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CapituLo 166 Fundamentos de Terapéutica Topica Sérgio Ivan Torres Dornelles Inara Bernardi Bagesteiro Marcel de Almeida Dornelles Na grande maiioria das afes mento pode se limitar & aplie mente nos locais comprometids, Dessa forma, a ter ‘pica se insere com grande io direta do firmaco no Grgie-alvo, com pequet efeitos colaterais, No entanto, a efetividade dos medicamentos topicos depende da sua capacidade de absorgao percutanea, Part melhor compreeniler esses aypectos € coms volver firmacos com caraeteristicas acequa importante o conhecimento das est ras cuineas, assim como das influéncias de seus components respectivos efeitos, 1¢ 0 meio externo € 0 PARAMETROS GERAIS DA TERAPEUTICA DERMATOLOGICA (Os seguimtes pariimetros orienta a terapéutica derma > Diagndstico correto: se nao € possivel conhecer a etio logia, deve-se ao menos reconhecer os mec rais da reagaio eutdnea, segundo as padrOes p cea easo em particular nents > Base ou veiculo do fiirmaco: deve ser inscu, ni int protetora e adjuvante > Conhecimento adequaado dos firmacos (substaneias at is no mercado, & r comendkivel eonhecer alequath com sts propriedacles € inconvenientes, sua concen tipo ¢€ local da pele em qu dos, Muitas vezes fos medicamentos apresentam reagbes indesejadas porque do foram bem preseritos, porque a base ou 0 Ver vas): dos varios flirmaces disponi serio emp stragio. colhidos sie inapeopriads, ou por Falha na adi > Reconhecimento de possiveis intervorréneias do tate mento: se 0 diagndstico © 0 tratamento inicial esto cor a dermatose no mostra resposta favor ara possibilidade de troca do veieulo ou do Farmaco, ja que pode ter ocorrido um por hipersensibilidade a alguns deles. > Conhecimento da eupacidade de cedéncia dos Firmacos: entende-se como a capacicade do farmaco de do veiculo de corde com a forma farmacéutica escolhi cit 8 trata, para que se possa a. Por exemplo, como dda, estado da pele & firmaco, se 0 vereulo for maior do que se for um creme. firias dea A at. 1661 aprese! suns veiculos para as quantidades nes no dia por uma se Hicagao duas vere ‘mana, no adulto, em dreas especificas (e dlevem ser analisadas isoladamente para utilizagao de cont: cconteroides, em Fungio da variagiio de concemtragio € pote cia de tais medicamentos nas suas virias apresentagies) BARREIRA CUTANEA E ABSORCAO DE FARMACOS A fungao de barreira eutinea tem como localizagio ant jgua se encontra na zon ma ‘utras Subst localizadas de forma progressiva em toda a sua espessura. Os lipideos intercelulares sio os mais importantes nessa rota le penetragio para os firmacos lipofilicos. toma a camada cornea. A compacta dessa cama, © A barreira cutinea torn a camada eden & submetida permitem a dispersao de outra ent seu me {aqueles que podem se calocar ns interface dle dois liguidos mais permedvel quando solventes (substineias que Absorgio pereutinea & o termo utilizado para deserer 4 penetragio de substincias através da pele ¢ 0 subsequette movimento na cireulaglo sist@mica, compreendend tambémTABELA 166.1 > Quaidadesnecesiias* para duasaplcagiesao da por una sernana nas eas especicadsinica(es para altos) EM mosey ee 152309 100m Mos 352509 2moomt _ Fescovecl sa 100g mont Bagsepemas 10022009 ont Tone 4009 0m Writusegeniais 153259 tom hase apa aegis om rte ga orig dance ama em cab apse fs dss crc eee ck cam ase a once FoneSuetnaa! atliberagao do firmaco de seu veiculo, seguida da difusio na camada e6rnea, nos ductos das glindulas sudoriparas e nas estruturas pilosseliceas. FATORES QUE ALTERAM A ABSORCAO PERCUTANEA Quando se modifica a camada eémea (hidrataedo, en. fermidade, trauma ou veiculo dos medicamentos), altera-se 4 permeabilidade.™*"” Portanto, conhecendo bem os fato- res que produzem mouificaches, as terapGuticas poder planejadas para criar artficialmente as condlig 2 fim de que os mecanismos naturais atu cias."