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DINHEIRO E FÉ.

ISSO PODE DAR


CERTO?
Por que tantas igrejas só falam de dinheiro​?

Qual a razão da Bíblia falar de dinheiro​?

Há de fato o perigo de Deus mandar uma praga de gafanhotos para


destruir tudo que tenho​?

Será que é por eu não ser dizimista que as coisas não estão dando certo
na minha vida​?

Como ser fiel a Deus nas finanças? Qual a importância disso​?

​ Quando a fé se mistura com o dinheiro não é algo apenas religioso é um



negócio. as doações mediante promessas de uma vida terrena ou
celestial melhor [...] deve ser encarada com um negócio" Carlos Richinitti
- Desembargador Federal

TORNARAM O DINHEIRO SAGRADO E A FÉ


PROFANA.
A sentença do desembargador Carlos Eduardo Richinitti num caso em que um
fiel da igreja Mundial do Poder de Deus pede o ressarcimento DOS DÍZÍMOS,
me chamou a atenção para o tamanho do problema que o tema Dízimo e
Oferta se tornou para a Igreja no Brasil.

Este tema não é um tema fácil de se tratar e nem tão pouco de ensinar. Há em
torno dele as mais diversas interpretações, muitas ruins, outras nem tanto, mas
insuficientes.

Contudo boa parte da igreja ou dá atenção demasiada, ou simplesmente toca


no assunto com tanta vergonha, que já é quase possível que algum líder, ao
invés de pedir e lembrar os irmãos sobre o momento de se ofertar, faça é pedir
desculpa por ter que tocar no assunto.

Porque toda a discussão parte da interpretação equivocada do que representa


o dinheiro, o significado disso para a vida do crente e consequentemente para
a vida da igreja.
EXISTE DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO?

Essa pergunta deve estar no Top 10 dos questionamentos que recebo.

Mas por que tanta dúvida em relação ao Dízimo? ​Falta de falar sobre isso?
Creio que não. Não sou o único a escrever sobre isso por aqui. Há muita gente
competente falando sobre isso.

O que é então?

Desde que a Igreja Universal do Reino de Deus e as suas coirmãs se


espalharam pelo Brasil, com presença quase que onipresente na TV, Rádio e
Internet o assunto Dízimo e Ofertas extrapolou os limites do ensino na Escola
Bíblica Dominical e passou a ser pauta nos jornais e entre blogueiros cristãos
ou não.

Então​ ​o tema​ DINHEIRO E FÉ, ​deixou de ser tratado como um assunto


meramente teológico para se tornar tese de sociologia e de debates calorosos
nas redes sociais​. ​Falar sobre dinheiro no contexto da igreja deveria ser um
assunto tranquilo, mas não é mesmo.

Um outro problema é que em muitas igrejas, não há clareza de como ela lida
com o que é arrecadado. Não há transparência e não há prestação de contas.
Poucas denominações são criteriosas com este tema. Por isso há quem deseje
que as igrejas sejam taxadas com impostos. ​Isso tudo nos gera algumas
dúvidas:

Como lidar com as finanças do ponto de vista da Bíblia? Há uma maneira


de ser fiel a Deus não sendo fiel com suas finanças?
VAMOS VER NESTE ESTUDO BÍBLICO:
De onde vem o recurso que você possui?
O que significa dízimo?
A matemática financeira cristã é simples!

A Bíblia nos ensina como proceder em relação a este assunto. E aqui neste
estudo bíblico você vai poder ler um pouco mais sobre isso. O ponto de partida
e a minha convicção e quero dividi-la com você; eu creio sinceramente creio
que Deus não precisa de Dinheiro para ser o nosso Pai e nem é o nosso Pai
por conta do Dinheiro, contudo a forma como você decidiu lidar com esse
assunto pode afetar a sua relação com Ele.

Dividimos o tema utilizando um principio Bíblico que está no Salmo 24:

Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem;
pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas. Quem
poderá subir o monte do Senhor? Quem poderá entrar no seu Santo Lugar?
Aquele que tem as mãos limpas e o coração puro, que não recorre aos ídolos
nem jura por deuses falsos. Ele receberá bênçãos do Senhor, e Deus, o seu
Salvador lhe fará justiça. (Salmos 24:1-5– NVI).

DE ONDE VEM OS RECURSOS QUE VOCÊ


POSSUI?
Tudo que você possui tem uma origem. Procede de Deus. É exatamente aqui
que comentemos um grande erro e pecamos contra o Pai. ​Achamos que o
fruto do nosso trabalho nos confere a origem dos recursos que
possuímos.

