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C2_3oTEO_MAT_conv_Rose 04/10/10 17:49 Página 1

FRENTE 1 Álgebra

MÓDULO 21 Logaritmos: Definição

1. DEFINIÇÃO
loga1 = 0 logaa = 1
Dados os números reais estritamente positivos a e
N, com a ≠ 1, chama-se logaritmo de N na base a o logaan = n alogaN = N
expoente α a que se deve elevar a para que a potência
obtida seja igual a N.
❑ Cologaritmo
❑ Simbolicamente Chama-se cologaritmo do número N na base a o
1 na base a.
logaN = α ⇔ aα = N logaritmo de ––
N
哭 Em símbolos:
1
❑ Nomenclatura cologaN = loga–––
N
N é o logaritmando ou antilogaritmo Observação
a é a base.
1
cologaN = loga––– = – logaN
␣ é o logaritmo. N

❑ Condições de existência ❑ Antilogaritmo


logaN existe se, e somente se: Da nomenclatura apresentada

logaN = α , decorre que N (logaritmando) é o antilo-


N>0 a>0 a≠1
garitmo de α na base a.
❑ Consequências da definição
Em símbolos:
Sendo a > 0, a ≠ 1, N > 0 e n real, decorre da
antilogaα = N ⇔ aα = N
definição que:

MÓDULO 22 Propriedades dos Logaritmos


1. PROPRIEDADES Observe que:

 
logaM = x ax = M
Sendo M > 0, N > 0, a > 0 e a ≠ 1, valem, para os logaN = y ⇔ ay = N ⇒
logaritmos, as seguintes propriedades: loga(M . N) = z az = M . N

⇒ az = M . N = ax . ay ⇔ az = ax + y ⇔ z = x + y
• loga(M . N) = logaM + logaN
Portanto,
M loga(M . N) = logaM + logaN
• loga––– = logaM – logaN
N
2. MUDANÇA DE BASE
• loga(Nm) = m . logaN,∀m ∈  Sendo N > 0, a > 0, b > 0, a ≠ 1 e b ≠ 1, temos:

logbN
n m logaN = ––––––––
• loga 
Nm = –––– . logaN, ∀m ∈ ,∀n ∈ * logba
n

–1
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Observe que: ❑ Consequências

 
logaN = x ax =N 1
by = N ⇒ (bz)x = N = by ⇔ logba = ––––––––
logbN = y ⇔ logab
logba = z bz = a
e
y
⇔ bzx = by ⇔ z . x = y ⇔x = ––– .
z
x
log yax = ––– . logba
logbN b y
Portanto, logaN = –––——
logba
satisfeitas as condições de existência.

MÓDULO 23 Função Logarítmica

1. DEFINIÇÃO • Esboçar o gráfico da função definida em  +* por


f(x) = log1/2x.
* → , tal que f(x) = log x, com
É a função f : + a Resolução
0 < a ≠ 1.
• Domínio = *+ x log1/2x
• Contradomínio = Imagem =   
1/8 3
Exemplos 1/4 2
• Esboçar o gráfico da função definida em +* por
1/2 1
f(x) = log2x.
Resolução 1 0

x log2x 2 –1
  4 –2
1/8 –3 8 –3
1/4 –2
 
1/2 –1
1 0 A função logarítmica de base a, 0 < a < 1, é es-
2 1 tritamente decrescente e contínua em +* . Assim, para
4 2 f(x) = log1/2x, temos o esboço:
8 3
 

A função logarítmica de base a > 1 é estritamente


crescente e contínua em +* . Assim, para f(x) = log2x,
temos o esboço:

Resumo
A função logarítmica, assim definida, é:
Injetora e Sobrejetora (Bijetora)

Estritamente crescente, se a >1

Estritamente decrescente, se 0 < a < 1

2–
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Conclusões De fato:
* →  a função bijetora, tal que f(x) = log x,
Seja f: + a
logax1 = logax2 ⇔ x1 = x2 > 0, se 0 < a ≠ 1
com a > 0 e a ≠ 1.
Utilizando a regra prática para a determinação de
logax1 < logax2 ⇔ 0 < x1 < x2, se a > 1
sua inversa, temos:
logax1 < logax2 ⇔ x1 > x2 > 0, se 0 < a < 1 1) y = logax;
2) x = logay (trocando x por y e y por x);

Gráficos 3) y = ax (“isolando” y).

Logo, a inversa da função f:  *+ → , tal que

f(x) = log x, é f–1:  → * , definida por


a +
f –1(x) = g(x) = ax.
Os gráficos de f e f –1 são, portanto, simétricos em
relação à reta de equação y = x (bissetriz dos quadran-
tes ímpares).

❑ Sinal do logaritmo

Para a > 1
Considerando f(x) = log2x e f –1(x) = 2x, temos para
logax > 0 ⇔ x > 1 alguns valores de x:
logax < 0 ⇔ 0 < x < 1
f(1) = log21 = 0 e f–1(0) = 20 = 1

Para 0 < a < 1 f(2) = log22 = 1 e f–1(1) = 21 = 2

logax > 0 ⇔ 0 < x < 1 f(4) = log24 = 2 e f–1(2) = 22 = 4


logax < 0 ⇔ x > 1
f(8) = log28 = 3 e f–1(3) = 23 = 8
1 = log ––
1 = – 1 e f –1(–1) = 2–1 = ––
1
Observação
( )
f ––
2 2
2 2
Sendo 0 < a ≠ 1, a função f: *+ → , tal que 1 = log ––
1 =–2 e f 1
f( ––
4)
–1(–2) = 2–2 = ––
2
f(x) = logax, é a inversa da função g :  → *+, 4 4
definida por g(x) = ax. 1 = log ––
1 =– 3 e f 1
f( ––
8)
–1(–3) = 2–3 = ––
2
8 8

–3
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MÓDULOS 24 e 25 Equações e Inequações Exponenciais e Logarítmicas

✍ Exercícios Resolvidos
7x – 7 – 5x – 15 2x – 22
⇒ ––––––––––––––– ≤ 0 ⇒ ––––––––– ≤ 0 ⇒
7(x + 3) 7(x + 3)

1. Resolver, em , a equação 25x – 6 . 5x + 5 = 0. ⇒ (2x – 22) . 7 . (x + 3) ≤ 0 e


Resolução
x ≠ – 3 ⇒ – 3 < x ≤ 11
25x – 6 . 5x + 5 = 0 ⇔ (52)x – 6 .(5x) + 5 = 0 ⇔

⇔ (5x)2 – 6 . (5x) + 5 = 0 De a e b, temos:


x>1
– 3 < x ≤ 11  ⇔ 1 < x ≤ 11
Substituindo-se 5x por y, resulta:
Resposta: V = {x ∈  | 1< x ≤ 11}
y2 – 6y + 5 = 0 ⇔ y = 1 ou y = 5

y = 1 ⇒ 5x = 50 ⇔ x = 0
4. Resolver, em , a inequação
y = 5 ⇒ 5x = 51 ⇔ x = 1
2 . log2(x2 – 3x – 10) log (x2 + 4x + 4)
3 2
Logo, o conjunto-verdade da equação é V = {0; 1}. ( )
––
2
> ( )
––
3
1
––
2

Resposta: V = {0; 1} Resolução

a) Condições de existência
2. Resolver, em , a equação 3x + 3x – 1 = 4x.

 xx  xx <≠ –– 22 ou x > 5
2 – 3x – 10 > 0
Resolução 2 ⇔ ⇔
+ 4x + 4 > 0
3x
3x + 3x – 1 = 4x ⇔ 3x + –– = 4x ⇔
3 ⇔ x < – 2 ou x > 5
1 3x
(
⇔ 3x. 1 + ––
3 ) = 4 ⇔ 3 . ––43 = 4 ⇔ –––
x x
4
x3
= –– ⇔
4 x
2 . log2(x2 – 3x – 10) log (x2 + 4x + 4)
3 2

x 1

( ––34 ) = ( ––34 ) ⇔ x = 1 ⇔ V = {1} ()


b) ––
2
> ––
3 () 1
––
2 ⇔

2 . log2(x2 – 3x – 10) – log (x2 + 4x + 4)


3 3
Resposta: V = {1} ⇔ ––
2 () ()
> ––
2
1
––
2

Notando que log––


1 N = – logaN, temos:
a
3. Resolver, em , a inequação
5 log2[(x + 2) (x – 5)]2 log2(x + 2)2
log1/2(x–1) – log1/2(x+3) ≥ log1/2 –– . 3 3
7 ()
––
2
> ––
2 () ⇒
Resolução
a) Condições de existência ⇒ (x + 2)2 . (x – 5)2 > (x + 2)2 ⇒

 xx –+ 13 >> 00 ⇔
 xx >> 1– 3 ⇔x>1 ⇒ (x – 5)2 > 1 e x ≠ – 2 ⇒

⇒ x2 – 10x + 24 > 0 e x ≠ – 2 ⇒
b) log1/2 (x –1) – log1/2 (x + 3) ≥
⇒ x < 4 ou x > 6 e x ≠ – 2
5 x–1 5
≥ log1/2 –– ⇒ log1/2 –––––– ≥ log1/2 –– ⇒
7 x+3 7
De a e b, resulta x < – 2 ou x > 6.
x–1 5 x–1 5
⇒ –––––– ≤ –– ⇒ –––––– – –– ≤ 0 ⇒
x+3 7 x+3 7 Resposta: V = {x ∈  x < – 2 ou x > 6}
|

4–
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TÁBUA DE LOGARITMOS
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 0000 0043 0086 0128 0170 0212 0253 0294 0334 0374
11 0414 0453 0492 0531 0569 0607 0645 0682 0719 0755
12 0792 0828 0864 0899 0934 0969 1004 1038 1072 1106
13 1139 1173 1206 1239 1271 1303 1335 1367 1399 1430
14 1461 1492 1523 1553 1584 1614 1644 1673 1703 1732
15 1761 1790 1818 1847 1875 1903 1931 1959 1987 2014
16 2041 2068 2095 2122 2148 2175 2201 2227 2253 2279
17 2304 2330 2355 2380 2405 2430 2455 2480 2504 2529
18 2553 2577 2601 2625 2648 2672 2695 2718 2742 2765
19 2788 2810 2833 2856 2878 2900 2923 2945 2967 2989
20 3010 3032 3054 3075 3096 3118 3139 3160 3181 3201
21 3222 3243 3263 3284 3304 3324 3345 3365 3385 3404
22 3424 3444 3464 3483 3502 3522 3541 3560 3579 3598
23 3617 3636 3655 3674 3692 3711 3729 3747 3766 3784
24 3802 3820 3838 3856 3874 3892 3909 3927 3945 3962
25 3979 3997 4014 4031 4048 4065 4082 4099 4116 4133
26 4150 4166 4183 4200 4216 4232 4249 4265 4281 4298
27 4314 4330 4346 4362 4378 4393 4409 4425 4440 4456
28 4472 4487 4502 4518 4533 4548 4564 4579 4594 4609
29 4624 4639 4654 4669 4683 4698 4713 4728 4742 4757
30 4771 4786 4800 4814 4829 4843 4857 4871 4886 4900
31 4914 4928 4942 4955 4969 4983 4997 5011 5024 5038
32 5051 5065 5079 5092 5105 5119 5132 5145 5159 5172
33 5185 5198 5211 5224 5237 5250 5263 5276 5289 5302
34 5315 5328 5340 5353 5366 5378 5391 5403 5416 5428
35 5441 5453 5465 5478 5490 5502 5514 5527 5539 5551
36 5563 5575 5587 5599 5611 5623 5635 5647 5658 5670
37 5682 5694 5705 5717 5729 5740 5752 5763 5775 5786
38 5798 5809 5821 5832 5843 5855 5866 5877 5888 5899
39 5911 5922 5933 5944 5955 5966 5977 5988 5999 6010
40 6021 6031 6042 6053 6064 6075 6085 6096 6107 6117
41 6128 6138 6149 6160 6170 6180 6191 6201 6212 6222
42 6232 6243 6253 6263 6274 6284 6294 6304 6314 6325
43 6335 6345 6355 6365 6375 6385 6395 6405 6415 6425
44 6435 6444 6454 6464 6474 6484 6493 6503 6513 6522
45 6532 6542 6551 6561 6571 6580 6590 6599 6609 6618
46 6628 6637 6646 6656 6665 6675 6684 6693 6702 6712
47 6721 6730 6739 6749 6758 6767 6776 6785 6794 6803
48 6812 6821 6830 6839 6848 6857 6866 6875 6884 6893
49 6902 6911 6920 6928 6937 6946 6955 6964 6972 6981
50 6990 6998 7007 7016 7024 7033 7042 7050 7059 7067
51 7076 7084 7093 7101 7110 7118 7126 7135 7143 7152
52 7160 7168 7177 7185 7193 7202 7210 7218 7226 7235
53 7243 7251 7259 7267 7275 7284 7292 7300 7308 7316
54 7324 7332 7340 7348 7356 7364 7372 7380 7388 7396
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

