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(faltam 2 aulas – páginas 1-4 resumo da nath)

CARÊNCIA – número de contribuições efetivas SEM ATRASO necessárias para fazer jus a um
benefício. Isso é diferente da qualidade de segurado, que pode existir mesmo se a pessoa deixar de
pagar durante determinado tempo.

TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO – diferente de carência.


- aceita pagamento em atraso
- aceita tempo de trabalho rural antes de 1991

• 13º e carência: o 13º NÃO conta para fins de carência, ou seja, a gente paga 13 meses (em tese),
mas só conta 12 meses; mas há contribuição previdência sobre o 13º e os benefícios também são
pagos sobre o 13º (abono anual).

• Segurado especial: ele não contribui, mas sua carência é o mês trabalhado nas condições legais que
o caracterizam como segurado especial (é como se ele tivesse contribuído).

I) Auxílio doença e aposentadoria por invalidez: carência de 12 meses.


- em caso de ACIDENTE (de trabalho ou de qualquer natureza, inclusive as doenças laborais –
equiparadas a acidente) e DOENÇA GRAVE1 – não há período mínimo de carência (a carência é
dispensada).
OBS: doença é alguma disfunção no corpo humano identificada por um CID; incapacidade é
quando a doença impede a pessoa de trabalhar e é isso que gera o benefício.

Ex.:
- Pessoa que trabalhou por 7 meses  salário de R$ 1.500,00
- Sofre acidente de trabalho
- Auxílio doença oriundo de acidente de trabalho dispensa carência, portanto a pessoa terá direito.

II) Aposentadoria por idade, por tempo de contribuição (ATC) e especial: essas são as
aposentadorias voluntárias; carência de 180 meses (15 anos).

III) Salário-maternidade: carência de 10 meses no momento do parto. Se a gestação durar 8 meses,


o tempo de carência cai para 9 meses, ou seja, a carência será sempre de um mês a mais do que
durar a gestação.

1
Portaria interministerial (Min. da Saúde + da Previdência) de 2001 listou um rol de doenças graves que
dispensam carência – NÃO SERÁ COBRADO EM PROVA! Era para ser atualizada anualmente, mas isso nunca
ocorreu; dessa forma, quem precisar tem que recorrer ao judiciário para que sua doença seja reconhecida
como grave. Portanto, por falta de atualização, esse rol não é taxativo atualmente.
- em caso de empregada, doméstica e avulsa – a carência é dispensada, pois tais profissionais
não dependem delas para contribuir (dependem do pagamento pelo patrão).

A carência NÃO precisa ser consecutiva, desde que tenha o tanto exigido na lei de meses pagos
(contribuições efetivas). Todavia, não pode ter um intervalo entre uma contribuição e outra que faça
a pessoa perder a qualidade de segurado.
Se o intervalo entre uma contribuição e outra for tão grande que faça a pessoa perder a
qualidade de segurado, ela perderá essa qualidade + toda a carência (ou seja, todos os meses pagos).
- Ex.: X teve 12 anos (146 meses) de contribuição e depois começa a trabalhar
autonomamente e esquece de pagar, ficando 3 anos sem pagar a previdência e perde a qualidade de
segurado. Dessa forma, X perdeu todos os 146 contribuições e, se voltar a pagar novamente depois
desse período, terá 1 contribuição, e não 147. Todavia, se X pagar novamente por 6 meses
consecutivos, no 6º mês de contribuição ele passa a ter 152 meses de contribuição, ou seja, recupera
o período perdido. Isso não se aplica às aposentadorias voluntárias.
Para recuperar as contribuições antigas, a pessoa precisa contribuir com metade da carência
exigida para o benefício que se pleiteia. Ex.: a pessoa pleiteia o benefício de auxílio-doença, para o
qual precisa de 12 meses de carência; se ela pagar 6 meses (depois de perder a qualidade de
segurado), ela recupera o período perdido, como no exemplo acima.

