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o que é recusado na ordem simbólica, no sentido da Verwerfung, reaparece no real (Lacan,

2008/1955-56, p. 22).

Há uma relação estreita entre, de um lado, a denegação e o reaparecimento na ordem puramente


intelectual do que não está integrado pelo sujeito, e, de outro, a Verwerfung e a alucinação, isto
é, o reaparecimento no real do que é recusado pelo sujeito (ibid., 2008/1955-56, p. 23).

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A armadilha, o buraco no qual não se deve cair, é a de crer que o significado são os objetos e as
coisas. O significado é coisa totalmente diversa – é a significação, sobre a qual eu expliquei para
vocês, sobre a qual eu expliquei para vocês, que ela sempre remete à significação, isto é, à uma
outra significação. O sistema da linguagem, em qualquer ponto em que vocês o apreendam, nunca
se reduz a um indicador diretamente dirigido a um ponto da realidade, é toda a realidade que está
abrangida pelo conjunto da rede da linguagem (ibid., 2008/1955-56, p. 44).

Vocês nunca podem dizer que é isso que é designado, pois, mesmo quando conseguirem, vocês
nunca saberão o que eu designo nesta mesa, por exemplo, a cor, a espessura, a mesa enquanto
objeto, ou qualquer outra coisa que seja (ibid., 2008/1955-56, p. 44).

[na psicose] – é uma significação que basicamente só remete a ela própria, que permanece
irredutível. O próprio doente sublinha que a palavra tem peso em si mesma. Antes de ser redutível
a uma outra significação, ela significa em si mesma alguma coisa de inefável (ibid., 2008/1955-
56, p. 44).

O que faz com que o mundo humano seja um mundo coberto de objetos se acha fundado
nisto: o objeto de interesse humano é o objeto do desejo do outro (ibid., 2008/1955-56, p. 51).

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“Eu venho do salsicheiro” ou “Do que volta no real”

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