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Gerenciamento

e Tratamento de
Água – Aula 07

Profa. Dra. Flávia Vieira

2020
Estimativa dos consumos
Estimativa dos consumos
• Varia de acordo com: região, cidade, setores
dentro da mesma cidade;

• Fatores que influenciam:


– clima,
– padrão de vida e hábitos da população,
– pressão na rede de abastecimento,
– qualidade e custo da água fornecida,
– usos comerciais, industriais e públicos,
– perdas, etc....
Classes de consumo/destino
• Doméstico;

• Comercial e industrial;

• Público;

• Perdas.
Água para consumo doméstico
• Fins higiênicos, potáveis e alimentares;
• Lavagem em geral;
• Vazões à nível de vida da população;
Uso doméstico l/hab/dia
Bebida e cozinha 10 – 20
Lavagem de roupa 10 – 20
Banhos e lavagem de mãos 25 – 55
Instalações sanitárias 15 – 25
Outros usos 15 – 30
Perdas e desperdícios 25 – 50
TOTAL 100 – 200
Água para uso comercial e industrial
• Comercial: restaurantes, bares, hotéis, postos de
gasolina, garagens à superior à residências;

• Industrial: água como matéria prima, ou para


lavagens e refrigeração à difícil definir demanda;

• Levantamento das necessidades de cada


estabelecimento;
Água para uso comercial e industrial
• Valores médios para cada atividade:
Natureza Consumo
Escritórios comerciais 50 l/pessoa/dia
Restaurantes 25 l/refeição
Hotéis 10 l/hóspede/dia
Hospitais 250 l/leito/dia
Postos de gasolina 150 l/veículo/dia
Curtumes 50 – 60 l/kg e couro
Indústrias têxteis 100 – 200 l/kg de tecido
Usinas de açúcar 75 l/kg de açúcar
Cervejarias 20 l/litro de cerveja
Água para uso público
• Irrigação de jardins, lavagem de ruas e praças,
edifícios e sanitários de uso público, alimentação
de fontes, etc.;

• Consumo à 10 a 20% do total/cidade;

• Irrigação de parques e jardins à 63 a 88


m3/ha/dia (temperatura, umidade, ventos);
Perdas de água
• Perdas à (volume produzido ETA) – (volume
medido nos hidrômetros);

• Índice de perdas à %volume produzido que não


é faturado pela concessionária.
Perdas de água
• Perdas físicas à vazamentos, lavagem de
filtros e reservatórios, manutenção de avarias,
etc;

• Perdas não físicas à consumo que não é


medido (chafarizes, jardins públicos, ligações
clandestinas, etc.);

• Determinação do volume/vazão do sistema de


abastecimento à considerar as perdas.
Perdas de água
Perdas físicas

Perdas não físicas


Consumo per capita
• Quantidade média utilizada por dia por um
habitante (média) à q;
• Expresso em litros/habitante/dia (l/hab/dia);

$%&'() +,'-.,%,'/+01) % +0%


• 𝑞= 234∗0ú()/% ,) 7+8.1+01)9

• Habitantes àPessoas abastecidas


Consumo per capita
• População atendida < população total;
• Uso de outras fontes: poços, rios, etc;

• Consumo médio no Brasil:


– Cidades s/ sistema de abastecimento: 30 a 60 l/hab/dia;
– C/ sistema de abastecimento: 100 a 200 l/hab/dia;
– Capitais dos Estados: > 200 l/hab/dia;
– Torneiras públicas (adotado): 30 l/hab/dia.
Consumo per capita
• Fatores gerais que influenciam o consumo:

– Tamanho da cidade;
– Tipo e quantidade das indústrias;
– Clima;
– Hábitos higiênicos;
– Destino dos dejetos.
Consumo per capita
• Fatores específicos que influenciam o consumo:

– Qualidade do suprimento;
– Custo da água;
– Pressão na rede;
– Controle do próprio consumo.
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Quantidade de água abastecida varia ao longo do
dia e do ano, sob a influência de:

– Atividades e hábitos da população;


– Condições de clima;
– Estações turísticas, etc.;
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Meses com maior consumo à verão;
• Dentro do mês à dias com maior consumo;
• Em um dia à horas diurnas tem maior consumo;
• Quantificação da demanda de água de um sistema
de abastecimento:
– Variação sazonal (ao longo do ano);
– Variação horária (ao longo do dia);
– Projeto à máxima demanda.
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Sistemas de abastecimento urbano:

– Vazão máxima diária > vazão média diária (20 a 50%);


• Depende da oscilação climática, atividades comerciais,
industriais e turísticas de cada cidade;

– Coeficiente do dia de maior consumo = k1;

𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒎á𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒅𝒊á𝒓𝒊𝒐/𝒂𝒏𝒐


– 𝒌𝟏 = 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒎é𝒅𝒊𝒐 𝒅𝒊á𝒓𝒊𝒐/𝒂𝒏𝒐
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Vazão máxima diária requerida na adução dos
projetos de sistemas de abastecimento urbano:

𝑷×𝒒
– 𝑸 = 𝟑𝟔𝟎𝟎×𝒉 ×𝒌𝟏

– Em que:
• Q = vazão máxima diária (l/s);
• P = população a ser abastecida pelo projeto;
• q = consumo per capita (l/hab/dia);
• h = número de horas de funcionamento das unidades do
sistema de abastecimento;
• k1 = coeficiente do dia de maior consumo.
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• 1,1 <k1 < 1,5;

• Europa e América do Norte à k1 = 1,5


• Brasil à k1 = 1,2

• Captação, recalque, adução, tratamento à k1


• Rede de abastecimento à k2
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• k2 à coeficiente da hora de maior consumo;

• Leva em conta a demanda máxima horária;


• Situação mais desfavorável à hora de maior
consumo ao longo do dia;

𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒎á𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒉𝒐𝒓á𝒓𝒊𝒐/𝒅𝒊𝒂


– 𝒌𝟐 =
𝒄𝒐𝒏𝒔𝒖𝒎𝒐 𝒎é𝒅𝒊𝒐 𝒉𝒐𝒓á𝒓𝒊𝒐/𝒅𝒊𝒂
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Reservatórios de distribuição à suprir volumes
excedentes nas horas de maior consumo, de
modo que:

• Instalações a montante à não precisam


considerar a variação horária (k2);

• Sistema distribuidor à projetado com k1 e k2;


• k1 x k2 à coeficiente de reforço.
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Vazão máxima horária requerida no
dimensionamento da rede de abastecimento
urbano:

𝑷×𝒒
𝑸= ×𝒌𝟏 ×𝒌𝟐
𝟑𝟔𝟎𝟎×𝒉

– k2 = depende da existência de reservatórios domiciliares


Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• k2 à existência de reservatórios domiciliares;

• Ausência de reservatórios à 1,5 < k2 < 2,0;


– Europa, EUA à medidas sanitárias.

• Presença de reservatórios à k2 = 1,5.


– Brasil.
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Exemplo 1: determinar a demanda máxima diária e
horária necessária para atender ao sistema de
abastecimento de um condomínio residencial que
disporá de 596 casas e 13.500 m2 de áreas de
parques e jardins.
• Considerar:
• 5 hab/casa (média);
• Demanda per capita = 175 l/hab/dia;
• Demanda unitária de irrigação = 0,85 l/s/ha;
• k1 = 1,2 e k2 = 1,5.
Variações de consumo – Demanda
máxima de projeto
• Exemplo 2: determinar a demanda máxima diária e
horária necessária para atender ao sistema de
abastecimento de um edifício que disporá de 236
apartamentos e 1.600 m2 de área de jardins.
• Considerar:
• 4 hab/apto (média);
• Demanda per capita = 175 l/hab/dia;
• Demanda unitária de irrigação = 0,65 l/s/ha à 8h;
• k1 = 1,2 e k2 = 1,5.
Demanda de captação e abastecimento
• Exemplo 1: Considere os seguintes dados:

• População para o ano de 2040 igual 332.000 hab.;


– consumo per capita médio (perdas incluídas) de 253 L/hab.dia;
– a ETA utiliza para consumo próprio 3% da água produzida;
– K1=1,2 e K2=1,5;
– demanda de consumidores especiais iguais a 50 L/s.
– período de funcionamento da adução: 24 horas.
• Determine:
– (a) A vazão de projeto entre a captação e a ETA.
– (b) A vazão de projeto para a adutora que abastece o
reservatório da cidade.
– (c) A vazão de projeto para a rede de distribuição na cidade.
Demanda de captação e abastecimento
• Exemplo 2: Considere os seguintes dados:

• População para o ano de 2035 igual 120.000 hab.;


– consumo per capita médio (perdas incluídas) de 220 L/hab.dia;
– a ETA utiliza para consumo próprio 3% da água produzida;
– K1=1,2 e K2=1,5;
– demanda de consumidores especiais iguais a 40 L/s.
– período de funcionamento da adução: 24 horas. Determine:
• Determine:
– (a) A vazão de projeto entre a captação e a ETA.
– (b) A vazão de projeto para a adutora que abastece o
reservatório da cidade.
– (c) A vazão de projeto para a rede de distribuição na cidade.

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