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Laboratório de Comunicações Ópticas

Turma 0101052L-A

Relatório Laboratório Nº 5
“Design de enlace óptico de São Paulo ao
Rio de Janeiro”

Número (RA) Nome


131490168 Anderson Tregancini Junior
131490036 Felipe de Castro Geraldo
131490061 Luís Henrique Jus

Professor Dr. Ivan Aritz Aldaya Garde.

São João da Boa Vista, 07 de junho de 2017.


Objetivo

A atividade proposta é de projetar um enlace óptico entre as cidades de São Paulo e


Rio de Janeiro. Serão considerados: distância física entre as cidades de 400 km, modulação do
sinal no formato OOK, taxa de transmissão de 10 Gbps e o valor máximo para BER de 10−9 .

Design do transmissor e receptor

Como primeiro passo, construiu-se um sistema back-to-back, ou seja, sem um canal de


transmissão, conectando o transmissor diretamente ao receptor, como é ilustrado na figura
abaixo:

Figura 1 - Diagrama de blocos do setup 1.

O sistema foi testado e foram obtidos resultados ilustrados pelas figuras abaixo:

Figura 2 - Diagrama de olho para o setup 1.


Figura 3 - Valor da BER para o setup 1.

Observando os resultados, vemos que não há efeitos degradantes no sinal, por esse
motivo, o diagrama de olho está muito próximo de um resultado ideal e não há valor de BER.

No próximo setup foi incluído um atenuador entre o laser e o fotodiodo, de modo a


controlar a potência recebida. Para medir essa potência, também foi acrescentado um
medidor de potência, que será usado no gráfico da BER pela potência recebida.

Figura 4 - Diagrama de blocos do setup 2.

O valor de atenuação foi controlado através de uma variável para que fosse possível
varrer os valores dentro de um intervalo, usando a simulação interativa do software VPI. O
setup foi testado através dessa ferramenta e os resultados obtidos são mostrados nas figuras
abaixo:
Figura 5 - Diagrama de olho do setup 2.

Figura 6 - Gráfico da BER x potência recebida do setup 2.

Observando o diagrama de olho, vemos que o efeito do atenuador é responsável por


degradar o sinal em amplitude, fechando o olho.

Questão 1: observamos o gráfico da BER pela potência recebida para responder essa
questão. Vemos que o marcador horizontal indica que, uma BER de 10−9 é alcançada quando a
potência recebida é de -21.15 dBm.
Design de um enlace compensado em dispersão e em amplitude

Com os esquemas básicos de transmissão e recepção testados, é possível prosseguir


para a próxima etapa da atividade. Nesse momento foi adicionada ao setup anterior uma fibra
óptica padrão (SSMF) como ilustrado abaixo:

Figura 7 - Diagrama de blocos do setup 3.

O valor do atenuador foi fixado em zero. Uma simulação interativa foi criada para
varrer o comprimento da fibra, com objetivo de construir o gráfico da BER em função desse
comprimento:

Figura 8 - Gráfico da BER x Comprimento da SSMF do setup 3.

Questão 2: observando a figura 8 para responder essa questão, vemos que o marcador
horizontal indica que para a máxima BER aceitável, o maior comprimento alcançado é de 80.24
quilômetros. Podemos supor ainda que este enlace, no estado atual, está limitado à dispersão.
Seguindo a linha de raciocínio da resposta acima, o próximo setup propõe compensar a
dispersão da fibra SSMF utilizando um comprimento adequado de fibra DCF, como é ilustrado
na figura 9:

Figura 9 - Diagrama de blocos do setup 4.

Para definir o comprimento necessário de DCF capaz de compensar a dispersão da


SSMF, configurou-se o campo que define o comprimento da DCF em função do comprimento
da SSMF, a partir da equação abaixo:
𝐷𝑆𝑆𝑀𝐹 ∗ 𝐿𝑆𝑆𝑀𝐹
𝐿𝐷𝐶𝐹 = − (1)
𝐷𝐷𝐶𝐹

O esquema foi testado e o resultado obtido é ilustrado na figura 10:

Figura 10 - Gráfico da BER x Comprimento da SSMF do setup 4.

