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Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial
GUIA DE PROJECTO DE APRENDIZAGEM
MIEGI11 ‐ PLE
2010/2011
RESUMO
O projecto interdisciplinar do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial (1º ano) da Universidade do
Minho consiste na aplicação de uma metodologia activa de aprendizagem de conteúdos multidisciplinares em
engenharia. O semestre é desenvolvido sob a forma de projecto de grande dimensão realizado por equipas de alunos
e apoio de docentes de várias Unidades Curriculares. O projecto requer alunos motivados e dinâmicos na prossecução
do melhor produto e melhor sistema produtivo. Pressupõe uma postura activa e diligente na busca do conhecimento,
rigor científico e determinação. As equipas de alunos têm que proceder à demonstração da aquisição das
competências científicas e técnicas, aprimoradas nas unidades curriculares, com o intuito de produzirem soluções
sólidas e eminentemente práticas de produtos/sistemas de produção. O projecto permite ainda desenvolver outras
competências indispensáveis ao bom exercício de Engenharia, nomeadamente, trabalho em equipa, gestão de
conflitos, argumentação, comunicação escrita, ponderação, avaliação crítica e capacidade de decisão, ao mesmo
tempo que permite expressões de criatividade e iniciativa, que constituem motores fundamentais dos processos de
inovação e empreendedorismo industrial.
Este documento serve de referência ao planeamento, desenvolvimento e avaliação do projecto interdisciplinar de
ensino/aprendizagem do 1º semestre do 1º ano do Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial. É
considerado um instrumento indispensável aos alunos e aos diversos docentes envolvidos. A equipa de coordenação é
responsável pela criação e manutenção deste documento.
ii
ÍNDICE
Guia de Projecto de Aprendizagem .................................................................................................................................... 1
Resumo ............................................................................................................................................................................... ii
Índice ................................................................................................................................................................................. iii
1. Introdução ..................................................................................................................................................................... 1
2. Vantagens e Desafios do Processo ................................................................................................................................ 1
3. Alunos ........................................................................................................................................................................... 2
4. Equipa de Coordenação do Semestre ........................................................................................................................... 2
5. O papel do Tutor ........................................................................................................................................................... 3
6. Descrição do Projecto ................................................................................................................................................... 3
6.1 Tema .................................................................................................................................................................. 3
6.2 Descrição ........................................................................................................................................................... 3
6.3 Objectivos do projecto ...................................................................................................................................... 4
7. Competências................................................................................................................................................................ 4
7.1 Competências transversais ............................................................................................................................... 5
7.2 Competências – IEGI ......................................................................................................................................... 5
7.3 Competências – PCI ........................................................................................................................................... 6
7.4 Competências – QG ........................................................................................................................................... 6
7.5 Competências ‐ CC ............................................................................................................................................ 6
7.6 Competências – IEE ........................................................................................................................................... 6
8. Calendarização .............................................................................................................................................................. 7
8.1 Horário Base ...................................................................................................................................................... 7
8.2 Plano de Aulas ................................................................................................................................................... 7
8.3 Pontos de Controlo ........................................................................................................................................... 9
9. Avaliação ....................................................................................................................................................................... 9
9.1 Avaliação do projecto ........................................................................................................................................ 9
9.1.1 Exemplo de Cálculo de Classificação Final ................................................................................................ 12
9.2 Proposta de Avaliação de IEGI ......................................................................................................................... 12
9.3 Proposta de Avaliação de QG .......................................................................................................................... 13
9.4 Proposta de Avaliação de PCI .......................................................................................................................... 13
9.5 Proposta de avaliação de CC ........................................................................................................................... 13
9.6 Proposta de avaliação de IEE........................................................................................................................... 13
10. Recursos Físicos .......................................................................................................................................................... 13
11. Plataforma de E‐learning ............................................................................................................................................ 14
12. Bibliografia .................................................................................................................................................................. 14
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Universidade do Minho ‐ Escola de Engenharia Guia de Projecto de Aprendizagem
Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial PLE@MIEGI11
1. INTRODUÇÃO
A Universidade do Minho tem vindo a incentivar a introdução de novas metodologias de Ensino/Aprendizagem, no
espírito da Declaração de Bolonha e da Aprendizagem Activa (“Active Learning”). Neste contexto, os docentes do
Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial (MIEGI), têm implementado novos processos de aprendizagem
desde o ano lectivo 2004/2005, com o objectivo de melhorar a qualidade dos profissionais que forma.