–5
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TÁBUA DE LOGARITMOS
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
55 7404 7412 7419 7427 7435 7443 7451 7459 7466 7474
56 7482 7490 7497 7505 7513 7520 7528 7536 7543 7551
57 7559 7566 7574 7582 7589 7597 7604 7612 7619 7627
58 7634 7642 7649 7657 7664 7672 7679 7686 7694 7701
59 7709 7716 7723 7731 7738 7745 7752 7760 7767 7774
60 7782 7789 7796 7803 7810 7818 7825 7832 7839 7846
61 7853 7860 7868 7875 7882 7889 7896 7903 7910 7917
62 7924 7931 7938 7945 7952 7959 7966 7973 7980 7987
63 7993 8000 8007 8014 8021 8028 8035 8041 8048 8055
64 8062 8069 8075 8082 8089 8096 8102 8109 8116 8122
65 8129 8136 8142 8149 8156 8162 8169 8176 8182 8189
66 8195 8202 8209 8215 8222 8228 8235 8241 8248 8254
67 8261 8267 8274 8280 8287 8293 8299 8306 8312 8319
68 8325 8331 8338 8344 8351 8357 8363 8370 8376 8382
69 8388 8395 8401 8407 8414 8420 8426 8432 8439 8445
70 8451 8457 8463 8470 8476 8482 8488 8494 8500 8506
71 8513 8519 8525 8531 8537 8543 8549 8555 8561 8567
72 8573 8579 8585 8591 8597 8603 8609 8615 8621 8627
73 8633 8639 8645 8651 8657 8663 8669 8675 8681 8686
74 8692 8698 8704 8710 8716 8722 8727 8733 8739 8745
75 8751 8756 8762 8768 8774 8779 8785 8791 8797 8802
76 8808 8814 8820 8825 8831 8837 8842 8848 8854 8859
77 8865 8871 8876 8882 8887 8893 8899 8904 8910 8915
78 8921 8927 8932 8938 8943 8949 8954 8960 8965 8971
79 8976 8982 8987 8993 8998 9004 9009 9015 9020 9025
80 9031 9036 9042 9047 9053 9058 9063 9069 9074 9079
81 9085 9090 9096 9101 9106 9112 9117 9122 9128 9133
82 9138 9143 9149 9154 9159 9165 9170 9175 9180 9186
83 9191 9196 9201 9206 9212 9217 9222 9227 9232 9238
84 9243 9248 9253 9258 9263 9269 9274 9279 9284 9289
85 9294 9299 9304 9309 9315 9320 9325 9330 9335 9340
86 9345 9350 9355 9360 9365 9370 9375 9380 9385 9390
87 9395 9400 9405 9410 9415 9420 9425 9430 9435 9440
88 9445 9450 9455 9460 9465 9469 9474 9479 9484 9489
89 9494 9499 9504 9509 9513 9518 9523 9528 9533 9538
90 9542 9547 9552 9557 9562 9566 9571 9576 9581 9586
91 9590 9595 9600 9605 9609 9614 9619 9624 9628 9633
92 9638 9643 9647 9652 9657 9661 9666 9671 9675 9680
93 9685 9689 9694 9699 9703 9708 9713 9717 9722 9727
94 9731 9736 9741 9745 9750 9754 9759 9763 9768 9773
95 9777 9782 9786 9791 9795 9800 9805 9809 9814 9818
96 9823 9827 9832 9836 9841 9845 9850 9854 9859 9863
97 9868 9872 9877 9881 9886 9890 9894 9899 9903 9908
98 9912 9917 9921 9926 9930 9934 9939 9943 9948 9952
99 9956 9961 9965 9969 9974 9978 9983 9987 9991 9996
N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

6–
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MÓDULO 26 Logaritmos Decimais

1. INTRODUÇÃO Observações
• Os logaritmos das potências de 10, com expoen-
Os logaritmos dos números reais positivos na base tes inteiros, são iguais aos respectivos expoentes.
10 denominam-se logaritmos decimais ou vulga- • Se o número real N > 0 estiver compreendido entre
res ou de Briggs. duas dessas potências consecutivas, o log N estará entre
dois inteiros consecutivos.
Notação Assim, para c ∈ , temos:
O logaritmo decimal do número N > 0 será indicado 10c ≤ N < 10c+1 ⇔ log 10c ≤ log N < log 10c+1 ⇔
⇔ c ≤ log N < c + 1
por log10N ou log N.

2. CARACTERÍSTICA
Propriedades
Desta forma, podemos afirmar que:
Além das propriedades dos logaritmos, já estuda-
das, é bom lembrar que: log N = c + m , com c ∈  e 0 ≤ m < 1

• N > 1 ⇔ log N > 0 O logaritmo decimal de N é, pois, a soma de um


• 0 < N < 1 ⇔ log N < 0 inteiro (c) com um número decimal (m) não negativo e
• log10k = k, ∀k ∈  e, assim, podemos construir as menor que 1.
O número c é, por definição, a característica do
tabelas a seguir.
log N.
0<N<1 log N O número decimal m é, por definição, a mantissa
do log N.
 
❑ Determinação da característica
• Regra 1
0,0001 –4
A característica do logaritmo decimal de um número
N > 1 é igual ao número de algarismos da sua parte
0,001 –3
inteira menos 1.
0,01 –2
Exemplos
0,1 –1 Sendo c ∈  a característica de log N, temos:
log 5,213 ⇒ c = 0
log 52,13 ⇒ c = 1
N≥1 log N log 3592,39 ⇒ c = 3

1 0
• Regra 2
A característica do logaritmo decimal de um número
10 1
0 < N < 1 é igual ao oposto do número de zeros que
100 2 precedem o primeiro algarismo diferente de zero.

1000 3 Exemplos
Sendo c ∈  a característica do log N, temos:
10000 4 log 0,753 ⇒ c = –1
log 0,0947 ⇒ c = –2
 
log 0,00502 ⇒ c = – 3

–7
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3. MANTISSA Exemplos
A mantissa do log N pode ser encontrada em tabelas log 2 = 0 + 0,3010 = 0,3010
log 20 = 1 + 0,3010 = 1,3010
chamadas TÁBUAS DE LOGARITMOS.
log 2000 = 3 + 0,3010 = 3,3010

log 0,2 = – 1 + 0,3010 = 1 ,3010 = – 0,6990
Vale a seguinte propriedade: –
log 0,02 = – 2 + 0,3010 = 2,3010 = – 1,6990
“Os logaritmos decimais de dois números, cujas
Observação
representações decimais diferem apenas pela posição Para passar um logaritmo negativo para a forma
da vírgula, têm mantissas iguais.” mista (característica negativa e mantissa positiva), basta
somar 1 à sua parte decimal e subtrair 1 da sua parte
De fato, em log N = c + m, temos característica c e inteira.

mantissa m. Exemplo
log 0,02 = – 1,6690 = – 1 – 0,6990
Sendo p ∈ , decorre:
–1 +1
log(10p . N) = log 10p + log N = p + (c + m) = (p + c) + m, em –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

– 2 + 0,3010 = 2,3010
que a característica é (p + c) e a mantissa m. (forma mista)

MÓDULO 27 Módulo de um Número Real


1. DEFINIÇÃO a) Para x ≤ – 3, temos | x + 3 | = – x – 3 e

O módulo de um número real x é indicado por | x | e | x – 2 | = – x + 2.


assim definido: Logo, f(x) = (– x – 3) – (– x + 2) = – x – 3 + x – 2 = – 5,


x = x, se x ≥ 0 cujo gráfico é:

x = – x, se x ≤ 0

Observações
a) x  ≥ 0, ∀x ∈ 
b) Na reta real, o módulo de um número real é a
distância da abscissa desse número à origem.

b) Para – 3 ≤ x ≤ 2, temos x + 3 = x + 3 e
Aplicações x – 2 = – x + 2.
Para avaliar qual o conjunto de valores assumidos
Logo, f(x) = (x + 3) – (– x + 2) = x + 3 + x – 2 = 2x + 1,
por uma expressão, que apresenta módulo em pelo
menos um de seus termos, é frequente estudá-la supri- cujo gráfico é:
mindo os sinais de módulo, usando a definição. Assim, a
análise é feita em intervalos.
Como exemplo, vamos esboçar o gráfico da função
f:  → , tal que f(x) = x + 3 – x – 2.
Marquemos na reta numérica os valores x = – 3 e
x = 2, que são as raízes de x + 3 = 0 e x – 2 = 0,
respectivamente.

Desse modo, a reta foi subdividida nos intervalos


]– ∞; – 3], [– 3; 2] e [2; + ∞[.

8–
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c) Para x ≥ 2, temos x + 3 = x + 3 e x – 2 = x – 2. Portanto, o gráfico de f é:


Logo, f(x) = (x + 3) – (x – 2) = x + 3 – x + 2 = 5,
cujo gráfico é:

MÓDULO 28 Propriedades e Gráficos da Função Modular

1. DEFINIÇÃO Observações
Sendo x ∈  e n ∈ *, então:
É a função f:  → , tal que f(x) = x, sendo: n
1. 
xn = x, se n for ímpar;

 x  = x, se x ≥ 0 n
2. 
xn = x, se n for par;
x  = – x, se x ≤ 0
3. x . y = x . y;
– Domínio = 
x
x = ––––
– Conjunto imagem = +
– Gráfico
4.
| | –––
y y
, y ≠ 0;

5. x + y = x  + y , se x e y tiverem o mesmo sinal;

6. x + y < x  + y , se x e y forem de sinais contrários;

7. x + y ≤ x  + y  e x – y ≥ x  – y  .

2. GRÁFICOS

Exemplos
1. Consideremos a função f:  → , definida por:


x + 8, se x < – 5
f(x) = – x – 2, se – 5 ≤ x < 0
1
❑ Propriedades – ––– x (x – 6), se x ≥ 0
3
Dado a > 0, temos:
cujo gráfico é dado a seguir.
1. x = a ⇔ x = a ou x = – a

2. x < a ⇔ – a < x < a

3. x > a ⇔ x < – a ou x > a

–9
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A partir do gráfico de f, vamos obter os gráficos de: c) Utilizando os resultados dos itens a e b, obtém-se:
a) f(x ) b) f (x) c) f(x )
Resolução
a) 1) x  = – x  ⇒ f ( | x | ) é uma função par (o seu
gráfico é simétrico em relação ao eixo y).

2)  x  = x para x ≥ 0 ⇒ o gráfico de f( x ) é igual ao


de f(x) para x ≥ 0.

De 1 e 2, concluímos que, para obter o gráfico de 2. Esboce o gráfico da função f:[– 2π, 2π] → , definida
f( x ), basta repetir o gráfico de f (x) para x ≥ 0 e por f(x) =  sen x  + 1.
“rebatê-lo” em torno do eixo y, resultando: Resolução
Para x ∈ [– 2π; 2π], temos:
a) o gráfico de g(x) = sen x:

b) o gráfico de g(x) = sen x:


b) 1)  f(x)  = f(x) para f(x) ≥ 0

2)  f(x)  = – f(x) para f(x) ≤ 0

De 1 e 2, concluímos que, para obter o gráfico de


f(x), basta repetir o de f(x) para f(x) ≥ 0 e "rebater" o de
f(x), para f(x) < 0, em torno do eixo x, resultando:

c) o gráfico de f(x) = sen x + 1:

10 –
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Divisão em , Múltiplos e
MÓDULO 29
Divisores em , Número Primo e Composto

NÚMEROS NATURAIS Assim, sendo a, b, c números inteiros, temos

❑ O Conjunto 
 b e c são ambos divisores (ou fatores) de a.
a é múltiplo de b e c.
a=b.c⇒
Os números naturais são 0, 1, 2, 3, ... , n, ... e o con-
junto formado por esses números é chamado conjunto
dos números naturais. É indicado por . ❑ Número par e número ímpar
 = {0, 1, 2, 3, ... , n, ... } Um número inteiro a é par se, e somente se, a for
* = {1, 2, 3, 4, ... , n, ... } =  – {0} múltiplo de 2.
Um número inteiro a é ímpar se, e somente se, a
não for múltiplo de 2.
❑ Divisão Euclidiana em 
• Teorema
Em símbolos
Se a ∈  e b ∈ *, então existe um único par (q, r)
de números naturais, tais que a ∈  é PAR ⇔ a ∈ M(2) ⇔ ∃ k ∈   a = 2k

a=b.q+r e r<b a ∈  é ÍMPAR ⇔ a ∉ M(2) ⇔ ∃ k ∈   a = 2k + 1

• Dispositivo prático Os números pares são, portanto, 0, ± 2, ± 4, ± 6, ... .


