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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

TCO
Nº 71007037351 (Nº CNJ: 0046092-50.2017.8.21.9000)
2017/CÍVEL

RECURSO INOMINADO. PRIMEIRA TURMA


RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA.
CONCURSO PÚBLICO. ASSISTENTE
PENITENCIÁRIO DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL. SUSEPE. EDITAL 01/2014.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. APTIDÃO.
LAUDO DO DMJ.
1. Trata-se de ação em que pretende a Parte
Autora, tendo em vista sua reprovação no
exame psicológico realizado no bojo do
certame regido pelo Edital 01/2014, que regulou
o ingresso no cargo de Assistente Penitenciário,
a declaração de nulidade da avaliação
psicológica a qual se submeteu e o considerou
inapto para exercício do serviço público,
garantindo-se, assim, seu prosseguimento no
concurso e, ao final, sua nomeação e posse.
2. No caso em análise, pelo conteúdo
probatório coadunado ao feito, faz jus a Parte
Autora ao pleiteado, eis que evidenciada
mácula na testagem a que submetida,
comprovada por meio dos elementos de prova
que vieram à lume, notadamente pela
conclusão da perícia levada a efeito pelo
Departamento Médico Judiciário.
3.Sentença de procedência que se mantém.
RECURSO INOMINADO DESPROVIDO.

RECURSO INOMINADO PRIMEIRA TURMA RECURSAL DA


FAZENDA PÚBLICA
Nº 71007037351 (Nº CNJ: 0046092- COMARCA DE PELOTAS
50.2017.8.21.9000)

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL RECORRENTE

FUNDATEC - FUNDACAO RECORRENTE


UNIVERSIDADE EMPRESA DE
TECNOLOGIA E CIENCIA

TIAGO VARGAS GUEDES RECORRIDO

ACÓRDÃO

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TURMAS RECURSAIS

TCO
Nº 71007037351 (Nº CNJ: 0046092-50.2017.8.21.9000)
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Vistos, relatados e discutidos os autos.

Acordam os Juízes de Direito integrantes da Primeira Turma


Recursal da Fazenda Pública dos Juizados Especiais Cíveis do Estado do
Rio Grande do Sul, por maioria, em desprover o Recurso Inominado.

Participaram do julgamento, além da signatária (Presidente),


os eminentes Senhores DR.ª DEBORAH COLETO ASSUMPÇÃO DE
MORAES E DR. VOLNEI DOS SANTOS COELHO.

Porto Alegre, 10 de novembro de 2017.

DR.ª THAIS COUTINHO DE OLIVEIRA,


Presidente e Relatora.

R E L AT Ó R I O

Dispensado o relatório, consoante o disposto no artigo 38 da


Lei nº 9.099/95.

VOTOS

DR.ª THAIS COUTINHO DE OLIVEIRA (PRESIDENTE E RELATORA)

Conheço do Recurso Inominado, pois preenchidos os


requisitos de admissibilidade.

Trata-se de ação em que pretende a Parte Autora, tendo em


vista sua reprovação no exame psicológico realizado no bojo do certame
regido pelo Edital 01/2014, que regulou o ingresso no cargo de Assistente
Penitenciário, a declaração de nulidade da avaliação psicológica a qual se
submeteu e o considerou inapto para exercício do serviço público,
garantindo-se, assim, seu prosseguimento no concurso e, ao final, sua
nomeação e posse.
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Relativamente à possibilidade de exigir-se exame psicológico


em concursos públicos, a questão foi resolvida no âmbito do Supremo
Tribunal Federal, o qual editou a Súmula 686, reproduzo:

“Só por lei se pode sujeitar a exame


psicotécnico a habilitação de candidato a cargo
público.”

De efeito, consoante entendimento consolidado do e.


