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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
CURSO DE GEOLOGIA

AERSON MOREIRA BARRETO JUNIOR

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOLOGIA E

HIDROGEOLOGIA

FORTALEZA
2015
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA
CURSO DE GEOLOGIA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOLOGIA E

HIDROGEOLOGIA

DADOS DO ESTAGIÁRIO

NOME: AERSON MOREIRA BARRETO JUNIOR

MATRÍCULA: 0321358
CURSO: GEOLOGIA
PERÍODO: 12º SEMESTRE

DADOS DO LOCAL DE ESTÁGIO

EMPRESA: CONSTRUTORA PILARES EIRELI M.E.

REGISTRO: CNPJ 11.435.446/0001-65
SUPERVISOR: FRANCISCO MÁRCIO PINTO BRAGA MADEIRO

PERÍODO DE ESTÁGIO
INÍCIO: 28/08/2015
TÉRMINO: 28/11/2015
JORNADA DE TRABALHO: 25 HORAS SEMANAIS
TOTAL DE HORAS: 1400 HORAS EM 56 DIAS DE TRABALHO

FORTALEZA
2015
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4

1.1. Do local e período de trabalho...........................................................................................4

1.2. Do público atendido...........................................................................................................5

1.3. Dos serviços oferecidos......................................................................................................5

1.4. Das equipes.........................................................................................................................6

2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS....................................................................................7

2.1. Interpretação geofísica......................................................................................................7

2.2. Interpretação de dados construtivos..............................................................................10

2.3. Interpretação de bombeamento.....................................................................................13

2.4. Interpretação de análise físico-química.........................................................................16

2.5. Confecção de mapas de localização dos poços...............................................................17

2.6. Confecção de relatório.....................................................................................................18

2.7. Outorga de poços.............................................................................................................18

3. CONCLUSÃO....................................................................................................................19

ANEXOS

ANEXO 1 – CÓPIA DO CONTRATO/TERMO DE COMPROMISSO

ANEXO 2 - RELATÓRIO DE ATIVIDADES

ANEXO 3 – DE ACORDO
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Do local e período de trabalho

O estágio foi realizado na Construtora Pilares (CP), microempresa individual de

responsabilidade limitada, sediada na Rua Euzébio de Queiroz, número 1106A, no bairro
Montese em Fortaleza/CE e administrada pelo empresário Francisco Márcio Pinto Braga
Madeiro.

A empresa foi fundada em 1998 desde então executa atividades de Engenharia Civil,
destacando-se a área de construção de poços tubulares profundos, a qual foi a área alcançada
pelo estágio relatado.

O período do estágio foi compreendido em 1400 horas de trabalho, com 25 horas diárias
dividindo-se entre os meses de agosto e novembro de 2015, totalizando 56 dias de atividade,
de acordo com o estabelecido pelo contrato (Figura 1.1).

Neste período, a empresa atuou em aproximadamente 50 municípios no interior do

Estado do Ceará, entre serviços de locação, perfuração, limpeza e bombeamento de poços
profundos. É importante ressaltar que, durante o período de estágio, os serviços de perfuração
foram realizados exclusivamente em terrenos cristalinos.

D S T Q Q S S
AGO 23 24 25 26 27 28 29
30 31 1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
SET
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
OUT 11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
NOV
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
Figura 1.1: Calendário de atividade de estágio, compreendendo 56 dias de atividade. Em laranja, dias ausentados
do contrato (anteriores ao mesmo, sábados e domingos); Em verde, feriados nacionais; Em azul, ausências por
motivos externos (doença ou campo).
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1.2. Do público atendido

Durante o período de estágio, foi observado que a demanda das obras executadas pela
empresa correspondiam a quatro públicos distintos, sendo:

 SOHIDRA, com obras de poços tubulares, correspondendo a aproximadamente 60%

das obras realizadas devido ao cumprimento de uma licitação;
 Outras Empresas do Estado, com demais obras em recursos hídricos (chafarizes e
adutoras), correspondendo aproximadamente a 25% das obras realizadas;
 Empresas Privadas, com obras de poços tubulares, correspondendo a 10% das obras
realizadas;
 Prefeituras Municipais, com obras de reforma no interior do estado, correspondendo a
5% das obras realizadas;

No entanto, o estágio e todas as suas atividades relacionadas fora cumprido atendendo

a duas das demandas discriminadas acima: SOHIDRA e Empresas Privadas.