Para além de todo debate sobre capital e trabalho, que desde a revolução
industrial vem pautando as políticas das nações, e agora nestes últimos dias
vem pautando o debate cristão sobre igreja x ideologias politicas e
econômicas, ​o tema do trabalho e remuneração é um tema teológico.
O CASTIGO PARA A QUEDA FOI O SUOR E NÃO O TRABALHO.

O trabalho existe desde antes mesmo à queda da raça humana. Cuidar do


jardim era a nossa vocação e era o nosso trabalho. Ficou complicado e geraria
suor desde então, portanto a fadiga foi o castigo e não o trabalho (Gn 3).

O problema não é o trabalho e nem mesmo a remuneração obtida do mesmo.


Antes da queda O SALÁRIO ERA PODER DESFRUTAR DO JARDIM e de
tudo que tinha lá fruto do trabalho que era o domínio e a guarda dele. Hoje o
SALÁRIO são algumas moedas no final do mês fruto de uma atividade.

VOCÊ NÃO FAZ PARA MERECER.

Não pretendo falar aqui sobre tudo o que representa o trabalho e a


remuneração, mas uma coisa deve ficar clara: o trabalho não é CASTIGO e o
SALÁRIO que é o resultado do seu suor, não é fruto do seu MÉRITO.

O Trabalho como você já sabe é algo que SENHOR nos deu como presente. É
a nossa participação com ELE na manutenção da obra criada por suas mãos. É
a graça dele em ação.

Já o Salário não é mérito seu. É exatamente esse conceito que precisa ficar
claro. Salário não é o resultado do seu esforço, é o resultado da graça de Deus
sobre nós. Todo o recurso que envolveu toda a cadeia de produção não surgiu
do nada. Estava aqui (e está se esgotando!) e é do Senhor, portanto ainda é o
mesmo JARDIM que Ele criou e nos deixou como fiéis depositários. Você não
está recebendo por merecer, está recebendo porque é Dele e Ele permitiu que
você usufruísse.

TEMOS UM PROBLEMA

Não quero e não vou entrar em temas de sistemas econômicos aqui. Mas da
mesma forma que o SALÁRIO não é um mérito, o LUCRO também não. Todo a
obra criada foi feita para que cada habitante do planeta pudesse usufruir
igualmente de tudo que está aqui.

Quando lemos em Mateus 6.33 ​“[...] buscar o Seu Reino e a sua Justiça”
buscar o Reino está claro. Mas e a Justiça? O que é Justiça de Deus ou do
Reino.

JUSTIÇA DIVINA

Justiça de Deus é quando ​TODOS usufruam de TUDO que Deus nos DEU e
de TUDO que ele É. ​Quando buscamos esse equilíbrio, estamos buscando a
justiça de Deus.

Significa que mesmo que você ache que a meritrocracia seja uma alternativa
para o mundo, a Bíblia não fala dela em lugar algum. A Bíblia relata sim que o
maior sirva o menor, que a lei do jubileu da terra seja cumprindo a cada 50
anos, que a viúva e o órfão não sejam desamparados. Em todo caso, antes
que você fique com raiva de mim, não creio que o socialismo seja o caminho
para nada, bem como também o liberalismo econômico também não o é.
Nenhum dos dois são a resposta para este mundo caído. Somente Cristo o é.
Ficou mais em paz agora?

NÃO ADIANTA QUE É AMA O IRMÃO SE NÃO DISTRIBUI OS LUCROS DE


MANEIRA JUSTA​.

De repente você é o cara que distribui as riquezas de Deus. Em outras


palavras você é o patrão. Como é que fica?

Bom você é a parte do processo que deveria entender o que é buscar a


Justiça. Você é, para usar o termo da linha de montagem, o ponto de
distribuição de todo os outros processos.

O LUCRO É PECADO?

Não, nunca foi. Mas a usura é. Ter lucro não é pecado, amar mais o seu lucro
do que o seu irmão é pecado. E é um tipo de pecado classificado como
idolatria. Que é o tipo de pecado ​que “[..]atrai a ira de Deus “(​Colossenses
3.4-6) leia também levítico 19.

O QUE SIGNIFICA DIZIMO?


Tanta gente ​procura uma palavra sobre ofertas e Dízimos ​que seja clara,
convincente e, para alguns, rentável.

Há igrejas que investem um terço do culto só neste momento. Há, pasme, um


curso para preparar um tipo de “puxador de dízimos e ofertas”. Daí a pergunta
clássica: ​“o Novo Testamento fala alguma coisa sobre dízimo? Isso não é coisa
só do Antigo Testamento?”​.

A BÍBLIA TODA FALA SOBRE DINHEIRO.

