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Capitule 10 Satide mental e trabalho: uma proposta de intervencao em contextos organizacionais Tone Vasques-Menezes ‘Sénia Regina Pereira Fernandes Liliana Andolpho Magalbaes Guimaraes Eduardo de Paula Lima Introdugao © trabalho é concebido hoje como uma atividade que envolve o homem em todas suas dimens6es e exerce importante papel na construgio da subjetividade ‘humana e da satide mental. As relagdes entre satide mental e trabalho, em es- pecial, em envolvido considerivel producio cientifica desde a década de 1980, mental para reflexio acerca dos fatores de risco associados 20 adoecimento dos trabalhadores. Nao obstante, as ages voltadas para melhoria das condigoes de trabalho e satide ainda sao incipientes. Este capitulo tem como objetivo indicar possibilidades de intervengio em satide mental, em consonincia as principai abordagens teéricas adotadas na produgio ci No Brasil, do ponto de vista tedrico-metodolégico, quatro abordagens podem ser destacadas: estresse, psicodinimica do trabalho, ergonomia da atividade e abordagem epidemi foco das investigagées , consequentemente, is estratégias de intervengio nos ambientes de trabalho. Tais elementos sio considerados no presente capitulo, estruturado em trés segmentos: 'gica ocupacional. Nota-se que ha divergéncias quanto ao sone vasque Mo es - aa dt ng sea ges 1. O campo da satide mental e trabalho ~analisao trabalho na contemporang dade os fatores psicossociais de risco relacionados 20 trabalho e seus reflexo. na satide psiquica. Faz. uma apresentagio do campo de estudo ¢ indie legislagio nacional que possi gio e 0 reconhecimento 4 doengas provocadas pelo trabalho. 2. Os modos de fazer satide mental e trabalho ~ analisa as abordagens que lidam com a temética, suas aproximagdes e tensdes. Em especial, focaliza 6 ‘estresse ocupacional, psicodinamica do trabalho, ergonomia da atividad epi ja ocupacional, discutindo os modelos teérico-metodalégicos suas respectivas concepsdes de satide mental e trabalho. 3. Intervengio em Satide Mental e Trabalho — apresenta uma proposta ervencio no ambiente de trabalho, com foco na promogao da saiide. Sig assinalados os limites das agdes ¢ a necessidade de didlogo entre as éreas de gestio de pessoas ¢ da sade. © campo da satide mental e trabalho uma rede de relagbes interpessoais por (2007) e Jacques (2003) destacam que no trabalho, o homem sempre est em Contato e em conftonto com sua subjetividade. Da mesma forma, Ray (201 analisa 0 trabalho para além da necessidade de sobrevivéncia e destaca que pelo ato de trabalhar, o homem constréi e sustenta sua identidade individual € 0 senso de si mesmo, Se de um lado o trabalho € construtor de identidade permitindo qui hhomem perceba a si mesmo ¢ 0 outro, por outro lado, o trabalho alienado 0 trabalhador tornar-se irreconhecivel para sie para o outro, como di por Codo, Soratto e Vasques-Menezes (2004). © nao reconhecimento dé ‘mesmo naquilo que é construtor de sua identidade compromete a integridad do homem, seu bem estar ¢ sua satide mental. Adiscussio conceitual sobre a satide/doenga mental ea relevancia do trabalho ‘como categoria de anilise foi desenhada por diferentes eixos no decorrer dos anos. As primeiras dentincias sobre 0s efeitos nocivos do trabalho sobre asa 152 si ao a ropst de ier em coma xpiacens surgiram no contexto operirio, numa perspectiva moral e de higienizagao dos ambientes fabris (MENDES, 1995). A preocupasio com a ordem social, oriunda do cay época, gerou a exclusio daqueles que nao eram percebidos como participantes da sociedade produtiva (JACQUES, 2003). Ademais, possibilitou a introducio de uma medicina de fabrica e da regulamentagio de medidas de seguranga ou higiene no trabalho. Embora tais elementos ainda fossem is ismo crescente & lentes, permi- io de um campo de trabalho médico nas fabricas, protecio das cidades e atengio aos mais pobres (MENDES. 