As propostas do MIEGI têm incidido em modelos de Aprendizagem Baseada em Projectos Interdisciplinares (PLE –
“Project Led Education”). Este tipo de aprendizagem, tal como Powell & Weenk (2003) a definem, consiste numa
metodologia que enfatiza o trabalho em equipa, a resolução de problemas interdisciplinares e a articulação
teoria/prática, na realização de um projecto que culmina com a apresentação de uma solução/produto a partir de
uma situação real, relacionada com o futuro contexto profissional. Estes autores apontam como principais
características da metodologia PLE a ênfase na aprendizagem do aluno e o seu papel activo neste processo, a par do
desenvolvimento não só de competências técnicas, mas também de competências transversais ou “soft skills”.
Através da metodologia PLE, é possível criar condições para que os alunos desenvolvam estas competências,
integrando e aplicando os conhecimentos de diversas áreas disciplinares num projecto comum, desempenhando um
papel central na sua própria aprendizagem. Este processo está centrado nos seguintes objectivos:
Promover a aprendizagem centrada no aluno;
Fomentar o trabalho em equipa;
Desenvolver o espírito de iniciativa e criatividade;
Desenvolver capacidades de comunicação;
Desenvolver o pensamento crítico;
Relacionar conteúdos multidisciplinares de forma integrada.
No ano lectivo 2004/05 realizou‐se o primeiro projecto interdisciplinar no MIEGI (PLE 1º ano). Em todos os anos
lectivos subsequentes recorreu‐se à mesma metodologia. Os resultados obtidos nestes projectos têm sido bastante
positivos. A realização de mais uma edição de um semestre em regime PLE procura contribuir para a consolidação
deste modelo de aprendizagem no MIEGI e a criação de mecanismos de análise do impacto sobre a aprendizagem.
Neste projecto participam 4 Unidades Curriculares (UC) de apoio directo ao projecto (PSC – “Project Supporting
Courses”): “Introdução à Engenharia e Gestão Industrial” (IEGI), “Programação de Computadores I” (PCI), “Cálculo C”
(CC), “Química Geral” (QG). Além destas 4 UCs o plano de estudos inclui “Introdução à Engenharia Económica” (IEE).
As competências relacionadas com IEE não serão avaliadas no âmbito do referido projecto.
Para mais informação sobre os projectos interdisciplinares do MIEGI ou sobre a temática da Aprendizagem Baseada
em Projectos consultar Powell & Weenk (2003), Powell (2004), Lima et al. (2007), Fernandes et al. (2008), Mesquita et
al. (2008), Carvalho et al. (2008), Fernandes et al. (2007b), Fernandes et al. (2007a), Carvalho & Lima (2006), Lima et
al. (2005), Moreira & Sousa (2008), Alves et al. (2007) e Carvalho et al. (2009).
num projecto interdisciplinar, constitui uma das mais‐valias da participação em processos desta natureza. A aplicação
prática dos conteúdos e a proximidade com a realidade profissional contribuem para uma elevada motivação e
empenho dos alunos durante o projecto. As principais dificuldades sentidas pelos alunos durante o processo
relacionam‐se, sobretudo, com a gestão do projecto e o relacionamento interpessoal. Ao nível da gestão do projecto,
os grandes desafios concentram‐se na coordenação de horários, no cumprimento de prazos e na organização e
planeamento das tarefas do projecto. Ao nível do relacionamento interpessoal, os principais desafios passam por
aprender a gerir situações de conflito possivelmente causadas pela divergência de opiniões e ideias, pelo confronto de
posturas e de atitudes, pela divergência dos objectivos individuais e pela falta de comunicação dentro do grupo. Estas
dificuldades ocorrem naturalmente durante a concretização do projecto exigindo estratégias de superação. Entender
estas dificuldades como desafios e saber ultrapassá‐los constitui um momento importante de aprendizagem que tem
sido valorizado pelos alunos e pelas empresas.