Os números ímpares são, portanto, ± 1, ± 3, ± 5,
b≠0
r<b
a a=b.q+r ± 7, ...

r q
NÚMERO PRIMO
Se r = 0 , diz-se que a divisão é exata. Um número inteiro p, com p ≠ 0, p ≠ 1 e p ≠ – 1, é
primo se ele possui exatamente 4 divisores inteiros, que
Se a < b , então: q = 0 e r = a são 1, – 1, p e – p.

NÚMEROS INTEIROS Em símbolos:


p ≠ 0, p ≠ –1, p ≠ 1
❑ O Conjunto 
Os números inteiros são ..., – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, ...
p ∈  é primo ⇔  D (p) = { –1, 1, – p, p}
O conjunto formado por esses números é chamado
conjunto dos números inteiros. É indicado por . NÚMERO COMPOSTO

 = {..., – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, ...} Um número inteiro a, com a ≠ 0, a ≠ 1 e a ≠ – 1, é


composto se ele tem mais de 4 divisores inteiros.
* = {..., – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, ...} =  – {0}
+ = {0, 1, 2, 3, ... } =  Em símbolos:
+* = {1, 2, 3, ...} = *

–* = {– 1, – 2, – 3, ... }
a ∈  é composto ⇔  an[D(a)]
≠ 0, a ≠ – 1, a ≠ 1
>4

DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS,


❑ Múltiplo e divisor em 
TEOREMA FUNDAMENTAL DA ARITMÉTICA
Definição
Sejam a e b dois números inteiros. Diz-se que b é “TODO número composto pode ser decomposto (ou
fatorado) num produto de fatores primos. A menos da
divisor (ou fator) de a e que a é múltiplo de b se, e
ordem dos fatores e do “sinal”, tal decomposição é
somente se, existe c inteiro, tal que a = b . c única.”

– 11
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NÚMERO DE ELEMENTOS DE D(a) k k k k


Além disso, se a ∈ * e se a = p 11 .p 22 .p 33 ...p nn , em
Indicando por D(a) o conjunto dos divisores in- que os inteiros p1, p2, p3, ..., pn são os divisores primos
teiros e por D+ (a) o conjunto dos divisores naturais
naturais de a e os naturais k1, k2, k3, ..., kn os respectivos
do número inteiro a, temos:
1. D(a) = D(– a), ∀a ∈  expoentes, então

2. D(0) =  e D(1) = D(– 1) = {– 1; 1} n [D+(a)] = (k1 + 1)(k2 + 1)(k3 + 1)...(kn +1)


n [D (a)] = 2 . (k1 + 1)(k2 + 1)(k3 + 1)...(kn +1)
3. Se a ∈ *, o número de elementos de D(a) é finito.

Máximo Divisor Comum,


MÓDULO 30
Mínimo Múltiplo Comum e Propriedades

MÁXIMO DIVISOR COMUM Assim sendo:

❑ Definição mmc (a, b) = mín [M*+(a) ∩ M*+(b)]

Sejam a e b dois inteiros não simultaneamente Observações


nulos. O máximo divisor comum de a e b é o máximo Se a e b são dois inteiros não nulos, então,
elemento do conjunto [D(a) ∩ D(b)]. a) Os divisores comuns de a e b são os divisores do
Representa-se mdc(a, b). máximo divisor comum de a e b.
Assim sendo: Em símbolos:
mdc (a, b) = máx [D(a) ∩ D(b)] D(a) ∩ D(b) = D[mdc (a; b)]

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM b) Os múltiplos comuns, estritamente positivos, de a


e b são os múltiplos, estritamente positivos, do mínimo
❑ Definição múltiplo comum de a e b.
Sejam a e b dois inteiros não nulos. O mínimo Em símbolos:
múltiplo comum de a e b é o menor elemento do conjun- M*+(a) ∩ M*+(b) = M*+[mmc(a; b)]
to [M*+(a) ∩ M*+(b)].
c) mdc(a; b) . mmc(a; b) = a . b, ∀a, b ∈ *
Representa-se mmc(a, b).

Números Primos entre Si,


MÓDULO 31
Critérios de Divisibilidade e Números Reais

NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI • a e b são primos entre si ⇔ mmc(a, b) = a . b,


a, b ∈ *.
❑ Definição
Dois números inteiros a e b, não nulos, são chama- ❑ Teoremas importantes
dos primos entre si se, e somente se, os únicos divi- Se x divide a e x divide b, então x divide a ± b.
sores comuns de a e b são 1 e – 1 e, consequentemente,
se, e somente se, mdc(a, b) = 1. Simbolicamente
Em símbolos: x ∈ D(a)
a ∈ * e b ∈ * são primos entre si ⇔
x ∈ D(b) } ⇒ x ∈ D(a ± b)

⇔ D(a) ∩ D(b) = {–1, 1} ⇔ mdc(a, b) = 1 Se x divide a e x divide a ± b, então x divide b.


Simbolicamente
❑ x ∈ D(a)
Propriedades
• Dois números consecutivos quaisquer são primos x ∈ D(a ± b) } ⇒ x ∈ D(b)
entre si.
• Se p e q são primos e p ≠ q e p ≠ – q, então p e q Os pares de números inteiros (a, b); (a; a ± b) e
são primos entre si. (b; a ± b) têm o mesmo máximo divisor comum.

12 –
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Simbolicamente Assim sendo, a é divisível por 10 se, e somente se,


mdc(a; b) = mdc(a; a ± b) = mdc(b; a ± b) o algarismo das unidades de a for zero.

Se p é primo e p divide a . b, então p divide a ou p • Divisibilidade por 15


divide b. Um número inteiro a é divisível por 15 se, e somente
Simbolicamente se, a for divisível por 3 e também por 5.
p é primo
}
p ∈ D(a . b)
⇒ p ∈ D(a) ou p ∈ D(b)
NÚMEROS DECIMAIS EXATOS
Se a divide x, b divide x e, além disso, a e b são São os que apresentam um número finito de casas
primos entre si, então a . b divide x. decimais não nulas.
Simbolicamente
Exemplos
a ∈ D(x)
}
2357
⇒ ab ∈ D(x) • 2,357 = –––––
b ∈ D(x) 1000
mdc (a, b) = 1 75
• 0,75 = ––––
100
CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE NÚMEROS DECIMAIS NÃO EXATOS
• Divisibilidade por 2
São os que apresentam um número infinito de
Um número inteiro a é divisível por 2 se, e somente casas decimais não nulas.
se, o algarismo das unidades for 0 ou 2 ou 4 ou 6 ou 8.
Podem ser
• Divisibilidade por 3
• Periódicos (dízimas)
Um número inteiro a é divisível por 3 se, e somente
Exemplos
se, a soma de seus algarismos for divisível por 3.
2,333 ...
• Divisibilidade por 5 0,424242 ...
Um número inteiro a é divisível por 5 se, e somente 3, 52626262 ...
se, o algarismo das unidades for 0 ou 5. 0, 73444 ...
• não periódicos
• Divisibilidade por 7
Exemplos
Um número inteiro a é divisível por 7 se, e somente
se, a diferença entre o número que se obtém de a 2,252552555255552…
suprimindo-se o algarismo das unidades e o dobro deste π = 3,1415926535…
último (algarismo das unidades) for divisível por 7. e = 2,71822818284590453…

• Divisibilidade por 11 


2 = 1,4142…
Um número inteiro a é divisível por 11 se, e somente
se, sendo x a soma dos algarismos de ordem ímpar e y

3 = 1,7320…
a soma dos algarismos de ordem par, então x – y é Exemplos
divisível por 11. • Obter as frações geratrizes das dízimas
periódicas
• Divisibilidade por 4 a) 0,424242… b) 3,5262626…
Um número inteiro a é divisível por 4 se, e somente
Resolução
se, o número formado pelos algarismos das dezenas e
das unidades de a (na ordem) for divisível por 4. 42 14
a) 0,424242 ... = ––– = –––
99 33
• Divisibilidade por 6
Um número inteiro a é divisível por 6 se, e somente 35,262626...
b) 3,5262626…= ––––––––––– =
se, a for divisível por 2 e também por 3. 10
26
35 + –––
• Divisibilidade por 10 99 3491
Um número inteiro a é divisível por 10 se, e somente = –––––––––– = –––––
10 990
se, for divisível por 2 e também por 5.
– 13
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NÚMEROS REAIS ❏ O Conjunto  – 


❏ O Conjunto  Diz-se que um número real α é irracional se, e
Um número é chamado real quando é inteiro ou somente se, α não é racional. O conjunto formado por
decimal. O conjunto formado por todos os números todos os números irracionais é chamado conjunto dos
reais é chamado conjunto dos números reais e é números irracionais e é representado por  – .
representado por .
 –  = {x ∈  | x ∉ }
Notar que
NOTAÇÕES
• 傺
* =  – {0}
• –傺
+ = {x ∈   x ≥ 0} •  傽 ( – ) = ⵰
+* = {x ∈   x > 0} •  傼 ( – ) = 
– = {x ∈   x ≤ 0} ❏ Propriedades do fechamento
*– = {x ∈   x < 0} •  é fechado em relação à adição (r + s), sub-
tração (r – s), multiplicação (r . s) e divisão  ––
r ,s≠0.

s
NÚMEROS RACIONAIS E Assim, a soma, a diferença, o produto e o quo ciente
NÚMEROS IRRACIONAIS
 ––sr , s ≠ 0 de dois números racionais são sempre racio-
nais.
❏ O Conjunto 
•  –  não é fechado em relação à adição,
Diz-se que um número real x é racional se, e somente
subtração, multiplicação e divisão. Assim, a soma, a dife-
se, existem números inteiros a e b, com b ≠ 0, tais que rença, o produto e o quociente de dois números irracio-
a
x = ––– . nais nem sempre são irracionais.
b
Conclusão
O conjunto formado por todos os números racionais Do exposto, sendo r e s números racionais e α e β
é chamado conjunto dos números reais racionais e é números irracionais, temos
representado por . r+s∈ r+α∈– α+β∈
a
{
 = x ∈  | x = ––– , a ∈ , b ∈ *
b } r–s∈ r–α∈– α – β∈ 

r.s∈ r . α ∈  –  (r ≠ 0) α . β ∈ 
Notar que  傺  傺  傺 
r r α
–– ∈  (s ≠ 0) –– ∈  –  (r ≠ 0) –– ∈ 
❏ Teorema s α β
Sejam a ∈  e b ∈ *. O quociente (número racional)
da divisão de a por b, ou é inteiro, ou decimal exato ❏ Radical duplo
ou decimal não exato periódico. Se os números naturais a e b são tais que
a ± 
b ∈ + e c = 
a2 – b ∈ , então
• Consequência do Teorema
a+c a–c
Os únicos números reais que não são racionais são os a ± 
b = ––––– ± –––––
2 2
números decimais não exatos e não periódicos.

MÓDULO 32 Sistemas de Numeração


Ao escrevermos 2495, estamos representando cinco No número 2495, tem-se:
unidades mais nove dezenas mais quatro centenas e
mais dois milhares. algarismo valor absoluto valor relativo
Dessa forma, 2495 é uma abreviação para
5 5 5 . 100 = 5
5 . 100 + 9 . 101 + 4 . 102 + 2 . 103. 9 9 9 . 101 = 90

Em cada número, além do seu próprio valor (valor 4 4 4 . 102 = 400


absoluto), cada algarismo possui um peso (valor 2 2 2 . 103 = 2000
relativo) que depende da sua posição no número.

