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PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
Processamento Digital de
Imagens de
Sensoriamento Remoto
Profa. Dra. Thais A. Carrino
thais.carrino@gmail.com
Cada par
de fotos é
chamado
de
estereopar
Estereoscopia
É a ilusão de ótica produzida quando observamos
documentos que dentro de uma determinada condição de
superposição de áreas, através de lentes apropriadas,
fornece-nos a sensação de tridimensionalidade.
É a ciência que trata com modelos tridimensionais e os
métodos pelos quais este efeito se produz.
Estereoscópio
Instrumento destinado ao exame de pares de
fotografias ou imagens vistas de pontos diferentes
resultando numa impressão mental de uma visão
tridimensional. Na sua construção são utilizados lentes,
espelhos e prismas.
Esteroscopia – visão humana
Base ocular
ESTEREOSCOPIA
“ciência da percepção de Olho Distância Olho
esquerdo interpupilar direito
profundidade usando-se
dois olhos” (Jensen, 2009)
Distância A
“Quando dois olhos estão θA
focados num certo ponto,
Distância B
os eixos ópticos dos
olhos convergem para
aquele ponto, formando Exemplo A
um ÂNGULO com alvos
AeB
PARALÁTICO (θ). Quanto θB
mais próximo estiver do O cérebro associa
diferenças nos ângulos
objeto, maior será o paraláticos com diferenças
ângulo paralático” nas distâncias aos objetos B
A e B. Isto permite ter-se a
(Jensen, 2009) percepção de profundidade
Esteroscopia – visão humana
De acordo com Jensen Base ocular
(2009), quando se Olho Distância Olho
caminha ao ar livre, a esquerdo interpupilar direito
máxima distância na qual
a percepção
Distância A
estereoscópica de θA
profundidade é possível,
compreende 1000 m, em
Distância B
média.
Exemplo A
Além desta distância, com alvos
AeB
ângulos paraláticos ficam
θB
muito pequenos, e as O cérebro associa
mudanças dos mesmos diferenças nos ângulos
paraláticos com diferenças
não podem mais ser nas distâncias aos objetos B
discernidas A e B. Isto permite ter-se a
percepção de profundidade
Fotografias aéreas
Ajustar a posição das Estereoscópio
lentes (para cada
usuário – distância de bolso
interpupilar) Uso de lentes de
aumento (1,5x, 4x,
“Estereoscópios são aparelhos etc): auxiliam visão
que permitem que os olhos paralela
trabalhem separadamente,
com linhas de visão
paralelas. Assim, é possível - Maior
que o objeto em comum das
ampliação
fotografias seja visualizado
nas duas fotografias ao
- Pequena área
mesmo tempo, com um olho analisada
em cada, criando a percepção
da profundidade” (Santos e
Estereo-base (ex. distância
Dias, 2011) dos nossos olhos)
Análise estereoscópica visão tridimensional do
terreno (relevo, morfologia do terreno)
Fotografias aéreas
Princípio
da reflexão
FOTO 1 FOTO 2
Marcar os pontos principais
(PP1 e PP2) em cada foto PP1
PP1 PP2
PP2
Fonte: Shelton, J.S.1986. Aerial stereo photos – set 2. Crystal Productions, Aspen, Colorado. 20 stereopairs.
Passo a passo de como se alinhar
estereopares para visualização com
estereoscópio
FOTO 1 FOTO 2
Fonte: Shelton, J.S.1986. Aerial stereo photos – set 2. Crystal Productions, Aspen, Colorado. 20 stereopairs.
Fotointerpretação
Feita com o uso de um overlay (papel
vegetal), sobreposto a um dos estereopares.
Recomenda-se a interpretação de
drenagem, formas de relevo etc, com o uso de
lápis de ponta fina ou lapiseira. Cores
diferenciadas são úteis para produção de
simbologias adequadas (e.g., drenagem, cristas,
estradas, delimitação de zonas homólogas).
Exemplos de
simbologias a serem
usadas na etapa de
fotointerpretação
FORMA:
Exemplo a drenagem,
identificada por linhas
contínuas, e com
sinuosidade
SOMBRA:
área não iluminada pelo Sol
no horário de aquisição da
Vulcão Menan Buttes (Idaho, Estados foto aérea. Dá a sensação
Unidos) – Fotografia vertical
de tridimensionalidade
Fonte da figura: Weijermars, R. 2011. Remote-sensing maps. In: Weijermars, R (Ed.) Structural Geology and map interpretation.
Alboran Science Publishing, p. 257-283. Disponível em:
http://ocw.tudelft.nl/fileadmin/ocw/opener/Structural_Geology___Map_Interpretation_E-Book_2011.pdf. Acesso em 05 jan 2016.
