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RESUMO
As deficiências dos serviços de saneamento básico nas áreas urbanas, principalmente em áreas
periféricas, precisam de implantação de um sistema alternativo para disposição dos resíduos
líquidos (esgotos) locais, com o objetivo de evitar a contaminação do solo e da água. Em sua
maioria, essas comunidades mais pobres são desprovidas de redes coletoras de esgoto sanitário,
obrigando a população a criar seus próprios meios de disposição dos resíduos domésticos.
Grande parte desses resíduos é lançada de forma inadequada ao meio ambiente, que acabam
provocando doenças e mortes em crianças e adultos.
Esses problemas podem ser minimizados utilizando sistemas simplificados para o tratamento
de esgoto sanitário, os quais devem ter como característica uma facilidade construtiva e um
baixo custo, portanto acessível à população de baixa renda.
Uma proposta adequada para as regiões que não possuem rede coletora de esgoto, e que
mudaria esse conceito, seria a aplicação de sistema de associação de Fossa Séptica, Filtro
Anaeróbio e Sumidouro.
Introdução
A ausência, total ou parcial, de serviços públicos de esgotos nas áreas urbanas, suburbanas e
rurais exige a implantação de algum meio de disposição dos esgotos locais, com objetivo de
evitar a contaminação do solo e da agua. Em sua maioria, estas regiões são também desprovidas
de abastecimento de agua e utilizam poços como fonte de suprimento de agua, razão pela qual
se exige extremo cuidado para não correr a contaminação da agua do subsolo, utilizada para
consumo.
A fossa séptica e uma solução técnica e económica para dispor os esgotos de residências
isoladas.
Generalidade
Quando não há disponibilidade de uma rede de esgoto pública, torna-se obrigatório o uso de
instalações necessárias para a depuração biológica e bacteriana das águas residuárias. A
obrigatoriedade do uso dessas instalações está fundamentada no REGULAMENTO DO
DEPARTAMENTO NACIONALDE SAÚDE PÚBLICA-Decreto nº 16.300 de 31/12/1932.Os
despejos lançados sem tratamento propiciam a proliferação de inúmeras doenças. Cerca de 50
tipos de infeções podem ser transmitidas diretamente via excretas humanas (Ex.: febre tifoide,
cólera, disenteria, hepatite infeciosa, dentre outras )
Histórico
As fossas sépticas evoluíram a partir das fossas mouras. Em 1860, Jean Louis Mouras
construiu um tanque de alvenaria, para o qual encaminhou, antes de destina los a um
sumidouro, os esgotos de um habitação, na cidade de Vesoul, na Franca. Este tanque aberto,
12 anos mais tarde, não apresentava acumulada a quantidade de sólidos para la endereçada, em
função da redução apresenta dano efluente liquido do tanque, em termos de teor de sólidos.
Essa fossa foi patenteada em 1881.
O saneamento é entendido, segundo Rezende & Heller (2002, p. 15), sobretudo “como ação de
saúde pública, o têm na conta de dever do Estado e direito do cidadão, pugnado pela
universalização do atendimento, pelo direito ao serviço de qualidade, com participação e
controle social”.
Segundo Pereira (2003), o número expressivo de municípios que não dispõem de coleta e
tratamento de esgotos ocorre em razão de o saneamento não ser encarado como prioridade e,
portanto, faltar política eficaz para direcionar as ações nesse setor. Isso faz com que os
programas de saneamento acabem tendo caráter individual e localizado em municípios
específicos, sendo que algumas questões político-partidário-administrativas dificultam a
formulação de política única de implantação de infraestrutura sanitária nos municípios
brasileiros, o que naturalmente, prejudica a obtenção de recursos para esse tipo de
investimento.
ESGOTAMENTO
De 1960 para 2010, a percentagem de domicílios urbanos atendidos pela rede de distribuição
de água e pela coleta de esgotos cresceu mais do que o dobro. Apesar do crescimento da
cobertura dos serviços de água e esgoto, ainda persistem populações não atendidas,
principalmente as de baixa renda, habitantes das periferias das grandes cidades, nos municípios
menores e, nas áreas rurais.
Para que estes sistemas funcionem satisfatoriamente as habitações tem que ser esparsas (lotes
grandes com elevada percentagem de área livre), o solo deverá apresentar boas condições de
infiltração, e o lençol freático deve estar em uma profundidade adequada para não haver risco
de contaminação por microrganismos transmissores de doenças (microrganismos
patogênicos).