Superior Tribunal de Justiça (RMS 43.363/AC1), a legalidade dos exames

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ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR ESTADUAL. POLICIAL MILITAR.
CONCURSO PÚBLICO. EXAME PSICOTÉCNICO. POSSIBILIDADE.PREVISÃO LEGAL E
DO EDITAL. EXISTÊNCIA DE PERFIL PROFISSIOGRÁFICO.POSSIBILIDADE DE
RECURSO. PRECEDENTES DO STF E DO STJ. CRITÉRIOS DO TESTE. OBJETIVOS.
INEXISTÊNCIA DE LIQUIDEZ E CERTEZA DO DIREITO POSTULADO.
1. Cuida-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou
provimento ao recurso ordinário com o qual se objetou acórdão que apreciou
mandado de segurança impetrado em face de reprovação do candidato no
exame psicotécnico em meio ao concurso público para o cargo de soldado da
política militar estadual; alega o recorrente que a metodologia utilizada não seria
considerada objetiva e científica.
2. É reconhecida a legalidade dos exames psicológicos em concursos públicos se
forem atendidos três padrões: previsão em lei, previsão no edital, com a devida
publicidade dos critérios objetivos fixados e, por fim, possibilidade de recurso.
Precedentes do STF: MS 30.822/DF, Relator Min. Ricardo Lewandowski, Segunda
Turma, Processo eletrônico, publicado no DJe-124 em 26.6.2012; e AgRg no RE
612.821/DF, Relator Min. Ayres Britto, Segunda Turma, publicado no DJe-104 em
1º.6.2011 e no Ementário vol. 2534-02, p. 274.
Precedentes do STJ: AgRg no REsp 1385357/DF, Rel. Ministro Humberto Martins,
Segunda Turma, DJe 30.9.2013; e AgRg no RMS 29.072/AC, Rel.Ministro Vasco
Della Giustina (Desembargador convocado do TJ/RS), Sexta Turma, DJe
9.11.2011.
3. A Lei Complementar Estadual n. 164/2006 (Estatuto dos Militares do Estado do
Acre) prevê a aplicação de exames psicológicos para o ingresso nos quadros da
Polícia Militar e, em atenção aos ditames legais, foi editada a Portaria nº 016/GC,
de 24.9.2008, que fixou critérios objetivos para os exames, definindo um perfil
profissiográfico, acatados e frisados no Edital nº 025/2012 SGA/PMAC, de
14.6.2012, que, por fim, também prevê a possibilidade de recurso. Precedente
específico: RMS 43.416/AC, Rel. Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, DJe
24.2.2014.
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psicológicos em concursos públicos resta submetida ao atendimento de


três padrões, quais sejam, (a) previsão em lei, (b) previsão no edital, com
a devida publicidade dos critérios objetivos fixados e, por fim, (c)
possibilidade de recurso.

Em tal aspecto, malgrado a legalidade de submissão do


candidato à avaliação psicológica e a conclusão desfechada no laudo
oficial acerca da inaptidão da Parte Autora para ocupação do cargo
público pretendido, adianto que, a meu ver, a r. sentença de procedência
merece confirmação; e este encaminhamento de voto dá-se muito mais
pelas peculiaridades do caso concreto, notadamente pela conclusão da
perícia levada a efeito pelo Departamento Médico Judiciário, ao assim
concluir:

“(...) Os dados verificados nas testagens bem


como a avaliação da entrevista, indicam que
neste momento o examinando reúne condições
de acordo com o proposto pela instituição, para
o efeito exercício no cargo pleiteado,
considerando-se apto para o ingresso na função
de Agente Penitenciário/SUSEPE”(fl. 298v)

Sem embargo, já antecipo não vingar, na minha


percepção, por reconhecido o direito, a tese de aviltamento do Princípio
da Isonomia, isto é, de restar o Autor favorecido por uma segunda
oportunidade de avaliação distante das pressões do concurso e das

4. Ademais, o teste aplicado consta como "aprovado para uso", na base


eletrônica - disponível na Internet - "Sistema de Avaliação de Testes
Psicológicos", mantida pelo Conselho Federal de Psicologia, o que denota sua
viabilidade técnica, que não pode ser contraditada na via mandamental.
Agravo regimental improvido.
(AgRg no RMS 43.363/AC, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
julgado em 05/08/2014, DJe 13/08/2014)

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condições a que se encontravam os demais candidatos, eis que cediço


que, ao lesado pela nulidade da avaliação psicológica não cabe o mesmo
tratamento dispensado ao aprovado e, portanto, ileso a qualquer
ilegalidade; não cabendo, modo igual, o mesmo tratamento àqueles que
embora lesionados não tenham se valido do Judiciário para garantia de
direito, anuindo tacitamente com o resultado.

Desta feita, não há violação ao Princípio da Igualdade.


Pelo contrário, reconheço, nestes casos, a atuação do Judiciário como
garantia a sua consecução, eis que sendo o candidato reprovado tão apto
psicologicamente como os demais aprovados, o tratamento igualitário,
neste caso, há de ser garantido por meio de provimento jurisdicional já
que não o foi de outro modo.

Resta, pois, a confirmação da r. sentença recorrida por


seus próprios fundamentos, da lavra do MM. Juiz de Direito, Dr. Luis
Antônio Saud Teles, pelo que peço vênia para reproduzir em parte sua
fundamentação, agregando-a ao voto nos seguintes termos:

“(...) Com a inicial, o autor acostou laudos


particulares que afirmam a sua aptidão para o
desempenho da função. Igualmente, no exame
produzido em juízo, de forma isenta e em
consonância com as disposições legais e
editalícias, o autor igualmente foi considerado
apto para o cargo.