* Neyse sentido, a frequéneia das api dade de uso e a duracao da terapeutica também determinario variagies nos result los do trata Condigdes da pele > Pele lesacla ou intacta: a pele com alg tard sua barreira comprometida e, com isso, a absorgio dos firmacos poderi estar cor da, Secura, irritagdo, reagio a 2a de abrasion ‘io exemplos de fatores que alteram essa propriedade '$ no proceso de queratinizagio tornam a barreira mais permedvel, fato que produ uma perda de liquidos muito acentuada ¢ favorece a penetragao de medic A medida que methora a dermatose, vai diminuindo o efeito do firmco, como resultado da reeu- 10 da fungao de barreira me aumenta- > Tipo de lesio: em dern algumas apre- sentaghes elinicas (les uma variedade de danos (fisieos, quimicos, bacterioldgicas ¢ alérgicas). A, inflamagiio é 6 fator dominante nas alteragdes cut iude que os fendmenos derivados se dermatoses agudas, subagudas ou existe Ee Cesar eee natural da barre elasticidade. Temperatura e umidade: a absorgio & aumentada em ccondigGes de maior umidude do are temperatura da pele. da composigio quimica e da = inizadas, a ab- palmas das mos, > Local da aplicagao: sorgao é mais lenta (pl lesoes de neurodern te) > Hidr Absorgo dos firmacos & maior nas poles mais hidratadas, > Outros aspectos: os vasoconstritores diminuem a pene= tracdo, ¢ uso prolorgado de corticosteroides aumer absorgio pereutfine Caracteristicas fisico-quimicas do farmaco Dentre os fatores envolvidos na absorgiio dos firmacos, eso at concentragiio (maiores concentragBes aumentan 3 absorgao), 0 tamanho, « forma da molécula (moléculas eran des so mais diffceis de serem absorvidas), a lipofilicidade (na camada e6rnea, as substancias lipofilieas so mais Hibe- rads € mais bem aibsorvidas) e a hidrossolubilidade (as hi- LUrossoliveis sia menos absorvidas do que as lipossoliveis). Efeito do veiculo 0s vereulos af 1 penetragdo por alterarem o estado de hidratago ou modificarem o coeficieme de partigio (ou a solubilidade da substancia em rela ae aveiculo.”*" A afinidade fiirmaco-veiculo (quanto maior a afinida- de, menor a absorgiio), a volatilidade (quanto maior a vola tilidade, maior a absoreao), a viscosidade (quanto menor a viseosidade, n 10 nas membranas celulares) ¢ © pH (dependendo do fiirmaco, essa caracteristiea influencia na atividade € Tiberagdo do firmaco, favorecendo ou niio a absorgiio pereutanea) silo fatores a serem considerados no planejamento da terapéut 0 veiculo ideal ¢ aqucle que tenha © pH mais peximo 0 -z durante da pele, apresente fui aplicag te ou sensibilizante, tenha miscibilidade com a emulsio epicu- nea, seja de ficil remogzo e niio manche a pele ¢ as roupas, TIPOS DE VEICULOS Os veiculos sao classificadds em liquids, semisséides ‘tides, sendo que a escolha deles depende das caracte- ticas da dermatose, da condigiio da pele e da drea daze Veiculos liquidos 10 utilizados para efeito refrescante, antipr flamat6rio, antisséptico e de limpeza.Solugdes Jo misturas homogéneas de dois ou n ais Componentes resultando em um sistema de tiniea fase. © componente que na a fase esti em maior quamtidade ¢ & chamado de solvente, enguanto os outros componentes so chamados de soluio, Resumindo, © solvente dissolve © soluto, formando uma solugio verdadeia, As solugies so veieulos muito usados devido a homo- ia ative, facilidade ida da la) e estética sm concentrago da subst (0, ripid absorgdio (Tiberagao faci Ancia ativa, pois ela se encontra dissolv kivel a0 pi ‘emt. Os solventes mais utilizados lietilenogtictis | cia e a espalhabi {ileo0letlico, po- juidos, Gleos (os quais methoram a ade ade, assim como 6 grau de emoligneia, no dos espagos entre as wciez da camada e6rnea), © que faz. aumentar © preenchim escamas da pele e, com isso, am alicerina, propilenoglicol ¢ tensoativos (empre bonetes liquids e xampus) As solugies deve lieas, hidroa solugio, dependendo da solubilidade do Kirmaco e do local da aplicagio.""" slicélicas, ou simplesmente Logées Siio veieulos cujas agies varia composigio, podendo ser emulsdes fluidas (ver d adiante), inimentos (preparagio farmacéutica ‘miliquida, que contém em sua composigao substincias ativas lissolvidas em 6leos, solugoes hidroalcodticas ou emulsdes) ‘ou suspensdes, Geralmente devern ser a f permitem um espalhamento rapid ¢ uniforme em grandes reas, secando logo aps a