Esse tipo de fossa nada mais é que um tanque enterrado, que recebe os esgotos (dejetos e águas
servidas), retém a parte sólida e inicia o processo.
As fossas sépticas não devem ficar muito perto das moradias (para evitar mau
cheiro) nem muito longe (para evitar tubulações muito longas). A distância
recomendada é de 4 metros.
Elas devem ser construídas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizações.
Também devem ficar num nível mais baixo do terreno e longe de poços ou de
qualquer outra fonte de captação de água (no mínimo 30 metros de distância), para
evitar contaminações, no caso de um eventual vazamento.
O tamanho da fossa séptica depende do número de pessoas da moradia. Ela a
dimensionada em função de um consumo media de 200 litros de água por pessoa,
por dia. Porem a capacidade nunca deve ser inferior a 1000 litros.
Definição
Fossas sépticas são camaras construídas em alvenaria de tijolos ou pré-moldados em
concretos, e destinados a reter os despejos por um período especificamente estabelecido, de
forma a permitir a sedimentação dos sólidos e a retenção do material graxo (gorduras e óleos)
contidos nos esgotos, transformando-os, bioquimicamente, em substâncias mas simples e
estáveis.
Funcionamento
Em uma fossa séptica ocorrem os seguintes fenómenos:
As fossas sépticas têm a função de separar e transformar a matéria sólida contida nas
águas de esgoto, descarregando-a no terreno, onde o se completará o tratamento.
A altura mínima do líquido no interior da fossa para garantir a ação neutralizante das
bactérias é de cerca de 1,20 m.
Nas fossas, as águas servidas sofrem a ação de bactérias anaeróbicas, ou seja,
microrganismos que só atuam sem a presença de oxigênio. Durante a ação desses
microrganismos (em grande parte presentes nos próprios resíduos lançados), parte da
matéria orgânica sólida é convertida em gases ou em substâncias solúveis, que
dissolvidas no líquido contido na fossa, são esgotadas e lançadas no terreno.
A localização das fossas sépticas deverá ser de forma a atender as seguintes condições (CPRH,
2004 e NBR 7229/2003):
de disposição dos efluentes no terreno, quaisquer que sejam os tipos admitidos, guardem uma
distância mínima de um metro da divisa do lote.
Distancias Mínimas
As Fossas sépticas devem observar as seguintes distâncias horizontais mínimas para sua
instalação, sendo considerada a distância mínima a partir da face externa mais próxima aos
elementos considerados:
BS: As distâncias mínimas são computadas a partir da face externa mais próxima aos
elementos considerados.
Considerações de Uso:
São encaminhados às fossas todos os despejos domésticos Oriundos de cozinhas,
lavandeiras domiciliares, chuveiros, lavatórios, Bacias sanitárias, bidês, banheiras,
mictórios e ralos de piso.
Os despejos da cozinha devem passar por caixas de gordura antes de serem lançados às
fossas sépticas.
Águas pluviais não devem ser lançadas.
Em que:
Lf= contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver tabela 1
da norma)
TABELA 3; Período de detenção (T) dos despejos, por faixas de distribuição diária
TABELA 4; Taxa de acumulação total de lodo(k), em dias por intervalo entre limpeza e
temperatura do mês mais frio
Abertura de Inspeção
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição tais que
permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução dos
dispositivos internos. As seguintes relações de distribuição e medidas devem ser observadas:
a) Todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensão igual ou superior
a 0,60m, que permita acesso direto ao dispositivo de entrada do tanque.
b) O máximo raio de abrangência horizontal, admissível para efeito de limpeza, é de
1,50m, a partir do qual nova abertura deve ser necessária.
c) A menor dimensão das demais aberturas, que não a primeira, deve ser igual ou superior
a 0,20m.
d) Os tanques executados com lajes removíveis em segmentos não necessitam de aberturas
de inspeção, desde que as peças que as substituam tenham área igual ou inferior a 0,50
m².
e) Os tanques prismáticos retangulares de câmaras múltiplas devem ter pelo menos uma
abertura por câmara.
Após passar pela fossa, o efluente líquido, isento de materiais sedimentáveis e flutuantes
(retidos na fossa) deve ser disposto de alguma forma no meio ambiente Entre os processos
eficientes e económicos de disposição do efluente líquido das fossas estão:
Verificação de Estanqueidade:
Antes de entrar em funcionamento, o tanque séptico deve ser submetido ao ensaio de
estanqueidade, realizado após ele ter sido saturado por no mínimo 24 h.