14 –
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Esse tipo de sistema é chamado posicional. O Assim sendo,


peso de cada algarismo dependerá do lugar, da posi- 15a3b(12) = 11 + 36 + 1440 + 8640 + 20736 = 30863
ção que ele ocupa no número.
MUDANÇA DE BASE
O sistema de numeração posicional preponderante
é o decimal, cujos algarismos são 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 Como exemplo, vamos examinar a representação do
e 9. número N = 558 = 1425(7) = 5 . 70 + 2 . 71 + 4 . 72 + 1 . 73
Todas as parcelas da soma indicada, com exceção
OUTROS SISTEMAS da primeira, são divisíveis por 7 e, portanto, o primeiro
coeficiente (o algarismo 5) é o resto da divisão de 558
No sistema de base sete, os algarismos são 0, 1, 2,
por 7.
3, 4, 5 e 6. Num sistema de base b maior que 1, os
De modo análogo, pode-se concluir que, dividindo,
algarismos vão de 0 a b–1, inclusive (0, 1, ..., b–1). sucessivamente, por 7 cada quociente da divisão ante-
Ao escrevermos (1425)7 = 1425(7), estamos, abrevia- rior, os restos são (na ordem inversa) os algarismos do
damente, representando número na base 7.
5 . 70 + 2 . 71 + 4 . 72 + 1 . 73. No caso, tem-se
É costume indicar a base quando o sistema não é
decimal.
No número 1425(7), tem-se:

algarismo valor absoluto valor relativo

5 5 5 . 70 = 5
Exemplos
2 2 2 . 71 = 14
4 4 4 . 72 = 196 1. Escrever o número 2134(5) no sistema decimal.
Resolução
1 1 1 . 73 = 343
2134(5) = 4 . 50 + 3 . 51 + 1 . 52 + 2 . 53 =
Assim sendo,
= 4 + 15 + 25 + 250 = 294
1425(7) = 5 + 14 + 196 + 343 = 558
Se a base é maior que dez, torna-se necessário 2. Representar o número 44687 no sistema de base 12.
representar os naturais maiores que nove e menores que a Resolução
base por novos símbolos. Uma convenção é utilizar as letras
do alfabeto latino a, b, c, ... para indicar o 10, 11, 12, …
respectivamente. Outra notação existente é (10), (11),
(12), ..., que substituem 10, 11, 12, ..., respectivamente.
No sistema duodecimal, base doze, os algarismos
são 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, a e b, estes dois últimos
podendo ser substituídos, na ordem, por (10) e (11).
Representando 15a3b(12) = 15(10)3(11)(12),
Resposta: 44687 = 21(10)3(11)(12) = 21a3b(12)
estamos abreviando a soma
b . 120 + 3 . 121 + a . 122 + 5 . 123 + 1 . 124. 3. Representar o número 425(7) na base 3.
No número 15a3b(12), tem-se Resolução
a) 425(7) = 5 . 70 + 2 . 71 + 4 . 72 = 5 + 14 + 196 = 215
algarismo valor absoluto valor relativo b) 215 3
b b (onze) 11 . 120 = 11 2 71 3
3 3 3 . 121 = 36 2 23 3
1 7 3
a a (dez) 10 . 122 = 1 440
1 2
5 5 5 . 123 = 8 640
1 1 1 . 124 = 20 736 Resposta: 425(7) = 215 = 21122(3)

– 15
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Definição de Número Complexo


MÓDULOS 33 e 34
e Operações na Forma Algébrica

Número complexo é um par ordenado (x, y) de i = (0, 1) é a unidade imaginária.


números reais. y = 0 ⇒ z = x + yi = x ⇒ z é real.
Representando por  o conjunto dos números x = 0 ⇒ z = x + yi = yi ⇒ z é imaginário puro.
–z = a – bi é chamado conjugado de z.
complexos, temos

 = {(x, y)  x ∈  e y ∈ } OPERAÇÕES NA FORMA ALGÉBRICA

Sendo (a, b) ∈  e (c, d) ∈ , definimos em : Adição: (a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d) . i

Subtração: (a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d) . i


Adição
(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d)
Multiplicação: (a + bi)•(c + di) =
Multiplicação
= ac + adi + bci + bdi2 = (ac – bd) + (ad + bc) • i
(a, b) . (c, d) = (ac – bd, ad + bc)
(C, +, •) é o corpo dos números complexos.
a+bi a+bi c–di
Divisão: –––––– = –––––•––––– =
c+di c+di c–di
FORMA ALGÉBRICA
(...) + (...)i (...) (...)
= –––––––––––––– = –––––––––––– + –––––––––– • i
Decorre da definição que c2 + d2 c2 + d2 c2 + d2
(x, 0) = x, isto é, (x, 0) e x são isomorfos.
com c + di ≠ 0
Se i = (0, 1), então i2 = –1
POTÊNCIAS DE i
(0, y) = (y, 0) • (0, 1) = yi
(x, y) = (x, 0) + (0, y)
(x, y) = x + yi i0 =1 i1= i i2= – 1 i3 = – i in = ir

Nomenclatura sendo n ∈  e r ∈ {0, 1, 2, 3} o resto da divisão de n


z é a notação usual de um elemento de C. por 4.
x é a parte real de z : x = Re(z).
Observe que
yi é a parte imaginária de z.
y é o coeficiente da parte imaginária: y = Im(z). in + in + 1 + in + 2 + in + 3 = 0, ∀n ∈ .

MÓDULO 35 Forma Trigonométrica

Sendo z = x + yi, com x, y ∈ , um número FORMA TRIGONOMÉTRICA


complexo, temos
Se z = x + yi é um número complexo diferente de
Módulo de z
zero, então a forma trigonométrica de z é
Indica-se  z  ou ρ
z = ρ(cos θ + i sen θ)
Define-se z  = ρ = 
x2 + y2

Argumento de z ≠ 0 Observe que


Indica-se arg z ou θ


Define-se


z = x + yi
0 ≤ θ < 2π
x = ρ cos θ ⇒ z = ρcos θ + i ρsen θ ⇒
arg z = θ ⇔ x
cos θ = ––– y = ρ sen θ
ρ
y ⇒ z = ρ(cos θ + i sen θ)
sen θ = –––
ρ

16 –
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números complexos. Em outras palavras, “o conjunto dos


z = (x, y) = x+ yi = ρ(cos θ + i . senθ)
números complexos pode ser representado geometrica-
mente pelos pontos do plano”. O ponto P é a imagem
geométrica de z ou o afixo de z.
forma de forma forma
par
ordenado algébrica trigonométrica
y

REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA
y P (x, y)
Consideremos num plano, chamado Plano de
Argand-Gauss ou Plano Complexo, um sistema
de coordenadas cartesianas ortogonais xOy e nele, r
um ponto P de coordenadas x e y. Lembrando que q
z = (x, y) = x + yi, concluímos que existe uma x
O x
correspondência biunívoca entre os pontos do plano e os

Operações na Forma Trigonométrica:


MÓDULO 36
Multiplicação, Divisão e Potenciação

Sejam z, z1 e z2 três números complexos diferentes ❑ Potenciação com expoente inteiro


de zero, tais que:

z = ρ (cos θ + i sen θ) zn = ρn . [cos (nθ) + i . sen (nθ)]

z1 = ρ1(cos θ1 + i sen θ1) (Fórmula de Moivre) (∀n ∈ )


z2 = ρ2(cos θ2 + i sen θ2)

Observe que:

❑ Multiplicação z1 . z2 = [ρ1(cos θ1 + i sen θ1)] .

. [ρ2(cos θ2 + i sen θ2)] =


z1 . z2 = (ρ1 . ρ2) . [cos (θ1 + θ2) +
= (ρ1 . ρ2) . (cos θ1 . cos θ2 + i .
+ i . sen (θ1 + θ2)] (∀z1,z2 ∈ *)
. cos θ1 . sen θ2 + i sen θ1 . cos θ2 +

❑ Divisão + i2 sen θ1 . sen θ2) =

= (ρ1 . ρ2) [(cos θ1 . cos θ2 – sen θ1 . sen θ2) +


z1 ρ1
–––– = –––– [cos (θ1 – θ2) + i . sen (θ1 – θ2)]
z2 ρ2 + i . (cos θ1 . sen θ2 + sen θ1 . cos θ2)] =

(∀z1,z2 ∈ *) = (ρ1 . ρ2) [cos(θ1 + θ2) + i sen(θ1 + θ2)]

– 17
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FRENTE 2 Álgebra

MÓDULO 11 Progressões Aritméticas

1. DEFINIÇÃO DE SEQUÊNCIAS Se (an) = (a1, a2, a3, …, an,…) = (2, 4, 8, 14, 22, …),
então:
Chama-se SEQUÊNCIA DE NÚMEROS REAIS, ou, D(f) = *, CD(f) = ,
simplesmente, sequência real, a qualquer função f de lm(f) = {2, 4, 8, 14, 22,…}.
* em .
3. CLASSIFICAÇÃO DAS SEQUÊNCIAS
f : * → 
n → f(n) = an ❑ Sequências monotônicas

1. (an) é ESTRITAMENTE CRESCENTE se, e somente

se, an < an+1, ∀n ∈ *.

2. (an) é CRESCENTE se, e somente se, an ≤ an+1,


∀n ∈ *.

3. (an) é ESTRITAMENTE DECRESCENTE se, e

somente se, an > an+1, ∀n ∈ *.

4. (an) é DECRESCENTE se, e somente se, an ≥ an+1,


Notações
∀n ∈ *.
f = (an) = (a1, a2, a3, …, an, …)
5. (an) é CONSTANTE se, e somente se, an = an+1,
∀n ∈ *.
Os números reais a1, a2, a3, …, an, … são chamados
❑ Sequências alternantes
TERMOS da sequência.
Uma sequência (an) é ALTERNANTE se, e somente
2. LEIS DE FORMAÇÃO se, (an) NÃO é MONOTÔNICA.

❑ Termo em função da posição 4. DEFINIÇÃO DE PA


Expressa an em função de n.
Exemplo Sejam a e r dois números reais. Chama-se PRO-
Determine o domínio, o contradomínio e a imagem GRESSÃO ARITMÉTICA (PA) à SEQUÊNCIA f = (an), tal
da sequência f : * → , tal que f(n) = an = (–1)n+1. que:

a
Se (an) = (a1,a2,a3,…,an,…) = (1; –1; 1;…(–1)n+1,…), a1 = a
então: n + 1 = an + r, ∀n ∈ *,
D(f) = *, CD(f) = , lm(f) = {–1, 1}.
ou seja, (an) = (a, a + r, a + 2r, a + 3r, ...).
❑ Lei de recorrência O número real r chama-se RAZÃO da PA
Fornece o 1o. termo a1 e expressa um termo qualquer
an+1 em função do seu antecedente an. Segue da definição que:

Exemplo r = an + 1 – an, ∀n ∈ *
Determine o domínio, o contradomínio e a imagem
da sequência f : * → , tal que a1 = 2 e an+1 = an+ 2n. Assim, r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = ...

18 –
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Exemplos Se an e am são dois termos quaisquer de uma PA


(an) = (– 10, – 8, – 6, – 4, ...) é uma PA de razão 2. então:
an = am + (n – m) . r
(an) = (10, 8, 6, 4,...) é uma PA de razão – 2.

