navegando mares tormentosos, em outro mundo, terra distante, de teu corpo e alma ansiosos. Armas em riste, coragem bastante para te invadir, te possuir e a ti conquistar, forte e sem medos a ti dominar, sem mágoas e sem segredos, armar moradas sem degredos em brancas areias de praias ignaras onde apaixonada deságuas teus prazeres, desejos e teus brinquedos.
Vim, guerreiro atrevido,
assenhoreando-me de tuas vontades, de teus sentidos atento a teus anseios - manifestos ou contidos - sem temer os riscos, sem vislumbrar os perigos ou responsabilidades do conquistador com os conquistados.
Vim convicto, mas sem alardes,
sem medo de teus anseios assustados e ariscos, dominados, mas amigos, e possuindo-te por noites, manhãs e tardes, como bem cabe ao invasor: palmilhando teu regaço, transgredindo teu espaço de manso, sem opressão e sem açoites, ateando-te o fogo em que ainda ardes
Vim sem descanso, firme, sem tortura ou dor,
fazendo-me de manso teu senhor de direito, como se permite ao conquistador
Ontem, guerreiro atrevido,
lancei-me incansável e destemido a usurpar teus sentimentos, invadindo-te como um bandido Com fôlego, força e garra, lutei, percorrendo-te toda em todos os momentos e ousado, galhardo, te conquistei Hoje, guerreiro cansado, quedo-me mudo a teu lado sem forças para te reconquistar aguardando, inerte e calado, olhos baços, fundos, distantes e tristes, que no anverso desse jogo de amar, tu agora me conquistes