-A estanqueidade é medida pela variação do nível de água, após preenchimento, até a altura da
geratriz inferior do tubo de saída, decorridas 12 h. Se a variação for superior a 3% da altura
útil, a estanqueidade é insuficiente, devendo-se proceder à correção de trincas, fissuras e juntas.
Após a correção, novo ensaio deve ser realizado.
Manutenção
Exemplo: Dimensionar uma fossa séptica para uma residência com cinco quartos, sendo um
deles de serviço.
Solução:
2ºPasso: Determinação das Contribuições unitárias de Esgotos (C) e de Lodo Fresco (Lf)
Tomando a residência como padrão médio, pela tabela 1 da norma NBR 7229/1993:
número de pessoas:
4ºPasso: Determinação da taxa de acumulação total de lodo (K), por Intervalo entre limpezas
e temperatura do mês mais frio.
Admitindo um valor de temperatura média para o mês mais frio do ano compreendido
entre o intervalo 10 ºC e 20º, para o caso do Distrito
Para o cálculo do volume útil utiliza-se a fórmula apresentada no item 5.7 da norma.
N= 5 pessoas
T= 1 dia
K= 105 dias
V=1000+5(130 x 1+105 x 1)
V= 2175 litros
V=2,1 m³
L=1,80 m
W=0,90 m
H=1,50 m
-Caso fosse consultada a tabela apresentada no item 5-Dimensões desta apresentação, para N=5
pessoas têm-se:
Aspetos Construtivos
Execução de Fossas sépticas em alvenaria de tijolos cerâmicos
A fossa séptica feita no local tem formato retangular ou circular. Para funcionar bem, elas
devem ter dimensões determinadas por meio de um projeto específico de engenharia.
A execução desse tipo de fossa séptica começa pela escavação do buraco onde a fossa vai ficar
enterrada no terreno.
O fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de cinco
centímetros de concreto magro, (um saco de cimento, 8 litros de areia, onze latas de brita e
duas latas de água, a lata de medida é de dezoito litros) sobre o concreto magro é feito uma laje
de concreto armado de seis centímetros de espessura (um saco de cimento, quatro litros de
areia, seis litros de brita e 1,5 litro de água), malha de ferro 4,2 a cada vinte centímetros.
As paredes são feitas com tijolo maciço, ou cerâmico, ou com bloco de concreto. Durante a
execução da alvenaria, já devem ser colocados ou tubos de entrada e saída da fossa (tubos de
cem milímetros), e deixadas ranhuras para encaixe das placas de separação das câmaras, caso
de fossa retangular.
As paredes internas da fossa devem ser revestidas com argamassa à base de cimento (um saco
de cimento, cinco litros de areia e dois litros de cal).
A fossa séptica circular, a que apresenta maior estabilidade, utiliza-se para retentores de
espuma na entrada e na saída, Tês de PVC de noventa graus de diâmetro cem milímetros.
Na fossa séptica retangular a separação das câmaras (chicanas), e a tampa da fossa são feitas
com placas pré-moldadas de concreto. Para a separação das câmaras são necessárias cinco
placas: duas de entrada e três de saída. Essas placas têm quatro centímetros de espessura e a
armadura em forma de tela.
A tampa é subdividida em placas, para facilitar a sua execução e até a sua remoção placas com
5 cm de espessura e sua armação também é feita em forma de tela.
A fossa séptica circular, na qual apresenta maior estabilidade, utiliza-se para retentores de
escuma na entrada e na saída, Tês de PVC de 90 graus com diâmetro de 100mm
Na fossa séptica retangular a separação das câmaras (chicanas) e a tampa da fossa são feitas
com placas pré-moldados de concreto. Para a separação das câmaras são necessárias cinco
placas: duas de entrada e três de saída.
A tampa a subdividida em placas, para facilitar a sua execução e até a sua remoção. As
placas possuem 5 cm de espessura e sua armação também é feita em forma de tela.
Esses sistemas de saneamento têm por objetivo coletar e evacuar águas servidas,
provenientes as construções, despolui-las e, as vezes, lançar as águas purificadas no ambiente
natural.
Águas de esgoto são as que provem dos banheiros, com fezes e urinas;
Águas domésticas são as que provem das cozinhas, quartos de banhos, lavatórios,
lavandarias;
Águas pluviais são as que escoam dos telhados e nos quintais.