(an) = (10, 10, 10, 10, ...) é uma PA de razão 0. Exemplo


Na progressão aritmética (an) = (5, 8, 11, ...), o
5. CLASSIFICAÇÃO décimo termo pode ser obtido por:

⇒
Se (an) é uma PA, então: a10 = a1 + (10 – 1) . r
• (an) é estritamente crescente ⇔ r > 0 a1 = 5 e r = 3
• (an) é estritamente decrescente ⇔ r < 0
⇒ a10 = 5 + 9 . 3 = 32
• (an) é constante ⇔ r = 0
ou
6. TERMO GERAL DE UMA PA

Pela definição de PA, podemos concluir que:


a10 = a3 + (10 – 3) . r
a3 = 11 e r = 3  ⇒

an = a1 + (n – 1) . r
⇒ a10 = 11 + 7 . 3 = 32

MÓDULOS 12 e 13 Propriedade e Soma dos Termos de uma PA

1. TERMOS EQUIDISTANTES DOS EXTREMOS Seja a PA: (a1, a2, a3, ..., ap–1, ap, ap+1, ...), então:

❑ Definição ap – 1 + ap + 1
Dois termos são chamados equidistantes dos ex- ap = ––––––––––––––––
tremos se o número de termos que precede um deles é 2
igual ao número que sucede o outro.
3. SOMA DOS PRIMEIROS n TERMOS DE UMA PA
a1,............, ap,............, ak,..........., an ❑ Teorema
(p – 1) termos (n – k) termos Se (an) é uma PA e Sn é a SOMA DOS PRIMEIROS n
termos de (an), então:
Se ap e ak são termos equidistantes, então:
(a1 + an) . n
p–1=n–k⇔ p+k=1+n Sn = –——––—––––––
2
❑ Teorema
Exemplo
A soma de dois termos equidistantes dos extre-
Obter a soma dos n primeiros números naturais
mos é igual à soma dos extremos, isto é,
ímpares:

Resolução
ap + ak = a1 + an
Na PA (an) = (1, 3, 5, 7, …), tem-se:
2. PROPRIEDADE DA
PROGRESSÃO ARITMÉTICA an = a1 + (n – 1). r
a1 = 1 e r = 2  ⇒

“Cada termo de uma PA é a MÉDIA ARITMÉTICA


entre o termo anterior e o posterior.” ⇒ an = 1 + (n –1) . 2 ⇒ an = 2n – 1

– 19
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(a1 + an) . n
Sn = ———––––––– (1 + 2n – 1) . n
Assim: 2 ⇒ Sn = ———––––––––– = n2
2
a1 = 1 e an = 2n – 1

MÓDULO 14 Progressões Geométricas

1. DEFINIÇÃO • (an) é ESTRITAMENTE DECRESCENTE


a1 > 0 e 0 < q < 1
Sejam a e q dois números reais. Chama-se PRO-
GRESSÃO GEOMÉTRICA (PG) à SEQUÊNCIA

{ ou
a1 < 0 e q > 1

f = (an), tal que:


• (an) é CONSTANTE ⇒ q = 1 e a1 ≠ 0

{
• (an) é SINGULAR ⇒ a1 = 0 ou q = 0
a1 = a
an + 1 = an . q, ∀n ∈ * • (an) é ALTERNANTE ⇒ a1 ≠ 0 e q < 0

Portanto:
3. TERMO GERAL DE UMA PG
(an) = (a, aq, aq2, aq3,...)

O número real q chama-se RAZÃO DA PG Pela definição de PG, podemos concluir que:

Segue da definição que, se a1 ≠ 0 e q ≠ 0, então:

Se an e am são dois termos quaisquer de uma PG


an + 1
q = ——––, ∀n ∈ * NÃO SINGULAR, então:
an
Exemplo
a2 a3 a4
Assim, q = ––– = ––– = ––– = ... Na PG (an) = (1, 2, 4, 8, ...), o décimo termo pode ser
a1 a2 a3
obtido por:
2. CLASSIFICAÇÃO

Se (an) é uma PG, então:


a10 = a1.q10 – 1
a1 = 1 e q = 2 } ⇒ a10 = 1 . 29 = 512

• (an) é ESTRITAMENTE CRESCENTE


ou

a1 > 0 e q > 1

{ ou
a1 < 0 e 0 < q < 1
a10 = a4.q10 – 4
a4 = 8 e q = 2 } ⇒ a10 = 8 . 26 = 512

20 –
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Progressão Geométrica:
MÓDULO 15
Propriedades e Fórmula do Produto

1. TERMOS EQUIDISTANTES • a8 = a1 . q7 ⇒ a8 = 1.(–3)7 = (–1) . 37

“O produto de dois termos equidistantes dos extre- • |P8| = 


(a1 . a8)8 = 
(1. (–1).37)8 = 
356 ⇔ |P8| = 328
mos é igual ao produto dos extremos.”
• Dos 8 termos, 4 são estritamente positivos e 4 são
ap . a k = a 1 . a n , com p + k = 1 + n estritamente negativos.
Assim, como a quantidade dos negativos é par (4),
2. MÉDIA GEOMÉTRICA o produto será positivo.

“Cada termo de uma P.G., a partir do segundo, é a Logo, P8 = 328


MÉDIA GEOMÉTRICA entre o termo anterior e o posterior”.
4. SOMA DOS n
Seja a P.G.: (a1, a2, ..., ap – 1, ap, ap + 1...)
PRIMEIROS TERMOS DE UMA P.G.
Então: a2p = ap – 1 . ap + 1
❑ Teorema

Exemplo Se (an) é uma P.G. de razão q e Sn é a soma dos n


Se (an) = (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, ...) é uma primeiros termos de (an), então:
P.G., então
2
a1 . a9 = a2 . a8 = a3 . a7 = a4 . a6 = a5 , Sn = n . a1 , se q = 1
pois 1 . 256 = 2 . 128 = 4 . 64 = 8 . 32 = 162
a1 . (1 – qn )
3. PRODUTO DOS n Sn = ——————––– ou
1–q
PRIMEIROS TERMOS DE UMA P.G.

❑ Teorema a1 . (qn – 1)
Sn = ———––——–– , se q ≠ 1
Se (an) é uma P.G. e Pn é PRODUTO DOS n PRIMEI- q–1
ROS TERMOS, então:
Exemplo

|Pn| = 
(a1 . an)n A soma dos 10 primeiros termos da P.G.

(an) = (1, 3, 9, 27, 81, …) é 29524, pois:


Observação
A fórmula acima nos permite calcular o módulo do a2 3
produto; para obter o sinal de Pn, basta analisar o sinal • q = ––– = –– = 3
a1 1
dos termos.
Exemplo a1 . (q10 – 1)
• S10 = ––––––––––––– ⇔
Na P.G. (an) = (1, – 3, 9, – 27, 81 …), o produto dos 8 q–1
primeiros termos é 328, pois:
1 . (310 – 1) 310 – 1
a2 –3 ⇔ S10= ––––––––––– = ––––––––– ⇔ S10 = 29524
• q = –––– = –––– = – 3 3–1 2
a1 1

– 21
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Soma dos Termos de uma


MÓDULOS 16 e 17
Progressão Geométrica e Progressão Harmônica

1. SOMA DOS n PRIMEIROS TERMOS DE 3. O LIMITE DA SOMA DOS


UMA P.G. INFINITOS TERMOS DE UMA P.G.

Se (an) é uma P.G. de razão q ≠ 1 e Sn é a soma dos


Seja (an) uma P.G. de razão q tal que – 1 < q < 1 .
n primeiros termos de (an), então:
A soma S dos infinitos termos da P.G. existe, é finita
a1 . (1 – qn) a1 . (qn – 1)
Sn = –––––––––––––– = –––––––––––––– e pode ser obtida calculando-se lim Sn.
1–q q–1 n → +∞

De fato
Exemplo
–1<q<1→ lim (qn) = 0, portanto,
A soma dos dez primeiros termos da P.G. n → +∞

( 1 1 1
)
1023
(an) = 1, –– , –– , –– , ... é ––––– , pois
2 4 8 512
S = a1 + a2 + a3 + ... = lim Sn =
n → +∞

1 10
a1 . (1 – q10)
1 . 1 – ––
2 ( ( ))
1023
S10 = ––––––––––––– = ––––––––––––––– = –––––– = lim
a1 . (1 – qn) a1 . (1 – 0)
–––––––––––– = ––––––––––––
a1
= –––––––
n → +∞ 1–q
1–q 1 512 1–q 1–q
1 – –––
2
Assim sendo, a soma dos infinitos termos de uma
2. PROGRESSÃO HARMÔNICA (P.H.)
P.G. de razão q, com – 1 < q < 1, é
Seja (an) uma sequência de termos não nulos. A
sequência (an) é uma PROGRESSÃO HARMÔNICA (P.H.) a1
S = ––––––
1 1–q
se, e somente se, a sequência
 ––a––
n
é uma PRO-

GRESSÃO ARITMÉTICA (P.A). Isto é, a sequência (a1, a2, O limite da soma dos infinitos termos da P.G.
..., an ...) é uma P.H. se, e somente se, a sequência:

( 1 1 1 1
)
–––; –––; –––; …; ––– … é uma P.A.
(
(an) = 1, –––
2
––– –––
4 8 )
1 , 1 , 1 , … é 2, pois

a1 a2 a3 an
1 1
Exemplo S = a1 + a2 + a3 + ... = 1 + ––– + ––– + ... é o limite
2 4
O nono termo da P.H.
1
(
(an) = –––
9
––– –––
7 5 )
1 , 1 , 1 , … é – 1 , pois:
–––
7
de Sn quando n tende a infinito com a1 = 1 e q = –––.
2

(
• Se ––– ––– –––
9 7 5 )
1 , 1 , 1 , … é P.H., então (9, 7, 5 …) é P.A. Assim,
a1(1 – qn)
S= lim S lim
n = n → +∞ ––––––––––– =
• Na P.A. (9, 7, 5, ...), o nono termo é: n → +∞ 1–q
a9 = a1 + 8r ⇒ a9 = 9 + 8 . (– 2) ⇒ a9 = – 7
a1 1
1 1 = –––––– = –––––––– = 2
• O nono termo da P.H. é ––––– = – ––– 1–q 1
–7 7 1 – ––
2

22 –
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MÓDULO 18 Matrizes: Definições e Operações

1. DEFINIÇÕES ❑ Matriz unidade


(ou identidade de ordem n)
❑ Definição de matriz m x n
In = (xij)nxn tal que:
a11 a12 ... a1n
a21 a22 ... a2n xij = 1 se i = j
…………………...
M= xij = 0 se i ≠ j
…………………...
am1 am2 ... amn
1 0 0 .......... 0
0 1 0 .......... 0
ou M = (aij)mxn In = ……………...................
0 ................... 1 0
m = número de linhas 0 0 .............. 1 nxn
n = número de colunas Exemplo
m ≠ n ⇒ matriz retangular 1 0 0
I3 = 0 1 0
m = n ⇒ matriz quadrada 0 0 1
m = 1 ⇒ matriz linha é a matriz identidade de ordem 3.

n = 1 ⇒ matriz coluna ❑ Matriz oposta


Sendo A = (aij)mxn e B = (bij)mxn, define-se
Exemplo
B = (– A) ⇔ bij = – aij.
M = [aij]2x3 tal que aij = i + j é a matriz retangular de
a11 a12 ............. a1n
ordem 2x3 com ....................................
A=
.................................... ⇔
a11 = 1 + 1 = 2; am1 am2 .......... amn
a12= 1 + 2 = 3;
– a11 – a12 ....... – a1n
a13= 1 + 3 = 4 ......................................
⇔–A=
......................................
a21 = 2 + 1 = 3; – am1 – am2 ....... – amn
a22= 2 + 2 = 4;

a23= 2 + 3 = 5 ❑ Matriz transposta


Sendo A = (aij)mxn, define-se a matriz transposta de
A como sendo a matriz
Logo:

2 3 4 At = (a'ji)nxm tal que a'ji = aij


M=
3 4 5 a11 a12 ......... a1n
a21 a22 ......... a2n
A=
.............................. ⇔
❑ Matriz nula de ordem m x n
am1 am2 ........ amn mxn
0 = (xij)mxn tal que xij = 0
a11 a21 ......... am1
0 ... 0 ...... 0 a12 a22 ......... am2
. . .
0mxn =
0 ... 0 ...... 0 ⇔ At = . . .
…………….... . . .
0 ... 0 ...... 0 mxn a1n a2n ......... amn nxm

– 23
C2_3oTEO_MAT_conv_Rose 04/10/10 17:49 Página 24

Exemplo Exemplo
A matriz linha Mt = (1 2 3) é a matriz transposta da
matriz coluna 1 2 c d
+ =
a b 3 4
M =
() 1
2
3
1 + c 2 + d
=
2. IGUALDADE a + 3 b + 4