3. ALUNOS
O projecto PLE no MIEGI (1º ano) será realizado pela oitava vez e contará com cerca de 40 alunos do 1º ano do
Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial. Os alunos trabalhadores estudantes (TE) e os alunos
transferidos (AT), inscritos às 4 unidades curriculares, podem integrar o projecto desde que assumam que estarão
disponíveis para trabalhar no projecto durante o tempo exigido para tal. Os alunos TE e AT que não integrem o
projecto PLE são avaliados de acordo com a metodologia de avaliação definida pela unidade curricular.
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Elementos da unidade curricular de Introdução à Engenharia Económica:
Nome Função Dep. Email Telefone
1. Filipa Dionísio Intro. Engª Económica DPS filipadv@dps.uminho.pt Ext. 517351
2. Ana Cordeiro Intro. Engª Económica DPS
5. O PAPEL DO TUTOR
O papel de um tutor nos projectos PLE é diferente de um papel tradicional de um docente. O tutor tem como principal
função a monitorização do progresso do projecto e a aprendizagem individual no âmbito do projecto. O tutor
acompanha o desenvolvimento das competências definidas no Guia do Projecto e a apresentação de uma solução
adequada ao problema proposto.
O tutor não participa na avaliação dos alunos no sentido de classificar directamente os elementos do seu grupo.
Entretanto, é da responsabilidade do tutor discutir os resultados da avaliação dos pares, da equipa e da auto‐
avaliação. O tutor identifica as dificuldades sentidas nestas avaliações e tenta procurar formas de as resolver. O tutor
pode, além disso, tentar monitorizar o progresso nas UCs dos alunos individualmente, especialmente para verificar
dificuldades de contribuição de cada aluno para o projecto.
A quarta responsabilidade do tutor é reportar à equipa coordenadora o andamento do projecto e o funcionamento
da equipa. Deve informar os outros tutores quanto ao andamento do projecto em geral e os docentes quanto a
dificuldades mais específicas relacionadas com as respectivas UCs. Além disso, o tutor comunica ao respectivo grupo a
informação relevante quanto às decisões tomadas pela equipa coordenadora relativamente ao funcionamento do
projecto.
6. DESCRIÇÃO DO PROJECTO
O Projecto não possui solução única e pretende ser apelativo e desafiador para os alunos e para os docentes. O
projecto requer a grande maioria das competências de aprendizagem das UCs de apoio directo ao projecto.
6.1 Tema
Air2Water – Especificação de um dispositivo portátil de produção de água potável
a partir da humidade do ar e especificação do respectivo Sistema Produtivo
6.2 Descrição
A água é um dos elementos essenciais à vida humana. Dela dependem igualmente todas as restantes formas de vida
que pululam a superfície do planeta. O nosso corpo é composto a 70% por água e as nossas necessidades de água (por
ingestão simples ou incorporada em outras bebidas e alimentos) são da ordem dos 2 litros diários. Nos países
industrializados utilizamos cerca de 140 Litros de água por pessoa em cada dia. Apesar de abundante, uma vez que
cobre 70% da superfície terrestre, apenas 2,75% existe na forma de água doce (atmosfera, rios, lagos, pântanos,
albufeiras, aquíferos e lençóis freáticos subterrâneos). Apenas uma pequena parte dessa água é utilizada pelo homem,
uma vez que 2/3 da água fresca existe na forma sólida em glaciares e calotas de gelo em regiões remotas. Estima‐se
que a água existente na atmosfera represente 0,001% (12.900 km3) da água total e 0,04% da água doce do planeta. O
volume de uma pequena parte do total de água potável disponível sustêm o total das necessidades de 6,8 mil milhões
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de pessoas. A população mundial cresce a uma taxa de aproximadamente 80 milhões de pessoas por ano, o que se
traduz num crescimento das necessidades de água potável na ordem de 64 mil milhões de m3 de água por ano (UN,
2009). A inexistência de água de forma abundante e com propriedades adequadas ao consumo humano devota
centenas de milhões de pessoas em diversas regiões do globo a uma existência quotidiana muito precária e limita
fortemente as economias dessas regiões. A tendência de crescimento demográfico e a poluição de cursos de água
agudiza o problema de acesso das populações a este bem precioso. Por estas razões a água é apontada como um
recurso absolutamente fundamental que urge proteger. Simultaneamente incentiva‐se o desenvolvimento de
tecnologias que permitam obter água de qualidade, localmente, de forma abundante e sustentável, e, como não
podia deixar de ser, ao mais baixo custo.