aplicagio, deixando o firmacoem Contato com st pele, Os linimentos so aplicados com frie ce podem ser usados como rubefacientes ativam a cireula aitadas antes do uso tendo ago vasouilatadors), irritantes ou simplesmente para Tinturas Silo preparacies cujo veiculo € 0 sleool a 70% ou uma solugio hidroalcoslica, podendo conter diversos ffirmacos com Variadas concentragies Solventes organicos So substincias que ocasionalmente tm valor em ea sos especiais por sta capacidade sevativa ou adstringente, Utiliza-se o cier, 0 dimetilsulléxido (DMSO), a acetona e Aileool isopropilico, devido a sua capacidade de aument absorgio ¢ a penetragao de Firmacos. O eolddio & uma solu- ‘glo de nitrocelulose em ileool ¢ ter, com deo de rieino que, ‘quando aplicado sobre a pele, deixa uma pelicula ao evaporar os solventes Veiculos semissdlidos Cremes, logiies eremosas, pomadas, pustas © g6is sao cclassificados. como semissdtidos. O emprego deste tipo de vyeiculo tem ago protetora, emoliente ou terapéutica, depen: dendo da sua composigio e dos firmacos incorporados."*" Emulsd jemes elogies cremosas As emulsies so preparagbes farmac lispersio de duas fases Iiquidas imiseiv imisciveis, De acordo com a hidrofil dlispersante, os sistemas classificam-se em 6leo em agua (OFA) ou sigua em dleo (A/O)."” Dependendo da quantidade de corus e substiineias espessan uticas obtidas pels is ou praticamente ‘ou lipofitia da fase s, poslem ser chamadas de ceremes (mais consistentes) ou logdes eremosas (menos con: sistentes).! As emulsies O/A (fase externa aquosa) so misciveis ‘com igua, evanescentes, aderem & pele, 120 podem ser secativas ¢ atravessar a barreiraLipidica para fa cilitar a absorea ulsdies AJO (Fase ex ‘leosa) so insoliveis em gua, oclusivas © untuosss mamente macias, podendo absorver protegio hidrofilica.” io de firmacos: ja as e w exit a oferecer ‘A fase oleosa determina o carter emoliente (capacidale de tomar @ pele macia ou flexivel), dissolvente, evaneseente rau de oelusdio da emulsiio, Dependendo do tipo e con ccentragio da substancia usada, a camada resid supetticie di pele, em forno de 20 minutos apds a aplics do produto, poder’ determinar uma sensaedo oleosa ou seca, mulsdes so veiculos muito utilizados na derma: stctica agradivel ao paciente, por perm: trem a ineorporagiio de Eirmacos hidrofilicos ¢ lipotiicos, mars também por possuitem efeito emoliente, refrescante ob lumectante na superficie cutinea. S20 usadas para aplicagio de flirmacos com finalidade terapéutica ou profilitica e por no terem um grande efeito aclusivo, caracteristicas necessi- ris na fase aguda das afecgbes (exsudativas) Alguns aspectos a considerar na escola dos emolientes so estes: > Extensibilidade: capacidade de dispersio e distribuigio sobre a pele. > Sensagio ao tato: considera-se a Sensagdo inivial e apis 10 a 20 minutos da apli > Suavidade ou eliminagao da vensaga emolientes mais untuosos aportam elevada suavidade de asperera: 0s > Oclusividades capacidade de impedir a perda de. > Comedogenicidade: os deidos turadas, radieais organicos & tam o poder eomedogénico. A etoxilagio reduz 0 poten cial comedogénivo. A comedogenicidade tem relacio tragdo empregada da substinca, axos com cade inst pos funcionais aumen direta com a conesPeo a ue Gh > Acnegenicidade: depende da predisposieao individual, io sendo possivel a elaboragio de listas de substincias Existem muitas substincias disponiveis para a produ- fo de emulsdes, e sua escolha deve considerar os aspectos, recém-citados e a capacidade de facilitar 0 efeito t6pico de firmacos. Podem ser de origem natural, sintética ou semis- sintétia, Os prineipais constituintes so hidrocarbonetos,, Sleos vegetais, lanolina e derivados, alcosis, fcidos graxos, cos, ésteres de dcidos graxos € sadeia média, polietilenogliceis, polimeros ais € emolientes, umectantes, gelificantes, silicones, emulsificantes, além de conservantes, antioxidantes e agen- tes de penetragio.” Pomadas/unguentos 10 preparacdes para aplicagio tpica, constituidas de nonofisiea na qual poxiem estar dispersas substincias sélidas ow liquidas."