VARIAÇÃO DE TONALIDADE Exemplo 1 basalto
(platô) em cor preta; rochas félsicas do embasamento Pré-
Cambriano, de cor mais clara (Escudo da Arábia)
TONS DE CINZA INDICAM
VARIAÇÃO DA
REFLETÂNCIA DOS ALVOS
Platô
Média da
refletância: - Faixa de registro de fotografias:
caso do VISÍVEL/INFRAVERMELHO PRÓXIMO
filme preto - Exemplo: água, vegetação, rochas Fonte das figuras: Weijermars, R. 2011. Remote-sensing maps. In:
e branco Weijermars, R (Ed.) Structural Geology and map interpretation.
máficas/ultramáficas: refletem pouco Alboran Science Publishing, p. 257-283. Disponível em:
http://ocw.tudelft.nl/fileadmin/ocw/opener/Structural_Geology___Ma
nesta faixa espectral p_Interpretation_E-Book_2011.pdf. Acesso em 05 jan 2016.
VARIAÇÃO DE
TONALIDADE de alvos
Exemplo 2 relação com
diferentes tipos de estratos (tipos
de rochas sedimentares)
Fonte das figuras: Weijermars, R. 2011. Remote-sensing maps. In: Weijermars, R (Ed.) Structural Geology and map interpretation.
Alboran Science Publishing, p. 257-283. Disponível em:
http://ocw.tudelft.nl/fileadmin/ocw/opener/Structural_Geology___Map_Interpretation_E-Book_2011.pdf. Acesso em 05 jan 2016.
VARIAÇÃO DE TONALIDADE Exemplo 3
rochas básicas em cor preta; rochas supracrustais (e.g.,
sedimentares, vulcânicas metamorfizadas), de cor mais clara
POSIÇÃO Exemplo deslocamento de unidade máfica
e inferência de falha dextral
Fonte das figuras:
Weijermars, R. 2011.
Remote-sensing
maps. In: Weijermars,
R (Ed.) Structural
Geology and map
interpretation. Alboran
Science Publishing, p.
257-283. Disponível
em:
http://ocw.tudelft.nl/file
admin/ocw/opener/Str
uctural_Geology___M
ap_Interpretation_E-
Book_2011.pdf.
Acesso em 05 jan
2016.
Lembrando ainda que...
- Qualquer imagem, seja analógica (e.g., fotografias
aéreas), seja imagem digital (multiespectral,
hiperespectral, de radar de abertura sintética), pode ser
empregada para:
etapas de interpretação de drenagem e relevo produção
de mapa de zonas homólogas interpretação de
significado geológico
...outras imagens
de
sensoriamento
remoto podem
ser usadas para
a etapa de
fotointerpretação
geológica
- Dificilmente
usamos para
fazer
fotointerpretação,
já que dispomos
de boas imagens
no visível-
infravermelho de
ondas curtas,
muitas vezes em
melhor resolução
espacial (e.g.,
ASTER, Landsat)
INTERPRETAÇÃO
GEOLÓGICO-ESTRUTURAL
DE IMAGEM SAR
____________________
*Santos A.R., Paradella W.R., Veneziani P., Morais M.C. 2001 Radar aplicado ao mapeamento geológico e prospecção
mineral: aplicações. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 103 p. (INPE-8117-PUD/45).
INTERPRETAÇÃO DE
DRENAGEM
Jensen, J.R. 2009. Fotogrametria. In: Jensen, J.R. (Ed.), Sensoriamento Remoto do Ambiente: Uma
Perspectiva em Recursos Terrestres. Tradução da 2ª. Edição. Prentice Hall/Ed. Parêntese, p. 151-194.
Santos A.R., Paradella W.R., Veneziani P., Morais M.C. 2001 Radar aplicado ao mapeamento
geológico e prospecção mineral: aplicações. São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, 103 p. (INPE-8117-PUD/45).
Santos, D.S.; Dias, F.F. 2011. Uso de anaglifos como alternativa para práticas de estereoscopia em
sensoriamento remoto. Anuário do Instituo de Geociências – UFRJ, 34(2): 104-111.
Shelton, J.S.1986. Aerial stereo photos – set 2. Crystal Productions, Aspen, Colorado. 20 stereopairs.
Soares, P.C; Fiori, A.P. 1976. Lógica e sistemática na análise e interpretação de fotografias aéreas em
Geologia. Not. Geomorfol., Campinas, 16(32): 71-204.
Weijermars, R. 2011. Remote-sensing maps. In: Weijermars, R (Ed.) Structural Geology and map
interpretation. Alboran Science Publishing, p. 257-283. Disponível em:
http://ocw.tudelft.nl/fileadmin/ocw/opener/Structural_Geology___Map_Interpretation_E-Book_2011.pdf.
Acesso em 05 jan 2016.