Pretende‐se um dispositivo portátil que converta a humidade do ar em água potável. O dispositivo deverá ser
optimizado em termos de:
1. Quantidade de água produzida por unidade de tempo e energia consumida
2. Robustez, volume e peso
3. Design, Qualidade e Impacto Ambiental
As equipas são incentivadas a sugerir outras dimensões de optimização. O dispositivo deve garantir uma produção
mínima de 100ml e no máximo 1000ml de água por hora. As equipas devem estimar o desempenho do dispositivo em
função de condições de funcionamento (e.g. quantidade de água produzida em função da humidade do ar).
Mercado alvo; produção estimada; fornecedores; localização da empresa; gestão do abastecimento de
materiais (locais de deposição; sistemas de recolha); gestão da produção; número de trabalhadores; tipo e
quantidade de equipamentos; implantação da unidade industrial; segurança industrial (EPIs, prevenção
contra incêndios, recipientes de transporte dos produtos); custos e preço de venda. Proposta de eco‐
eficiência do sistema de produção (racionalização de consumos de água, energia, selecção de materiais,
tratamento adequado de resíduos).
As especificações devem ser rigorosas e fundamentadas de acordo com as competências definidas para cada uma das
unidades curriculares do semestre que integram o projecto.
7. COMPETÊNCIAS
As competências que os alunos devem adquirir através da realização do projecto interdisciplinar são em grande parte
as competências específicas que estes devem adquirir ao realizar as várias unidades curriculares de apoio directo ao
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projecto, tal como ilustrado na Figura 1. Além disso, espera‐se que os alunos desenvolvam igualmente competências
transversais, proporcionadas pela realização de um projecto multidisciplinar em grupo.
Figura 1: Ilustração do relacionamento entre as competências adquiridas e as unidades curriculares PSC.
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7.4 Competências – QG
No âmbito do desenvolvimento do projecto, os alunos deverão ser capazes de:
Reconhecer e relacionar a estrutura tridimensional da molécula da água com as suas propriedades físicas;
Determinar a pressão parcial do vapor de água de acordo com a humidade relativa do ar nas condições PTN;
Calcular a variação de temperatura necessária para reduzir 50% a pressão parcial da água na atmosfera
inicialmente nas condições PTN;
Determinar a quantidade de energia necessária (ΔH) para obter um litro de água no estado líquido a partir de
atmosfera nas condições PTN;
Calcular o trabalho de expansão do gás refrigerante necessário para condensar 1L de água;
Analisar uma amostra de água recolhida num desumidificador (pH, resíduo sólido total) e interpretar os
resultados;
Aplicar o conceito de equilíbrio químico na interpretação dos resultados experimentais
Determinar a quantidade de sais essenciais a adicionar a um litro de água para que esta seja considerada
potável (mg/L);
Preparar uma solução de cloreto de sódio de concentração adequada à produção de água potável.
7.5 Competências - CC
No âmbito desta unidade curricular, os alunos deverão ser capazes de:
Definir e calcular a primitiva de uma função real de variável real.
Definir e calcular o integral de uma função real de variável real. Aplicar o integral no cálculo de áreas,
comprimentos de arco, volumes e áreas de superfícies de revolução.
Definir e calcular um integral impróprio.
Definir uma série numérica. Aplicar critérios de convergência em séries de termos positivos e séries
alternadas.
