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PLANEJAMENTO DE OBRAS E ORÇAMENTO

06/04/2018

Dessa maneira, torna-se mais fácil atribuir uma duração e identificar a tarefa no campo para
controlar seu avanço.

A EAP pode ser representada em três diferentes configurações. Tomando como exemplo a
construção de uma casa simples, teremos:

a) Formato de arvore

CASA

FUNDAÇÕES ACABAMENTO ESTRUTURA

ESCAVAÇÃO ESQUADRIAS ALVENARIA

SAPATAS REVESTIMENTO TELHADO

PINTURA INSTALAÇÕES

b) Formato analítico
É o formato com que os principais softwares de planejamento trabalham. A EAP analítica
geralmente vem associada a uma numeração logica, segundo a qual cada novo nível
ganha um digito a mais.
Ex:
Casa
1.0 Fundação
1.1 Escavação
1.2 Sapatas
2.0 Acabamento
2.1 Esquadrias
2.2 Pintura
2.3 Revestimento
3.0 Estrutura
3.1 Alvenaria
3.2 Telhado
3.3 Instalação

c) Mapa Mental
Utilização para representação ideias, que são organizadas radialmente a partir de um
conceito central. Supostamente, o mapa mental funciona como o celebro humano
mantendo a ideia chave em posição central e criando conexões por meio de associações
traçadas de forma não lincar.
ALVENARIA

ESTRUTURAS TELHADO

ESCAVAÇÃO INSTALAÇÕES
FUNDAÇÕES CASA
SAPATAS ESQUADRIAS

ACABAMENTO REVESTIMENTO

PINTURA

Até onde decompor?

Não há uma regra definida e a resposta fica a critério do bem senso.

Muito detalhe: rede extensão e custo de controle elevando, porém, mais fácil de acompanhar.

Pouco detalhe rede sucinta e com custo de controle mais baixo, porem pouco profundo e pouco
prático de acompanhar.

Um ponto a ponderar é o tempo médio das atividades de planejamento, de modo a não misturar
atividades com durações muito diferentes (meses e dias, por exemplo) e ter senso crítico para
discernir até que ponto o desdobramento das atividades em serviços menores pode melhorar o
acompanhamento da obra.

Um serviço como concretagem de laje, por exemplo, pode ser considerado como atividade única
ou subdividida em forma, corte e dobra, da ferragem, instalação da armação, lançamento do
concreto, cura e desforma. Como o desdobramento dos pacotes de trabalho em atividades
menores, a rede fica mais detalhada, porem mais longa e complexa. Em uma obra predial, que
depende muitos das lajes, a EAP mais detalhada é uma boa ideia.

Contudo, se a obra for uma estrada e o laje em questão for uma parada de ônibus, é mais
aconselhável manter o serviço único por se tratar de algo menos representativo no todo.

Várias especificações técnicas de órgãos americanos sugerem que a duração mínima seja de 1
dia e a máxima o dobro da periodicidade da rede - se a atualização for semanal, a duração
máxima é de duas semanas (10 dias); se for quinzenal, 30 dias, e assim por diante.

Teoriza-se como: 1 dia < d < 10 dias

a) Se uma atividade identificada tiver d < 1 dia, é considerada pequena demais e deverá
ser fundida a outras para formar uma atividade mais longa;
b) Se uma atividade tiver d > 10 dias, ela deve ser desmembrada em pacotes menores.

10/04/2018

Definição das durações


Toda atividade do cronograma precisa ter uma duração associada a ela. O real valor de um
planejamento e a confiança que se pode depositar pela residem basicamente em dois
parâmetros: duração e logica (interdependência entre as atividades).

Ao se pensar no processo de determinação das durações reafirmações – se a importância a


Estrutura Analítica de projeto (EAP), pois a decomposição conseguida com ela ajuda a definir as
fronteiras de cada atividade em decorrência, facilita a vida do planejador na definição das
durações.

Regras práticas

a) Avaliar as durações uma a uma para cada uma delas, deve-se assumir que há oferta
suficiente de material e não de obra e equipamento.
b) Adotar o dia normal, admitir logo de saída a adoção de horas extras e turnos mais longos
não é a melhor prática, porque induz tendenciosidade.
c) Não pensar no prozo total da obra, o correto é montar a rede com as durações
calculadas de forma isenta, e só então avaliar se a duração total está coerente ou se
precisa de ajustes.
d) Dias corridos diferentes de dias uteis: duração é a quantidade de períodos de trabalho
e não deve ser confundido aos dias do calendário. A duração estimada deve se referir
sempre a dias (ou semanas) uteis, ou seja, aqueles em que eventualmente se trabalha.