Sendo A = (aij)mxn e B = (bij)mxn, define-se


❑ Subtração
A = B ⇔ aij = bij
A – B = A + (– B)
a11 a12 ... a1n b11 b12 ... b1n
…………………... = ………………….. ⇔
am1 am2 ... amn bm1 bm2 ... bmn ❑ Multiplicação escalar
(de número real por matriz)

a11 = b11 Sendo A = (aij)mxn, B = (bij)mxn e α um número real


a12 = b12
qualquer, define-se:
....................

a1n = b1n
....................
B = α . A ⇔ bij = α . aij
amn = bmn

3. OPERAÇÕES a11 a12 ... a1n


α. .......................... =
❑ Adição am1 am2 ... amn
Sendo A = (aij)mxn, B = (bij)mxn e C = (cij)mxn, defi-
ne-se
(α . a11) (α . a12) … (α . a1n)
C = A + B ⇔ cij = aij + bij = ...........................................
a11 a12 ... a1n b11 b12 ... b1n (α . am1) (α . am2)…(α . amn)
............................ + ............................... =
am1 am2 ... amn bm1 bm2 ... bmn
Exemplo

(a11 + b11) (a12 + b12) ... (a1n + b1n) a b c 5a 5b 5c


= ....................................................... 5 . =
(am1 + bm1) (am2 + bm2) ... (amn + bmn)
1 2 3 5 10 15

24 –
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FRENTE 3 Trigonometria e Geometria Analítica


MÓDULO 11 Adição e Subtração de Arcos
Se a e b são as determinações de dois arcos, ❑ Tangente de (a + b)
verifica-se que:
sen(a + b)
❑ Cosseno de (a + b) tg(a + b) = –––––––––––– =
cos(a + b)
cos(a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b sen a . cos b + cos a . sen b
= ––––––––––––––––––––––––––
cos a . cos b – sen a . sen b
❑ Cosseno de (a – b)
Dividindo o numerador e o denominador por
cos(a – b) = cos[a + (– b)] =
cos a . cos b ≠ 0, temos
= cos a . cos(– b) – sen a . sen (– b)
sen a sen b
Como cos (– b) = cos b e sen (– b) = – sen b, temos: —–—— + ––——–
cos a cos b
tg(a + b) = ––––––––––––––––––––
cos(a – b) = cos a . cos b + sen a . sen b sen a sen b
1 – ——— . –——–
cos a cos b
❑ Seno de (a + b) Portanto:
π

sen (a + b ) = cos ––– – (a + b) =


2 tg a + tg b
tg(a + b) = —–––——–––—––
1 – tg a . tg b
π
= cos
 –––
2
–a – b = Observação
π
π π a, b e (a + b) devem ser diferentes de ––– + n . π

= cos ––– – a
2 
. cos b + sen ––– – a
2 . sen b (n ∈ ).
2

π
Como cos  –––
2
– a = sen a ❑ Tangente de (a – b)
e tg a + tg (– b)
π tg (a – b) = tg [a + (– b)] = –––––––––––––––––
sen  ––– – a
2 = cos a, temos: 1 – tg a . tg (– b)

sen (a + b) = sen a . cos b + cos a . sen b Como: tg(– b) = – tg b, temos:

tg a – tg b
❑ Seno de (a – b) tg(a – b) = —––——–––—–––
1 + tg a . tg b
sen(a – b) = sen[a + (– b)] =
= sen a . cos(– b) + cos a . sen(– b)
Como cos (– b) = cos b e Observação
π
sen (– b) = – sen b, temos: a, b e (a – b) devem ser diferentes de ––– + n . π
2
sen(a – b) = sen a . cos b – cos a . sen b (n ∈ ).

MÓDULOS 12 e 13 Fórmulas do Arco Duplo


A partir das fórmulas de adição de arcos: arcos. É suficiente fazer b = a nas fórmulas acima.
• cos (a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b
❑ Cálculo de cos (2.a)
• sen (a + b) = sen a . cos b + cos a . sen b cos (2. a) = cos (a + a) = cos a . cos a – sen a . sen a
tg a + tg b Assim,
• tg (a + b) = –––––––––––––––––
1 – tg a . tg b
cos (2 . a) = cos2a – sen2a ou ainda
podemos obter as fórmulas do arco duplo.
❑ Fórmulas do arco duplo a) cos (2.a) =cos2a – (1– cos2a) = cos2a – 1 + cos2a
São as expressões das funções trigonométricas de
cos (2 . a) = 2 . cos2a – 1
arcos da forma 2.a. É um caso particular de adição de

– 25
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b) cos (2.a) = (1 – sen2a) – sen2a ❑ Cálculo de tg (2.a)


tg a + tg a
cos (2 . a) = 1 – 2 . sen2a tg(2.a) = tg (a + a) = ––––––––––––––
1 – tg a . tg a
❑ Cálculo de sen (2.a)
Assim,
sen (2.a) = sen (a + a) = sen a . cos a + cos a . sen a 2 . tg a
tg (2 . a) = –––––––––––
1 – tg2a
Assim,
π π π
sen (2 . a) = 2 . sen a . cos a com a ≠ –– + n . π e a ≠ –– + n . –– (n ∈ )
2 4 2

Fórmulas do Arco Triplo e


MÓDULO 14
Transformação em Produto


1. FÓRMULAS DO ARCO TRIPLO p+q
a = –––––––
2
 a–b=q
a+b=p
São as expressões das funções trigonométricas de ⇔ , obtêm-se:
p–q
arcos da forma 3 . a. b = –––––––
2
I + II:
❑ Cálculo de cos (3 . a)
p+q p–q
cos (3a) = cos (2a + a)
cos (3a) = cos (2a) . cos a – sen (2a) . sen a
( )
cos p + cos q = 2 . cos –––––– . cos ––––––
2 2 ( )
cos (3a) = (2 . cos2a – 1) . cos a – (2 . sen a . cos a) . sen a I – II:
p+q p–q
cos (3a) = 2 . cos3a – cos a – 2 . cos a . (1 – cos2a)
cos (3a) = 2 . cos3 a – cos a – 2 . cos a + 2 . cos3a
( )
cos p – cos q = – 2 . sen –––––– . sen ––––––
2 2 ( )
Assim, III + IV:
p+q p–q
cos(3 . a) = 4 . cos3a – 3 . cos a
( )
sen p + sen q = 2 . sen –––––– . cos ––––––
2 2 ( )
❑ Cálculo do sen (3 . a) III – IV:
sen (3a) = sen (2a + a) p+q p–q
sen (3a) = sen (2a) . cos a + cos (2a) . sen a ( )
sen p – sen q = 2 . cos –––––– . sen ––––––
2 2 ( )
sen (3a) = 2 . sen a . cos a . cos a +
que são chamadas Fórmulas de Transformação
+ (1 – 2 . sen2a) . sen a em Produto ou Fórmulas de Prostaférese.
sen (3a) = 2 . sen a . (1 – sen2a) + sen a – 2 . sen3a
sen (3a) = 2 . sen a – 2 . sen3a + sen a – 2 . sen3a 3. APLICAÇÃO
Assim,
• Transformar em produto a expressão:
sen (3 . a) = 3 . sen a – 4 . sen3a cos 5x + cos 3x
Resolução
2. FÓRMULAS DE
TRANSFORMAÇÃO EM PRODUTO
5x + 3x
( 5x – 3x
) (
cos 5x + cos 3x = 2.cos ––––––– .cos ––––––– =
2 2 )
= 2 . cos (4x) . cos x
O problema consiste em transformar certas expres- sen 7x + sen 3x
• Simplificar a expressão: E = ––––––––––––––––
sões em que aparecem soma de funções trigonométri- cos 7x + cos 3x
cas de um ou mais arcos em expressões em que Resolução
aparecem apenas produtos de funções trigonométri- sen 7x + sen 3x
E = ––––––––––––––––– =
cas dos mesmos arcos ou de outros arcos com eles rela- cos 7x + cos 3x
cionados.
Foi visto que:
cos (a + b) = cos a . cos b – sen a . sen b (I)
( 7x + 3x
) (7x – 3x
2.sen –––––––– .cos ––––––––
2 2
= ––––––––––––––––––––––––––––––– =
)
cos (a – b) = cos a . cos b + sen a . sen b (II)
sen (a + b) = sen a . cos b + cos a . sen b (III)
sen (a – b) = sen a . cos b – cos a . sen b (IV)
( 7x + 3x
) (7x – 3x
2.cos –––––––– .cos ––––––––
2 2 )
Somando-se (ou subtraindo-se) convenientemente 2 . sen (5x) . cos (2x)
= ––––––––––––––––––––– = tg (5x)
estas expressões, e fazendo-se 2 . cos (5x) . cos (2x)

26 –
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Relações Trigonométricas
MÓDULO 15
em um Triângulo Qualquer

A trigonometria permite determinar elementos (lados BC BC


⇔ sen D = –––––– ⇔ 2R = ––––––
ou ângulos) não dados de um triângulo. 2.R sen D
A obtenção desses elementos, em um triângulo qual- ^ ^
quer, fundamenta-se em relações existentes entre os II) Como BAC ≅ BDC (são ângulos inscritos determi-

elementos (lados e ângulos) do triângulo. As relações nando o mesmo arco BC), então sen D = sen A.
mais importantes são conhecidas como Lei dos Senos
De I e II, resulta que:
e Lei dos Cossenos.
BC a
2 . R = ––––––– ⇔ 2 . R = ––––––
sen A sen A
❑ Lei dos Senos
“Em todo triângulo, as medidas dos lados são pro-
Analogamente se demonstra que:
porcionais aos senos dos ângulos opostos e a razão de
proporcionalidade é a medida do diâmetro da circun- b c
2 . R = –––––– e 2 . R = ––––––
ferência circunscrita ao triângulo.” sen B sen C

Consideremos o triângulo ABC, inscrito na circunfe- ❑ Lei dos Cossenos


rência de raio R. Verifica-se que: "Em todo triângulo, o quadrado da medida de um
a b c lado é igual à soma dos quadrados das medidas dos ou-
––––––– = ––––––– = ––––––– = 2 . R tros lados, menos o dobro do produto dessas medidas
sen A sen B sen C
pelo cosseno do ângulo que eles formam."
A
Seja o triângulo ABC, da figura. Verifica-se que:

c R A

O b
B c b
a
C

Demonstração: B a C
Seja o triângulo ABC (da figura abaixo), inscrito na
circunferência de raio R: a2 = b2 + c2 – 2 . b . c . cos A
A
b2 = a2 + c2 – 2 . a . c . cos B

c2 = a2 + b2 – 2 . a . b . cos C
O
B D
Demonstração:
a
B
C

__ c a
I) Se BD = 2 . R é diâmetro da circunferência, então h
^
C = 90° e, portanto,
A C
BC D
sen D = ––––– ⇔ b
BD

– 27
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Seja o triângulo ABC (da figura anterior) e h a altura a2 – (b – c . cos A)2 = c2 – (c . cos A)2 ⇔
relativa ao lado AC: ⇔ a2 – b2 + 2 . b . c . cos A – c2 . cos2A =
I) No Δ ABD, temos: = c2 – c2 . cos2A ⇔
AD ⇔ a2 = b2 + c2 – 2 . b . c . cos A.
cos A = ––– ⇔ AD = c . cos A
AB
Tomando-se as outras alturas do triângulo, de modo
II)CD = b – AD ⇔ CD = b – c . cos A análogo, obtêm-se:
De I e II e como h2 = c2 – AD2 = = a2 – CD2 (Teorema b2 = a2 + c2 – 2 . a . c . cos B
de Pitágoras), resulta que: c2 = a2 + b2 – 2 . a . b . cos C

MÓDULO 16 Coordenadas Cartesianas Ortogonais


INTRODUÇÃO →
P ∈ Ox ⇔y=0
→ →
Considere dois eixos, Ox (eixo das abscissas) e Oy
y
(eixo das ordenadas), perpendiculares no ponto O. O
plano determinado pelos 2 eixos fica dividido em 4 qua-
drantes, numerados conforme a figura.
P (x; 0)
0 x
y
II I

P2
P ∈ Oy ⇔ x=0
P
y

O P1 x P (0; y)
III IV
0 x
Tomemos um ponto P do plano e por ele conduza-
→ → —– →
mos as paralelas aos eixos, que cortarão Ox e Oy, res-
AB paralelo a Ox ⇔ yA = yB
pectivamente em P1 e P2.

NOMENCLATURA y

• Abscissa de P é o número real x = OP1


A B
yA = yB
• Ordenada de P é o número real y = OP2
• Coordenadas de P são os números reais x e y,
indicados na forma de par ordenado P (x; y) O xA xB X
❑ Observe que:
• Sinais dos pontos nos quadrantes —– →
AB paralelo a Oy ⇔ xA = xB
y
II I
y
( ; +) (+ ; +) yA A

O x yB
( ; ) (+ ; ) B

0 xA = xB X
III IV

28 –
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MÓDULO 17 Ponto Médio – Distância entre Dois Pontos


1. PONTO MÉDIO DE UM SEGMENTO Portanto, as coordenadas do ponto M são

y
y
B
B (xA + xB yA + yB
M ––––––––– ; –––––––––
2 2 )
M
y
M
2. DISTÂNCIA ENTRE DOIS PONTOS
y
A
A
y
O x x x x yB B
A M B

d
Sejam A(xA; yA), B(xB; yB) e o ponto M(xM; yM), yB - yA

__
médio de AB. yA
A
Pelo Teorema de Tales, conclui-se que: xB - xA
O xA xB x
xA + xB
xM = ––––––––––
2 Sejam A (xA; yA) e B (xB; yB). Pelo Teorema de
e Pitágoras, temos:
yA + yB
yM = –––––––––– d=  
(xB – xA)2 + (yB – yA)2
2

MÓDULO 18 Alinhamento de 3 Pontos – Curvas


1. ÁREA DE UM TRIÂNGULO
|D|
SΔABC = –––
❑ Dados três pontos distintos, A(xA; yA), B(xB; yB) 2
e C(xC; yC), temos duas posições a considerar:
Exemplos
• os três pontos estão alinhados; 1) Obter a área do triângulo com vértices A (– 2; 3),
• os três pontos constituem um triângulo. B (4; 0) e C (1; 5).
Resolução
❑ Considerando-se o determinante

| |
–2 3 1

| |
xA yA 1 D= 4 0 1 = 3 + 20 – 12 + 10 = 21
D = xB yB 1 , 1 5 1
xC yC 1
|D| 21
SΔABC = ––– = ––– = 10,5 u.a.
constituído pelos pontos A, B e C, verifica-se que: 2 2
• a condição necessária e suficiente para que A, B 2) Determinar k, para que os pontos A(k; 2), B(–1; 3)
e C sejam colineares é D = 0 ; e (1; 0) sejam colineares.
Resolução
• a condição necessária e suficiente para que A, B

| |
k 2 1
A, B, C alinhados ⇔ D = 0 ⇔ –1 3 1 =0⇔
e C formem um triângulo é D ≠ 0 ; 1 0 1
• se A, B e C formam um triângulo, sua área será 1
⇔ 3 . k + 2 – 3 + 2 = 0 ⇔ k = – ––
igual a 3

– 29
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2. CURVAS

y
y
B (0; yB )

f (x; y) = 0
P (x; y)

A (xA ; 0)
x
x
s

❑ Seja s uma curva num sistema de coordenadas carte- Na figura, A(xA; 0) é o intercepto no eixo x e B(0; yB)

sianas ortogonais e f (x; y) = 0 a sua equação. Note que é o intercepto no eixo y.


• todos os pontos da curva s satisfazem à equação;
• todas as soluções da equação representam pon- 2 o. ) Intersecção de duas curvas
tos da curva s.

As intersecções de duas curvas são os pontos de


Obs.: Dentre as principais curvas, estudaremos com
encontro entre elas.
detalhes a reta e a circunferência.

As coordenadas dos pontos de intersecção são


❑ No estudo das curvas, dois problemas devem ser
as soluções reais, obtidas na resolução do sistema
destacados.
determinado pelas equações das duas curvas.
1o. )
Interceptos (intersecção da curva com os
eixos coordenados). y

P s2
Lembrando que, para se obter pontos de uma curva, yP
basta atribuir valores a x ou y na equação da curva, a
determinação dos interceptos é feita da seguinte
maneira: x
xP

• interceptos no eixo x: faz-se y = 0, na equação da s1


curva, calculando-se o valor de x.

Na figura, P(xP; yP) é o ponto de intersecção entre


• interceptos no eixo y: faz-se x = 0, na equação da
curva, calculando-se o valor de y. as curvas s1 e s2.

30 –
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FRENTE 4 Geometria Plana

MÓDULO 11 Relações Métricas nos Triângulos Retângulos

❑ Elementos 2) Os triângulos HBA e ABC são semelhantes pelo


critério (AA ~ ).

Assim:

HB BA m c
––– = ––– ⇔ –– = –– ⇔
AB BC c a

⇔ c2 = a . m

__
BC é a hipotenusa 3) Somando membro a membro as relações demons-
__ __
AB e AC são os catetos tradas nos itens 1 e 2, tem-se:
__
AH é a altura relativa à hipotenusa an + am = b2 + c2 ⇔ a(n + m) = b2 + c2 ⇔
__ __
BH e CH são, respectivamente, as projeções dos ⇔ a . a = b2 + c2 ⇔ a2 = b2 + c2
__ __ __
catetos AB e AC sobre a hipotenusa BC.

❑ Relações 4) Os triângulos HBA e HAC são semelhantes pelo


No triângulo retângulo ABC da figura, sendo BC = a, critério (AA ~).

AC = b, AB = c, AH = h, BH = m e CH = n, então valem as
Assim:
seguintes relações:
HB HA m h
––– = ––– ⇔ –– = –– ⇔
HA HC h n
1) b2 = a . n
2) c2 = a . m } (Relações de Euclides)
⇔ h2 = m . n

3) a2 = b2 + c2 (Teorema de Pitágoras)

4) h2 = m . n
5) Os triângulos HBA e ABC são semelhantes pelo
5) b . c = a . h
critério (AA ~).
❑ Demonstrações
Assim:
1) Os triângulos HCA e ACB são semelhantes pelo
HA BA h c
critério (AA ~). ––– = ––– ⇔ –– = –– ⇔
AC BC b a
Assim:

HC CA n b ⇔ b.c =a . h
––– = ––– ⇔ –– = –– ⇔ b2 = a . n
AC CB b a

– 31
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MÓDULO 12 Relações Métricas nos Triângulos Quaisquer

1. TRIÂNGULO ACUTÂNGULO Demonstração


1) c2 = h2 + m2 ⇒ h2 = c2 – m2 ⇔ h2 = c2 – (a + n)2
“Em todo triângulo acutângulo, o quadrado da
medida do lado oposto a um ângulo agudo é igual à 2) b2 = h2 + n2 ⇔ h2 = b2 – n2
soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados, De (1) e (2), tem-se:
MENOS duas vezes o produto da medida de um deles
c2 – (a + n)2 = b2 – n2 ⇔ c2 = a2 + b2 + 2 an
pela medida da projeção do outro sobre ele.”
Assim, no triângulo acutângulo ABC da figura, Exemplo
tem-se: Com os dados da figura seguinte, na qual a = BC,
c2 = a2 + b2 – 2 an b = AC, c = AB, m = BD, n = DC e x = AD, prove que:
b2m + c2n = ax2 + amn

Resolução
__ __
Seja z a medida da projeção de AD sobre BC .
Demonstração

1) c2 = h2 + m2 ⇔ h2 = c2 – m2 ⇔ h2 = c2 – (a – n)2
2) b2 = h2 + n2 ⇔ h2 = b2 – n2

De (1) e (2), tem-se:

c2 – (a – n)2 = b2 – n2 ⇔ c2 = a2 + b2 – 2 an
No triângulo obtusângulo ADC, tem-se:
2. TRIÂNGULO OBTUSÂNGULO
b2 = x2 + n2 + 2nz ⇔
“Em todo triângulo obtusângulo, o quadrado da ⇔ b2m = mx2 + mn2 + 2mnz (I)
medida do lado oposto ao ângulo obtuso é igual à soma No triângulo acutângulo ABD, tem-se:
dos quadrados das medidas dos outros dois, MAIS duas c2 = x2 + m2 – 2mz ⇔ c2n = nx2 + m2n – 2mnz (II)
vezes o produto da medida de um deles pela medida da
Somando-se (I) e (II), membro a membro, tem-se:
projeção do outro sobre ele.”
b2m + c2n = mx2 + nx2 + mn2 + m2n ⇔
Assim, no triângulo obtusângulo ABC da figura,
⇔ b2m + c2n = (m + n)x2 + (m + n)mn ⇔
tem-se:
⇔ b2m + c2n = ax2 + amn
c2 = a2 + b2 + 2 an
3. NATUREZA DE TRIÂNGULOS

Sendo a, b e c as medidas dos lados de um triân-


gulo e a a maior delas, têm-se:
• a2 < b2 + c2 ⇔ triângulo acutângulo
• a2 = b2 + c2 ⇔ triângulo retângulo
• a2 > b2 + c2 ⇔ triângulo obtusângulo

32 –
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MÓDULO 13 Lugares Geométricos

1. DEFINIÇÃO ❑ Mediatriz (LG-3)


Mediatriz de um segmento é a reta perpendicular ao
Entende-se como “lugar geométrico dos pontos que
segmento dado no seu ponto médio.
possuem a propriedade P” um conjunto de pontos tais
que eles, e somente eles, possuem a propriedade P.
Exemplo
— — —
Assim, se uma figura é um lugar geométrico, então Na figura, como AM ≅ BM e MAB — ⊥ AB, tem-se

todos os seus pontos possuem uma certa propriedade e —


que MAB
— é mediatriz do segmento AB.
todos os pontos que possuem essa propriedade
pertencem à figura.

2. PRINCIPAIS LUGARES
GEOMÉTRICOS PLANOS

❑ Circunferência (LG-1)
Circunferência é o lugar geométrico dos pontos de um
plano, cujas distâncias a um ponto fixo desse plano são
uma constante (e igual ao raio). Pode-se ainda definir mediatriz como o lugar
geométrico dos pontos de um plano que equidistam de
dois pontos (distintos) dados desse plano.
__
Assim, se M __ é a mediatriz do segmento AB da
AB
figura, então qualquer ponto de M __ equidista de A e B,
AB
e qualquer ponto do plano que equidiste de A e B
pertence a M __.
AB

C é o centro da circunferência.
R é o raio da circunferência.

❑ Par de paralelas (LG-2)


O lugar geométrico dos pontos de um plano que
distam “K” de uma reta desse plano é um par de retas
paralelas a esta, situadas no plano e a uma distância “K”
desta reta. Notação
__ __
X ∈ M __ ⇔ AX ≅ BX
AB

❑ Bissetriz (LG-4)
Bissetriz é o lugar geométrico dos pontos de um
plano que equidistam dos lados de um ângulo desse
plano.

Exemplo
→ ^ →
Observe que qualquer ponto de r1 ou r2 está a uma Ox é a bissetriz do ângulo rOs da figura. P ∈ Ox se,
→ →
distância “K” de r e vice-versa. e somente se, as distâncias de P a Or e Os forem iguais.

– 33
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BISSETRIZES”. Qualquer ponto situado em uma reta do


“PAR” equidistará das duas retas concorrentes e
qualquer ponto do plano que equidiste das duas retas
concorrentes, pertencerá ao “PAR DE BISSETRIZES”.

❑ Consequência
As bissetrizes dos ângulos formados por duas retas
concorrentes formam um par de retas chamado “PAR DE

MÓDULO 14 Pontos e Segmentos Notáveis no Triângulo

1. MEDIANA suporte do lado oposto, contido na bissetriz do ângulo


do vértice.
É o segmento com extremos num vértice e no ponto médio
do lado oposto. As bissetrizes internas interceptam-se num ponto
Todo triângulo tem três medianas, que se intercep- chamado "INCENTRO" que é o centro da circunferência
tam num ponto chamado "BARICENTRO". tangente internamente aos lados do triângulo (circun-

O baricentro divide cada mediana na razão 2:1. ferência inscrita).

Exemplo Exemplo
–— –— –— — — —
AMA, BMB e CM C são as medianas do triângulo ABC. ASA, BSB e CSC são as bissetrizes internas do

triângulo ABC.
G é o BARICENTRO.
I é o INCENTRO.
AG BG CG 2
–––––– = –––––– = –––––– = –––
GMA GMB GMC 1

Observação
As bissetrizes externas interceptam-se duas a duas
em três pontos denominados EX-INCENTROS e estes são
2. BISSETRIZ NO TRIÂNGULO
centros das circunferências que tangenciam as retas
É o segmento com extremos num vértice e na reta suportes dos lados do triângulo.

