicadas entre 1900-1960. Revista AEDOS, UFRGS. N.6,
v.3, 2010.
FOOT-HARDMAN, Francisco. Trem-fantasma. A ferrovia Madeira-Mamoré e a modernidade na
selva. 2ª ed. SP: Cia das Letras, 2005.
FRAGA FILHO, Walter. Encruzilhadas da liberdade: histórias de escravos e libertos na Bahia (1870-
1910). Campinas, SP: Ed. da UNICAMP, 2006.
FRAGOSO, João Luis. O império escravista e a república dos plantadores. In: FREITAS, Marcos
Cezar de (Org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. SP: Ed. Contexto, 2005.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: formação da família patriarcal brasileira sob o regime da
economia patriarcal. 16ª ed. RJ: Record, 1973.
GASPARELLO, Arlette Medeiros. A pedagogia da nação nos livros didáticos de História do Brasil do
Colégio Pedro II. (1838-1920).
GRINBERG, Keyla & SALLES, Ricardo (Orgs.) O Brasil Imperial. RJ: Ed.Civilização Brasileira, 2010.
3 v.
DIRETORIA DE ENSINO
GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Historiografia e nação no Brasil. (1838-1857). RJ: EdUERJ,
2011.
______ . Nação e Civilização nos trópicos. O Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o Projeto de
uma história nacional. Revista Estudos Históricos, n.1, p.5-27, 1988.
HANSEN, Patrícia Santos. João Ribeiro e o ensino de História do Brasil. In: MATTOS, Ilmar Rohloff
de (Org.). Histórias do Ensino de História no Brasil. RJ: Access Editora, 1998.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 7ª ed. RJ: José Olympio, 1973.
HOLANDA, Sérgio Buarque (Org.). História Geral da Civilização Brasileira. O Brasil Monárquico.
Tomo 2. 7ª ed. RJ: Bertrand Brasil, 1993.
JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco. Balaiada, construção da memória histórica. Revista HISTÓRIA,
São Paulo, v.24, n.1.
JÚNIOR, Caio Prado. História econômica do Brasil. SP: Brasiliense, 2006.
______ . Evolução política do Brasil. SP: Ed.Brasiliense, 1980.
JUNIOR, Arnaldo Martins S. Trabalhando as fontes imagéticas em sala de aula. O Brasil Oitocentista
e os múltiplos personagens pelas obras de Almeida Júnior. Anais Eletrônicos do IX Encontro
Nacional dos Pesquisadores do Ensino de História 2011– Florianópolis/SC.
LEITE, Renato Lopes. Republicanos e libertários: pensadores radicais no Rio de Janeiro (1822).
RJ: Civilização Brasileira, 2000.
LINHARES, Maria Yeda (Org.) História Geral do Brasil. RJ; Campus, 1990.
LUSTOSA, Isabel. Insultos impressos. A guerra dos jornalistas na Independência. 1821-1823. SP:
Cia das Letras, 2000.
______ . As trapaças da sorte. Ensaios de história política e de história cultural. BH: Editora da
UFMG, 2004.
MACEDO, Joaquim Manuel de. Lições de História do Brasil. (on line)
MACIEL, Francisca Izabel P. As cartilhas e a história da alfabetização no Brasil do século XIX.
MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura (Orgs.). Raça, ciência e sociedade. RJ: FIOCRUZ,
CCBB, 1996.
MALERBA, Jurandir. (Org.) A independência brasileira: novas dimensões. RJ: Ed.FGV, 2006.
______ . As independências do Brasil: ponderações teóricas em perspectiva historiográfica. Revista
HISTÓRIA, v.24, n.1.
MARSON, Izabel Andrade. O império da revolução: matrizes interpretativas dos conflitos da
sociedade monárquica. In: FREITAS, Marcos Cezar de (Org.). Historiografia Brasileira em
Perspectiva. SP: Ed. Contexto, 2005.
______ . Do império das “revoluções” ao império da “escravidão”: temas, argumentos e
interpretações da História do Império (1822-1950). Revista História: Questões & Debates, Curitiba,
n. 50, p. 125-173, jan./jun. 2009.
MARTINS, José de Souza. O cativeiro da terra. SP: Ciências Humanas, 1979.
MARIANO, Nayana R.C. Ordenar, civilizar e instruir: os livros didáticos e a construção do saber
escolar no Brasil Oitocentista.
MATTOS, Hebe. Escravidão e cidadania no Brasil Monárquico. RJ: Jorge Zahar, 2000.
MATTOS, Ilmar Rohrloff de. O tempo saquarema. SP: Hucitec, 1987.
______ . Transmigrar: nove notas a propósito do Império do Brasil. In: PAMPLONA, Marco; STUVEN,
Ana Maria. (Orgs.) Estado e Nação no Brasil e no Chile ao longo do século XIX. RJ: Garamond,
2010.
