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LOTEAMENTOS
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Aluno de Graduação em Engenharia Civil,Universidade São Francisco; Campus Bragança
Paulista, Ra 001201502386, 001201501132, 001201502401, 001201502670
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Professor orientador da disciplina de Hidráulica de Canais, Universidade São Francisco;
Campus Bragança Paulista
1 INTRODUÇÃO
Primeiramente deve-se o que é microdrenagem, o que é difícil por sinal. Alguns definem
salientando uma área de 120ha e outros definem como o escoamento superficial nas ruas,
as bocas de lobos e as galerias de águas pluviais. Para confundir mais o assunto alguns
definem tubos pequenos como aqueles que conduzem no máximo 0,57m³/s e tubos
grandes quando conduzem mais que 0,57m³/s. Não existe uma definição e conceito aceito
por todos os especialistas.
Conforme Nicklow, 2001 quando a chuva cai sobre uma superfície pavimentada forma
uma camada de água que vai aumentando cada vez mais causando problemas no tráfego
de veículos, causando problemas de aquaplanagem e visibilidade.
Primeiramente devemos esclarecer que não existe norma da ABNT sobre galerias de
águas pluviais urbanas.
Em 1986 foi lançado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e
Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB), o livro Drenagem
Urbana- manual de projeto, elaborado pela equipe técnica do DAEE. Este livro tornou-se
o padrão brasileiro de drenagem sendo usado até hoje.
No Brasil as galerias de águas pluviais são calculadas como condutos livres com os tubos
trabalhando a seção plena: 2/3D, 0,80D ou 0,83D.
Existem regiões como o County Clark nos Estados Unidos, que usam a água pluvial como
rede pressurizada até o máximo de 1,5m acima da geratriz superior da tubulação. Para a
pressurização é necessário que as juntas sejam estanques ao vazamento ou que pelo menos
suporte até 1,5m de pressão. Assim são usadas juntas elásticas ou juntas especiais. Nestas
redes é comum se calcular os dois gradientes, o hidráulico e de energia de modo que o
gradiente de energia não saia do perfil da vala de escavação.
Para o Brasil podemos considerar como pressurização máxima em tubos de águas
pluviais de 1,20m de coluna de água, o que é o mais recomendado.
Nas redes pressurizadas temos ampliações de rede curvas sem o uso de PVC, mas usando-
se a regra de que os poços de visita estejam no máximo a 120m de distância um do outro.
Mesmo quando se calculam redes pressurizadas existem trechos próximos do lançamento
das águas pluviais como lagos e rios em que o conduto é livre.
O manual de projetos de hidráulica do Texas admite a utilização de galerias de águas
pluviais pressurizadas e em condutos livres, porém recomenda o uso de condutos livres
salientando que o diâmetro mínimo aconselhável de uma galeria deve ser de 600mm.
2 Revisão Bibliográfica
Temos dois gradientes muito importantes em canais e condutos livres e que são o
gradiente de energia e o gradiente hidráulico.
𝑽𝟐𝟏
𝑯 = 𝒁𝟏 + 𝒚𝟏 +
𝟐𝒈
2.1.2 Linha de gradiente hidráulico
𝑯𝟏 = 𝒛𝟏 + 𝒚𝟏
A linha de energia não poderá ser superior ao poço de visita de uma galeria e nem passar
do nível do terreno.
As galerias pluviais são projetadas como condutos livres para funcionamento a seção
plena para a vazão do projeto. A velocidade depende do material a ser usado.
A velocidade mínima para tubos de concreto deverá ser de 0,65m/s e a máxima de 5,0m/s.
O recobrimento mínimo é de 1,00 m.
Os diâmetros das tubulações comerciais padronizados são é: 0,30m (concreto simples,
não é armado Classe PS-1 da ABNT NBR 8890/2003); 0,40m (pode ser armado); 0,50m
(tubo com armadura Classe PA-2 da NBR 8890/2003); 0,60m (tubo com armadura)
0,80m (tubo com armadura); 1,00m (tubo com armadura); 1,20m (tubo com armadura);
1,50m. (tubo com armadura); Acima de 1,50m usarmos aduelas de concreto.
Existem tubos com junta rígida ou junta elástica. Os tubos comumente usados conforme
a profundidade e a especificação da obra são das Classes: PA-1, PA-2, PA-3, PA-4 e PS-
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Os comprimentos dos tubos normalmente são de 1,00m, mas podem ser de 1,50m.
Acima do diâmetro de 1,50m usam-se aduelas de concreto padronizadas pela norma da
ABNT NBR 15396. A largura e altura das aduelas variam de 1,00m até 4,0m sendo a
junta de encaixe tipo macho-fêmea.
𝟐 𝟏
𝐐 = (𝒏−𝟏 ) × 𝑨 × 𝑹𝟑 × 𝑺𝟐
Q= vazão (m³/s);
A= área molhada da seção (m²)
R= raio hidráulico (m);
S= declividade (m/m).