34 –
C2_3oTEO_MAT_conv_Rose 04/10/10 17:49 Página 35

3. MEDIATRIZ NO TRIÂNGULO suporte do lado oposto, sendo perpendicular a esta.

É a reta perpendicular ao lado no ponto médio.


Todo triângulo tem três alturas, cujas retas suportes
Todo triângulo tem três mediatrizes que se inter- interceptam-se num ponto chamado "ORTOCENTRO".
ceptam num ponto chamado "CIRCUNCENTRO".
Exemplo
O circuncentro é o centro da circunferência que
contém os vértices do triângulo (circunferência circuns- –—
— –— –—
AHA, BHB e CHC são, respectiva-mente, as alturas
crita).
— — —
relativas aos lados BC, AC e AB.
Exemplo
O é o ORTOCENTRO.
— , M— e M— são, respectivamente, as media-
MAB BC AC
— — —
trizes dos lados AB, BC e AC.
O triângulo HAHBHC é denominado triângulo órtico.

O é o CIRCUNCENTRO.

Observação
O ortocentro de um triângulo é interno, vértice do
ângulo reto ou externo ao triângulo, conforme este seja
acutângulo, retângulo ou obtusângulo, respectivamente.

5. PARTICULARIDADES
Observação

O circuncentro de um triângulo é interno, ponto • Os pontos notáveis do triângulo têm nomes cujas
médio da hipotenusa ou externo ao triângulo, conforme iniciais formam a sigla "BICO".
este seja acutângulo, retângulo ou obtusângulo,
respectivamente. • Em todo triângulo isósceles, os pontos notáveis são
alinhados.
4. ALTURA
• Em todo triângulo equilátero, os pontos notáveis
É o segmento com extremos num vértice e na reta são coincidentes.

– 35
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MÓDULO 15 Ângulos na Circunferência

1. ÂNGULO CENTRAL Assim, na figura anterior, tem-se 4. ÂNGULO


짰 EXCÊNTRICO EXTERIOR
Ângulo que tem o vértice no cen- AB
α = ⎯⎯
tro da circunferência. 2 Ângulo de vértice num ponto ex-
terior à circunferência e lados sobre
A 3. ÂNGULO
semirretas secantes ou tangentes a ela.
EXCÊNTRICO INTERIOR
P
O a Ângulo de vértice num ponto inte-
rior à circunferência, distinto do cen- a
tro.
B
C
B C

AB é o arco correspondente ao a D
^ P
ângulo central AOB.
A D
A

Tomando-se para unidade de arco


B
(arco unitário) o arco definido na circun- 짰 짰
AB e CD são arcos determinados
ferência por um ângulo central unitário
짰 짰
pelos lados dos ângulos e prolonga- AB e CD são arcos determinados
(unidade de ângulo), temos que
mentos destes sobre a circunferência. pelos lados do ângulo sobre a circun-
"A medida de um arco de circun-
A medida do ângulo excêntrico ferência.
ferência é igual à medida do ângulo
interior da figura anterior é dada por A medida do ângulo excêntrico
central correspondente." exterior da figura acima é dada por
짰 짰
짰 AB + CD 짰 짰
Assim, na figura acima: α = AB α = ⎯⎯⎯⎯⎯ AB – CD
2 α = ⎯⎯⎯⎯⎯
2
2. ÂNGULO INSCRITO Exemplo
Calcular a medida x do ângulo Exemplo
Ângulo que tem o vértice na cir- agudo determinado pelas retas r e s Calcular a medida y do ângulo
cunferência e os lados são secantes a da figura seguinte. agudo formado pelas retas r e s da
ela. figura seguinte.
s
60°
P r
x
a y
40°

A
s
B
90°

짰 100°
AB é o arco na circunferência, Resolução
r
determinado pelos lados do ângulo O ângulo em questão é do tipo
^
inscrito APB. excêntrico interior e determina na Resolução
A medida do ângulo inscrito é a circunferência arcos de 60° e 90°. O ângulo em questão é do tipo
metade da medida do arco que ele 60° + 90° ⇔ x = 75° excêntrico exterior e determina na
Assim: x = –––––––––
determina sobre a circunferência. 2 circunferência arcos de 40° e 100°.

36 –
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Potência de um Ponto em
MÓDULO 16
Relação a uma Circunferência

1. DEFINIÇÃO Demonstração Os triângulos PTA e PBT são


semelhantes pelo critério (AA~).
Vamos considerar uma circun- D B PT PA
ferência λ, um ponto P e vamos cons- Assim: –––– = –––– ⇔
PB PT
truir várias secantes à λ, que passam P
pelo ponto P. ⇔ PA . PB = (PT)2
A C

2. Na figura seguinte, em que A e B


B A A
são pontos de tangência, tem-se
P B
D C PA = PB
M P

N D A
T C

Em qualquer secante, é constante


De acordo com o critério (AA~), P
o produto dos dois segmentos que
em ambos os casos tem-se que os
têm uma extremidade no ponto P e a
triângulos PAD e PCB são semelhan-
outra na circunferência λ. B
tes.
Assim:
PA . PB = PC . PD = Assim pode-se afirmar que, por
Assim:
= PM . PN = um ponto exterior a um círculo,
= PT . PT = (PT)2 = p2 PA PD podem-se traçar duas tangentes à
––– = ––– ⇔ PA . PB = PC. PD
A constante p2 é denominada PC PB circunferência desse círculo e esse
"potência do ponto P em relação à ponto equidista dos pontos de
Observações
circunferência λ". tangência.
1. Na figura seguinte, em que T é
Exemplo ponto de tangência, tem-se Exemplo
Com os dados das figuras a No quadrilátero circunscritível
PA . PB = (PT)2
seguir, prove que, em ambos os ABCD da figura seguinte, tem-se
casos, vale a relação
AB + CD = BC + DA
B
PA . PB = PC . PD
A
D H C
P
D
B

T E
P G
A
C
Demonstração

B A F B
A
B
P A
Pois: AF = EA, FB =
P
= BG, CH = GC e HD = DE
D
Assim: AF + FB + CH + HD =
T = BG + GC + DE + EA
C
Logo: AB + CD = BC + DA

– 37
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MÓDULO 17 Área das Figuras Planas


1. DEFINIÇÃO • Em função do raio da
circunferência
Área de uma figura é um número circunscrita
associado à sua superfície, que ex-
prime a relação existente entre esta e A
a superfície de um quadrado de lado l l
unitário.
Dizemos que duas superfícies c b
são equivalentes, quando possuem a
mesma área. R
l B a C
2. ÁREA DO TRIÂNGULO
• Em função de dois lados
• Em função
e do ângulo entre eles
da base e da altura
Sendo a e b as medidas de dois a.b.c
dos lados de um triângulo e α a S = ––––––––––
4R
h h medida do ângulo entre eles, a sua
área é dada por
b b b 3. ÁREA DOS
QUADRILÁTEROS
A
b.h
S = ––––––– A superfície de qualquer quadri-
2
b látero pode ser "dividida" em duas
regiões triangulares, quando se con-
• Em função dos lados a sidera qualquer uma de suas dia-
C B
a gonais.
Sendo a, b e c as medidas dos
lados de um triângulo qualquer, sua
a . b sen α Assim, a área de um quadrilátero
área é dada por S = ––––––––––––
2 é sempre igual à soma das áreas de
A
dois triângulos.

b • Em função do raio da Exemplo


c
circunferência inscrita A área S do quadrilátero da figura

B a C é dada por S = S1 + S2 , em que


A
—–––––––––––––—––––––– S1 é a área do triângulo ABC e S2 é a
S= √ p (p – a) (p – b) (p – c) c b
área do triângulo CDA.
O r
r
(Fórmula de Hierão)
D
r
a+b+c
em que p = ––––––––– B C
a C
2
(semiperímetro)
S=p.r
Se o triângulo é equilátero de lado A B
ᐉ, então sua área é dada por (p é o semiperímetro)
O cálculo das áreas dos quadrilá-
— teros notáveis pode ser executado de
ᐉ2 √ 3 a+b+c
maneira mais simples, pelo emprego
S = –––––––– p = –––––––––––
4 2
das seguintes fórmulas:

38 –
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• Trapézio 4. RAZÃO ENTRE ÁREAS DE S1 b1 h1


FIGURAS SEMELHANTES ⇔ ––– = ––– . ––– ⇔
b S2 b2 h2

A razão entre as áreas de duas S1 S1


h
superfícies semelhantes é igual ao ⇔ ––– = k . k ⇔ ––– = k2
S2 S2
B
quadrado da razão de semelhança.
Exemplo Exercício
(B + b) . h Calcular a área S de um triângulo
S = –––––––––––– Se os triângulos ABC e MNP da fi-
2 equilátero de lado “ᐉ”.
gura forem semelhantes e tiverem
áreas S1 e S2, respectivamente, então 1a. Resolução
• Paralelogramo

b B

h1 h=l 3
h l h l 2
A C
b1
b
N
l
S=b.h
h2
ᐉ
3
• Retângulo ᐉ . –––––
M P ᐉ.h 2 ᐉ2
3
b2 S = ––––– = –––––––– = –––––
a 2 2 4
b1 h1 2a. Resolução
–––– = –––– = k
b b b2 h2

a (razão de semelhança)
e l l
S=a.b
S1
• Losango ––––– = k2
S2 60°

l
Demonstração
d ᐉ . ᐉ . sen 60°
Da semelhança dos triângulos S = –––––––––––– =
2
ABC e MNP, tem-se
3
D b1 h1 ᐉ2 . –––
–––– = –––– =k 2 ᐉ2
3
b2 h2 = ––––––– = –––––
D.d 2 4
S = ––––––––
2 3ª Resolução
Por outro lado,
• Quadrado ᐉ.ᐉ.ᐉ 3ᐉ
b1. h1 b2. h2 p = ––––––– = –––
l S1 = ––––––– e S2 = ––––––– 2 2
2 2
Assim, S = 
p(p – ᐉ) (p – ᐉ) (p – ᐉ)
d b1 . h1
l l Assim,
––––––
S1 2
––– = –––––––– ⇔
S2 b2 . h2 3ᐉ ᐉ ᐉ ᐉ
l –––––– S= ––– . –– . –– . –– =
2 2 2 2 2

d2
S = ᐉ2 ou S = ––––– S1
⇔ –––
b1 . h1
= ––––––– ⇔ 3ᐉ4 ᐉ2
3
2 = –––– = ––––––
S2 b2 . h2 16 4

– 39
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MÓDULO 18 Área das Figuras Circulares

1. ÁREA DO CÍRCULO ᐉ, é dada por


B

A área de um círculo de raio R é l


expressa por B h

0
R A

0 l

R
R
A R
S = ––– (ᐉ – h)
2

ᐉ.R Exemplo
S = –––––
2 A área do segmento circular da
S=π R2 figura abaixo é dada por
Observação
A área do setor circular é sempre
Observação uma "fração" da área do círculo no
O comprimento da circunferência qual o setor está "contido". 60°
de raio R é dado por C = 2 π R, em 6
que π ≅ 3,1416. Exemplo
A área do setor circular da figura
abaixo é dada por
2. ÁREA DA
COROA CIRCULAR
6
S = ––– (2π – 3 
3 ) = 3 (2π – 3
3)
Sendo S a área da coroa circular 2
5
de raios R e r, tem-se
72°

Observação
5
Outra maneira de calcularmos a
área do segmento circular da figura
r
acima é a seguinte:
Calculamos a área do setor cir-
R 72° cular de 60° com raio r = 6 e dela
S = –––––– . π . 52 = 5π subtraímos a área de um triângulo
360°
equilátero de lado ᐉ = 6.

S = π (R2 – r2) Assim,


4. ÁREA DO
SEGMENTO CIRCULAR 60° 623
3. ÁREA DO S = ––––– . π . 62 – –––––– ⇔
360° 4
SETOR CIRCULAR
Sendo S a área do segmento cir-
— ⇔ S = 6π – 93 ⇔
A área do setor circular de raio R, cular limitado pela corda AB e pelo
짰 ⇔ S = 3(2π – 33)
limitado por um arco de comprimento arco AB da figura, tem-se

40 –

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