Vou falar de forma simplificada como a Bíblia fala sobre dízimo, e


principalmente no Novo Testamento. A ideia é rachar a pizza.

Vendo por este ângulo, o dízimo é a parte que cada um de nós deveria juntar
para poder custear todo trabalho da Igreja. Da maneira como está a base de
cálculo é a ​capacidade financeira ​dos membros, e ​não a necessidade de
investimento da igreja​.

Quando partimos do que TEMOS para daí dizer o que vamos FAZER. Isso é
um bom princípio da administração, contudo não é bíblico. Quando nós
colocamos a nossa vocação debaixo da servidão dos recursos invertermos o
senhorio ou colocamos em disputa dois SENHORES pela nossa vida e
vocação.

Ou amamos ao SENHOR DEUS e fazemos tudo quanto ELE mandou ou


servimos ao deus dinheiro e fazemos tudo quanto ele disse que é possível
fazer.

É loucura! Sim, não foi isso que Paulo quis dizer quando disse que ​“[...]a
sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus. Pois está escrito: "Ele
apanha os sábios na astúcia deles​" (1 Coríntios 3:19).

NA PRÁTICA COMO FUNCIONA?

Antes de qualquer coisa preciso dizer que fui durante muitos anos pastor de
uma congregação local. Tinha todos os problemas relacionados a dinheiro que
uma igreja pequena poderia ter. Então sei bem o que significa dar passos de fé
todos os dias em torno dos projetos que envolvem a nossa vocação.

A ideia da contribuição partir do cumprimento da nossa vocação como igreja


local, que é a soma de todos os vocacionados que estão ali congregados (falo
mais sobre esse assunto depois), segue este roteiro:

Vamos imaginar que uma igreja tenha os seguintes projetos:

● Missionários em campo transcultural (que é o meu caso heheh)


● Uma creche
● Um orfanato
● Uma escola profissionalizante
● As despesas para celebração das reuniões
● Membros remunerados (músicos (viu inclui os músicos como parte da
igreja , pastores, educadores etc.)

E tudo isso tivesse um custo ​X. ​Certo?

Esse custo seria dividido entre as famílias de forma ​EQUITATIVA (quem pode
mais, daria mais. Quem pode menos, menos) que é a forma como Deus
distribuiu os recursos entre seus filhos.

Então o dízimo (teria ainda esse nome) seria como RACHAR A PIZZA. Só que
não vamos decidir se vamos comer ou não uma pizza olhando para os nossos
recursos, vamos olhar para o nosso chamado e daí vamos dividir entre nós a
partir daquilo que DEUS NOS DEU PARA GUARDAR. Afinal você já sabe que
tudo que temos nas mãos é dele para que possamos por em prática a nossa
vocação.
ISSO ELIMINARIA UMA SÉRIE DE PROBLEMAS

Do jeito que a coisa está posta entre nós, a igreja se comporta como um
buraco sem fundo. Se inverter a lógica, ou seja, agimos segundo a nossa
vocação de acordo com aquilo que o PAI JÁ DISTRIBUIU entre nós,
evitaríamos dois problemas:

1. Não correríamos o risco de recebermos uma carta dizendo a respeito de


nós:​ [...]Você diz: Estou rico, adquiri riquezas e não preciso de nada.
Não reconhece, porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre,
cego e que está nu.[...] Apocalipse 3:17
2. Não teríamos tanta gente achando que DÍZIMO é um tipo de imposto
bíblico que depois de pago, ele me dá uma cobertura contra tipos de
GAFANHOTOS.

A matemática financeira cristã é simples!

TE CONTARAM UMA MENTIRA, DEUS NÃO TEM SÓCIOS.

Então vamos lá. ​A matemática financeira cristã é simples​, você continua


sendo a pessoa ​que não tem nada​, ​não merece nada​ e ​tudo ​que agora está
na sua mão tem um ​único dono: DEUS.

Durante um tempo havia uma ideia de que Deus fica com 10% e você com
90% um tipo de consolo sabe? Teve gente que ensinou aos irmãos a história
que Deus tem um sócio e esse sócio é você, onde ele fica só (coitado!) com
10% e você (PASME!) 90%.

Preciso te dizer que você não é sócio de Deus. Te contaram uma mentira. ​Ele
não tem sócio​. TUDO É DELE, inclusive os tais 90% que ficam com você!

TUDO É DELE, POR MEIO DELE E PARA ELE.