* base ‘So veiculos untuosos sntes um efeito congestive no local ca aplicagio por impedirem ‘8 perspiragdo cutinea, resultando disso a embebigdo da e: mada eGmea e espinhosa, podendo seguit-se uma vasodila ‘ago para garantir 0 mecanismo celular. Hi um aumento de tumidade e temperatura, permitindo melhor absoreio percu- nea, O estado congestive induvido pelas pom aumentado se forem usados curativos oclusi rados umectantes. As pomadas deve ser ut ceessos ernicos e em lesdes seca. cle que provocam pode ser s ou incorpo- HOS pro- Dependendo dos veiculos empregados na preparagio, & possivel assificar as pomadas em: > Pomadas oleosas, as quais so pr carbonetos derivados do petrleo, sendo mais uti a vaselina sélida aalas com hidro: ila > Pomadas nao olcosas, que sio proparadas com misturas de polictilenogliedis, sendo pouco oclusivas, ‘com sigua, bem aceitas cosmeticamente, mas ~ depen do da sensibilidade individ > Pomadas absorventes, que poser absorver igua para fi cilitar a incorporagio de firmacos hidrossoliveis, tendo como excipiente mais utlizado a lanolina e seus derivados, al podem causar irvitag Dependendo da sensibilidade individual, a lanolina pode causa iritagao.*"24 Pastas Uma pasta consist “oviaglio de uma ou mais subs- tincias oleosas pouco consistentes ¢ 20 a 50% de pés i soldveis. So usadas para ages estritamente epidérmica podendlo apresentar um ligeiro efeito secante, Em geral vei- culam antissépticos ¢ adstringentes. S30 menos oclusivas, do que as pon sgadas por suits proprieda- des protetoras, Geis io sistemas disperses formados pelo’ menos por duas, fases, uma sélida e uma Iiguida, A fase sélida constitu um es: queleto tridimensional onde o liquide permanece imobilizado, 0s géis po sm ser classificados em: > Hidrogéis, quando a fase liquida & a igua ou substineias hiidrossoliv drossoliveis. io indicados para veiculae farms > Lipogéis, quando a fase liquida é um 6leo ou substi cia de carter oleoso; sua aplicagao & semelhante pomadas. 6 barreirs lipidica e pro- porcionam rida liberago das substinetas ativas, uniformi- dade efacilidade de aplicagio, sendo utilizados em seas com pelos devido a facilidade de remogio.°*!" Veiculos sdlidos Os pos so aplicados sobre a pele com efeito secante, lubrit wgente, sempre em parti coulis finas. Os pois podem ser de origem mineral, por ialeo (com silicato de magnésio hid fino, branco, inodoro e untuoso) e talco composta (contendo, também outros pds, como estearato de magnésio, Oxido de zinco, didxido de titinio ¢ caolin), Os mais usados, de ori- ‘gem vegetal, so de maisena, de tr © mais absorventes do que os minerais; no entanto, possuem © incon m contato prolongado com as secrecties cutineas, Os pais so classificados como: ante, ico ou adstr 0 ede arroz, mais suaves ine de fermentar > Inertes: quando possuem somente Fungi fisiea sobre a s, descongestionantes, absorven- turarem-se com a emulsao epicu- ‘inea, ineorporam a dg saporagio e absorvem as substancias oleosas, prineipalmente em reas seborrei- protegendo a pele da umidade do ambiente. > Medicamentosos: quando firmacos s6lidos so incorpo- fads em pis ners e desempenham sas proprieades pele, sendo refresea les protetores: ao m ade Aerosséis Siio dispersoes de particulas solidas ou liquidas em um ‘gs propel as preparagies (6 incluem aanti-inflama Escolha do veiculo apropriado de acordo coma condicao dermatolégica Deve-se considerar o grau de hidratagao da camavda e6r nea, a espessura da epiderme de acordo com a regitio do eor- ‘po. presengat de pelos eta ico. Para faciltar 0 ent (0 der 1 aspecto cost FHGuRA 166.1 a condicod Medicina Ambulatorial Innamaae agua eater ameteis tema ed eis, crates, apie em) ii es rs uss em ge eres ees) Into cna Fomaseenases gue deo esc ds ao men FIGURA 166.1 > Condo dermatoigc endian de melhor wei, Fonte: Apia de Ar, 1 suas diversas fases evolutivas (agua i er matoligica associada f methor indicagdo do veiculo ena FIGURATE2, 0 nivel de absorgiio relacionado com a solubilidade do firmaco e tipo de veiculo,” Observando os diversos veicutos ¢, em co de apresentagies tSpicas, & impor que o sucesso do tratamento est vinculado aos indices