É lógico que, se a construção se encontra nas proximidades de um esgoto geral (rede unitária),
o influente das águas despejadas do prédio, inclusive as águas pluviais, poderá ser lançado aí
sem necessidade prévia depuração.
Quando os esgotos nas proximidades as construções for esgoto de sistema separado (duas redes
justapostas, uma para as águas servidas e outras para as água pluviais) a ligação é feita nas
canalizações correspondentes para cada qualidade de água.
A obrigação de estabelecer uma fossa para o tratamento as águas servidas, visando a depuração,
impõem-se nos dois casos seguintes:
Nesses dois últimos casos, os exutórios particulares devem ser projetados com relação ao
sistema escolhido de desde poluição e em função do volume das águas a escoar.
Tipos de Fossas.
Os tipos de fos s as dife re nciam s e da s e guinte forma:
Fossas fixas;
Fossas químicas;
Fossas de decantação - digestão;
Fossas sépticas;
As fossas fixas
As fossas fixas são o sistema mais rudimentar de coleta de águas servidas e só em algumas
circunstâncias é que são autorizadas, geralmente do lado de fora a habitação. O despejo deve
ser feito entendendo-se sempre as condições de higiene e segurança. O volume de uma fossa
fixa (pelo menos 8m3 ) é calculado a base de 400 litros por ocupante.
As fossas químicas
As fossas químicas são fossa onde os detritos orgânicos são liquefeitos e ascetizados pela Acão
de elementos químicos. O contacto as substancias químicas com os detritos orgânicos deve ser
o mais intimo possível, que se consegue por processo de agitação.
Fossas sépticas
Fossa séptica é um aparelho para coleta e liquefação de detritos orgânicos. É obrigatório que
aja nessas fossas um elemento de decantação. Essas fossas são feitas de modo a poderem
distribuir as substâncias em suspensão., conforme a ordem da densidade, nos meios de
fermentação, para a solubilização pelo ataque de micróbios anaeróbica
-Pré-moldadas
-Feitas no local
Fossas Sépticas Pré-Moldadas/Formato Cilíndrico
Formas de instalar
para volumes maiores é recomendável que a altura não seja maior que o dobro do diâmetro
para que a fossa funcione bem. Dar atenção a esse detalhe, principalmente quando a fossa for
de anéis sobrepostos. A instalação de uma fossa séptica pré-moldada começa pela escavação
do buraco onde ela vai ficar enterrada no terreno, em seguida, o fundo do buraco deve ser
compactado, nivelado e coberto com uma camada de 5cm de concreto magro.
Nas fossas de anéis sobrepostos, é preciso fazer uma camada de concreto magro, fazer uma laje
de 7cm de concreto armado do fundo do buraco, sobre uma camada de concreto magro.
Finalmente, a fossa pré-moldada é colocada no lugar. A tubulação que liga a caixa de inspeção
(da rede de esgoto da moradia) a fossa séptica deve ter um caimento de 2%, no mínimo, ou
seja, 2cm por metro de tubulação. Para tanto, o topo do buraco da fossa deverá ficar num nível
inferior ao da saída da caixa de inspeção. As fossas sépticas pré-moldadas podem ser adquiridas
diretamente dos seus fabricantes, normalmente empresas fabricantes de pré moldados, que
também dão cotações sobre a montagem das fossas no local.
A menor fossa pré-moldada tem capacidade de 1000 litros, medindo 1,1 x 1,1 metros (altura x
diâmetro).
Para volumes maiores é recomendável que a altura seja major que o dobro do diâmetro.
A fossa séptica feita no local tem formato retangular ou circular. Para funcionar bem, elas
devem ter as seguintes dimensões:
Formas de instalar:
Sua construção também começa pela escavação no local do terreno onde a fossa deverá ser
instalada. O fundo do buraco deverá ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de
cinco centímetros de concreto magro. Em seguida, uma laje de concreto armado de 7cm de
espessura deverá ser providenciada. As paredes podem ser feitas com blocos de concreto de
15cm ou de 20cm de largura e as paredes internas da fossa devem ser revestidas com
argamassas à base de cimento. As paredes internas das câmaras (chicanas), bem como a tampa
da fossa, são feitas com placas pré-moldadas de concreto. Para a separação das câmaras são
necessárias cinco placas: duas de entrada e três de saída. Essas placas têm 4cm de espessura e
a armadura em forma de tela. A tampa é subdividida em duas ou mais placas (com 5cm de
espessura e armadura também feita em forma de tela). O número de subdivisões dependerá do
tamanho da fossa, já que o objetivo é facilitar a execução e até sua remoção, em caso de
necessidade.