Aqui se aplica um princípio bíblico da vocação. Nós não fomos chamados para
construirmos impérios. Fomos chamados para VIVER dele, por MEIO dele e
PARA ele. Essa é a nossa vocação e implica tudo que está conosco, inclusive
o dinheiro.
A nossa vocação define o nosso estilo de viver e as prioridades que nos
impomos todos os dias. Esse estilo implica em viver para que a Glória de Deus
seja manifesta a todos em todos os lugares do planeta. Vivemos com a
expectativa de quem vive [...] como a peregrinos e forasteiros, que vos
abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma; (1
Pedro 2.11).

A nossa vocação define a nossa vida e no que vamos colocar os recursos


(inclusive o dinheiro). A nossa vida é viver ​em missão​. E tudo que nos cerca
esta a serviço dela.

Hoje você mora onde mora, usufrui o que usufrui com o proposito único
de ​estar em missão​. E se isso nunca te passou pela cabeça, lamento te
informar, ​você está em pecado a mais tempo que pensava​.

A maneira como você vai desfrutar o que Deus confiou a você, se não reflete
uma vida missionária, não vai refletir a identidade do nosso Pai. Ele está em
Missão e seus filhos também estão. Se você não está onde o Pai está, onde
você esta?

DINHEIRO E FÉ. ISSO PODE DAR CERTO?


Sim, até porque o dinheiro está a serviço da nossa vocação. Vimos isto neste
estudo.

Quando abordamos a questão do dízimo e o que significa esta prática no Novo


Testamento, falamos sobre como Deus espera que seus filhos e filhas
sirvam-no de forma integral. Até porque não é possível entregar para Deus
alguma coisa, o que podemos fazer é devolver, e quando fazemos isso da
maneira errada ou pelo motivo errado entramos na condenação de Pedro a
Ananias e Safira (Atos 5).

Ao mesmo tempo que não somos obrigados a fazer pela igreja, somos levados
a entender que se não o fizermos não estamos agindo pelo Espírito.

Até aqui também expliquei o que significa uma vida de fidelidade. Ela consiste
na prática de uma vida onde ​você não pode gastar o que está com você do
jeito que quer.

DEVOLVA NA SUA CASA E NA CASA DO SEU PAI

A Bíblia fala de dois lugares seguros para você investir os recursos que você
tem sob seus cuidados. E nesses dois lugares, que acredito serem os lugares
mais seguros da face da terra, eles devem gerar atos que traduzam a sua
vocação.

NA SUA CASA (SUA FAMÍLIA)

A ideia do sacerdócio do crente se aplica também aqui: a sua própria casa. A


vida não existe fora de Cristo. Não existe uma esfera onde Ele está e outra
onde ele não está. Portanto mesmo quando você vai ao mercado fazer a
compra do mês, você não está fazendo isso fora de Cristo. Então tudo que
você põe dentro de casa deve expressar este lugar. Quando falo sobre o que
se coloca dentro de casa, falo de tudo.

Se você está em Cristo, sua casa também está. Estando em Cristo não há
outra coisa a ser feita ou vivida a não ser a vida de Cristo. E ele está em
Missão. Sua casa também deve estar e tudo que está lá dentro deve expressar
isso.

Você precisa entender: tudo que envolve a sua vida, e no caso aqui as suas
finanças, se não estiverem em missão, não estão traduzindo o lugar onde elas
estão, ou seja, EM CRISTO. E isto é pecado.

Portanto tudo que você possui tem que ter uma finalidade: ​MISSÃO​.

É bom verificar se de fato os recursos que N​ÃO SÃO SEUS ​estão cumprindo a
função que O ​VERDADEIRO DONO DELES ​desejou.

NA FAMÍLIA DELE (SUA IGREJA).

Grande parte dos irmãos e irmãs que conheço entendem o dízimo como um
imposto. Por isso eles dizem PAGAR. o dízimo e não devolver.

Esse pensamento é um desvio doutrinário muito sério. Devolver o dízimo não


te dá posse do que ficou com você, acho que você entendeu que Deus não tem
sócios.

Então investir em áreas onde a comunidade de fé está atuando é um bom jeito


de dar destino aos recursos que estão contigo e que são do PAI para ajudar a
sua comunidade a cumprir a vocação dela.

PENSANDO BEM.

Acho que como eu você também crê que todos nós vamos dar conta de tudo
diante do Pai, certo?

Sendo assim aquilo que você ​DEVOLVEU​, não está mais sobre seu cuidado
certo?
ENTÃO QUANTO MENOS VOCÊ TEM, e QUANTO MAIS VOCÊ INVESTE O
DINHEIRO QUE É DELE NAQUILO QUE ELE GASTARIA, MENOS
PROBLEMA COM O DONO DO DINHEIRO​.

Legal não é?

Se eu puder fazer algo por você me avise

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