de ade ‘io terapdutiea escolhids, a qual também depensde da escotha daquelas que sejam eficientes e prticas de serem utiliza O efeito do curativo com oclusao plastica © uso de curatives com oclusio phistica (ilme phisticoy Jum firmaco (em ereme, pomada, ot «a retengao de gua € a temperatura da camada ssim como a permeabilidade de diversas substi outro) amplificando de 10 a 100 vezes a penctragio dos medicamen- tos de uso tépico, quando comparado 8 aplicagio l rmassagem de alguns desses produtos. Tl antificio poe ser ut Fiza quando se necessita maior absorgao de algum Farmaco, TOXICIDADE Muitas dermatoses so suscetiveis a uma terapeutica i= de uma complieagao infee t exclusiva, mas a presen Pi ciosa, © tamanho dit Iesdo ou ator que aumente os indices de absorgio do firmaco podem causar dano todo o ‘organismo ou 6rg ieos (Woxieiduude renal, hepsi ete.) tornando obrigatéria a instauragao de uma terapia sis 10s espe lergias por i atrofia, comedogenicidade, formseao rurido, sensagdes de Ferroadas e dor! Os efeitos indesejiveis sistémicos podem ser notudos pelo comprometimn al, cardaco, renal e outros. Também podem mostrar te ratogenicidacle e careinogenicidaule, Bsses desfeclos podem e dito, seus metabslitos ou mesmo algum componente do veieulo. 10 do funcionamento dos sistemas nervoso estar relacionados com © A ccinética dos firmacos aplicados topicamente difere as, sobremaneira em fun- «go da falta da primeira passagem pelo co, Essa particularidade & importante com relagdo a alguns macos, como 0 acido salieflico, que € relativamente in abolismo hepsi ‘cu quando administrado por via entérica, mas que pode ma ral quando api cdo topicamente.” Além disso, a camada eémea € nifestar toxieidade ao sistema nerveso cap de Femapatico Famicom Fieve con con cou a eiiotidotin — waite wahtie Comaucaes Epieme Teo btn FIGURA 165.2 veil, Fonte: aapada de ulman ¢caaberares, org relat canfarmea selbidaded mac eteBoro eae GL estocar grandes quantidades do firmaco e, em eonseq pode haver liberacao do fiirmaco & cireulacao sistemic «que pode continuar ocorrend de forms prolonged.” Deve-se fembrar também que as eriangas tém maior ra Zio entre a ftea fisica ¢ © volume coxporal e, por isso, apre sentam mais risco de desenvolver sinais de (oxieidade em relagio aos adultos. Dessa forma, elas mer ‘cuidados, Dependendo do firmaco a ser empreyado, 0 uso deve ser restrto a baixas frequéneias de aplic cconcentragdes do ativo, a curtos periods de tratame vefculos que ndo tenliam a oclusio como sua maior caracte- ristica (pomadas), além de ser euidadosamente monitorado quanto 1 efeitos colaterais.” CORTICOTERAPIA TOPICA 0s corticosteroides, em razio de sew poder anti matétio, agdes imunossupressorase antiproiferat Vidade vasoconstrite terapia t6pica.°?* Existe um grande leque de opgdes desen- volvidas para minimizar seus efeitos adversos e aumentar sua efieeia. Tas alteragdes consistem na esterifieagio e flu- oragio da molécula nos diferentes sitios de ligagao, obtenddo assim diferentes padres na sua atividade.* Também 18m Sido proxlzidas modificagdes em suas cadeias, que metho ram sua atividade farmacolégica por diminutrem a degr- {ago do produto, ou mesmo por tornd-las mais Hipofiicas, umentando sua absorgo, Os corticoides t6picos so dividides por poténei forme a 1a8t. 1662, devido principalmente a sua capaci Ue prodzir vasoconstrigi. lade Conticoides de baixa poténeia so especialmente esco- Jhidos para uso em criangas e idosos, em Tunes das earac- leristicas da pele onde serdo aplicados, Aqueles de média poténcia também costumam ser utilizados para tratar lesdes cutdneas com componente inflamatério em fase a 4a, localizadas em pele fina (p. ex., pele do rasto e dobras), Por outro lado, cortivoides de alta poténcia (potente e muito potente) so empregados para tratamento de lesdes erOnicas, hipercerat6ticas ou liquenificadas. © processo de halogenacio, como a introdugo da mo: Ieoula de cloro ou a fluoragao pela molscuta de fiir (corti= coides fluorados), resulta, principalmente, no aumento dos efeitos anti-inflamatdrios do firmaco, assim como deter eleva do risco de