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Instituto Federal de Pernambuco

Campus Ipojuca

Instalações Elétricas Industriais


Caderno de Experimentos 01 - Partida Direta
de Motores

Professor: Hildemar da Rocha Melo


Autor: Diego Soares Lopes

Ipojuca, 16 de Novembro de 2017


Conteúdo
1 Objetivo dos Experimentos 1

2 Considerações Gerais 1

3 Simbologia Utilizada 2

4 Precauções durante as Montagens 3

5 Experimentos 4
5.1 Partida Direta de Motor Monofásico a Contactor . . . . . . . 4
5.1.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 4
5.1.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
5.1.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.1.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 6
5.1.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 7
5.2 Partida Direta de Motor Monofásico a Contactor com Re-
versão de Sentido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 8
5.2.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 8
5.2.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 9
5.2.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 10
5.3 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor . . . . . . . . . 11
5.3.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 11
5.3.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.3.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 13
5.3.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 14
5.3.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 14
5.4 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor com Atraso na
Partida Temporizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5.4.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 15
5.4.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.4.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.4.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.4.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 18
5.5 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor com Reversão
de Sentido por Botoeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.5.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 19
5.5.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

1
5.5.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.5.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 21
5.5.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 22
5.6 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor com Reversão
de Sentido Temporizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.6.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 22
5.6.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.6.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.6.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.6.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 24
5.7 Partida Direta de Motor-freio Trifásico . . . . . . . . . . . . . 25
5.7.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 25
5.7.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5.7.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.7.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.7.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 28
5.8 Partida Direta de Motor-freio Trifásico com Reversão por Bo-
toeiras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.8.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 29
5.8.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.8.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.8.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 30
5.8.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 31
5.9 Partida Direta de Motor de Duas Velocidades (Dahlander) . . 32
5.9.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 32
5.9.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.9.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 34
5.9.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 35
5.9.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 35
5.10 Partida Direta Consecutiva de Motores Trifásicos . . . . . . . 36
5.10.1 Considerações sobre o Experimento . . . . . . . . . . . 36
5.10.2 Material Utilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
5.10.3 Procedimento Experimental . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.10.4 Diagramas do Experimento . . . . . . . . . . . . . . . 37
5.10.5 Comentários Referentes ao Experimento . . . . . . . . 38

6 Conclusões 39

7 Referências 40
1 Objetivo dos Experimentos
Realização de montagens para acionamento de motores monofásicos e
trifásicos de maneira direta, visando a consolidação dos conhecimentos teóricos
referentes a comandos elétricos e acionamento de motores adquiridos anteri-
ormente.

2 Considerações Gerais
A partida direta é uma forma de acionamento na qual os motores partem
submetidos à tensão nominal de serviço sem que não haja nenhum artifı́cio
para redução da corrente de partida. Sempre que possı́vel o acionamento de
um motor deverá ser realizado de forma direta.
Consiste em um sistema de simples acionamento e possui certa segurança,
porém existem algumas limitações quanto à sua aplicação devido a elevada
corrente de partida:

• Provoca queda de tensão da rede ao qual estão conectados;

• Pode levar à interferência no funcionamento de outros equipamentos


instalados no mesmo sistema, devido à queda de tensão;

• Pode levar a necessidade de superdimensionar os sistemas de proteção,


bem como outros elementos da instalação, com consequente aumento
de custos;

• Multa cobrada pela companhia concessionária de energia elétrica de-


vido as perturbações na rede.

Partidas indiretas de motores, com o objetivo de reduzir a corrente de


partida e seus efeitos, também serão apresentados. Tais partidas são fun-
damentais para instalações de motores de elevada potência e alta corrente
de partida. O aumento da corrente é inerente ao processo de acionamento
de máquinas e decorre devido a inércia mecânica que deve ser vencida pelo
motor no momento da partida. Na Figura 1 é apresentado o esboço do com-
portamento da corrente em função do tempo no funcionamento de motores.

1
Figura 1: Comportamento da corrente em função do tempo.

Neste guia serão apresentadas partidas direta de motores monofásicos,


trifásicos com e sem reversão, com motor-freio e partida direta com motor
de duas velocidades (Dahlander).