𝟏 𝟐 𝟏
𝑽= × 𝟎, 𝟑𝟗𝟕 × 𝑫𝟑 × 𝑺𝟐
𝒏
𝟏 𝟖 𝟏
𝑸= × 𝟎, 𝟑𝟏𝟐 × 𝑫𝟑 × 𝑺𝟐
𝒏
𝟏 𝟑
𝑫 = [(𝑸 × 𝒏)/ (𝟎, 𝟑𝟏𝟐 × 𝑺𝟐 )]
𝟖
Sendo:
V= velocidade (m/s);
R= raio hidráulico (m);
S= declividade (m/m);
n= coeficiente de rugosidade de Manning;
D= diâmetro do tubo (m);
Q= vazão (m³/s).
6 SARGETÕES
7 BOCAS DE LOBO
Deverão ser localizadas de maneira a não permitir que o escoamento superficial fique
indefinido, com a criação de zonas mortas. A boca de lobo de concreto típica tem 1,00 de
comprimento com 0,30m de altura e 0,15m de espessura. A abertura começa com 0,10m
e atinge cerca de 0,20m em forma de arco.
Serão consideradas até quatro bocas de lobo em série com capacidade máxima de 50 L/s
cada uma. A locação das bocas de lobo oferece as seguintes recomendações:
Uma boca de lobo tem geralmente a largura da guia que é de 1,00m. A outra dimensão
perpendicular a rua é de 0,60m e a profundidade é sempre maior que 0,60m sendo na
maioria dos casos 0,80m ou 1,00m.
As bocas de lobo são construídas em alvenaria de tijolos ou de bloco de concreto
estrutural.
8 POÇOS DE VISITA
O poço de visita tem a função primordial de permitir o acesso às canalizações para efeito
de limpeza e inspeção, de modo que se possam mantê-las em bom estado de
funcionamento.
Deverão atender as mudanças de direção, de diâmetro e de declividade, a coleta das águas
das bocas de lobo, ao entroncamento das diversas galerias (máximo de 4, sendo 3 entradas
e uma saída). Quando a diferença de nível entre o tubo afluente e efluente for superior a
0,70m, o poço de visita será denominado de quebra.
9 CAIXAS DE LIGAÇÃO E TUBOS DE LIGAÇÃO
São caixas que recebem os tubos de ligação onde estão as bocas de lobo. São caixas
mortas onde o poço de visita não é visitável. Possuem uma tampa de concreto que pode
ser retirada após o rompimento da pavimentação e escavação.
O objetivo de se fazer as caixas de ligação é a economia no poço de visita, mas a tendência
da mesma é de não ser mais executada e sim um poço de visita.
10 MUROS DE TESTA
Serão construídos no final das galerias, quando estas atingirem os canais a serem
projetados. Aliás, as cotas das galerias que atingirão o muro de testa, deverão ser
verificadas quando os canais forem projetados.
11 SEÇÃO PLENA
A águas pluviais serão calculadas para a seção plena embora a vazão máxima seja a 93%
do diâmetro da secção.
Em canais conforme recomendação da FHWA, 1996 deve se deixar no mínimo 0,15m de
borda livre.
A EPUSP usa 85% da seção plena para dimensionamento de galerias de águas pluviais,
conforme Microdrenagem, Drenagem Urbana de 10/outubro/ 2000.
Algumas cidades do Estado de São Paulo adotam y/D=0,67, igual a instalações prediais
de águas pluviais.
Adota-se para dimensionamento y=0,80D.
12 LOCALIZAÇÃO DAS GALERIAS
As galerias serão projetadas sempre que possível em tubos circulares de concreto, com
diâmetro mínimo de 0,60m e máximo de 1,50m dimensionados pela fórmula de Manning
com n=0,0135 ou outro a escolher.
14 VELOCIDADE NA SARGETA
De modo geral a velocidade máxima nas sarjetas é de 3,5m/s podendo chegar até 4,0m/s.
Paulo Sampaio Wilken recomendava o máximo de 3,00m/s. Observa-se que a velocidade
na galeria de concreto é maior que a velocidade na sarjeta.
15 RECOBRIMENTO MÍNIMO
16 PROFUNDIDADE MÁXIMA
17 TUBULAÇÕES
Os tubos das galerias serão circulares de concreto deverão obedecer a NBR 8890/ 2003
da ABNT para Tubos de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos
sanitários- requisitos e métodos de ensaio. O comprimento pode ser de 1,00m ou 1,50m.
Os tubos Classe PS-1 são de concreto simples e os tubos Classe PA-2 são de concreto
armado.
As larguras das valas dependem da profundidade da mesma.
18 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO E VAZÕES DE PROJETO
𝒕𝒄𝒊 = 𝒕𝒄 × (𝒊 − 𝟏) + 𝒕𝒑𝒊
Sendo:
tc (i-1)=tempo de concentração do trecho anterior;
tpi= tempo de concentração do trecho i.