seus efeitos colaterais." A concentric do corticoide comtida no produto. € um fator determi- ante da poténcia da sua ago farmacoligica, Cee er are aun REST DS eee eer antares tact ‘tim todas as suas atividades biolgicasacentuadas/"* TABELA 166.2 > Casificaao pr classes ce potnca de acord com Bish Nationa Formulary (88) Gita foes en (PERCENTUAL) MUITOPOTENTE 1% Henan” 003% Propinnato de dobetasal* orenTe 05% Dpropionao de betametasoa’ on Furoatodemaretasona 01% Valet debetametasna” os Acetate defueciaona® ons ‘V-Butatodeidecortsona ‘MODERRDA 5% Butiatodedobetasl* ome Actonid ean “005% Acttode fuocinlna? eve 6 ctata de dacorisons 0s Metipednolna oorants Dexametsana* sss ‘Netao de facinlna” 05% Preiser eto fae, Fee: Aad deeds Outra caracteristica a ser analisaua 60 veiculo do produ: to, jf que bases oleosas aumentam, seu poder oclusivo, e também 2 hidratagaio da camada cémn em as perdas hidicas que avontecem pela evapori mica. Cremes ¢ logdes eremosis, como ja dito, do indcados para dermatoses agudas ¢ suhagudlas, Podem set usados em locais de pele dinida ou intertriginosa (obras) abso do firmaco, por Efeitos adversos Io observados efeites adversos locais e siste cconforme mostra a T#B8te 1463, sendo que os prim rem com maior frequéncia."* Os mais eon > Atrofia: € 0 efeito adverso mais frequente, ‘com dezeneracdo microsedpica da epiderme e redusao do dl nero dle cama Além na sintese de cokigeno & " Inicia-se disso, promove uma reduga mucopolissacarideos, 9!" > Telangiectasia: também favorecida pela atrofia; os corti ccosteroides tm capacidade de,estimular as cel lo. teliais da derme,"!"* ria: tem inieio com inflame seguidos pela deposicio de coldgeno onde hi estresse mecdinico.” Uma ver desenvolvida, elt & permanente, assim como as felangiectasias (estas podem regredit par ialmente com a suspensdo do frmaca) =" > Acne: os corticosteroides so eapazes de induzir erup: ‘slo acneiforme ou exacerbar Iesdes preexistentes, porTEV ae TABELA 166.3 > Efeitosadvesos dos coticides pcos ‘ofiaepdemica ‘lacom suis Geta Prudoestasestelaes Felialte Telngiectasas Dermatitedecomato Foxpura Dermat poral popamenacio fase Hiperiase Ae cortsiica rasanachateagedeferidasSindiomede ashing Fipealemia imino do corto plasms Supe do eb tpoaame hips adeal Hpeteni iracanions berigna Feta do cescimeno Fone Apa de egg colds possivel degradagiio do epitélio fol 10 do contetdo folicular.* ula e€ eonsequemte > Hipopigmenta interferéncia na sintese de melanin, embora ja existam relatos de hi provavelmente ocorr perpigmentagio com conticoide intradérmico." > Sinais da sindrome de Cushing: em estudo de easo- “controle com amiostia de mais de 190,000 voluntirios, observou-se que tanto a duragio quanto a quantidade ‘cumuativa de uso aumentam o risco de diabetes." > Supressio do eixe hipotilamo-hipofise-adrenal: € um assunto 4 sido observado ntroverso, Mas tet pias prolongadas com corticoide de alta poténeia, tembora somente de forma tr > Outros: a corticoterapia t6pica pode serar hipertricose, cexacerbagao ou desenvolvimento de rosicea e derma tite perioral, agravamento dle infeegdes localmente uso, ete Griancas Deve-se ter mais eautela com o uso de conticoides picos nas criangas, visto que sua pele ten ci diferentes da pele dos adultos, favorecendo as mnais intensos em uma terapia t6pica. Acredita-se que elas seristicas mv efeitos, sejam mais vulneriveis, pois sus proporedio de area versts © tabs ade diminuida da metabolizagio de corticosteroides volume corpor capa 7 mais potentes, porque possuemt unt A questo da Supressio do exo pituitirio-adrenal, para feito preocupante, vem mostrando resultados divergentes. Estimase que doses tio pequenas quanto 0.25 yziia de comi- code fluorado tipieo possam causar supressio do eixo pituité rio-adrenal quando absorvidas continuamente pel jo da grea tata barre epidérmiea, da duragao do tratamento, da presenga de la ple. Bsses efeitos dependem da ext Jas condigies da ‘oclusio, mas sobretudo da dose aplicada.” doses com a aplicagao de pouco menos da metade de uma bis naga (bisnagas com 30 g) de propionato de clobetasol, ou de ccerea de dus