3 Simbologia Utilizada
Os diagramas apresentados neste guia seguem a simbologia mostrada na
Figura 2.

Figura 2: Simbologia adotada no presente guia.

2
4 Precauções durante as Montagens
Alguns procedimentos devem ser adotados para segurança do laboratório
bem como dos seus usuários. As montagens devem ser realizadas na seguinte
ordem:

1. Todo e qualquer experimento deve ser acompanhado de um responsável


do laboratório, seja ele professor ou técnico especialista;

2. Deve-se conhecer a tensão de trabalho, seja ela da própria bancada ou


da saı́da de um dispositivo que será utilizado. Para isso um multı́metro
pode ser usado;

3. Os dados de placa do motor devem ser verificados para garantir que as


conexões serão realizadas da maneira correta;

4. Deve-se seguir o guia do experimento, pois ele está correto e garante


que a montagem será realizada de maneira adequada;

5. Recomenda-se testar e verificar o circuito de comando em separado,


antes de ligar o circuito de força;

6. Caso o circuito de comando não tenha sido montado da maneira ade-


quada o aluno deve tentar encontrar o motivo, do não funcionamento
sozinho, para isso ele deve utilizar o multı́metro para testar as tensões
e continuidade do circuito, bem como o guia do experimento para ve-
rificar se as conexões estão corretas;

7. Após o circuito de comando ser montado da maneira correta é que se


deve prosseguir para a montagem do circuito de força;

8. Apenas ligar o circuito de força após a verificação pelo responsável do


laboratório que esteja acompanhando o experimento;

9. Ao término da montagem, e da realização das discussões pertinentes, o


aluno deve desmontar o experimento e organizar a bancada de trabalho
mantendo a ordem e organização do laboratório.

O roteiro apresentado anteriormente deve ser seguido com vistas ao fun-


cionamento pleno, organização e segurança do laboratório. Todos os experi-
mentos aqui apresentados foram desenvolvidos para realização no laboratório
C08 do Instituto Federal de Pernambuco, campus Ipojuca. Caso sejam uti-
lizados em outra instalação é recomendado verificar se os equipamentos são
semelhantes para que não ocorram problemas.

3
5 Experimentos
5.1 Partida Direta de Motor Monofásico a Contactor
Os motores elétricos foram desenvolvidos especialmente para utilização
em rede monofásica, satisfazendo as necessidades da diversificada das aplicações
nos setores rural, industrial e doméstico, tais como: máquinas agrı́colas, bom-
bas para adubação, bombas centrı́fugas, trituradores, compressores, ventila-
dores, moinhos, elevadores, talhas, guinchos, correias transportadoras, des-
carregadores de silos, entre outros.

5.1.1 Considerações sobre o Experimento


O experimento consiste em acionar um motor monofásico de maneira di-
reta a partir da utilização de contactores e botoeiras. O motor a ser utilizado
no experimento é o motor monofásico com 6 terminais mostrado na Figura
3.

Figura 3: Foto do motor a ser utilizado.

Tal motor pode ser encontrado nas bancadas didáticas Automatus da sala
C08 do IFPE campus Ipojuca.
Lembrando que para o motor funcionar de maneira segura, e dentro das
limitações e especificações fornecidas pelo fabricante, é necessário que as

4
ligações sejam realizadas conforme informado nos dados presentes na placa
afixada sobre o motor.
Faz-se necessário lembrar que a alimentação proveniente das bancadas
encontradas na sala C08 são de 380V/220V, ou seja, a tensão entre-fases, ou
de linha, é de 380V enquanto a de fase é de 220V. A Figura 4 apresenta os
dados do motor.

(a) Placa do motor monofásico. (b) Bornes do motor monofásico.

Figura 4: Dados de conexão do motor monofásico.

Como é mostrado na placa da Figura 4 o motor aceita conexões sob


tensões de 220V e 110V a depender da ligação realizada. É necessário que
a montagem seja seguida conforme mostrado neste guia, visto que essas e
outras considerações já são levadas em conta.