1995). A énfase nas politicas de gestio (gestio organizacional, gestio do trabalho) i do século XX, o desenvolvimento de estudos sobre motiva~ ‘40 ¢ satisfacio no trabalho, haja vista que a promogio de satide mental passou 4 ser reconhecida como parte necesséria & produtividade e a lucratividade (SELIGMANN-SILVA, 1994). Mas somente a partir da segunda metade do século XX, com os trabalhos de LeGuillant (1984) é que o trabalho comega a ser compreendido como fator constitutivo do adoecimento mental. Segundo Tittoni (1997), partir dessa época os estudos voltam- também & Enfoque conseutos Timportineia socal do Trabalhos elogdo Homem: Sentido do trabalho; Trobelho Retina de trabalho Controle sobre o trabalho. Relogbes Socal de Produga Rélacionamento com colegas e com chefs; (trabalho Suporte soc centatrabata) ‘Atiudes valores Aelagdo Homem-Hemem | dante do trabaho (Sentimentos do Tabalha- Valores pessoais, organzacionlse do trabalho Escalas que envolvem solimento pel ‘quico, bem estar no trabalho, burnout, aleoolisme,fadga por compas, Sofrimento prquico © Saide/Doenga Mental Fonte: Blagnéstico Intagrade do Trabaho (CODO, 2003), 260: ‘aide ment erate uma propa de wren contents ai 3. Aplicagdo do Inventéria: 0 ives deve ser construido de forma autoapl ‘ou on-line, depender da organizacao ¢ do pesquisador. Deve conter instrugées para preenchimento e ser encaminhado em paralelo a0 Terma de Consentimento Livre e Esclarecido informando os objetivos riscos da pesquisa (se for 0 caso), responsiveis e forma de devolugio dos resultados. No caso de pesquisa on-line rescindivel a definigao de um periodo para coleta de dados. 4. Os partcipantes: um trabalho de diagnéstico e intervengio em uma ins- tituiglo exige um esforgo censitario de participacio, ou seja, é necessirio que todas as unidades e os trabalhadores da organizacio participem. Algumas per- das ou niio inclusdo esto previstas como trabalhadores em férias ou afastados que por motivo de sade quer trabalho em outr loclidade, ou ainda a pedo de nao participacio. Contudo, o esforgo do responsivel envolvimento de todos. Quando a instituigo na qual se esta trabalhando é pode-se tar por um estudo amost 5. Preparasio do arguivo de dados: seri necessévia a digitagio das respostas ‘em um programa estatistico (coleta por meio de inventirio impresso) ou a importagio do arquivo para um programa estatistico (pesquisa on-line). 6. Anélise de dados guantitativos: a anélise quantitativa poderd abranger a estatftica descritiva e inferencial (correlacio, regressio, entre outras). A and- rar 05 subgrupos por unidade de trabalho, cargo, tempo de servigo, género, ida 7. Observastio da situaséo de trabalho ea andlise de tarefas/postos de trabalbo: 28 sessbes de observagio deverio ser efetuadas em horérios e dias distintos para tar melhor entendimento acerca do cotidiano de trabalho, considerando as variagdes nas rotinas de trabalho. Os observadores devem se pi ‘uma distincia suficiente do grupo focalizado para permitir visio ampla do local evitar sua interferéncia no processo de observasao. Sugere-se que a duracio de cada sessio de observagio seja estimada em duas horas, com intervalos de 15 minutos intercalados por cerca de dois minutos de descanso. Durante esas, efetuados 0s registros livres ou em planilhas pré-definidas ou em didrio de campo (relato de tudo que ocorre durante a pesquisa). Destaca-se que por meio desse procedimento é possivel captar diversas situagées que comple~ nar a aus ‘on vases Menenes tia ei Perera Foard Lan dl Maas mies dro dep ‘mentaram as informagbes obtidas pelos relatos dos trabalhadores como rot €-as relagdes sociais de trabalho, ritmos, tempos e urgéncias, ete r 8. Aplicasio das entrevisas e/ou grupo foal: toda entrevista ou grupo foe deve gerarinformagées relevantes: Uma fase importante do processo é preg ragio, que deve envolver objetivos claros e foco no que se pretende obter e cesses procedimentos, Devem-se explorar as percepgdes acerca do cotidian trabalho, rotinas, relagées de trabalho, aspectos de desmotivagio ou incentiya para o trabalho, experiéncias, perspectivas profissionais. ‘As entrevistas devem ser semiestruturadas, permitindo o acréscimo de ou itens que se fizerem necessérios para melhor compreensio das falas. Ante comegar a entrevista propriamente dita é necessério se estabelecer um rap com 0 entrevistado, informando o obj entrevistado,o tempo (médio) de duraglo da entrevista e 0 consentimento io. A pergunta inicial deve ser ampla e de facil resposta de forma ize 0 entrevistado a continuar colaborando com o entrevistador. bom exemplo seria: “Me fale sobre o seu dia de trabalbo.” As demais ques podem ser introduzidas ou suprimidas de acordo com o discurso de cada w dos entrevistados. No caso de diversidade de opinides ou percepedes sobre determinado tem; deve-se optar pelo grupo focal. Sugere-se que o grupo focal tenha dura, aproximada de duas Boras.O grupo focal é coordenado por um moderador e i observador. Para