A concretagem das placas deve ser feita sobre uma superfície bem lisa, revestida de papel, para
evitar a aderência do concreto ao piso onde é feita a concretagem, uma vez que as fôrmas não
têm fundo. Durante a execução da alvenaria, já devem ser colocados os tubos de limpeza
(esgotamento), de entrada e de saída da fossa e deixadas ranhuras para encaixe das placas de
separação das câmaras. Uma maneira fácil e econômica de construir esse tipo de fossa é usar
blocos de concreto e placas pré-moldadas de concreto.
Na fossa séptica retangular a separação das câmaras (chicanas) e a tampada fossa são feitas
com placas pré-moldados de concreto. Para a separação das câmaras são necessárias cinco
placas: duas de entrada e três de saída. Essas placas têm quatro centímetros de espessura e a
armadura em forma de tela.
A tampa a subdividida em placas, para facilitar a sua execução e até a sua remoção. As placas
possuem 5 cm de espessura e sua armação também é feita em forma de tela.
A ligação da rede de esgoto da moradia à fossa séptica deve ser feita com tubos de 10cm de
diâmetro, assentados numa valeta e bem unidos entre si. O fundo da valeta deve ter caimento
de 2%, no sentido da caixa de inspeção. O objetivo é que a fossa séptica fique bem nivelada e
compactada. A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por uma caixa de inspeção,
que serve para fazer a manutenção periódica da tubulação, facilitando o desentupimento, em
caso de necessidade.
Caixa de Inspeção
A rede de esgoto da moradia deve passar inicialmente por uma caixa de inspeção, que serve
para fazer a manutenção do sistema, facilitando o desentupimento, essa caixa deve ter 60cm x
60 cm e profundidade de 50 cm, construída a cerca de 2 metros de distância da casa. Caixa
construída em alvenaria, ou pré-moldada, com tampa de concreto. fundo e as paredes dessa
caixa devem ser revestidos com uma argamassa à base de cimento. A caixa de inspeção é
coberta com uma placa pré-moldada de concreto com 5cm de espessura.
Valas de Infiltração
Sumidouros
A utilização de um ou outro vai depender do tipo de solo, dos recursos disponíveis para a sua
execução. Consulte um profissional habilitado ou a própria CAESB, antes de definir qual a
melhor opção.
Valas de infiltração
Construção: consiste na escavação de uma ou mais valetas, nas quais são colocados tubos que
permitem, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes
das fossas sépticas.
O comprimento total das linhas de tubos depende do tipo de solo e da quantidade de efluente a
ser tratada, em terrenos mais porosos (como os arenosos), 8m de tubos por pessoa são
suficientes, já em terrenos menos porosos (como os argilosos), são necessários 12 m de tubo
por pessoa. Entretanto, para um bom funcionamento de sistema, cada linha de tubos não deve
ter mais que 30m de comprimento.
Quando o terreno não permite a construção das valetas nas quantidades e nos comprimentos
necessários, pode ser feito um número maior de ramificações, de comprimentos menores. Um
exemplo é quando a ocorrência de obstáculos (uma árvore ou rocha) é grande ou o espaço
insuficiente. Os tubos devem ter 10cm de diâmetro e ser assentados sobre uma camada de 10cm
de pedra britada ou cascalho, colocadas no fundo das valetas de infiltração. Os quatro primeiros
tubos que saem da fossa devem ser unidos entre si. Entre os demais tubos deve ser deixado um
espaço de 0,5cm , para permitir o vazamento do efluente à medida que ele desce pelos tubos.
Junto a esses espaços, os tubos devem ser cobertos (apenas na parte de cima com um pedaço
de lona plástica ou outro material impermeável, para evitar a entrada de terra na tubulação. Em
seguida as valetas são fechadas com uma camada de brita, até meia altura e o restante com o
próprio solo.
Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de
dreno com brita, ou bambu, preparado para trabalhar como dreno retirando o miolo, que
permite, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes
da fossa séptica.
A percolação do líquido através do solo permitirá a mineralização dos esgotos, antes que o
mesmo se transforme em fonte de contaminação das águas subterrâneas e de superfície que se
deseja proteger.
As tubulações podem ser de manilhas de grés cerâmicas, com juntas abertas, tubos porosos ou
tubulações de PVC para drenagem.
0 comprimento total das valas depende do tipo de solo e quantidade de efluentes a ser tratado.
Em terrenos arenosos 8m de valas por pessoa.
Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha de tubos não deve ter mais de
30m de comprimento. Portanto, dependendo do numero de pessoas e do tipo de terreno, pode
ser necessária mais de uma linha de tubos/ valas.
Aspetos Construtivos
A área de absorção necessária (comprimento das valas e largura do fundo das valas) depende
das características do solo, que são obtidas em função dos testes de infiltração realizados de
maneira análoga ao apresentado para sumidouro. Recomendações:
Para permitir uma boa ventilação, as linhas podem terminar em pequenos poços rasos
(90 cm de diâmetro), preferivelmente cheios de carvão ou cascalho.
Com o fim de evitar intromissão de raízes nas canalizações e dados disso decorrentes
deve-se evitar a proximidade de árvores
O crescimento de gramas no campo de nitrificação auxilia a absorção do líquido
efluente, pela transpiração
Geralmente essas valas são Recomendadas para locais onde o lençol freático é próximo a
superfície.
Esse sistema consiste na escavação de uma ou mais valas, nas quais são colocados tubos de
dreno com brita, ou bambu, preparado para trabalhar como dreno retirando o miolo, que
permite, ao longo do seu comprimento, escoar para dentro do solo os efluentes provenientes da
fossa séptica.
O Comprimento total das valas depende do tipo de solo e quantidade de efluentes a ser tratado.
Em terrenos arenosos 8m de valas por pessoa.
Entretanto, para um bom funcionamento do sistema, cada linha de tubos não deve ter mais de
30m de comprimento. Portanto, dependendo do numero de pessoas e do tipo de terreno, pode
ser necessária mais de uma linha de tubos, observe figura a seguir:
Sumidouro
Conceitos
Sumidouro ou fossa absorvente são escavações feitas no terreno, para receber efluentes da
fossa séptica ou mesmo diretamente do vaso sanitário em cujas paredes deverão se infiltrar. É
um poço seco escavado e não impermeabilizado, que orienta a infiltração de água residuárias
no solo (NBR 7229/1993). Deverá ser revestido com alvenaria em crivo ou anéis de concreto
furados. Dependendo das características do solo.
Aspetos Construtivos
A construção de um sumidouro começa pela escavação da cavidade no local escolhido, a cerca
de 3m da fossa séptica e num nível um pouco mais baixo, a fim de facilitar o escoamento dos
efluentes por gravidade. A profundidade do buraco deve ser 80cm maior que a altura final do
sumidouro. É recomendável que o diâmetro dos sumidouros com paredes de blocos de concreto
não seja inferior a 1,5m para facilitar o assentamento. Os blocos só podem se assentados com
argamassa de cimento e areia nas juntas horizontais. As juntas verticais não devem receber
argamassa de assentamento, para facilitar o escoamento dos efluentes. Se as paredes forem
feitas com anéis pré-moldados de concreto, eles devem ser apenas colocados uns sobre os
outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes. Esses anéis
podem ser adquiridos diretamente de fabricantes locais de pré-moldados de concreto ou de
artefactos de cimento. A laje ou tampa dos sumidouros pode ser feita com uma ou mais placas
de concreto. Elas podem ser executadas no próprio local ou adquiridas dos fabricantes de pré-
moldados ou artefactos de cimento da região.
Princípios de funcionamento
Os sumidouros podem ser construídos de tijolo maciço ou blocos de concreto ou ainda com
anéis pré-moldados de concreto.
Os tijolos ou blocos só devem ser assentados com argamassa de cimento e areia nas juntas
horizontais. As juntas verticais devem ter espaçamentos (no caso de tijolo maciço) e não devem
receber argamassa de assentamento, para facilitar o escoamento dos efluentes. Se as paredes
forem de anéis pré moldados, eles devem ser apenas colocados uns sobre os outros, sem
nenhum rejuntamento, para permitir o escoamento dos efluentes.
A laje ou tampa do sumidouro pode ser feita com uma ou mais placas pré moldadas de concreto,
ou executada no próprio local, tendo o cuidado de armar em forma de tela.
Segundo a NBR 13969, (1997) para se evitar que a elas tenham uma redução na sua vida útil,
deve-se construí-lo obedecendo aos seguintes parâmetros:
As três primeiras fiadas de tijolos da parede, não devem conter furos ou espaços,
para se evitar as enxurradas ocasionadas durante o período da chuva;
Sua profundidade máxima não deve ultrapassar 1,50m, quando o nível do lençol
freático ficar a menos de 3 metros. (observação feita em cacimbas ou poços
próximos);
Conclusões e recomendações
Tabela 7; Dimensoes de fossa e sumidouro.
Filtro Anaeróbio
Conceitos
O filtro anaeróbio é uma “unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante afogamento do
meio biológico filtrante” (NBR 7229, 1993, p. 2). Seguindo os padrões da classificação
apresentada no item 2.9, pode-se dizer que o filtro anaeróbio representa um sistema de
tratamento secundário e físico-biológico. É de grande utilidade em projetos que requerem um
melhor grau de tratamento que o simples uso de tanque séptico seguido de infiltração no solo.
É um tanque de forma cilíndrica ou prismática (seção retangular ou quadrada), com fundo falso,
leito filtrante de brita nº 4, destinado ao tratamento do efluente do tanque séptico, quando este
exigir um tratamento adicional como mostra a figura 11.
Fonte: Tecnifossas
O efluente deste filtro será destinado a uma vala de infiltração, vala de filtração ou outra
solução tecnicamente indicada.
Princípios de Funcionamento
O Filtro Anaeróbio é caracterizado por um tanque preenchido por um material filtrante, geralmente pedra
britada. Os microrganismos aderidos às paredes deste material filtrante formam o bio filme que, ao
receberem os despejos contendo matéria orgânica, iniciam o processo de digestão anaeróbia. Para tal,
agem as bactérias anaeróbias, conforme as reações apresentadas.
Até 1500 litros de contribuição diária e 15ºC≤t≤25ºC: período de detenção de1, 00 dia;
Eficiência
O filtro anaeróbio, quando precedido de tanque séptico, possui provável remoção de DBO5,20
situada entre 40 e 75 % segundo a NBR 13969, (1997). Os valores aqui mencionados referem-
se a unidades dimensionadas de acordo com a normalização brasileira vigente, e variam
conforme as condições de operação, como temperatura, manutenção, entre outros.
Operação e Manutenção
A NBR 13969, (1997) recomenda a utilização de uma bomba de recalque para limpeza do filtro
anaeróbio, através de sucção contra fluxo. Caso a operação não seja suficiente, ela ainda sugere
o lançamento de água em cima do filtro, com posterior sucção. Sendo que se deve lavar
completamente o material filtrante contido no filtro biológico. Assim que constatado obstrução
no fluxo de esgoto no filtro anaeróbio, deve-se providenciar a limpeza do mesmo.
Observações Gerais
Prever a existência de um tubo guia, com diâmetro de 150 mm, que será utilizada para um
eventual retro lavagem no filtro;
Bio fossas
Bio fossas- são estruturas que possibilitam o redireccionamento de toda a água vinda das
torneiras e chuveiro, bem como todo o esgoto dos vasos sanitários para uma fossa que irá filtrar
e decantar as impurezas e levar a água para um sistema contendo plantas (canteiros).
Dessa forma, evita-se a poluição do meio ambiente (rios, lagos e lençol freático) e, possibilita-
se o reaproveitamento da água que retorno ao solo, com auxílios das plantas.
Fossas de Águas Negras: responsável pelo tratamento das águas oriundas dos vasos sanitários
(esgotos), cuja água é rica em matéria orgânica;
Fossa de Águas Cinzas: responsável pelo tratamento das águas oriundas das pias
Partes de uma fossa sépticaa fossa septica geral e dividida em 5 partes que sao:
Objetivo
Impedir alteração das condições de vida dos ecossistemas aquáticos em suas proximidades.
Impedir poluição de águas subterrâneas que sirvam tanto para abastecimento direto de seres
humanos quanto em outras modalidades como irrigação de plantações, bebidapara animais
dentre outras.
Funcionamento
O processo de funcionamento das fossas sépticas inicia com a retenção do esgoto que fica
detido na fossa durante um período 24horas, aproximadamente. Simultaneamente, acontece
uma sedimentação do material sólido presente no esgoto. Esse se deposita no fundo da fossa,
formando um semilíquido, denominado lodo, enquanto a outra parte, constituída basicamente
por graxas, óleos e outros materiais fluidos, mantem-se emersa. Esse composto é chamado
escuma.
Seguindo a essa etapa, apresenta-se a de digestão anaeróbia do lodo, que consiste num ataque
forte de bactérias anaeróbicas ao lodo, anulando parcial ou totalmente a ação das substâncias
voláteis e dos microorganismos patogênicos.
Com isso, ocorre grande redução de sólidos, líquidos e estabilização dos gases, o que permite
que seus efluentes líquidos sejam dispostos com maior segurança para o meio ambiente.
As orientações abaixo deverão ser seguidas para a garantia de que o Sistema funcione de forma
adequada e eficaz:
1. Adicionar na válvula de retenção, uma vez por mês, 10 litros de esterco bovino fresco,
misturado a 10 litros de água. Para que você não se esqueça, escolha um dia no mês para fazer
a adição dessa mistura. (como, por exemplo, no dia da leitura da energia elétrica).
2. Usar pouca água sanitária na higienização do vaso sanitário. Deve-se fazer uma adição extra
de esterco quando for necessária uma limpeza mais “pesada” do sanitário. Isso pode ocorrer,
por exemplo, após uma festa, quando o banheiro for bastante utilizado.
3. Verificar periodicamente se os buracos dos suspiros não estão “tampados”.
Esses suspiros são necessários para que o gás resultante do processo possa escapar para a
atmosfera.
4. Verificar periodicamente se há algum vazamento nas conexões das caixas que compõem o
sistema.
5. Verificar periodicamente se não está havendo vazamento na caixa de descarga.
A existência de vazamento fará com que o sistema fi que cheio antes do período necessário
para o processo de bio digestão.
6. Fazer uma adição extra de esterco na válvula de retenção, caso seja detetado um vazamento
prolongado no vaso sanitário. Isso deve ser feito após o seu conserto.
7. Nunca jogar papel higiênico e outros materiais no vaso sanitário. Poderá ocasionar o
entupimento do sistema.
8. Fazer, periodicamente, a coleta do efl uente (adubo orgânico) da caixa coletora (última caixa
do sistema). Esse adubo poderá ser utilizado na preparação de um canteiro, em pomares,
canaviais, jardins, capineiras etc.
O entupimento do sistema.
Fazer, periodicamente, a coleta do efluente (adubo orgânico) da caixa coletora (última caixa
do sistema). Esse adubo poderá ser utilizado na preparação de um canteiro, em pomares,
canaviais, jardins, capineiras etc.
1. É recomendável que o usuário faça uma proteção em torno da válvula de retenção. Visa
evitar que alguma pessoa ou animal pise em cima dela e a quebre.
2. É aconselhável que o usuário faça uma proteção (uma cerca) em volta de todo o sistema.
Objetiva impedir o trânsito de adultos, crianças e animais, de forma a prevenir acidentes, bem
como danos ao sistema.
3. É necessário pintar e repintar, na cor preta, as tampas das duas primeiras caixas.
Isso garante um maior aquecimento no interior delas. A repintura deve ser feita se ficarem
desbotadas.Fazer uma adição extra de esterco na válvula de retenção, caso seja detetado um
vazamento prolongado no vaso sanitário. Isso deve ser feito após o seu conserto.
Nunca jogar papel higiénico e outros materiais no vaso sanitário. Poderá ocasionar
Considerações Finais
De forma geral, os aspetos que foram levantados, analisados e produzidos, permitem afirmar a
total importância e a necessidade da existência de um tratamento adequado aos dejetos nas
áreas periféricas de Belém desprovidas de rede coletora de esgoto.
Os resíduos gerados nestas, quando não tratados de forma correta, trazem prejuízos imensos ao
meio ambiente, a sociedade e a economia, como a poluição do ar, contaminação do solo e água;
e ainda podem trazer riscos à saúde humana e de outros seres vivos, além de ocasionar a
proliferação de insetos e outros agentes vetores de doenças e contaminação ambiental.
O sistema de tratamento de esgoto proposto, pode representar uma excelente alternativa para o
tratamento de dejetos gerados, e também, dar uma maior perceção da problemática ambiental
causada pela falta investimento em saneamento, além de trazer ganhos relevantes para as
comunidades que vive as margens desses serviços.
Referencias Bibliográficas
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Sanitários – Experiência Brasileira. Rio de Janeiro: ABES, 1997.
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Sanitario e Ambiental; UFMG, 1995
CAESB - Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal. Fossa séptica.
Disponível em:
<http://www.caesb.df.gov.br/scripts/saneamentorural/Cons_Sis_Impre.htm> Acesso
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JORDÃO, Eduardo Pacheco & PESSÔA, Constantino Arruda. Tratamento de Esgotos
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JORDÃO, E.P; PESSOA, C.A. Tratamento de esgotos domésticos. CIDADE: Segrac,
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