No âmbito do desenvolvimento do projecto (por exemplo aquando da especificação de componentes utilizados), os
alunos deverão ser capazes de aplicar os conhecimentos adquiridos para calcular a área duma figura plana, o
comprimento de arco, o volume de um sólido de revolução e a área da superfície de um “corpo” de revolução usando
integrais definidos.
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8. CALENDARIZAÇÃO
Foi criado um plano de aulas, de acompanhamento especializado e de orientação tutória do projecto que é
apresentado mais à frente. Este plano inclui todas as UCs do 1º ano (1º semestre) e será um documento de apoio à
equipa de coordenação e aos alunos. Este plano é executado semanalmente com base no horário do 1º ano.
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9. AVALIAÇÃO
A avaliação de cada unidade curricular de apoio ao projecto (PSC) é efectuada, fundamentalmente, pelo desempenho
de cada aluno no projecto. Cada responsável pela unidade curricular define os critérios e métodos que permitirão
atribuir uma nota final a cada aluno, respeitando o formato base descrito nesta secção.
A avaliação dos alunos resultará de vários tipos de componentes, nomeadamente:
Componente de Projecto e da Unidade Curricular.
Componente Individual ou de Grupo.
Componente relacionada com o Produto Final e com a Avaliação Contínua.
Componentes da responsabilidade de um docente ou da equipa de coordenação.
Peso (COMP_AVAL_CONT) = 60%
Peso (COMP_PROD_FINAL) = 40%
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Figura 2: Ilustração do esquema de avaliação dos alunos.
Cada Nota de Avaliação Contínua na Unidade Curricular resultará de componentes do trabalho de projecto
(COMP_PROJ) e poderá ter componentes resultantes de uma avaliação de conteúdos não abrangidos pelo projecto
(COMP_NPROJ). Uma unidade curricular de apoio directo ao projecto (PSC) terá a sua metodologia de avaliação
definida de tal forma que o peso de referência da avaliação contínua de conteúdos directamente relacionados com o
trabalho de projecto seja superior a 80%.
A Nota Individual de Projecto de cada aluno será obtida a partir da nota de grupo no projecto. Esta nota individual
obtém‐se pela aplicação de factores de correcção individuais (FC) dentro do grupo, cuja média será igual a 1.0 de tal
forma que a média das notas dos alunos dentro de um grupo seja igual à nota do grupo. O Factor de correcção
individual (FC) da nota de grupo é obtido através dos vários processos de auto‐avaliação e de avaliação pelos pares
realizados ao longo do semestre. Os processos de avaliação pelos pares (hetero‐avaliação), serão efectuados com base
em “avaliações por parâmetros” previamente discutidos com os alunos.
A Nota de Grupo no Projecto resultará da avaliação de um conjunto de elementos, representados na Figura 2, que
constituem o Produto Final. Os referidos elementos e os critérios de avaliação são apresentados em seguida:
1. Relatório – 60% [Relatório Preliminar (25%) + Relatório Final (35%)]
Os alunos terão uma participação activa na avaliação do relatório preliminar, que será sujeita a validação pela
equipa de coordenação do Projecto. Cada grupo irá avaliar, para além do seu, outro relatório, baseando a sua
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avaliação em critérios previamente definidos e negociados entre a equipa de coordenação e os alunos. O peso da
avaliação dos alunos e dos docentes é de 50% na classificação do relatório preliminar.
Adequação do Trabalho aos Objectivos
o Revela o cumprimento dos objectivos gerais do projecto definidos no Guia.
o Revela o cumprimento dos objectivos das UCs definidos para o projecto.
o Revela a integração dos conteúdos das UCs no projecto.
Estrutura do Relatório
o Revela coerência interna na estrutura do relatório.
o Apresenta uma estrutura clara: introdução, desenvolvimento e conclusão.
o Identifica os objectivos do projecto na Introdução do relatório.
o Expõe as questões relevantes no Desenvolvimento do relatório.
o Sistematiza os resultados obtidos na Conclusão do relatório.
o Expõe os argumentos de forma sistematizada.
