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Resumo de Geografia

Neste período, apenas se registou uma diminuição da população entre 1960


e 1970, em grande parte devido à emigração e ao início da baixa
natalidade.
Mas a evolução demográfica, não se verificou de forma uniforme em todo o
território nacional: nas regiões do interior assistiu-se a um notável
decrescimento, compensado pelo crescimento nas regiões litorais.
Este crescimento resulta sobretudo do aumento da longevidade e desde
meados
dos anos noventa de saldos migratórios positivos.
O aumento da proporção de idosos, consegue-se em detrimento da
proporção
da população jovem, e/ou da população em idade ativa e deve-se à
passagem de um modelo demográfico de fecundidade e mortalidade
elevados para outro caracterizado por baixa fecundidade e mortalidade.
Taxa de mortalidade em Portugal

Causas da diminuição da mortalidade :


 Progressiva melhoria dos cuidados de saúde;
 Melhoria das dietas alimentares;
 Maior generalização da instrução/alfabetização permitiu
resultados mais eficazes ao nível da divulgação e da
consciencialização das populações para a necessidade de
cuidados médico-sanitários regulares;
 Progressivo aumento do rendimento das famílias que permitiu
um acréscimo apreciável do nível de vida;
 Aumento da esperança média de vida.

Taxa de Mortalidade infantil – número de óbitos de crianças com


menos de 1 ano de idade, por cada mil nascimentos num ano.

 Quais são as causas da mortalidade infantil em Portugal?


Deve-se a doenças congénicas, a infeções e a acidentes domésticos.

 A que se deveu a diminuição da mortalidade infantil?


Esta diminuição está relacionada não só com os progressos da
medicina e da qualidade da alimentação mas, também, com a
generalização das vacinações e a melhor assistência materno-infantil.

Saldo Migratório

Migrações

Migrações internas Migrações externas

Êxodo Rural Êxodo Urbano Emigração Imigração

 Quando é que as migrações externas em Portugal foram


Negativas e quando é que foram positivas? Justifique.
Negativas, entre 1960 e 1970 devido ao elevadíssimo número de
emigrantes que partiram, sobretudo a partir da segunda metade da
década, para países europeus que viviam uma forte expansão
económica e entre 1980 e 1990 devido ao recrudescer do valor da
emigração. Nos anos de 1970 entre 1980 o saldo foi positivo em
função do regresso de portugueses que viviam nas ex-colónias e do
retorno de emigrantes de países europeus que sofriam uma crise
económica e ainda entre 1990 e 2004 também atingiu um valor
positivo devido, numa primeira fase, ao relativo equilíbrio entre a
saída de nacionais e a entrada de estrangeiros onde teve um valor
nulo, contudo, a partir de meados dessa década e até 2004, os saldos
migratórios passaram a registar valor positivo devido ao aumento da
imigração.

 Identifica os diferentes ciclos da emigração portuguesa desde a


segunda metade do século XX.
Primeiro, durante a década de 50 registou-se a fase final de um ciclo
de emigração iniciado no século XIX que tinha uma saída
essencialmente para o Brasil. No início da década de 60
desencadeou-se um novo ciclo de emigração, cujo principal destino
foram os países da Europa Ocidental, no fim da década de 80 e início
da seguinte assistiu-se ao retorno de emigração, onde também a
Europa Ocidental era o principal destino, mas onde os fluxos
emigratórios eram menos intensas. Com o início do novo milénio
houve a continuidade deste ciclo emigratório, onde esta emigração é
essencialmente temporária, emigram sobretudo devido ao clima de
crise económica, quebra de salários reais, contração do mercado de
trabalho nacional e o desemprego.
A emigração portuguesa atingiu o seu auge no ano de 1966.

 A que se deveu essa enorme saída no início da década de 60 ?


A emigração portuguesa para a Europa, desencadeou-se na
sequência da reconstrução económica dos países europeus após a II
Guerra Mundial. Com o contexto do forte crescimento económico dos
países da Europa Ocidental e de necessidade de reconstrução de
infraestruturas, ou seja, de mão de obra, fizeram com que muitos
trabalhadores de países menos desenvolvidos da Europa do Sul
emigrassem para estes países que necessitava de mão de obra para
trabalhar na construção civil e na indústria transformadora que não
exigem grande especialização ao trabalhador.
Em Portugal, em particular, verificaram-se algumas alterações na
estrutura da economia, devido sobretudo, ao setor primária, a
agricultura, que não propiciavam grandes oportunidades de emprego
e também os trabalhadores agrícolas que tentavam encontrar
emprego noutro setor, dificilmente o conseguiam. Outras razões,
nomeadamente, de ordem política e relacionadas com a guerra nas
colónias africanas, explicam o elevado número de emigrantes.

 O que é a emigração temporário e o que contribui para que isso


aconteça?
Emigração temporária é a saída de indivíduos para um país
estrangeiro por um período igual ou inferior a um ano, com o objetivo
de trabalhar numa ocupação remunerada. Razões que ajudam a
compreender a natureza deste tipo de emigração são: a livre
circulação de trabalhadores no espaço da EU, as facilidades de
deslocação proporcionadas pelos meios de transporte e um mercado
de trabalho mais flexibilizado.

Emigração permanente – saída de indivíduos para um país


estrangeiro por um período contínuo superior a um ano, com o
objetivo de trabalhar numa ocupação remunerada.

Consequências dos movimentos migratórios

 País de Origem
- Positivas: < introdução a novas culturas
< melhoria do nível de vida da população
residente
< entrada de remessas dos emigrantes

- Negativas: < envelhecimento da população


< diminuição da população jovem, que leva ao
decréscimo da população absoluta e à diminuição das taxas de
natalidade
< desequilíbrios da estrutura produtiva
< despovoamento das áreas rurais

 Em que é que contribui para Portugal a imigração, após o final da


década de 70?
Contribui para o crescimento populacional, para a alteração das
estruturas demográficas e das dinâmicas territoriais do país, onde os
migrantes eram essencialmente, os originários das ex-colónias
portuguesas, com destaque para os cabo-verdianos. Durante a
década de 80 a imigração foi sempre crescente mantendo-se os
africanos como o grupo dominante mas ainda se veio a verificar
imigrantes asiáticos e latino-americanos (brasileiros). Até 2004 este
número veio sempre a aumentar e isso deve-se aos processos de
legalização extraordinária de imigrantes ilegais ocorridos em 1992 e
1996.

 Quais foram os principais fatores para estes fluxos de imigração


para Portugal no fim dos anos 70 e início da década seguinte?
Estes fluxos de imigração relacionaram-se com o processo político de
mudança após 1974, na sequência da descolonização e da
transferência do poder para os jovens países independentes.

 O que significa “autorização de permanência”?


Esta autorização de permanência é temporária, ou seja, é aplicada
aos cidadãos estrangeiros que não tenham um visto adequado mas
possuam contrato de trabalho. Esta autorização tem um limite
temporal de 1 ano, renovável por iguais períodos até ao limite
máximo de 5 anos.

 O que é uma “autorização de residência”?


É um estrangeiro habilitado com título válido de autorização de
residência.

 A que se deveu a enorme entrada em 2004 de um grande fluxo


de imigrantes da Europa do Leste, passando assim a ser o grupo
mais dominante de estrangeiros em Portugal?
Deveu-se essencialmente às autorizações concedidas a estes
imigrantes de autorizações de permanência e também devido a
autorizações de residência, fazendo com que o número de imigrantes
legais aumentasse.
 E quais foram os outros fatores para o crescimento dos fluxos
migratórios, após meados da década de 80 ?
Os fatores foram:
- as modificações e modernização da economia do país levaram à
sua progressiva abertura e internacionalização, com reflexos ao nível
da circulação de capitais e de trabalhadores;
- após a adesão à Comunidade Europeia, Portugal pôde dispor de
fundos comunitários avultados, que levaram a um grande dinamismo
do setor das obras públicas, nomeadamente pela construção de
inúmeras infraestruturas viárias e outras;
- atividades económicas como a construção civil, a hotelaria e
restauração e o comércio registaram, também, um grande
crescimento e atraíram um número crescente de trabalhadores;
- tendo muitos países da Europa Ocidental imposto fortes restrições
à imigração, Portugal surge como um país mais “permeável” à
entrada de cidadãos estrangeiros, funcionando, muitas vezes, como a
primeira etapa para a livre circulação no espaço da EU, definido pelo
acordo de Schengen;
- o progressivo aumento dos níveis de instrução e de qualificação
da população portuguesa, nomadamente dos mais jovens, tem-se
traduzido na rejeição de empregos de maior desgaste físico e em
setores considerados menos qualificados, o que abre oportunidades
de emprego e trabalhadores imigrantes;
- os processos de mudança política e económica nos países da
Europa de Leste originaram graves problemas internos de rendimento
e emprego, sendo Portugal visto como um país com um nível de vida
muito superior e constituindo uma porta de entrada facilitada no
contexto do espaço da EU.

Estrutura Etária é a composição da população por idade


 0-14 --------> jovens
 15-64 ------> adultos
 65 ou + ------> idosos

Classe oca – classe etária que regista um menor número de indivíduos


em relação às classes etárias anteriores e posteriores.

Pirâmide Etária de Portugal

Em 1960 : base mais larga e vai estreitando para o topo,


representando uma estrutura etária relativamente jovem.
Em 1981, e sobretudo em 2001: as pirâmides apresentam um
progressivo estreitamento da base, um alargamento nas classes
etárias correspondentes aos adultos que se reforça nas classes do
topo.
Em 2004: ligeiro alargamento da classe etária da base,
correspondendo a uma maior proporção de crianças nascidas no
período de 2001 e 2004
 A que se deveu este envelhecimento da população?
Deveu-se à diminuição da fecundidade, com a consequente
redução das taxas de natalidade e devido à diminuição das taxas
de mortalidade e ao aumento da esperança média de vida. Por
estas duas últimas razões se confirma que a população portuguesa
conhece uma situação de duplo envelhecimento demográfico.

 A que se deve algumas classes ocas registadas nas pirâmides


de Portugal?
Devem-se a fatores diversos como a redução da natalidade na
época do nascimento dos indivíduos dessa classe etária, a elevada
mortalidade sobre esse grupo etário ou, ainda, a emigração.

Índice de envelhecimento – índice de envelhecimento é a relação


entre a população idosa e a população jovem, esta é geralmente
expressa em percentagem.

 A maior esperança média de vida feminina deve-se a :


- menor exposição das mulheres a acidentes de trabalho;
- a condução da mulher nas estradas é mais prudente e
como tal, menos sujeita a sinistralidade;
- menor consumo de álcool, tabaco, drogas;
- mais cuidado com a alimentação.

Fatores que influenciam a população ativa:


 Estrutura Etária – quanto maior a percentagem de idosos
menor será a percentagem da população ativa.
 Saldo Migratório – a emigração reduz a população ativa e a
imigração aumenta a população ativa

População total

População ativa População inativa

Estudantes
População Domésticos
População empregada desempregada Reformados
Outros
A Estrutura da população ativa

A taxa de atividade em Portugal tem sofrido alterações. Após a


quebra motivada pela emigração dos anos 50 e 60, a taxa de
atividade tem vindo a aumentar devido:
 À entrada dos portugueses nas ex-colónias;
 À crescente participação da mulher no mercado do trabalho;
 A crescente emigração.

Fatores que influenciam a


diminuição da população ativa

Prolongamento da escolaridade Entrada tardia dos jovens no


Antecipação da idade da reforma
obrigatória mundo do trabalho

Setor Primário:
 Pesca
 Agricultura
 Pecuária

Setor Secundário:
 Indústria de transformação energia/construção civil

Setor Terciário:
 Serviços
 Comércio
 Transportes

A Evolução dos setores de atividade da população

O setor primário sofreu uma grande redução de emprego devido


ao êxodo rural, à crescente mecanização e modernização agrícola.
O setor secundário tende a empregar cada vez menos população
devido ao desenvolvimento tecnológico da indústria e à
deslocalização, para outros países onde a mão de obra é mais
barata.
O setor terciário teve um crescimento muito significativo,
atualmente emprega mais de metade da população ativa. A
tendência da terciarização da economia, explica-se pelo
aparecimento de novos serviços, pelo desenvolvimento do
comércio, turismo, lazer e pela expansão dos serviços financeiros
da educação da saúde e apoio social.

O nível de instrução e qualificação profissional da população


portuguesa
O nível de instrução da população ativa tem vindo a aumentar nos
últimos anos, ainda que de forma lenta, em consequência do
alargamento da escolaridade obrigatória e ao aumento da
proporção da população com ensino superior.
Um aspeto importante da qualificação da população ativa é a
aprendizagem ao longo da vida. A crescente mudança nos
processos produtivos leva a uma constante desadequação das
qualificações iniciais, quer das resultantes do ensino quer da
experiência prática do trabalho. Assim, deve promover-se ações
de formação, tanto profissional como de âmbito geral, de modo a
alcançar os níveis da grande maioria dos países da UE.

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