Ressalte-se que não se trata de invação do


mérito administrativo e violação à separação de
poderes, pois a Constituição Federal prevê (art.
37, inciso I) que os cargos, empregos e funções
públicas serão acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei.
In caso, em que pese possa parecer “mérito
administrativo” a inaptidão do autor para o
exercício do cargo, trata-se de verdadeira

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afronta ao princípio da legalidade a injuste


negativa em avaliação psicológica, posto que o
conjunto probatório demonstra que a conclusão
do laudo produzido em âmbtio administrativa é
equivocada.(...) ”(fls. 353v/354)

Nesta linha, agrego precedentes destas Turmas Recursais


e do e. TJRS. Veja-se:

RECURSO INOMINADO. CONCURSO PÚBLICO.


BRIGADA MILITAR. SOLDADO. EXAME
PSICOTÉCNICO. Constata-se exacerbada
subjetividade nas avaliações constantes dos
laudos psicológicos impugnados. A toda
evidência, revelam-se imprestáveis para o fim a
que se destinam e, por consequência, nulos. No
caso em tela, evidencia-se de cunho subjetivo
e, portanto, duvidosa a motivação que implicou
no afastamento da autora do certame, sendo
imperativo reconhecer que a participação no
Curso de Formação e sua aprovação (fls.
257/260), por força de liminar, sem que tenha
tido noticiado qualquer problema funcional, dão
credibilidade ao laudo psicológico do DMJ.
Assim, por se mostrarem os laudos oficiais
falhos e genéricos, não especificando qual
dos testes previamente estabelecidos
levou à conclusão da inaptidão da
candidata, resta acolhido o laudo
psicológico judicial, por sua superioridade
na análise, dando respaldo à aptidão da
autora-recorrente. RECURSO PROVIDO, POR
MAIORIA. (Recurso Cível Nº 71005802533,
Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública,
Turmas Recursais, Relator: Deborah Coleto
Assumpção de Moraes, Redator: Rosane Ramos
de Oliveira Michels, Julgado em 26/08/2016)

RECURSO INOMINADO. PRIMEIRA TURMA


RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA. CONCURSO
PÚBLICO. BRIGADA MILITAR. EDITAL DA/DRESA
Nº SD-B 01/2011/2012, PARA O CARGO DE
SOLDADO DE 1ª CLASSE - QPM - 1/BM.
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EXAME PSICOTÉCNICO. ADMINISTRATIVO.


INAPTIDÃO. LAUDO PERICIAL JUDICIAL.
APTIDÃO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA
REFORMADA. RECURSO PROVIDO, POR
MAIORIA. VENCIDO DR. NIWTON CARPES DA
SILVA QUE DESPROVIA. (Recurso Cível Nº
71005346812, Turma Recursal da Fazenda
Pública, Turmas Recursais, Relator: Thais
Coutinho de Oliveira, Julgado em 27/08/2015)

TJRS:

APELAÇÃO CÍVEL. CONCURSO PÚBLICO.


AGRAVO RETIDO NÃO REITERADO. NÃO
CONHECIMENTO. ESCRIVÃO DE
POLÍCIA. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. INAPTIDÃO
NA PERÍCIA ADMINISTRATIVA. ILEGALIDADE DO
PROCEDIMENTO. PREVALÊNCIA, NO CASO
CONCRETO, DO LAUDO JUDICIAL QUE CONCLUIU
PELA APTIDÃO DO CANDIDATO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. CUSTAS PROCESSUAIS.
SENTENÇA MANTIDA EM REEXAME NECESSÁRIO.
- AGRAVO RETIDO - Não merece ser conhecido o
agravo retido que não cumpre com as
disposições do artigo 523, § 1º, do CPC. -
MÉRITO - Na questão dos concursos públicos,
em especial quando está em discussão a
inaptidão no laudo psicológico, tenho adotado,
como regra, o entendimento de que aptidão do
candidato deve, pelo princípio da isonomia, ser
analisada no mesmo momento para todos os
postulantes ao cargo. Isso, todavia, não impede
que o candidato busque o Judiciário para
contestar o resultado do laudo. Com efeito, por
força do artigo 5º, inciso XXXV, da
Constituição Federal, não há dúvida sobre
a possibilidade de efetivo controle de
juridicidade sobre o exame psicológico
realizado em concursos públicos. No caso,
ainda que a avaliação psicológica tenha
levado em consideração os testes
previamente estabelecidos, não foi
expressamente demonstrado em qual
destes ocorreu a inaptidão do candidato.
Ou seja, não foram expressamente
demonstradas as razões para a inaptidão
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do autor. Cumpre registrar que a