Questão 3: observando a figura 10, vemos que para esse novo enlace, o comprimento
máximo, considerando a BER de 10−9 , é de 58.37 quilômetros, como indicado pelo marcador
horizontal. Esse valor é inferior ao anterior, porque o enlace agora é limitado pela atenuação,
devido às características atenuadoras da DCF.
Continuando o raciocínio de compensação do enlace, construímos o próximo setup,
que conta com dois EDFA’s, que têm a função de compensar as atenuações de cada fibra,
SSMF e DCF. O diagrama de blocos é ilustrado abaixo:

Figura 11 - Diagrama de blocos do setup 5.

Os ganhos dos amplificadores foram ajustados para acompanhar as variações nos


comprimentos das fibras e suas respectivas atenuações, compensando as perdas no enlace. A
simulação interativa variando o comprimento da SSMF foi executada novamente e o resultado
obtido é mostrado na figura 12:

Figura 12 - Gráfico da BER x Comprimento da SSMF do setup 5.

Questão 4: observamos a figura 12 acima para responder essa pergunta. O setup 5


está estruturado para compensar completamente as perdas por atenuação, assim como a
dispersão, portanto o comprimento encontrado é maior alcance possível para esse enlace. O
marcador horizontal indica que para a BER de 10−9 , o comprimento é de 175.66 quilômetros.
Esse comprimento não é ainda maior, pois agora o sistema é limitado ao ruído intrínseco dos
EDFA.
Design de um enlace multi-span

Nessa etapa da atividade laboratorial, foi construído um esquema para simular a


distância total do enlace entre as duas cidades, através de um loop. O setup é ilustrado na
figura abaixo:

Figura 13 - Diagrama de blocos do setup 6.

Novamente, o enlace foi testado e o gráfico da BER em função do comprimento da


fibra SSMF para os vários loops foi gerado, originando a figura 14:

Figura 14 - Gráfico da BER x Comprimento da SSMF do setup 6.

Questão 5: a distância considerada entre as duas cidades é de 400 quilômetros.


Observando a figura 14, vemos que o marcador vertical nos indica que 3 loops são suficientes
para esse enlace, garantindo uma BER abaixo de 10−9 .

Questão 6: cada span deverá, preferencialmente, ter comprimentos iguais.


Considerando a resposta anterior, de que são necessários apenas 3 spans para conectar as
cidades, podemos afirmar que cada span deverá ter 134 quilômetros.
Design de enlace WDM de 5 canais

O último enlace proposto da atividade, foi a construção de um esquema para simular


um enlace WDM de 5 canais interligando ambas cidades. A figura abaixo ilustra o diagrama de
blocos:

Figura 15 - Diagrama de blocos do setup 7.

Nesse esquema, a separação dos canais foi variada através da simulação interativa. O
comprimento da SSMF foi fixado, assim como o número de spans. O resultado da BER em
função da variação da separação dos canais é mostrado abaixo:

Figura 16 - Gráfico da BER x Desvio de frequência do setup 7.

A figura 16 ilustra o comportamento quando é considerando o comprimento da SSMF


de 134 quilômetros. Podemos observar que a partir de 80 GHz de separação entre os canais,
os 2 canais das extremidades do sistema WDM começam a apresentar um aumento da BER,
esse efeito ocorre devido ao fato de que a compensação da dispersão é feita apenas na
frequência do canal central. Entretanto, ainda podemos concluir que, desde que uma BER de
10−9 seja aceitável, os canais podem ser espaçados de 50 GHz ou 100 GHz, sem comprometer
a qualidade do enlace.
A figura 17 abaixo ilustra uma situação em que o comprimento da SSMF foi fixado em
180 quilômetros:

Figura 17 - Gráfico da BER x Separação dos canais no setup 7.

Observa-se que o sistema apresenta valores relativamente maiores de BER quando


comparados com os valores apresentados na figura 16. Isso ocorre porque o enlace da figura
17 é limitado pelo ruído presente sistema quando superdimensionado.

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