Fundamentação e Rigor Conceptual
o Utiliza uma terminologia científica adequada.
o Recorre a várias fontes de informação.
o Selecciona bibliografia adequada.
o Mobiliza informação pertinente.
o Revela clareza na interpretação de conceitos.
o Revela espírito inovador nas propostas apresentadas.
o Revela capacidade de síntese.
Capacidade de Reflexão e Análise Crítica
o Apresenta uma visão crítica do trabalho efectuado e dos resultados obtidos.
o Justifica as opções tomadas.
o Levanta questões pertinentes para futuros trabalhos.
Formatação e Apresentação Gráfica
o Apresenta o texto rigorosamente formatado.
o Revela qualidade na escrita (inexistência de gralhas, erros ortográficos e de sintaxe).
o Utiliza elementos gráficos de apoio ao texto (imagens, tabelas, diagramas, etc).
o Revela preocupação com aspectos estéticos.
o Aborda os conceitos de uma forma criativa.
Respeito pelas Regras de Produção Académica
o Utiliza uma linguagem própria.
o Apresenta citações correctamente referenciadas.
o Apresenta referências em todos os elementos gráficos.
o Inclui todas as referências citadas na bibliografia.
Cumprimento de Prazos e Condições de Entrega
o Entrega o relatório até à hora x do dia dd/mm/aaaa.
o Respeita o número de páginas previsto.
Na avaliação do Relatório Final será tida em consideração a capacidade de resposta às melhorias sugeridas pelos
docentes face ao trabalho apresentado no Relatório Preliminar.
2. Apresentações – 20% [Apresentação do andamento do Projecto (7,5%) + Apresentação Final (12,5%)]
Na avaliação das apresentações, para além da consideração dos critérios acima referidos, a capacidade de
comunicação e a criatividade serão também objecto de avaliação.
Capacidade de Comunicação
o Revela uma postura adequada.
o Demonstra clareza na exposição dos conceitos.
o Comunica eficazmente de forma verbal e não verbal.
o Revela capacidade de argumentação e problematização.
Criatividade
o Apresenta ideias inovadoras.
o Demonstra originalidade.
o Revela espírito de iniciativa.
3. Protótipos – 20%
Relevância dos protótipos.
Correcção das soluções.
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A Nota Individual no Trabalho de Projecto será obtida a partir da avaliação de grupo corrigida por um factor FC que
resultará da avaliação de competências transversais segundo os seguintes critérios:
Competências Transversais [Hetero Avaliação dos Alunos]
Competências de gestão de projectos.
Capacidades pessoais e interpessoais.
Competências de trabalho em equipa.
Capacidade de comunicação.
Gestão do tempo.
1. Na avaliação contínua da unidade curricular de IEGI o João obteve a classificação de 70,0%. A PC1 obteve
50,0%, a QG obteve 72,5%, e a CC obteve 55,0%.
2. O Grupo 1 (ao qual o João pertence) obteve a classificação de 65% na Nota de grupo no Projecto.
3. O João teve no entanto um desempenho acima da média dos elementos do grupo 1 na realização do projecto.
Esse desempenho foi reconhecido pelos restantes membros do grupo ao longo do semestre nos momentos
das avaliações pelos pares. A média dessas avaliações resultaram num Factor de Correcção (FC) de 108,0%
relativamente à nota atribuída ao grupo 1.
4. O João obteve ainda a classificação de 58,0% no Teste Escrito sobre o Projecto.
5. A nota individual do João no projecto foi de 65 x 108,0% = 70,2%. Esta classificação tem um peso de 80% e o
teste escrito sobre o projecto tem um peso de 20%. Assim, a Avaliação no Projecto (nota individual) foi de 70,2
x 80% + 58,0 x 20% = 67,7%.
As classificações têm um peso de 60% (avaliação continua da UC) e 40% (Avaliação no Projecto, nota individual). Assim,
as notas finais do João nas diversas unidades curriculares está conforme a tabela que se segue.
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Educational, Scientific and Cultural Organization. Earthscan, ISBN: 978‐9‐23104‐095‐5.
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MIEGI’2010
Creating Meaningful Learning Environments