bisnagas e meia da apresentagao comercial de Lipropionato de betametasona (bisnagas com 20 2). Aleangam-se essas Sendo assim, « aplicagio de vorticoide tipico de mé dia e alta poténcia em criangas deve ser feita com bastante reserva e, quando houver tal necessidaue, € preciso avaliar ceuidadosamente a idade do pa a extensio da drea de aplicagio. Deve-se Timitar 0 uso de corticoides fluorados em criangas no maximo a 3 a 10 dias, te, a qualidade dla pele & ies de dot ) esquever que lesies erosada © 1 timidas, determinam maior absorezo do firmaco em adultos principalmente em eriangas. Gestantes A maioria dos corticoides sistémicos & considerada como farmacos classe C pelo Food and Drug Adminis tration (FDA) nas gestantes.”"” Em animais, podem cau sar anormalidades Fetais expecialmente quando usados de forma intensa, Uma revisio sistemiitica sobre seu emprezo hhumanos foi inconclusiva, Nao houve associa com a ificativa do uso de eorticoidest6picos no pin rimestre com 9 desenvolvimento de Fenda orofacial e da ulizagio de cries tpicos de ala pot ios Orientacdes de uso De forma geral,existem algumas medidas que devem se adotadas pars aun eleitos indesejados desses rmacos, ntar a cficdicia e evitar © surgimento dos > Nas doengas que se mostram sempre bem responsivas ans corticoides, & possivel utilizar formulagdey de poten cia moderada ou leve. > Apresent ceatlas para srcas de dobras (virilhas e axis), face, tais e perineo, gies de baina poten. > Embora dermatoses erdnieas pouco extensas possam reeeber tratamentos prolongados, formu iéncia alta devem ser reservadas para uso intermitente ‘ou por periodos nvio maiores do que 14 dias, fato que previne também a taquifila > Formulagdes com poténcia moderada raramente causam efeitos adversos cutdineos se 0 periodo de uso for inferior Ga 8 semanas, A duragio do uso de Formulagdes com poréneia baixa ‘com maiores poténeias. uni ver que as complicagdes sio incomuns. Ainda assim, preconiza-se atenga0 20 uso. pode ser maior do queMesmo utilizando-se formulagdes com baixa poténcia em adultos, o tratamento de areas de dobras, face, genitais ce perfneo no deve exeeder intervalos de 1 a 2-semanas, Formulagdes com alta poténcia, assim como curativos ‘oclusivos, tém indicagdo para dreas de palmas e plantas dos pés, ou mesmo para afeogGes que se apre- sentam com less liquenificadas ¢ hiperce tia, A posologia dos corticosteroides também varia no que se refere & preocupagdo com os riscos: no infcio do tra- tamento, preconiza-se a aplicagio duas vezes a0 di entre a fase intermediria e 0 final do periodo de trate ‘mento, 0 uso pode restringir-se a uma aplicagao d Esquemas em ciclos mensais ou em “pulsot titeis no manejo de dermatoses erdnieas, nestes casos, hii uma alterna ‘mentos t6picos, os imunomoduladores, tratament ralmente reservado aos especialis {com outros medica: Uma ver.controlada a dermatose, de. uso de corticoides. O rebote pode ser minimizado com a redugiio gradual de pot@neia e dose. se descontin Conticoides devem ser evitados em lesdes erosadas, ul- ceradas e na maioria das alecgdes que se apresentam com atrofia, ‘Seu uso € contraindicado em lesdes com infecy riana, viral, fingica ou com infestagdes. > Quando utilizados em eriangas, cespeciicas a faixa e © monitoramento laboratorial (prineipalmente com cor: tisol urindrio de 24 horas, cortisol sérico basal e teste de supresso com cortrosina — ACTH sintético)"' ou 0 encaminhamento ao endocrinologista podem estar in cados em caso de utilizagio de corticoides de média & alta poténcia por tempos prolongados. FORMULACOES NA PRATICA CLINIC. EXEMPLOS CONDIGAO DERMATOLOGICA > xerosecutinea (ver Capitulo Ressecamento a Pole eSudorese Excessiva) Composigo: Hidratantes ForrulacSes Composigiesutiizaveis _ magistrais Mode deuso 1) Gas emolents.umee- 1) Urea 13% —ce- —_Aplaies 2 na tuntseueia mmeQIAT009 Obs: Asforruabes 2) Estates cidosgans, 2) Logomonneste- De etamapada hideatonetoseigua | atladeglcerla_trnsepidtmicade pura (MEG)1$0q gun, mantenéoa 3) Gea emolneseumec 3) GemeLanete 00g hist. SecaoXIll > Problemas de Pele CONDIGAO DERMATOLOGICA -> eczema ver