5.1.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor monofásico (220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 01 Botoeira NA (Normalmente Aberto);

• 01 Botoeira NF (Normalmente Fechado);

5
• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NA);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios e cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.1.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor, nela devem estar contidos todos


os parâmetros necessários ao funcionamento perfeito do motor. Os
parâmetros devem ser seguidos a rigor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o


esquema de ligação apresentado neste guia; Caso os esquemas de mon-
tagem da placa e do guia sejam iguais, faça as ligações elétricas ade-
quadas, seguindo os esquemas de montagem apropriado apresentado;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1(NA);

5. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0 (NF) e ob-


serve que os circuitos de comando e de força (motor) serão desenergi-
zados.

5.1.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 5. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

6
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 5: Diagramas do experimento 5.1.

5.1.5 Comentários Referentes ao Experimento


Após realização correta das montagens se percebe que o circuito de co-
mando e o de força, apesar de alimentados por fontes diferentes, estão conec-
tados. No circuito de comando no momento em que é pressionada a botoeira
S1 a bobina do contactor K1 é acionada fazendo com que os contatos do
contactor K1 mudem de estado.
O contato 13-14 de K1 se fecha mantendo a bobina energizada mesmo
após o retorno para a posição aberta da botoeira S1 esse circuito é chamado de
selo e para quebrar esse selo é necessário que haja a influência de outro agente,
no caso dessa montagem a botoeira de desligar o circuito S0. Enquanto a
bobina de K1 estiver acionada os contatos 1-2,3-4 e 5-4 de força do contactor

7
também estarão acionados, mantendo o motor em funcionamento.
Na montagem se percebe que, por se tratar de um motor monofásico,
apenas uma das fases é utilizada, juntamente com o neutro do sistema, para
alimentar o motor. Já no circuito de comando uma fonte de 24V de tensão
contı́nua é utilizada para o funcionamento do circuito.

5.2 Partida Direta de Motor Monofásico a Contactor


com Reversão de Sentido
5.2.1 Considerações sobre o Experimento
O experimento consiste em acionar um motor monofásico de maneira
direta a partir da utilização de contactores e botoeiras, porém dessa vez
com a possibilidade de reversão no sentido de rotação do motor. O motor a
ser utilizado no experimento é o mesmo motor monofásico com 6 terminais
mostrado na Figura 3 e empregado no experimento 5.1.

5.2.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor monofásico (220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 02 Botoeiras (com dois contatos 1NA+1NF);

• 01 Botoeira NF;

• 04 Contactores tripolar com dois contatos auxiliares 1NA+1NF;

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios e cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.2.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

8
1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de
tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor; Verifique se o esquema de ligação


da placa do motor confere com os esquemas de ligação apresentados na
Figura 6;

3. Caso os esquemas de montagem da placa e do guia sejam iguais, faça


as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de montagem
apropriado e apresentado na Figura 6;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1, observe qual o sentido de
rotação do eixo do motor;

5. Inverta o sentido de rotação do rotor acionando a botoeira S2, observe


que o sentido de rotação do eixo do motor será invertido, caso isto não
ocorra, verifique as conexões realizadas, possivelmente contém algum
erro de conexão;

6. Observe que ao acionar a botoeira S2 , você estará desenergizando os


contactores K1 e K3 e energizando os contactores K2 e K4. Os grupos
de contactores K1+K3 e K2+K4 realizam conexões diferentes um do
outro, o que permite que o sentido de rotação do eixo seja invertido.
É importante notar que, para motores monofásicos os esquemas de
reversão, pode variar segundo o modelo do motor;

7. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

5.2.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 6. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

9
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 6: Diagramas do experimento 5.2.

5.2.5 Comentários Referentes ao Experimento


Após realização correta das montagens se percebe que o circuito de co-
mando e o de força, apesar de alimentados por fontes diferentes, estão conec-
tados. No circuito de comando no momento em que é pressionada a botoeira
S1 as bobinas dos contactores K1 e K3 são acionadas fazendo com que os
contatos dos respectivos contactoes mudem de estado.
Após o acionamento dos contactores K1 e K3 um contato de K1 funciona
como selo para manter as bobinas de K1 e K3 energizadas. Pela maneira
como o circuito de força é conectado temos o motor girando em um determi-
nado sentido.
Para que ocorra a reversão no sentido do motor monofásico ele deve ser
conectado conforme mostrado nos dados de placa apresentados na Figura 4,
que consiste em trocar todas as conexões no borne 5 por todas as conexões

10
no borne 6. Isto ocorre no momento em que a boteira S2 é pressionada. Ao
pressionar S2 ocorre quebra do selo realizado pelo contato de K1, desenergi-
zando as bobinas de K1 e K3, ao mesmo tempo em que as bobinas de K2 e
K4 são energizadas e um contato de K2 sela o circuito para que os contacto-
res continuem energizados após o retorno da botoeira S2, neste momento o
motor começa a girar no sentido oposto ao qual girava anteriormente.
Percebe-se que os grupos de contactores K1+K3 e K2+K4 nunca estão
energizados no mesmo momento. Isto se deve ao fato de que para a bobina de
K1+K3 serem acionadas é necessário a passagem da corrente por um contato
normalmente fechado de K2, o mesmo ocorre para e energização da bobina
de K2+K4. Esse circuito que impede os grupos de funcionarem de maneira
simultânea é chamado de intertravamento.
Na montagem se percebe que, por se tratar de um motor monofásico,
apenas uma das fases é utilizada, juntamente com o neutro do sistema, para
alimentar o motor. Já no circuito de comando uma fonte de 24V de tensão
contı́nua é utilizada para o funcionamento do circuito.

5.3 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor


Os motores elétricos trifásicos de alto rendimento foram projetados para
minimizar o consumo de energia, isto é, a relação energia elétrica ener-
gia mecânica (potência no eixo) é maior. Eles são usados em compresso-
res, bombas, ventiladores e exaustores, prensas, máquinas ferramentas, cor-
reias transportadoras, pontes rolantes, elevadores, laminadoras, máquinas
operatrizes, máquinas agrı́colas, misturadores, trituradores, evaporadores,
indústria mecânica em geral, entre outros.

5.3.1 Considerações sobre o Experimento


O experimento consiste em acionar um motor trifásico de maneira direta
a partir da utilização de contactores e botoeiras. O motor a ser utilizado
no experimento é o motor trifásico com 6 terminais semelhante ao mostrado
na Figura 7. No laboratório C08 existe um motor trifásico semelhante ao
apresentado na Figura 7 em cada bancada didática Automatus.

11
Figura 7: Foto do motor a ser utilizado.

Lembrando que para o motor funcionar de maneira segura, e dentro das


limitações e especificações fornecidas pelo fabricante, é necessário que as
ligações sejam realizadas conforme informado nos dados presentes na placa
afixada sobre o motor.

(a) Placa do motor trifásico. (b) Bornes do motor trifásico.

Figura 8: Dados de conexão do motor trifásico.

Faz-se necessário lembrar que a alimentação proveniente das bancadas


encontradas na sala C08 são de 380V/220V, ou seja, a tensão entre-fases, ou
de linha, é de 380V enquanto a de fase é de 220V. Como é mostrado na placa
da Figura 8 o motor aceita conexões sob tensões de 380V e 220V a depender
da ligação realizada. É necessário que a montagem seja seguida conforme
mostrado neste guia, visto que essas e outras considerações já são levadas em
consideração.

12
5.3.2 Material Utilizado
Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor trifásico (380/220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 01 Botoeira NA (Normalmente Aberto);

• 01 Botoeira NF (Normalmente Fechado);

• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NA);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios e cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.3.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor, nela devem estar contidos todos


os parâmetros necessários ao funcionamento perfeito do motor. Os
parâmetros devem ser seguidos a rigor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o


esquema de ligação apresentado neste guia; Caso os esquemas de mon-
tagem da placa e do guia sejam iguais, faça as ligações elétricas ade-
quadas, seguindo os esquemas de montagem apropriado apresentado;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1(NA);

5. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0 (NF) e ob-


serve que os circuitos de comando e de força (motor) serão desenergi-
zados.

13
5.3.4 Diagramas do Experimento
As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 9. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 9: Diagramas do experimento 5.3.

5.3.5 Comentários Referentes ao Experimento


Os comentários referentes ao experimento 5.1 são pertinentes neste mesmo
caso, com a ressalva de que são necessárias as 3 fases para alimentação do
motor, diferente do experimento 5.1 em que eram necessárias apenas uma
fase e o neutro. Percebe-se que o circuito de comando dos dois experimentos
são idênticos.

14
5.4 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor com
Atraso na Partida Temporizado
Em algumas aplicações se faz necessário a utilização de um tempo antes de
que um determinado evento ocorra. Nessas aplicações são necessárias a uti-
lização de dispositivos responsáveis por monitorar o tempo(temporizadores).
A Figura 10 ilustra o modo de funcionamento de alguns temporizadores mais
comuns.

Figura 10: Diagrama de tempo de alguns temporizadores.

5.4.1 Considerações sobre o Experimento


O experimento consiste basicamente em retardar o momento da partida
do motor através da utilização de um temporizador TON. Lembrando que o
temporizador TON é um dispositivo que, após a energização da sua bobina,
conta um tempo pré-setado e, ao final da contagem, muda o estado dos seus
contatos, o que está aberto fecha e o que está fechado abre.

15
Figura 11: Temporizadores presentes no laboratório C08.

No laboratório C08 do IFPE campus Ipojuca podem ser encontrados os


temporizadores apresentados na Figura 11, dentre eles temos um temporiza-
dos TON, um TOFF, um CICLICO e o EST/TRI, este ultimo utilizado em
aplicações de partida indireta estrela-triângulo temporizado.

5.4.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:
• 01 Motor trifásico (380/220 V) com 6 terminais;
• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);
• 01 Botoeira NA (Normalmente Aberto);
• 01 Botoeira NF (Normalmente Fechado);
• 01 Contactor tripolar 220 V (com um contato auxiliar 1NA);
• 01 Relé térmico;
• 01 Temporizador (TON);

16
• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios e cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.4.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor, nela devem estar contidos todos


os parâmetros necessários ao funcionamento perfeito do motor. Os
parâmetros devem ser seguidos a rigor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o


esquema de ligação apresentado neste guia; Caso os esquemas de mon-
tagem da placa e do guia sejam iguais, faça as ligações elétricas ade-
quadas, seguindo os esquemas de montagem apropriado apresentado;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1(NA). Note que o motor
só irá partir após o tempo pré-setado no temporizador;

5. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0 (NF) e ob-


serve que os circuitos de comando e de força (motor) serão desenergi-
zados.

5.4.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 12. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

17
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 12: Diagramas do experimento 5.4.

5.4.5 Comentários Referentes ao Experimento


O funcionamento da montagem é bem semelhante ao do experimento 03
com a diferença no atraso do acionamento do motor fornecido pelo uso do
temporizador KT.
Basicamente ao acionar a botoeira S1 a bobina do contactor auxiliar K2
é energizado, bem como a bobina do temporizador KT, um contato de K2
funciona como selo e mantém a bobina do temporizador, e do próprio K2,
sempre energizados. Ao término do tempo pré-setado no temporizador seus
contatos mudam de estado energizando assim a bobina de K1, tal contactor é
o responsável pelo acionamento do motor. Um contato de K1 é utilizado como
selo para manter as bobinas do contactor sempre energizadas, a botoeira
normalmente fechada S0 desenergiza todos os contactores.
É interessante notar que na montagem há a utilização de um contactor

18
(K2) como contactor auxiliar em alguns casos pode ser necessário a utilização
de um, ou mais contactores, desempenhando essa função.

5.5 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor com


Reversão de Sentido por Botoeiras
O experimento consiste em acionar um motor monofásico de maneira
direta a partir da utilização de contactores e botoeiras, porém dessa vez
com a possibilidade de reversão no sentido de rotação do motor. O motor
a ser utilizado no experimento é o mesmo motor trifásico com 6 terminais
mostrado na Figura 7 e empregado nos experimentos 5.3 e 5.4.

5.5.1 Considerações sobre o Experimento


Diferente do experimento com reversão de sentido do motor monofásico
não há necessidade de mudança na ligação do motor para que ocorra a re-
versão de sentido de rotação em seu eixo, em sistemas trifásicos basta que a
sequência da tensão de alimentação seja modificada para que ocorra a mu-
dança no sentido de rotação. As possı́veis sequências da alimentação são
apresentadas na Figura 13.

(a) Sequência RST. (b) Sequência RTS.

Figura 13: Possı́veis sequências da tensão de alimentação.

Percebe-se que para reverter o sentido de rotação do motor basta que a


alimentação de duas das fases sejam invertidas, provocando assim a mudança

19
de sequência da fonte de alimentação do motor e, consequentemente, o sentido
de rotação em seu eixo.

5.5.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:
• 01 Motor trifásico (380/220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 02 Botoeira com 2 contatos (1NA + 1NF);

• 01 Botoeira NF (Normalmente Fechado);

• 02 Contactores tripolares 220 V (com um contato auxiliar 1NA e 1


NF);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios e cabos.
Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.5.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.
1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de
tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor; Verifique se o esquema de ligação


da placa do motor confere com os esquemas de ligação apresentados na
Figura 14;

3. Caso os esquemas de montagem da placa e do guia sejam iguais, faça


as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de montagem
apropriado e apresentado na Figura 14;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1, observe qual o sentido de
rotação do eixo do motor;

20
5. Inverta o sentido de rotação do rotor acionando a botoeira S2, observe
que o sentido de rotação do eixo do motor será invertido, caso isto não
ocorra, verifique as conexões realizadas, possivelmente contém algum
erro de conexão;

6. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

5.5.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 14. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 14: Diagramas do experimento 5.5.

21
5.5.5 Comentários Referentes ao Experimento
No circuito de comando no momento em que é pressionada a botoeira S1 a
bobina do contactor K1 é acionada fazendo com que seus contatos mudem de
estado. Após o acionamento do contactor K1 um dos seus contatos funciona
como selo para manter a bobina de K1energizada. Pela sequência da tensão
de alimentação do motor se pode notar que seu eixo gira em um determinado
sentido.
Como dito anteriormente, para que ocorra a reversão no sentido do motor
trifásico o mesmo deve ter a sequência da sua tensão de alimentação modifi-
cada, no diagrama da montagem apresentado na Figura 14 é possı́vel notar
que as fases R e T são trocadas ao passar pelo contactor K2 mudando a
sequência de RST para TSR, qualquer inversão de duas fases faz com que a
sequência seja invertida.
Pressionando-se S2 ocorre quebra do selo realizado pelo contato de K1,
desenergizando a bobina de K1, ao mesmo tempo em que a bobina de K2 é
energizada e um contato de K2 sela o circuito para que oo mesmo continue
energizado após o retorno da botoeira S2, neste momento o motor começa a
girar no sentido oposto ao qual girava anteriormente.
Percebe-se que os contactores K1 e K2 nunca estão energizados no mesmo
momento. Isto se deve ao fato de que para a bobina de K1 ser acionada é
necessário a passagem da corrente por um contato normalmente fechado de
K2, um mecanismo análogo é implementado para e energização da bobina de
K2.

5.6 Partida Direta de Motor Trifásico a Contactor com


Reversão de Sentido Temporizado
5.6.1 Considerações sobre o Experimento
Basicamente é uma montagem semelhante ao experimento 5.5, porém o
acionamento da reversão de sentido sendo realizado por um temporizador, e
não mais ao pressionar a botoeira S2.

5.6.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor trifásico (380/220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 01 Botoeira com 2 contatos (1NA + 1NF);

22
• 01 Botoeira NF (Normalmente Fechado);

• 02 Contactores tripolares 220 V (com um contato auxiliar 1NA e 1


NF);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• 01 Temporizador (TON);

• Fios e cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.6.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor; Verifique se o esquema de ligação


da placa do motor confere com os esquemas de ligação apresentados na
Figura 15;

3. Caso os esquemas de montagem da placa e do guia sejam iguais, faça


as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de montagem
apropriado e apresentado na Figura 15;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para fun-


cionar, através do acionamento da botoeira S1, observe qual o sentido
de rotação do eixo do motor. perceba que após o tempo pré-setado no
contador o motor começa a girar no sentido contrário;

5. Caso isto não ocorra, verifique as conexões realizadas, possivelmente


contém algum erro de conexão;

6. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

23
5.6.4 Diagramas do Experimento
As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 15. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 15: Diagramas do experimento 5.6.