motivação do laudo administrativo é
bastante genérica, o que leva à invalidade
do resultado da
prova psicológica realizada no certame
público, sendo possível reconhecer a
aptidão com a prevalência do laudo
judicial realizado pelo DMJ. Precedentes
do TJ/RS. - Custas Processuais - Com a
declaração de inconstitucionalidade da Lei
Estadual nº 13.471/2010 pelo Órgão Especial
deste Tribunal de Justiça, no julgamento da ADI
nº 70038755864 e da Arguição de
Inconstitucionalidade nº 70041334053, não
mais subsiste a isenção do Estado ao
pagamento das custas, emolumentos e
despesas, salvo as atinentes às despesas com
condução de Oficial de Justiça. - Honorários
Advocatícios - Honorários advocatícios
reduzidos para R$ 700,00, em conformidade
com o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 20 do CPC.
- REEXAME NECESSÁRIO - Nas hipóteses de
sentença proferida contra a União, o Estado, o
Distrito Federal, o Município e as respectivas
autarquias e fundações de direito público
interno, é obrigatório o reexame necessário
contemplado pelo artigo 475, I, do Código de
Processo Civil. AGRAVO RETIDO NÃO
CONHECIDO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO.
SENTENÇA MANTIDA, QUANTO AO MAIS, EM
REEXAME NECESSÁRIO. (Apelação Cível Nº
70057709289, Terceira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Leonel Pires Ohlweiler,
Julgado em 04/12/2014)

APELAÇÃO CÍVEL. CONCURSO PÚBLICO.


ESCRIVÃO DE
POLÍCIA. AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA. CRITÉRIOS
DE AVALIAÇÃO. PERICIA REALIZADA PELO DMJ.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. - A jurisprudência
tem se orientado no sentido da legitimidade de
se realizar exame psicotécnico, com
caráter eliminatório como requisito para a
investidura no cargo público sendo, todavia,
necessário que haja previsão legal para a
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realização do exame e que os critérios de


aprovação sejam objetivos a fim de garantir-
lhes legalidade e afastar eventual ofensa aos
princípios da impessoalidade e da isonomia. -
Hipótese em que realizado laudo
psicológico na via judicial, sendo
conclusivo quanto à aptidão do
demandante para exercer as funções de
Escrivão de Polícia. - Possibilidade de
determinação da imediata efetivação do
autor, porquanto demonstrada a
aprovação em todas as fases do concurso
público. - Honorários advocatícios fixados pelo
juízo singular que atenderam ao princípio da
moderação. NEGARAM PROVIMENTO AO
RECURSO DE APELAÇÃO. (Apelação Cível Nº
70041643701, Terceira Câmara Cível, Tribunal
de Justiça do RS, Relator: Matilde Chabar Maia,
Julgado em 06/12/2012)

Ante o exposto, nos termos da fundamentação, voto pelo


DESPROVIMENTO do Recurso Inominado e confirmação da sentença de
procedência.

Condeno a parte recorrente ao pagamento de honorários


advocatícios que fixo em 20% sobre o valor corrigido da causa, nos
termos do artigo 55 da Lei 9099/95, aplicado subsidiariamente à Lei nº
12.153/09, bem como ao pagamento das custas processuais pela
metade, na forma do artigo 11, alínea ‘a’, da Lei Estadual nº 8.121/85 em
sua redação original, considerando que a presente demanda foi
distribuída antes de 15.06.2015, nos termos do disposto no Ofício-Circular
n° 060/2015-CGJ.

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DR. VOLNEI DOS SANTOS COELHO

Eminentes Colegas.

Peço vênia à nobre Relatora para divergir, pois entendo que


deve ser mantido o resultado da banca exmainadora. Outro exame, por
especialista, por si só não infirma a decisão da banca da examindada.

Já decidi neste sentido, ou seja, que proporcionar um outro


exame psicológico fere o Princípio da Igualdade entre os candidatos.

É como voto.

DR.ª DEBORAH COLETO ASSUMPÇÃO DE MORAES - De acordo com


o(a) Relator(a).

DR.ª THAIS COUTINHO DE OLIVEIRA - Presidente - Recurso Inominado


nº 71007037351, Comarca de Pelotas: "RECURSO INOMINADO
DESPROVIDO, POR MAIORIA."

Juízo de Origem: JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PUBLICA PELOTAS -


Comarca de Pelotas

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