aptloDermatesEaematosas eReagtesCutsneasMedcamentoas) ComposiGesutiizveis Poténdadeatividade Mado deuso 1) eu dehideerians — edscoiaele tela 2'scemee praia ey 2 DeaneasowalT® — dasedcoiie cre el 3) Deis 005 ceme a) fponainlodeaHlar® case do cna ons ice 6 Yorrmdeteuneaam — seg 9 pUtineeromae seco rio pa debe = tasona 26.05% cemee oa pena 6 Mors. 7 apa de beat 2alsnceme prs sie Coposidesulaives—Frmulagiesmagstis odode io 1 Geasenoleesunse 1 Hwee 1% — pages 2290 tameehiiocotios —' ~crneenaltee de 2 Ceres, emalientes¢deso- ‘umectante 20 oi 2 Desai 5 ~ 2 Hidctbonetesepoo-_ceemolete 59 saad diac 3) Papantode ee 025— poms 59 CONDIGHO DERMATOLOGICA» alo ‘Gratis pela omagao de fiperaratase em cnha ma supe daple equ, peso mecca, prow do deintersiade maderad ata, Oates ‘uc dereminas a mthra do quadasa cored alteraci crops dese Cadeante Agus medidas dermal palais além depalilas, podem trager algal pa ado. Formulas Composigesutiizivels _magltals Mododeuso 1) Gers umecantseula 1) Ureaaa0%—crato Apr note com 2) Gléioeisin cdo 159 ‘aratvoecsvo saline dctolécico 2) Aidosaicaa 0%; ou 2d natea {cio ition Ts: indica ‘odio elstico 10m Referéncias 1. Bergstrom KG, Sirober BE. Topical therapy. In: Wolf? K, Goldsmith LA, Katz SI, Gilchrest BA, Paller AS, Letfell DI editors. Fitzpatick's dermatology in ger York: MeGraw-Hill 2008. p. 2001-7. Berth-Jones J. Topical therapy. ta: Burns T, Breathnach S. Cox N, Grifiths C, editors. Textbook of dermatology, Oxiont: Blackwell Science: 2004, . 75... 3. Winfield AJ, Rees J, Smith I Pharmaceutical practice th ed, London: Churchill Livingstone; 2009, reAllen LV Jr. The art seionce and cal compounding. hed, Phitade! 2008. funology of pharnsaceuti hiss Williams & Wilkins Arndt KA. Manna of deriatologietherapeuties. 7th ed. Bow ton: Lith. Brews 2007, Marriot JF, Wilton Ka, Langley CA, Belcher D. 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Chi CC, Wang SH, Kistschig G, Wojnarowska F. Systematic review of the safety of topical corticosteroids in pregnancy. J Ann Acad Derma, 2010:6214)694-708. Capituo 167 Dermatoses Eritematoescamosas Humberto Antonio Ponzio Ana Lenise Favaretto Medircia Paczko Bozko A principal caracteristica das doengas que constituem ‘© grupo das dermatoses eritematoescamosas € a presenca, predominante de eritema ¢ deseamacao, manifestagdes el veis para sua elassificagio. O eritema cconsequéneia direta da o acclerada de queratinéeitos que se acumutla superficie da pele —&a testo secunckitia, nieas estas indispen As princi teresse para o elinico, sio a dermanite seborreiea, 3 pso ‘apitiriase rosea de Gilbert ¢ « pitirfase rubra pilar. Alm des- sas daengas, 0 reeonhecimento das eritrodet avidade, ¢ de importaneia pa ambiemte de atepeo primar A incl mente na morfologia das Iesbes elementares predominantes dermatoses ineluidas nesse nupo.e de ine us, frente sua 1.0 médicn que trabalha em esse grupo, portanto, & baseatla essencial Diversas outras afeegBes, como os eczemas € as dermatof toses que poskem apresentar crite e escamas, so ineluidas essai as sts manifestagBes em outros grupos, por primirias e preponderantes DERMATITE SEBORREICA A dermatite seborreiea € uma doenc; ‘ante comum fimitads a sreas «ka pele com alta produgio d sebo e ts grandes dobras cutineas. Sua prevaléneia & de 5% na populagao geral, ¢ acomete mais homens do que mule: res.!? Mais de 70% dos bebés menores de tnés meses poxlem apresentar dermatite seborteiea.* As leses da dermatite seborreiea so produzidas porin flamagto, que leva a0 exitem, ¢ por multiplicagdo acelerads de eélutas epidérmicas, causando o wedimulo de comedcites ‘a acorre em ‘teas de pele com glindulas set ativas e costuma estar associada & superproducdio de sebo, ‘com alterages. na composigZo de lipideos € desequilirio, ha flora microbiana da pele. Embora sua patogéne cesteja completamente elucidads. existe ama hi superproduea sobbretudo a Mf fierftr, que pode ser isolada re A doe! s adi com a » de sebo ¢ a levedura comensal Matassecia armente ms esoes de dermatite seborreiva, inclusive nas er nga. fiatores favorecedores da dermatite seborreica 0 cas, 0 diabetes e a obes: