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Escola Secundária Manuel da Fonseca

Santiago do Cacém

História

Professora Carla Freitas

Trabalho realizado por:


Daniel Zagalo nº 9 7º B
João Costa nº 14 7º B
Nelson nº 7º B

Ano Lectivo 2009/2010


18 De Março de 2010

ÍNDICE

Índice 2

Introdução 3

Causas do 25 de Abril:
A Guerra Colonial 4/5

Restrições à Liberdade 6/7

25 De Abril 8/9/10

Conclusão 10

Bibliografia 10

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Introdução

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A Importância do Exército

O exército romano, nos dias áureos do Império, era uma


máquina de guerra devastadora e tremendamente bem sucedida.

A importância do serviço militar era tanta que nenhum


cidadão podia se candidatar a um cargo público sem ter sido
soldado durante pelo menos dez anos.

As legiões, que eram as unidades de combate básica,


acolheram milhares de camponeses empobrecidos, sem terras,
que muitas vezes recebiam, como recompensa, uma porção de
terra do Estado para cultivar nas regiões
conquistadas. O Estado emprestava
dinheiro para construir uma casa,
comprar móveis, animais e instrumentos
de trabalho.
Nesta imagem, podemos observar a
expressão de orgulho que o rosto do
soldado demonstra.
Em Roma, era costume realizarem-se
"triunfos", ou seja, celebrações públicas
para dar as boas-vindas aos comandantes
e tropas vitoriosas, com brilhantes cortejos de carros alegóricos,
porta-estandartes, trombetas, exibição de
Figura nº1
prisioneiros e execuções rituais dos chefes inimigos
Soldado Romano
num local perto do fórum. Os insucessos eram mal
vistos: uma unidade considerada desobediente ou
cobarde em batalha era sujeita à "dizimação" - escolhia-se à
sorte um soldado em cada 10, que era selvaticamente morto à
paulada pelos seus anteriores camaradas.

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A Constituição do Exército

A legião tinha inicialmente 4200 soldados. Esse número foi


depois elevado para 5000-6000 soldados, quase todos tropas de
infantaria, ao lado de um mínimo de 900 cavaleiros.

Este era, de início, um exército de camponeses – cidadãos


que serviam dos 17 aos 45 anos. Dos 45 anos aos 60 passavam à
reserva, mas, frequentemente, eram chamados para guerrear ou
formar um corpo de defesa da própria cidade.

Podia incluir 100 a 200 homens a cavalo, utilizados como


batedores, porta-estandartes e enviados em perseguição de
inimigos em fuga.

O legionário tinha de ser cidadão romano, e os recrutas


tinham de submeter-se a um rigoroso programa de selecção
antes de serem aceites nas fileiras. Deviam medir pelo menos
1,70 m e serem aprovados num exame médico para garantir que
se encontravam em boa condição física e tinham boa visão. Em
condições normais, andavam 30 km por dia, mas quando
necessário, faziam 40 km ou mais, em marcha acelerada. Ao
chegarem aos destinos trabalhavam ainda quatro ou cinco horas
na armação do acampamento.

Como
podemos ver
nesta imagem, os
soldados tinham
um corpo
robusto.

Figura nº 2
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Exército Romano
O Equipamento do Exército

O equipamento foi evoluindo ao longo dos anos, mas no


século I d. C, um legionário usava um elmo de ferro, uma
armadura peitoral ou aduelas de ferro, um escudo de madeira,
dois grandes dardos, um punhal, uma espada curta, o chamado
gládio, e sandálias robustas de couro.
Na figura nº 3 podemos observar o equipamento referido no
texto.
Para além da armadura e das
armas, os soldados levavam ainda
um cesto, uma picareta, um
machado, uma serra, uma panela,
duas estacas para a paliçada de
defesa do acampamento e cereal
suficiente para uns 15 dias, num
total de 40 kg.

Figura nº 3

Tácticas do
Exército

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em África. Outro era a prisão de pessoas que lutavam pela liberdade.
Outro, ainda, a realização de greves em fábricas ou noutros sectores de

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actividade. Isto é: não podia noticiar-se nada que desse a mínima ideia de
que havia pessoas que não estavam de acordo com o que se passava em
Portugal.
Foi por isso que os jornalistas se habituaram, ao longo dos anos, a
procurar maneiras indirectas de dizer as coisas, de forma a fazê-las passar
pelo controlo apertado da Censura.
Era também a Censura que enviava para as redacções dos órgãos de
informação listas completas dos nomes, dos quais nem se podia falar.
Nessas listas figuravam nomes de escritores, de músicos e, claro, de
políticos que se opunham ao regime.
Um livro que fosse publicado por um escritor e que depois fosse lido e
reprovado pelos censores era rapidamente retirado das livrarias pelos
agentes da PIDE, isto é, pela Polícia Internacional de Defesa do Estado,
que tinha a função de evitar que qualquer manifestação contra o regime,
fosse ela escrita ou falada, chegasse ao conhecimento da população.
A partir de certa altura apareceram cantores, como José Afonso, que
cantavam canções que falavam da liberdade, e também as palavras dessas
canções tinham de ser aprovadas pelos censores antes de serem cantadas
em espectáculos ou gravadas
em disco. Se tal não
acontecesse, os discos eram
apreendidos, quer dizer,
retirados do mercado, não
sendo também possível passá-
los em programas de rádio ou
de televisão.
Com os espectáculos de
teatro e com os filmes
acontecia o mesmo. Antes de
uma peça de teatro ser
estreada, havia um ensaio
para os censores dizerem o
que podia ou não ser dito. O
mesmo acontecia com os
filmes. Uma comissão de censores via-os antes de o público os poder ver e
decidiam se eles podiam ser exibidos nos cinemas, principalmente se fossem
estrangeiros e se viessem de países onde havia democracia e liberdade de
expressão.
Os jornalistas foram as principais vítimas deste trabalho de corte e
de proibição constante. E não só eles. Sobretudo o público, ou seja, a
população que queria ter direito a uma informação livre e actualizada.

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Claro que houve pessoas que resistiram a estas limitações da
liberdade, mas pagaram por isso um preço muito alto. Houve jornais e livros
apreendidos e muito jornalistas presos, durante mais de quarenta anos.
Uma das primeiras medidas do novo poder foi a abolição da Censura,
como garantia da liberdade que todos, ou quase todos, queriam ver
implantada no País. Essa foi outra das grandes vitórias do 25 de Abril, ou
seja, uma vitória da liberdade.

25 De Abril

O 25 de Abril foi um golpe militar que a intervenção de pessoas de


todas as idades, de todos os pontos do País e de várias origens sociais
transformou numa revolução sem violência.
O 25 de Abril de 1974 foi feito por muitos militares da Marinha, do
Exército e da Força Aérea, por milicianos e por militares de carreira e
também pela população. Mas o grande impulso que o tornou vitorioso foi
dado por um grupo de capitães que se organizaram e criaram o Movimento
das Forças Armadas.
A coordenação operacional foi entregue a um oficial chamado Otelo
Saraiva de Carvalho que tinha junto dele nomes fundamentais para o
sucesso do movimento como: Vítor Crespo, Martins Guerreiro, Salgueiro
Maia e muitos outros.
Para que as tropas, na madrugada de 24 para 25 de Abril, tivessem
um sinal sonoro que lhes permitissem saírem
dos quartéis, foram escolhidas duas canções:
«E Depois do Adeus», cantada por Paulo de
Carvalho e «Grândola, Vila Morena», escrita
e cantada por José Afonso.
Quando «Grândola Vila Morena» foi
posta a tocar na Rádio Renascença, passavam
poucos minutos da meia-noite do dia 25 de
Abril e estava dado o sinal para que as
tropas saíssem para as ruas e pudessem
ocupar posições fundamentais para o triunfo
do levantamento militar. Foi o que aconteceu
com as unidades como o Batalhão de
Caçadores 5 e a Escola Prática de