CÁLCULO DO VALOR DO BENEFÍCIO

Para se chegar ao valor do benefício, precisa ter em mente 4 conceitos (caminho a ser seguido para
encontrar o valor do benefício):
1º - O que é salário de contribuição (SC): é, genericamente, o valor mensal que o
trabalhador ganha (é quanto o segurado ganha por mês). É o salário sobre o qual incide a
contribuição previdenciária, isto é, a base de cálculo da alíquota da contribuição previdenciária.
Salário base são as verbas remuneratórias, não se incluindo as verbas indenizatórias (como auxílios).
No caso dos trabalhadores autônomos (contribuinte individual), o SC é o que ele fala que
ganhou no mês.
No caso dos contribuintes facultativos, o SC o que ele quiser, pois contribui facultativamente.
Quanto aos segurados especiais, o SC será considerado 1 salário mínimo.

2º - O que é salário de benefício (SB): é a base do cálculo do valor do benefício, ou seja, é a


partir dele que se obterá o valor do benefício (não é base DE cálculo, pois isso remete à alíquota de
tributo, e aqui não se relaciona a isso). Esse salário é, mais ou menos, uma média do que a pessoa
vem ganhando no decorrer de sua vida. O SB é calculado, portanto, com base numa média dos SC.
A fórmula de cálculo do salário de benefício, hoje, é a média dos 80% maiores salários de
contribuição, tudo multiplicado pelo fator previdenciário.

Considera o histórico de contribuição será contado a partir de julho de 1994, pois foi quando
começou o Plano Real no BR, o qual sanou um problema de inflação gravíssimo antes disso. Por isso,
para beneficiar o segurado (para que ele não sofra com a inflação que ocorria antes), a conta só pode
retroagir até essa data, escolhendo-se os 80% melhores salários para fazer a média.
Já que a finalidade dessa restrição é beneficiar a pessoa, aquele cara que ganhava bastante
na inflação e passou a ganhar menos depois e foi ganhando pouco a vida inteira pode recorrer ao
judiciário se lhe for negado considerar os seus salários do período anterior à julho de 1994.
O índice de atualização dos salários de contribuição antigos, antes de fazer a média acima, é
o INPC.
Para fazer a média, a pessoa tem que ter, pelo menos, 12 contribuições. Se em casos
excepcionais (como os que dispensam carência) a pessoa não tem 12 meses, o problema é que a
divisão será por 12 e o valor será menor.

3º - O que é fator previdenciário (FP): a aposentadoria por tempo de contribuição foi criada
em 1998, substituindo a aposentadoria por tempo de serviço. Eles tinham colocado 35 anos para
homem e 30 para mulher. Posteriormente, começou-se a discussão sobre colocar uma idade mínima.
Lembrando que a aposentadoria visa cobrir um risco social, o qual não existia sem idade mínima
(pois tinha gente que podia aposentar antes dos 40, por exemplo).
Então, foi para a votação o texto que inseria a idade mínima, mas não foi aprovada por 1
voto (inclusive voto de um deputado que disse que “apertou o botão errado). Mas foi exatamente
por causa dessa lei não ser aprovada que veio a aposentadoria por tempo de contribuição,
substituindo a por tempo de serviço. A idade mínima de contribuição, para homem, é 35 anos, e para
mulher, 30.
Criou-se então, a Lei do Fator Previdenciário. Fator é um multiplicador do salário de
benefício, cujo valor gira perto de 1 (um pouco a mais, ou um pouco a menos).

2
Não entra na conta de todos os benefícios:
a) Facultativo na aposentadoria por idade;
b) Obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição, ressalvada a regra 85/95;
c) Não se aplica aos demais benefícios.
De acordo com o cálculo acima, quem é mais novo, o FP daria próximo a 0,5, o que
provocaria uma diminuição de, mais ou menos, 50% da média de salário contribuição. Dessa forma,
as pessoas esperam para se aposentar com mais idade para que o valor seja maior. Isso buscou inibir
que as pessoas se aposentem antes.

*expectativa de sobrevida = pega expectativa de vida do brasileiro e sua idade e vê quanto tempo
resta para chegar naquela idade.