a formagao do grupo, recomenda-se uma composigdo mini de quatro e maxima de doze pessoas. roteito dos temas abordados no grupo focal é mai ido do que na entrevistas. Normalmente se trabalha, no maximo, com quatro temas ou t6pi de discussio. E importante que os grupos focais assegurem a heterogeneidade. dos participantes em termos de idade, estado civil, experiéncia profissional prévia, ‘entre outros. Antes de dar inicio & discussio do tema,o moderador apresenta linha do trabalho que o grupo desenvolveré e propée que os participantes fagam «sua apresentasio para o grupo. Nesse momento, o moderador se apresenta, no intuito de tornar mais facil 0 entrosamento entre os membros do grupo focal (csta apresentagio serve de modelo para as demais apresentagées). ‘Tanto nas entrevistas quanto no grupo focal, adota-se a légica da saturagio « quando se deve parar de buscar novos entrevistados ou novos gru- pos focais. Ou seja, quando as entrevistas ou os grupos focais nfo trouxerem dados novos. da entrevista, 0 que se espera | entrevista ou dos dados do grupo focal ;¢ reflexiva da entrevista ou dos dados do grupo focal); primeiro levantamento s. A anilise reflete os contetidos denot deverio ser genuinas, fd conotativos presentes no texto. As categor cexcludentes ¢ com itens coerentes entre leitura reflexiva (leitura mais atenciosa de categorias (tépicos significativos); 3) releitura das categorias com junio e/ou desdobraiento de categorias; e 4) definicao das categorias que serio agrupadas pelas temiticas/contetidos abordados ou explicitados. 10. Estudo comparativo des dados primdrios (do estudo em questio) com dades secundrios (de outros estudes eda epidemiologia):com a implantagio do NTEP é fundamental paraasinstituigdes o cotejamento dos problemas de sade mental de seus trabalhadores com a perspectiva coletiva de incidéncia,estatistica em outras igdes da mesma natureza econdmica e/ ou mesma categoria profissional. essa forma, é interessante a busca de referencial cientifco e a comparasio dos dados encontrados com aqueles disponiveis em outras instituigbes da mesma atividade econdmica ou mesma categoria profissional. Esse cotejamento seri de grande importincia para o desenvolvimento de agdes preventivas ecaracterizacio epidemiologica dos problemas de satide mental encontrados. 11. Divulgasao dos esultades: 0s resultados deverto ser divulgados em reuni- des, organizadas em dois momentos. Primeiro, com os gestores e, em seguida, com todos os trabalhadores. As diividas e divergéncias na compreensio dos resultados poderio ser esclarecidas. A reuniéo com os gestores é importante para o delineamento de um plano de ago visando a melhorias na relacéo trabalho-trabalhador. Consideragées finais A complexidade que envolve a relacio satide-trabalho faz que seja necessario incorporar diversos campos fares com vistas a possibilitar uma melhor ‘compreensio ¢ anilise dessa tematica. Diferentes abordagens teéricas tém sido adotadas, entretanto existem divergéncias te6rico-metodolégicas que refletem tanto nas investigasbes como nas intervengdes nos ambientes de trabalho. 281 ‘ne vnges Mews: Sa pin Perera Feros lana dlp Maes Gama de Pesquisas revelam que 0 adoecimento fisico ¢ mental dos trabalhad € uma realidade preocupante. Segundo a OMS (WORLD HEALTH GANIZATION, 2004) os transtornos mentais menores ocorrem e de 30% dos trabalhadores ¢ 0s transtornos mentais graves em algo en 10% (BRASIL, 2001), No entanto, dados da previdéncia social indicam transtornos mentais soa terceira maior incidéncia nos casos de auxilio-dog por incapacidade temporaria ou definitiva para o trabalho e por aposentid Por invalidez (BRASIL, 2001). As doensas osteomusculares como as agrupatid nna LER (lesdes por esforgo repetitive) ou DORT sio a maior causa de afases ‘mentos pelo INSS, entre as doengas consideradas ocupacionais. Dados de pesquisa de carter nacional realizada com trabalhadores em educacio most quea sindrome de Burnout atinge mais de 30% desses trabalhadores,o que le a um dado alarmante do problema (VASQUES-MENEZES, 2005). Apel dessas taxas de adoecimento, profissionais das unidades de atensao a satide d previdéncia social ou ligados acidentes ¢ doengas de trabalho e pericia médica apresentam, muitas ve grande dificuldade no diagnéstico, tratamento e acompanhamento dessas ede outras doengas do trabalhador. Dois aspectos podem ocorrer explicando essa dificuldade diagnésticg_ © primeiro diz respeito 3 