Fatores que afetam a duração

a) Experiencia da equipe, quando mais experiencia tiver a equipe de trabalho, maior a


facilidade em realizar a atividade.
b) Grau de conhecimento do serviço atividades novos, especiais ou pouco frequentes
geralmente requerem um período da familiarização da equipe.
c)

13/04/2018

Cabe ao planejador definir a relação prazo/equipe mais conveniente e adotá-la na montagem


do cronograma, amarrando as produtividades estabelecidas no orçamento com as durações
atribuídas no planejamento.

A obra passa a contar com uma integração orçamento-planejamento.

Para a casa do exemplo anterior, optou-se inicialmente por designar uma equipe de 2 pedreiro
para a tarefa, o que então define a atividade alvenaria com 5 dias. Atribuindo as durações
conforme as produtividades e recursos das demais atividades, obtém-se o quadro de
sequenciação.

Atividade Duração
Fundação
A Escavação 1 dia
B Sapata 3 dias
Estrutura
C Alvenaria 5 dias
D Telhado 2 dias
E Instalações 9 dias
Acabamento
F Esquadrias 1 dia
G Revestimento 3 dias
H Pintura 2 dias

É intuitivo perceber que a duração é universalmente proporcional ao tamanho da equipe,


portanto, aumentando o numero de recursos (equipe) a quantidade de tempo diminui. É o que
se chama em inglês de trade-off entre equipe e duração, sendo necessário bem senso para
avaliar o ponto ótimo.

No calculo da equipe, considerar sempre o carro chefe daquela atividade. O planejador se vê


entre dois raciocínios.

Dimensionar a duração em função da equipe (obras de pequeno porte, equipe limitada).

Dimensionar a equipe em função da duração (obras de grande porte, marcos definidos)

Matematicamente, as formulas para os dois casos são:

 Usando índice:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒
𝐷𝑢𝑟𝑎çã𝑜:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 × 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎
 Usando produtividade:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜:
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 × 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎
Onde:

Quantidade: quantidade de serviço

Quantidade de recursos: quantidade de mão de obra

Índice: índice de mão de obra para aquela atividade.

PRODUTIVIDADE: produtividade de mão de obra para aquela atividade.

JORNADA: período de trabalho por dia;

DURAÇÃO: tempo para execução da atividade.

EQUIPE EM FUNÇÃO DA DURAÇÃO:

 Usando índice:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒
𝑄𝑡𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠:
𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 × 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎
 Usando produtividade:
𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒
𝑄𝑡𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠:
𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑑𝑢𝑟𝑎çã𝑜 × 𝑗𝑜𝑟𝑛𝑎𝑑𝑎

Falta aula de segunda


Outros tipos de dependência-continuação.

Existem também defasagens negativas, como por exemplo:

TI -

Dias, o começo de B acontece 2 dias antes do termino de A.

AT

BI
Outro tipo de ligação útil é quanto uma atividade não precisa de sua predecessora esteja 100%
concluída. Em outras palavras, B pode começar sem que A esteja terminada, havendo uma
sobreposição entre elas. Esses tipos de ligação são chamados II (início-inicio), aceitando também
início com defasagem.

Ligação II Ligação II + 5 dias

AI AI

BI BI
Um exemplo, seria a alvenaria (A) e chapisco (B) de um mesmo pavimento, onde não é preciso
que toda a alvenaria do andar tenha terminado para que o chapisco comece a ser feito, bastando
que a alvenaria esteja por alguns dias na dianteira.

O terceiro tipo de ligação possível é o TT (termino-termino), caso em que se estipula que o


termino de uma atividade está vinculado ao termino de sua predecessora, ou seja, o fim de B
depende do fim de A.

Ligação TT Ligação TT + 5 dias


AT AT

BT BT
O quarto e último tipo de dependência é o TI (início-termino). Esse tipo de vínculo é pouco
utilizado, caso em que uma atividade só pode terminar quando ser iniciar outra, sou seja, o
termino de B depende do inicio de A.

Um exemplo seria

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