DIRETORIA DE ENSINO
MATTOS, Ilmar Rohrloff de. Do Império à República. Revista Estudos Históricos, v.2, n.4, p.163-
171, 1989.
MATTOS, Selma Rinaldi de. Brasil em lições. A história do Ensino de História do Brasil no Império
através dos manuais de Joaquim Manuel de Macedo. Dissertação de Mestrado. RJ: FGV: Dep. de
Filosofia da Educação, 1993.
______ . Lições de Macedo. Uma pedagogia do súdito-cidadão no Império do Brasil. In: MATTOS,
Ilmar Rohloff de (Org.). História do Ensino de História no Brasil. Brasil. RJ: Access Editora, 1998.
MOTA, Carlos Guilherme. (Org.) 1822: Dimensões. SP: Perspectiva, 1986.
MELO, Ciro Flávio de Castro Bandeira de. Senhores da história e do esquecimento. A construção
do Brasil em dois manuais didáticos de História na segunda metade do século XIX. BH:
Ed.Argumentum, 2008.
MELLO, Evaldo Cabral. O fim das casas-grandes. In: ALENCASTRO, Luiz Felipe de; NOVAIS,
Fernando A. (Orgs.) História da Vida Privada no Brasil. v.2. Império: a Corte e a modernidade
nacional. SP: Cia das Letras, 2005.
MOREL, Marco. O período das regências (1831-1840). RJ: Jorge Zahar, 2003. Coleção
Descobrindo o Brasil.
NABUCO, Joaquim. Um estadista do Império. (on line).
NEVES, Lúcia Maria B. Pereira das. Corcundas e constitucionais. A cultura política da
Independência (1820-1822). RJ: Revan/FAPERJ, 2003.
______ . O Império do Brasil. RJ: Nova Fronteira, 1999.
NICOLAZZI, Fernando. História, Nação e Identidade: alguns comentários. Revista Diálogos,
DHI/UEM, v.8, n.1, 2004.
PINTO, Virgilio Noya. Balanço das transformações econômicas no século XIX. In: MOTA, Carlos
Guilherme (Org.). O Brasil em Perspectiva. 4ª ed. SP: DIFEL, 1973.
QUEIROZ, Suely Robles Reis de. Escravidão negra em debate. In: FREITAS, Marcos Cezar de
(Org.). Historiografia Brasileira em Perspectiva. SP: Ed. Contexto, 2005.
REIS, João José. Quilombos e revoltas escravas no Brasil. Revista da USP, Dossiê povo negro 300
anos. 1996.
______ . A morte é uma festa: ritos fúnebres e revolta popular no Brasil do século XIX. SP: Cia das
Letras, 1991.
______ . Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. SP: Cia das Letras,
2003.
ROCHA, Marlos Bessa M da. Educação no Império: o significado da exclusão dos analfabetos na
reforma eleitoral de 1881. ANPUH – XXII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – João Pessoa,
2003.
RODRIGUES, Celso. Assembléia constituinte de 1823: idéias políticas na fundação do Império
Brasileiro. Curitiba: Juruá, 2003.
SALLES, André Mendes. O livro didático de História no Brasil Oitocentista: o Instituto Histórico
Brasileiro e a formação da identidade nacional. Revista Percursos, v.11, n.2, 2011.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O Império em procissão. Ritos e símbolos do Segundo Reinado. RJ: Ed.
Jorge Zahar, 2001. Coleção Descobrindo o Brasil.
______ . O espetáculo das raças. Cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930. SP:
Cia das Letras, 2005.
______ . A longa viagem da biblioteca dos reis: do terremoto de Lisboa à Independência do Brasil.
2ª ed. SP: Cia das Letras, 2012.
DIRETORIA DE ENSINO
SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas. Forma literária e processo social nos inícios do
romance brasileiro. SP: Ed.Duas Cidades, 1977.
SILVA, Alberto da Costa e; SCHWARCZ, Lilia Moritz (Dir.) Crise Colonial e Independência (1808 –
1830) Col. História do Brasil Nação (1808 – 2010). v.1. Madri: Fundacion Mapfre; RJ: Ed.Objetiva,
2012.
THIESSE, Anne-Marie. A criação cultural das identidades nacionais na Europa.
______ . Ficções criadoras: as identidades nacionais. Revista Anos 90, Porto Alegre, n.15,
2000/2001.
VÁRIOS TEXTOS DA coleção on line da Revista do Instituto Histórica e Geográfico Brasileiro.
VENTURA, Roberto. Estilo tropical. História Cultural e polêmicas literárias no Brasil. 1870 – 1914.

______________________________ ____________________________________
Ricardo Marques de Mello
Professor (a) da disciplina Coordenador (a) do Colegiado de Curso

Você também pode gostar