multiplicidade de fatores que ocorrem na relasis individuo-trabalho no que se refere as doencas desencadeadas pelo trabalho. O; segundo refere-se ao fato de que essa multiplicidade envolve aspectos objetivos € subjetivos do trabalho e da relagio do trabalhador com o seu trabalho o que. dificulta ainda mais 0 diagnéstico. Q Além disso, apesar do avango na concepslo de saiide, existe uma contami nagio desse campo pela nogdo de daenga que advém da area da Satide Coleti do alguns impasses na investigacdo e na intervengio. Na realidade brasi-. ia, a Portaria n° 1339/GM de 18/11/1999 avanga ao indicar 08 Transtornos. ‘¢ de Comportamento Relacionados ao Trabalho, porém hé que ressaltar’ lade de ages que conduzam 20 reconhecimento desses nexos e dos” nexos epidemiol6gicos, bem como a necessidade de intervengdes nos ambientes,- de trabalho que promovam a satide dos trabalhadores envolvidos. Nesse sen € que se observa a importincia da discussio do tema sade mental e trabalho com os gestores e as organizagées de trabalho. tos estudos realizados na nossa realidade apontam para um conjunto de is que sto associadas 20s transtornos mentais e, assim, possibilitam de 68 lo vata: una ropes eterno em cn epracenas forma preventivaa adogao de intervengées nos contextos de trabalho com vistas L 4 promogao da satide dos envolvidos. O estabelecimento das ages preventivas pode ser pautado,& luz dos achados obtidos, por intervengées que se direcionem a suide fisica ¢ mental do trabalhador, integragio social com a realizagio de F atividades de lazer ativo atividade de controle do estresse, melhoria da quali- | dade de vida no trabalho, mudangas na organizagao do trabalho, abertura de E canais de comunicagao entre os diferentes niveis de hierarquia, entre outros. & Com relagio a aferigao do efcito a satide mental a ser investigado, cabe © destacar que um dos instrumentos de pesquisa mais empregados para men- surar Transtornos Mentais Comuns, o Self Report Questionnaire ~ SRQ-20 (MARI; WILLIANS, 1986), tem sido largamente utilizado no pais em es- | tudos populacionais gerais e com trabalhadores ¢ revelam bom desempenho desse instrumento na avaliacio ¢ triagem de morbidade. Os resultados obtidos representam informacio itil para a gesto em satide, podendo cont intervengdes nos contextos de trabalho insumo para discusses mais amplas de gestio de em satide mentale trabalho. Referéncias ANDRADE, A.L.; FROSSARD, V.Produsio cientifca sobre fatores hamanos no trabalho: andlisea parti de periddico brasil Pucolegia: Orgonizares ¢ Taba, . 13, 1.1,p. 89-98, 2013. BORGES, L. 0; GUIMARAES, L. A.M; SILVA, $.$. Diagnésico e promosio de saide piquicano trabalhoIn;__; MOURAO,L. (Orgs). Orabelioe ar organizaie atuagdes a partir da psicologia, Artmed, 2013, 381-618 Sf —__s PONTE, }.R-T,, VITULLO, G. E. (Orgs). Ser bancdri, Editora CRY, 2013, BRAS rio da Sade, Doengas Relaciosadas a0 Trabalho ~ Manual de procedimentos para os servigos de side, 2001. . Ministerio do"Trabalho, Portarian® 25 de 29 de dezembo, 1994. BRIDGES, W. Um mando sem empreges.Makson Books, 1995. CAMARGO,D. A NEVES, $.N.H. Transtoros ments sade mental e trabalho. In: GUIMARAES, L. A.M, GRUBITS, S (Eds). 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Alguns autores tém enfatizado a necessidade de se investigar ¢ aprofundar teorias, estudos ¢ aplicagdes priticas acerca das caracteristicas, estados e comportamentos positivos dos individuos “has organizagoes (BAKKER; SCHAUFELI, 2008). Por exemplo, Silva (2002) cnfatiaa a importincia do conceito de satide integral no contexto da psicologia. da satide ocupacional positiva. O autor salienta que as organizagdes devem preocupar-se no s6 com a auséncia de sintomas dos seus trabalhadores, mas devem agir para a promogio e prevencio destes. Sao estas agbes e preocupagbes, com a satide integral que tém emergido como um novo paradigma da psicologia da satide ocupacional positiva, Essa perspectiva enfoca os fatores de protegao 4 satide, aquilo que transforma ou melhora as respostas aos fatores envolvidos no processo de satide-doensa. Ainda, no contexto desta abordagem, salientam-se fer-relacionados que tém sido objeto de intimeros trabalhos 0: 0 bem-estar,0 florescimento 0 engajamento. para se compreender € explicar 0 ologia organizacional posi- Essas pesquisas visam nao s6 cot papel que as emogdes positivas podem ter no comportamento dos individuos a

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