*de acordo com a fórmula, quanto mais tarde eu me aposentar, mais idade eu terei e menos
expectativa de vida também; portanto, o FP será maior. Por isso, muitas pessoas alegam que o FP foi
um retrocesso social e que ferrou com um dos principais direitos da gente. Todavia, na
aposentadoria por idade, ele é facultativo (eu posso deixar de aplicar se der menos que 1 e aplicar se
der mais que 1).

**REGRA 85/95: é a soma de idade (Id) + tempo de contribuição (Tc). Se essa soma alcançar 85 para
mulheres e 95 para homens, afasta-se a aplicação do FP na aposentadoria por tempo de contribuição
da pessoa. Essa foi uma mitigação ao FP trazida no governo Dilma (#lulalivre).
Essa regra foi aprovada e tem uma previsão de progressão, a cada 2 anos, até virar a regra do
90/100.

4º - O que é renda mensal do benefício (RMB): é a porcentagem aplicada ao SB (salário de


benefício) para a obtenção do valor do benefício.

OBS: o valor do SB será obtido a partir daquela forma já estudada aqui.

a) Aposentadoria por tempo de contribuição, especial e por invalidez  a RMB é 100% do SB.
b) Aposentadoria por idade  a RMB é 70% do SB + 1% a cada 12 contribuições, respeitando-se o
limite de 100%. Quando eu aposento por idade, é porque eu contribui pouco, mas já estou velho (se
eu tivesse contribuído bastante, teria aposentado por tempo de contribuição), por isso o valor é mais
baixo.
c) Auxílio-doença  a RMB é 91% do SB. Essa é uma diferença importante entre esse auxílio e a
aposentadoria por invalidez. Se o SB da pessoa é de um salário-mínimo, nesse caso aqui ela não
receberá 91% do valor do salário mínimo, pois este é o piso dos benefícios previdenciários que
substituem a renda.
d) Auxílio-acidente  tal benefício não substitui a renda, mas a complementa (tem natureza
indenizatória); o RMB é 50% do SB (fora o salário que a pessoa ainda ganha, pois não parou de
trabalhar). Esse caso é o da pessoa que sofreu um acidente de trabalho, não ficou incapaz de
trabalhar, mas ficou com sequelas, ou seja, ele pode trabalhar, mas não como antes. Por não ser
substituto da renda, não precisa respeitar o teto de um salário-mínimo (o benefício pode ser menor
que isso).
e) Pensão por morte e auxílio-reclusão  é o valor da aposentadoria do falecido (na pensão por
morte) ou do recluso (no auxílio reclusão). Se a pessoa ainda não estava trabalhando quando morreu
ou foi presa, simula-se o valor de uma aposentadoria por invalidez, ou seja, 100% (como estudado no
item “a”).
f) Salário-maternidade  não utiliza o SB e nem o RMB também. Ex.: a empregada de carteira
assinada receberá o valor de sua última remuneração, mesmo que esse valor seja maior que o teto
da previdência. Portanto, o salário-maternidade NÃO respeita o teto da previdência (só quanto à
empregada)3.

**RMI – renda mensal inicial.

PROVA
RGPS
- segurados – relação direta com a previdência
- obrigatórios (tudo já foi na outra prova)
- facultativos
- dependentes – relação direta com os segurados. Há 3 tipos.

4 conceitos básicos:
- manutenção e perda da qualidade de segurado (lembrar do primeiro bimestre de quando e como se
adquire a qualidade de segurado – tabelinha).
- período de graça

3
Além desse benefício, somente mais um outro pode ultrapassar o teto, que é a aposentadoria por invalidez
com o acréscimo da grande invalidez (quando a pessoa está tão detonada que precisa de cuidado de terceiros,
ela receber 100% + um adicional de 25%, o qual pode extrapolar o teto, se for o caso).
- carência – número mínimo de contribuições para cada benefício.
- valor do benefício (SC, SB, FP e RMB) **tudo cai na prova

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