19 SARGETAS
A sarjeta padrão de concreto tem 1,00m de comprimento, vão livre de 0,80m, altura de
0,30m, largura de 0,15m e altura livre de 0,15m.
Em ruas com menor declividade usa-se somente a entrada de água com a sarjeta, mas em
ruas com maiores declividades é comum se usar também as grelhas ou grades.
Por segurança em ruas com mais declividades são feitas no mínimo bocas de lobo duplas
para garantir o engolimento das águas pluviais.
Nas sarjetas a velocidade máxima deve ser menor que 3 m/s e a velocidade mínima devem
ser maiores que 0,5 m/s (EPUSP, Drenagem Urbana).
As larguras da sarjeta normalmente adotadas são: 0,30 m; 0,40m; 0,45m; 0,50m; 0,60m;
0,90m; 1,00m.
A capacidade de condução da rua ou da sarjeta pode ser calculada a partir de duas
hipóteses:
a) a água escoando por toda a calha da rua;
b) a água escoando só pelas sarjetas.
20 LIMITAÇÕES TÉCNICAS EM PROJETO DE MICRODRENAGEM
21 TEMPO DE ENTRADA
𝟏 𝟎,𝟔
𝟐,𝟐𝟔
𝜽 = 𝐬𝐢𝐧 𝜽 + 𝟐 (𝒏𝑸⁄𝑰𝟐 ) × 𝑫−𝟏,𝟔 × 𝜽𝟎,𝟒
Sendo:
𝜽 = ângulo central em radianos (rad)
y= altura da lâmina de água (m)
D= diâmetro da tubulação (m)
n= rugosidade de Manning (adimensional)
Q= vazão (m3/s)
I= declividade (m/m)
Como se pode ver na equação acima está na formula implícita, sendo impossível de se
separar o ângulo central 𝜽. Usam-se para isto alguns métodos de cálculo: Método de
tentativa e erros, Método da bissecção, Método de Newton-Raphson e Método das
Aproximações Sucessivas.
24 Resultado e discussão
25 Conclusão
Onde:
I=Intensidade de chuva em mm/h
T=Tempo de Retorno em anos
Tc= Tempo de concentração em minutos
Dados do Projeto:
Tc = 15 Minutos
T= 10 Anos
I= 2,14
Onde:
C = Coeficiente de escoamento (RunOff)
I = Intensidade de Chuva em mm/min
A=Área da Bacia em Hectáres
Dados: C
Para área impermeávél = 0,7
Para área permeávél = 0,35
A1 = 0,8491
A2 = 0,4588
A3 = 0,3578
A4 = 0,9071
A5 = 0,8965
A6 = 0,3602
A13 = 0,1951
Vazão das Bacias de Contribuição
Qc1 = 0,212205
Qc2 = 0,057331
Qc3 = 0,04471
Qc4 = 0,2267
Qc5 = 0,224051
Qc6 = 0,09002
Qc13 = 0,048759
Onde:
L = Comprimento de lâmina d'água
i = Inclinação da rua
Pm = Perímetro Molhado
h= Altura da lâmina d'água
Am = Área Molhada
Dados do
Projeto:
h= 0,13
i= 3%
L= 4,33
Pm = 4,46
Am = 0,28
RH = 0,06
Onde :
V= Velocidade
η = Coeficiente de rugosidade da sarjeta
Q = Vazão
A = Área Molhada
5-) Câlculo diâmetro dos Trechos
0,375
𝐷 = (𝜂 ∗ 𝑄𝑐 ∗ 𝑖 −1/2 )
Sendo:
D = Diâmetro do Trecho
η = Coeficiente de rugosidade
Qc = Vazão de Contribuição
i = Inclinação do trecho
Cota Terreno
Trecho Extenção Montante Jusante
1.1 58,55 863,564 862,215
1.2 23,53 862,215 861,495
1.3 30,72 861,495 860,19
1.4 71,3 860,19 848,764
1.5 9,55 848,764 848,5
Onde :
V= Velocidade
η = Coeficiente de rugosidade da sarjeta
RH = Raio Hidraulico
D = Diâmetro da galeria
Velocidade da galeria
Trecho RH i η Velocidade Obs.:
1.1 0,1737 0,023 0,013 3,634955109
1.2 0,1737 0,031 0,013 4,189013995
1.3 0,1737 0,042 0,013 4,935727527
1.4 0,1737 0,125 0,013 8,473058463 * 8,47 > 5,0 m/s, Portanto não atende
1.5 0,1737 0,028 0,013 3,981592451
Recálculo da Rede
Cota Terreno
Trecho Extenção Montante Jusante
1.1 58,55 863,564 862,215
1.2 23,53 862,215 861,495
1.3 30,72 861,495 860,19
1.4 17,825 860,19 857,33
1.5 17,825 857,33 854,48
1.6 17,825 854,48 851,62
1.7 17,825 851,62 848,76
1.8 9,55 848,764 848,5
26.2 Anexo II
Anexo III