1.3. Dos serviços oferecidos

Os serviços prestados pela empresa relacionados à área do estágio, de acordo com a

própria empresa, são:

 Perfuração de Poços Tubular: É uma obra de engenharia projetada e construída que

tem a finalidade de captação de água subterrânea. É aberto por meio de máquinas
perfuratrizes, de diâmetros variados, vertical, de profundidades variáveis, podendo
atingir até 2.600m, de grande rendimento para a produção de água em regiões, podendo
ser totalmente ou parcialmente revestidos, dependendo das condições geológicas do
local. O Projeto de Construção de Poços Tubulares Profundos é regido pelas seguintes
Normas da ABNT: NB – 588 Projeto de poço para captação de água subterrânea; NB
– 1290 Construção de poço para captação de água subterrânea;
 Limpeza de Poços Profundos: A manutenção e a limpeza de poços artesianos, merece
toda a atenção por parte de quem possui um ou vários poços tubulares. A regularidade
desses serviços garante a conservação e o prolongamento da vida útil dos mesmos bem
como de todo o aquífero do local onde o poço esta perfurado. A preservação da
qualidade e da quantidade de água produzida depende da realização desses serviços. A
recomendação do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) é que os poços
perfurados devam ser submetidos a serviços de manutenção/limpeza em intervalos
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compreendidos entre 12 e 18 meses, dependendo das características químicas da água

encontrada em cada poço.
 Desobstrução Poços Profundos: Existem vários tipos de obstrução de poços,
resultante da colmatação de filtros e deposição de materiais no perímetro do poço ou
no fundo do mesmo, o ideal é entrar em contato com o técnico, comunicando as
característica do problema e através disse, poderemos lhe indicar a melhor solução para
seu problema.
 Medição de Vazão Poços Profundo: É o procedimento que permite, de forma indireta,
determinar o volume de fluido que passa através de uma dada seção de escoamento por
unidade de tempo.

1.4. Das equipes

Para a realização dos trabalhos executados pela empresa, várias equipes trabalham em
setores sequenciais distintos, sendo:

 Comercial e Financeiro: Intermedia a contratação das obras entre o cliente e a

empresa, com representantes em sede e em campo. Os funcionários deste setor também
representam a empresa na aquisição de produtos e equipamentos de quaisquer natureza
necessários para a funcionalidade da empresa tanto na sede quanto na execução das
obras;
 Administrativo e Recursos Humanos: Determina e calendariza os profissionais que
realizarão as atividades de acordo com sua disponibilidade, além de gerenciar os
processos contratuais dos funcionários.
 Executivo: Equipes de execução das obras realizadas pela empresa, no tocante às obras
de perfuração de poços profundos, realizam serviços de locação, perfuração, limpeza e
bombeamento de poços profundos, e construção de chafarizes;
 Técnico: Processo imediato a cada etapa executiva, com interpretação de dados de
campos, realização de análises, confecção de relatórios, processamento de documentos
de acordo com a legislação e validação final de cada obra.

O estágio realizado caracterizou-se pela execução das atividades do setor técnico.

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2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

As atividades realizadas no estágio foram de natureza técnica, tendo como objetivo

principal a confecção do relatório construtivo final de cada obra de poço tubular profundo,
apresentando-se assim os dados e materiais executivos das obras, além de seu subsequente
processamento legislativo para a captação legal de água subterrânea para abastecimento
humano.

As atividades técnicas pós-executivas realizadas no estágio estão descritas nos

seguintes subcapítulos, dividindo-se nas etapas de: Interpretação geofísica; Interpretação de
dados construtivos; Interpretação de bombeamento; Interpretação de análise físico-química;
Confecção de mapas; Confecção de relatório; e Outorga de poços.

2.1. Interpretação geofísica

Na fase que antecede os trabalhos de campo, em alguns casos o estagiário pôde junto
ao geofísico realizar revisões e atualizações dos conhecimentos geológicos, hidrogeológicos,
fisiográficos e cartográficos das regiões a serem estudadas, além de pesquisar a bancos de
dados sobre poços existentes. Para tanto, foram realizadas análises de imagens de satélite para
identificação de áreas marcadas pela presença de traços de fraturas.

Entretanto, de modo geral, esta primeira etapa do trabalho se deu seguinte às atividades
de locação do poço. Após a contratação do poço, o geólogo/geofísico dirige-se até a
comunidade cliente e realiza a locação do poço por caminhamento elétrico através do método
Schlumberger com AB Fixo. À sala técnica local de trabalho do estagiário, são apresentados
os dados de geofísica de campo através de planilhas no relatório de locação, que possuem por
sua vez os dados de eletrorresistividade e as coordenadas.

A atividade realizada no estágio consiste na reedição dos dados essenciais da locação

de acordo com os padrões da empresa contratante – quando tratando-se de serviços geofísicos
terceirizados, referindo-se à interpretação e revisão dos dados de eletrorresistividade para a
construção do perfil elétrico (Figura 2.1a e 2.1b), assim como o mapeamento do caminhamento
elétrico e indicação dos pontos de anomalia de resistividade (Figura 2.2).

Portanto, nesta etapa, para o produto final do Setor Técnico, são utilizados os mapas do
caminhamento elétrico indicando-se a seção realizada e os pontos locados, e o gráfico do perfil
elétrico, com a indicação dos pontos de anomalia nas respectivas estações.
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PERFIL GRADIENTE DE RESISTIVIDADE

PROJETO: SOHIDRA - LOTE 1 SUBLOTE 1 PER Nº: 1
MUNICÍPIO: ITAPIÚNA RUMO: NNE-SSW
LOCALIDADE: MALÍCIAS UTM EST "0" 20Az
PROPRIETÁRIO: SOHIDRA
EQUIPE: RAFAEL SAID DATA: 28/10/2015
OBS:

AB/2= 120 MN/2= 4

ESTAÇÃO POSIÇÃO K DV1 (mV) I 1 (mA) ra 1 (Wm) DV2 (mV) I 2 (mA) ra 2 (Wm) rf (Wm) ERRO (%)
0 -40 4019,2 3,0 145 83,2 3,0 145,0 83,2 83,2 0,0%
8 -32 4552,97 3,0 140 97,6 3,0 140,0 97,6 97,6 0,0%
16 -24 5008,54 3,0 140 107,3 3,0 140,0 107,3 107,3 0,0%
24 -16 5357,58 4,0 145 147,8 4,0 145,0 147,8 147,8 0,0%
32 -8 5577,08 2,0 140 79,7 2,0 140,0 79,7 79,7 0,0%
40 0 5652 2,0 140 80,7 2,0 140,0 80,7 80,7 0,0%
48 8 5577,08 4,0 140 159,3 4,0 140,0 159,3 159,3 0,0%
56 16 5357,58 5,5 140 210,5 5,5 140,0 210,5 210,5 0,0%
64 24 5008,54 5,0 130 192,6 5,0 130,0 192,6 192,6 0,0%
72 32 4552,97 5,0 130 175,1 5,0 130,0 175,1 175,1 0,0%
80 40 4019,2 5,0 130 154,6 5,0 130,0 154,6 154,6 0,0%

Figura 2.1a: Exemplo de planilha padronizada da empresa dos dados de eletrorresistividade de locação.

Figura 2.1b: Exemplo de gráfico de perfil elétrico padronizado da empresa.

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Figura 2.2: Exemplos de mapeamento de caminhamento elétrico padronizado da empresa.

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2.2. Interpretação de dados construtivos

Após o serviço de locação, de acordo com agendamento prévio realizado pelo setor
Administrativo, uma equipe de perfuração é designada para realizar a obra de perfuração no(s)
ponto(s) locado(s). Como ressaltado anteriormente, durante o período de estágio a empresa
trabalhou apenas com perfuração em terrenos cristalinos, utilizando-se assim de maquinário
rotopneumático.

Quando as equipes retornam de campo, geralmente na quinta-feira ou sexta-feira,

trazem à sala técnica os dados construtivos dos poços perfurados em uma ficha de campo
juntamente com um saco amostral, com amostragens em sacos de 200mL respectivas a cada 4
metros de perfuração, indicados com marcação permanente.

A atividade realizada no estágio consiste na sumarização dos dados construtivos de

campo na ficha técnica padronizada da empresa, juntamente aos dados cartográficos e de
locação, levantados previamente, dando origem à ficha técnica de características gerais do
poço (Figura 2.3).

A partir da amostragem, é realizada a descrição sistemática das amostras, que resultará

na construção de um perfil litológico simplificado com identificação das litologias existentes
no ponto de locação tal como identificação das zonas de recarga, identificadas previamente em
campo porém comprovadas com a análise da amostragem, assim como em paralelo é feita a
indicação do perfil construtivo, indicando os diâmetros de perfuração e a profundidade e tipo
de revestimento utilizado (Figura 2.4).

Deste modo, esta etapa corresponde à produção de um importante componente para o

produto final do Setor Técnico, onde utilizam-se à ficha técnica do poço e o perfil litológico e
construtivo.
 CÓDIGO DO POÇO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS POÇOS
CÓDIGO DE CAMPO

MUNICÍPIO DISTRITO LOCAL ENERGIA: X SIM NÃO INÍCIO CONCLUSÃO

INDEPENDÊNCIA CATINGUEIRO TIPO: MONOFÁSICA DIST: 15m 27/08/2015 28/08/2015

BASE CARTOGRÁFICA DADOS TÉCNICOS
ALTITUDE
FOLHA SUDENE SB.24-V-D-I - FOLHA INDEPENDÊNCIA COORDENADAS ESCALA
X: 316810E
1:100.000
Y: 9369864N
BACIA HIDROGRÁFICA SUB.BACIA USO PREVISTO
PARNAÍBA POTÍ ABASTECIMENTO PÚBLICO
AQUÍFEROS: TIPO: TOPO: BASE:
SUBTERRÂNEO FISSURAL
DADOS CONSTRUTIVOS
EXECUTOR: CONSTRUTORA PILARES TIPO DE SONDA: ROTOPNEUMÁTICA PROPRIETÁRIO: FRANCISCO MÁRCIO PINTO BRAGA MADEIRO
PERFURAÇÃO REVESTIMENTO: PVC GEOMECÂNICO
Ø (Pol .) INTERVALO (m) MÉTODO DE PERFURAÇÃO Ø (Pol .) INTERVALO (m) EXTENSÃO (m)
8 1/2 00-08 ROTOPNEUMÁTICO 6 00-08 8,00
6 08-80 ROTOPNEUMÁTICO
FILTROS: ZONAS FENDILHADAS (CRISTALINO)
Ø (Pol .) INTERVALO (m) EXTENSÃO (m) ABERTURA ((mm) INTERVALO (m) EXTENSÃO (m)
27
34
37

Figura 2.3: Exemplo de ficha técnica resumida de características gerais e dados construtivos do poço.
PROFUNDIDADE FINAL DO POÇO: 80m
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 12

PERFIL
PERFIL GEOLÓGICO

PROFUNDIDADE

PROFUNDIDADE
CONSTRUTIVO

SIMBOLOGIA

(m)

(m)
UNIDADE
DESCRIÇÃO LITOLÓGICA

00-04 Solo arenoso marrom, com fragmentos de rocha 4,0 4,0

04-08 Rocha alterada, granito com KF, cor cinza claro 4,0 4,0
08-12 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
12-16 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
16-20 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
20-24 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
24-28 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
28-32 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
32-36 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
36-40 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
40-44 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
44-48 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
48-52 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
52-56 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
56-60 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
60-64 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
64-68 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
68-72 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 _ 4,0
72-76 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
76-80 Rocha sã, Bt-KF-Granito, cor cinza avermelhado 4,0 4,0
CROQUI DE LOCALIZAÇÃO
MUNICÍPIO: INDEPENDÊNCIA
LOCAL: CATINGUEIRO
LEGENDA
TUBO
PERFURAÇÃO EM 8 1/2"
PERFURAÇÃO EM 6"
FRATURAS
CIMENTAÇÃO

Figura 2.4: Ficha técnica resumida de características gerais e dados construtivos do poço.
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2.3. Interpretação de bombeamento

Durante a obra de perfuração do poço é possível determinar previamente se haverá ou

não vazão satisfatória no mesmo, pois durante esta etapa é comum que ocorra vazão de água
concomitante à perfuração assim como a amostragem das fraturas.

No caso de haver vazão significante, é designada uma equipe de limpeza para que seja
agendada a limpeza, bombeamento e teste de vazão do poço. Geralmente na segunda-feira, vão
para campo as equipes de bombeamento para bombear os poços perfurados na semana anterior.
Geralmente na quarta-feira, chega na sala técnica os dados de bombeamento e teste de vazão
de campo dos poços, assim como as amostras de água dos poços, em garrafas de 2 L para a
realização da análise físico-química e/ou bacteriológica, de acordo com o contrato.

A demanda de dados de bombeamento e amostras de água que chega à sala técnica é

significativamente maior do que os de perfuração, ainda que hajam menos equipes de
bombeamento, pois nos dois contratos vigentes com a SOHIDRA, um deles é apenas para
limpeza e teste de vazão dos poços.

É também nesta etapa executiva que os poços são finalizados, cimentados, e

fotografados para posterior trabalho da sala técnica.

A atividade realizada no estágio consiste no tabelamento dos dados de vazão e

recuperação de cada poço e a realização dos cálculos de rebaixamento, capacidade específica
e tempo de recuperação (Figura 2.5), assim como a interpretação dos dados para a construção
dos gráficos de rebaixamento e recuperação comparados com o tempo (Figura 2.6a e 2.6b).

É também de domínio do estagiário inventariar as fotografias dos poços de acordo com

as localidades em que foram executados.
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FICHA DE TESTE DE BOMBEAMENTO

Município SANTA QUITÉRIA Profundidade (m): 88 Profund. Crivo (m): 82,00
Localidade: ARMADORES 349756E Nível Estático (m): 6,20
Coordenada:
Cliente: SOHIDRA 9535007N Nível Dinâmico (m): 73,06
Vazão (m 3 /h): 0,500
Execução: Construtora Pilares Data: 23/11/2015
Tempo Bomb.(min): 360
Bombeamento Recuperação
HORA t N.D. sw Q Q/sw HORA t t' = tb/t N.D. sw
3 3
7:00 (min) (m) (m) (m /h) (m /h.m) 13:00 (min) (min) (m) (m)
7:01 1 10,00 3,80 6,000 1,579 13:01 1 361,00 72,30 66,10
7:02 2 18,28 12,08 5,400 0,447 13:02 2 181,00 70,16 63,96
7:03 3 20,50 14,30 5,200 0,364 13:03 3 121,00 68,20 62,00
7:04 4 23,00 16,80 5,000 0,298 13:04 4 91,00 68,00 61,80
7:05 5 28,00 21,80 4,500 0,206 13:05 5 73,00 67,00 60,80
7:06 6 30,60 24,40 4,200 0,172 13:06 6 61,00 66,57 60,37
7:08 8 35,78 29,58 4,000 0,135 13:08 8 46,00 65,90 59,70
7:10 10 39,00 32,80 3,600 0,110 13:10 10 37,00 64,20 58,00
7:15 15 46,26 40,06 3,000 0,075 13:15 15 25,00 62,00 55,80
7:20 20 51,70 45,50 2,500 0,055 13:20 20 19,00 61,10 54,90
7:25 25 60,00 53,80 2,250 0,042 13:25 25 15,40 59,12 52,92
7:30 30 61,50 55,30 2,000 0,036 13:30 30 13,00 55,80 49,60
7:40 40 62,30 56,10 1,600 0,029 13:40 40 10,00 54,30 48,10
7:50 50 62,88 56,68 1,440 0,025 13:50 50 8,20 52,02 45,82
8:00 60 63,20 57,00 1,200 0,021 14:00 60 7,00 50,00 43,80
8:10 70 63,70 57,50 1,000 0,017
8:20 80 63,85 57,65 0,900 0,016
8:40 100 64,00 57,80 0,800 0,014
9:00 120 70,02 63,82 0,720 0,011
9:30 150 71,06 64,86 0,660 0,010
10:00 180 72,00 65,80 0,600 0,009
11:00 240 72,29 66,09 0,540 0,008 2,50
12:00 300 73,00 66,80 0,500 0,007
13:00 360 73,06 66,86 0,500 0,007
Figura 2.5: Exemplo de ficha de bombeamento com cálculos de rebaixamento, capacidade específica e tempo de
rebaixamento.
 15

Figura 2.6: (a) Exemplo de gráfico de rebaixamento de acordo com o tempo; (b) exemplo de gráfico de
recuperação do poço de acordo com o tempo. Ambos referentes ao exemplo utilizado na Figura 2.5.
 16

2.4. Interpretação de análise físico-química

Com as amostras de água dos poços trazidas de campo na etapa de limpeza e

bombeamento, é realizada a análise físico-química das águas para a verificação de potabilidade
das mesmas, segundo os parâmetros de cloretos, dureza total, ferro, nitratos e nitritos, pH,
sódio, sulfatos e sólidos totais dissolvidos.

As análises químicas são realizadas em laboratórios especializados. Durante o período

de estágio, as análises foram realizadas nos laboratórios do NUTEC, centro científico do
Governo do Estado do Ceará, ao custo de R$ 62,00 por amostra, levando cerca de 10 dias para
emissão do laudo a partir da data de lançamento do pedido de análise.

A atividade realizada no estágio foi o gerenciamento de chegada de amostras de água à

sala técnica, etiquetação própria da empresa e saída para os laboratórios do NUTEC, o próprio
estagiário levando-as em veículo da empresa quando necessário.

Foi de responsabilidade do estagiário também a interpretação dos resultados físico-

químicos e a verificação da potabilidade da água, de acordo com o que é emitido no laudo do
laboratório (Figura 2.7), sendo esta a informação utilizada para a confecção do produto técnico
final.

Figura 2.7: Exemplo de laudo de análise físico-química, emitida por laboratório especializado.
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2.5. Confecção de mapas de localização dos poços

Após a etapa de perfuração, é dada a confirmação da coordenada do poço. Com este

dado, o estagiário confecciona um mapa de localização através de gráficos vetoriais
georreferenciados tendo como base as cartas topográficas da SUDENE (Figura 2.8). Este dado
é utilizado exclusivamente no relatório final do poço.

Figura 2.8: Exemplo de mapa de localização dos poços.

 18

2.6. Confecção de relatório

Após todas as etapas técnicas trabalhadas pelo estagiário e apresentadas anteriormente

nos subcapítulos 2.1 a 2.5, é confeccionado o relatório construtivo final do poço, apresentando
deste modo os dados geofísicos de locação; o mapa de localização; os dados construtivos do
poço; os dados de bombeamento; e a interpretação da análise físico-química.

No relatório apresentam-se também características geológicas e hidrogeológicas gerais

dos municípios, a partir dos relatórios de recursos hídricos municipais da CPRM, assim como
a descrição do método geofísico utilizado.

2.7. Outorga de poços

Em caso à parte, o estagiário trabalhou com o pedido de outorga junto à Companhia de

Gestão de Recursos Hídricos de 10 poços para cliente particular para abastecimento humano.

Para tanto, foi necessária a familiarização com diversos processos burocráticos do setor
da hidrogeologia no Estado do Ceará, tendo sido feitas necessárias várias visitas à COGERH
e à SOHIDRA; uma constante troca de documentos e preenchimento de formulários com a
empresa cliente que, sediando-se no interior do estado, tornou o processo mais lento e
trabalhoso; pagamento de taxas junto ao Governo do Estado; e um grande volume de coletas
de água para análises que requeriam cuidados e agilidade específicos.
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3. CONCLUSÃO

O Estágio Supervisionado é um componente curricular implementador do perfil do

futuro profissional e consiste em atividades diversificadas e indispensáveis à consolidação de
uma formação profissional adequada.

Ao estagiar com hidrogeologia e perfuração de poços tubulares profundos, foi possível

pôr em prática conhecimentos prévios de diversas áreas da ciência, desde conhecimentos
adquiridos ao longo do curso de Geologia, como hidrogeologia, geotécnica, sistemas de
informação geográfica, petrologia e hidrogeoquímica, e outros conhecimentos específicos
como física, geometria, álgebra, e diversos recursos computacionais, além de estabelecer a
mediação entre a empresa com outras empresas, representantes de órgãos do Governo do
Estado, e vereadores e prefeitos do interior do estado.

É importante ressaltar que a hidrogeologia e as obras de construção de poços tubulares

profundos têm se tornado iminente no interior do estado visto o quadro de agravamento das
secas. Com a prática do estágio, foi possível aprender mais com os funcionários e os geólogos
que prestaram serviço para a empresa não só como funciona o serviço em hidrogeologia, mas
como funciona uma empresa, provendo ao estagiário uma capacitação para esta área de
atuação.
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ANEXO 1 – CÓPIA DO CONTRATO/TERMO DE COMPROMISSO

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ANEXO 2 - RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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ANEXO 3 – DE ACORDO

__________________________________ __________________________________
Aerson Moreira Barreto Junior Francisco Márcio Pinto Braga Madeiro
Estagiário acadêmico em Geologia Construtora Pilares EIRELI ME
CPF: 035.359.713-90 CNPJ: 11.435.446/0001-65

Fortaleza, __ de ________ de 2015.