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Administração Militar em Lisboa, ou a Escola Prática de Cavalaria de
Santarém, entre muitas outras por todo o país.
Ao fim da manhã do dia 25 de Abril, Marcello Caetano e as chefias
militares que ainda apoiavam o regime em queda, renderam-se ao capitão
Salgueiro Maia e à sua forte unidade de blindados vindos de Santarém, no
Quartel do Carmo, em Lisboa.
Ainda houve umas vagas tentativas de resistência da Guarda Nacional
Republicana e da PSP, no Terreiro do Paço e noutros locais, mas acabaram
sem força e sem êxito.
A PIDE, contudo, fechada na sua sede, na Rua António Maria Cardoso,
em Lisboa, ainda levou algum tempo a render-se, e antes de o fazer ainda
disparou das varandas do edifício, matando quatro pessoas e ferindo
gravemente muitas outras.
Na mesma altura, foram abertas as portas das prisões de Caxias e de
Peniche, e todos os presos políticos reencontraram finalmente a liberdade.
O 25 de Abril estava a cumprir a promessa e o sonho de liberdade da
maioria dos Portugueses.
O Movimento das Forças Armadas divulgou o seu programa que se
baseava em três Dês: Democracia, Descolonização e Desenvolvimento. Todos
esses objectivos vieram a ser cumpridos com base num princípio
fundamental e indiscutível: o da Liberdade.
A Portugal começaram a chegar jornalistas de todo o mundo para
fazerem a cobertura dos acontecimentos. Portugal foi, nesses dias e nesses
meses, o grande acontecimento mundial. Nunca se falou tanto de Portugal
neste século.
Toda a gente estava a presenciar uma revolução sem sangue. Nos
canos das espingardas, em vez de balas mortíferas, estavam cravos
vermelhos, e
esses cravos
eram símbolos
de esperança,
de alegria e de
paz. Em todo o
mundo o 25 de
Abril passou a
ser conhecido
como a
Revolução dos
Cravos, porque
nesse dia a
população

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distribui cravos vermelhos aos soldados, colocando-os nos canos das
espingardas e nas suas fardas.
Do estrangeiro, de longos exílios voltaram aqueles que tinham
resistido e lutado contra a ditadura: Álvaro Cunhal e Mário Soares
chegaram de Paris.
Alguns meses depois começaram a regressar de Angola, de
Moçambique e da Guiné milhares de soldados. Muitas mães e pais, muitas
mulheres e filhos choraram de comoção ao saberem que o pesadelo tinha
acabado. Portugal voltava a estar em paz.
Muitos milhares de pessoas vieram para as ruas para festejar a
chegada da liberdade, gritando palavras como: “ O Povo Unido nunca mais
será Vencido ”.
De França, da Alemanha, da Bélgica e da Holanda voltaram milhares
de jovens que tinham decidido não fazer a guerra.
Do Movimento das Forças Armadas nasceu uma Junta de Salvação
Nacional que, até à formação do I Governo Provisório, passou a governar o
País.

Conclusão

Com este trabalho, adquirimos mais conhecimentos sobre o 25 de


Abril e sobre a sua importância para a vida de Portugal.
Ficámos a saber que antes do 25 de Abril havia uma guerra que
obrigava milhares de jovens portugueses a combaterem em África.
Aprendemos também que antes do 25 de Abril não se podia escrever
livremente para os jornais, todas as notícias tinham que ser primeiro lidas e
aprovadas pela Censura.
Nós já sabíamos que o 25 de Abril era um feriado Nacional, mas não
sabíamos porquê? Assim através deste trabalho, ficámos a perceber, porque
é que nesse dia existem comemorações nas principais ruas e praças das
cidades, porque estamos a celebrar a passagem de mais um Dia da
Liberdade e da Democracia.

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Bibliografia

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