5.6.5 Comentários Referentes ao Experimento


Os comentários referentes ao experimento 5.5 podem ser extendidos para
este, com a diferença no evento que aciona a mudança de sentido de rotação
do motor, que antes era através do acionamento por botoeiras e agora é
realizado por um temporizador.
Uma diferença que é importante ser notada é que no momento em que a
botoeira S1 é acionada e a bobina de K1 é acionado o contato 53-54 de K1 é
utilizado para acionar o temporizador TON, no momento em que expira-se

24
o tempo determinado o contato 15-18 é fechado acionando-se o contactor K2
e o motor começa a girar no sentido oposto. A utilização de um contato
de cada um dos contactores, K1 e K2, em paralelo na ultima coluna tem a
função de manter o temporizador sempre energizado.

5.7 Partida Direta de Motor-freio Trifásico


Os motores elétricos equipados com motor-freio foram desenvolvidos para
utilização em equipamentos onde são necessárias paradas rápidas por questão
de segurança, posicionamento e economia de tempo, tais como: máquinas fer-
ramentas, máquinas gráficas, bobinadeiras, transportadores, pontes rolantes,
máquinas de engarrafar e secar, entre outras.

5.7.1 Considerações sobre o Experimento


O motor-freio consiste de um motor trifásico munido de um sistema de
frenagem composto por um disco de freio juntamente com um sistema de
molas e uma ponte retificadora. Tais motores podem ser encontrados no
laboratório C08 onde cada bancada didática Automatus possui um motor-
freio como apresentado na Figura 16.

Figura 16: Motor-freio encontrado na bancada Automatus.

O motor apresenta 10 terminais, onde 6 são referentes a alimentação das


bobinas do motor e os 4 restantes servem para energizar o sistema de freio.

25
No momento em que o sistema de freio é acionado corretamente o uma força
magnética é gerada comprimindo o sistema de molas e afastando o disco de
freio do eixo do motor, deixando-o livre para girar. A Figura 17 apresenta
os dados de placa do motor-freio bem como seus bornes de conexão.

(a) Placa do motor-freio. (b) Bornes do motor-freio.

Figura 17: Dados de conexão do motor-freio.

É importante salientar a importância da ligação correta do sistema de


freio, pois, caso não seja ligado corretamente, o disco de freio pode travar
o eixo do motor levando a sobrecarga do mesmo e consequentemente ao
aumento de corrente que levará ao aquecimento e estresse do motor além de
possı́veis danos ao mesmo.

5.7.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor-freio trifásico (220/380 V) com 10 terminais (6 de força + 4


comando de retificação para a frenagem);

• Elementos de proteção do circuito (disjuntor motor);

• 01 Botoeira NA;

• 01 Botoeira NF;

26
• 02 Contactores tripolares 220 V (com um contato auxiliar 1NA);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.7.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor, nela devem estar contidos todos


os parâmetros necessários ao funcionamento perfeito do motor. Os
parâmetros devem ser seguidos a rigor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o


esquema de ligação apresentado neste guia; Caso os esquemas de mon-
tagem da placa e do guia sejam iguais, faça as ligações elétricas ade-
quadas, seguindo os esquemas de montagem apropriado apresentado;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1(NA);

5. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0 (NF) e ob-


serve que os circuitos de comando e de força (motor) serão desenergi-
zados.

5.7.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 18. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

27
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 18: Diagramas do experimento 5.7.

5.7.5 Comentários Referentes ao Experimento


O acionamento é bem semelhante ao acionamento do motor trifásico apre-
sentado no experimento 5.3 com a ressalva de que ao acionar a botoeira S0, o
eixo do rotor será travado imediatamente, fazendo com que o eixo pare brus-
camente. Como dito anteriormente o motor chama-se motorfreio, devido à
parada brusca ou frenagem do eixo após o motor ser desenergizado, sendo o
circuito eletroı́mã e ponte retificadora responsável por esta parada brusca.
Um procedimento experimental que pode ser adotado para garantir que
o motor não parta com o freio travado é a realização apenas do acionamento
do sistema de frenagem em separado através do acionamento de apenas K2,
para após a verificação de seu funcionamento energizar o motor de fato.

28
5.8 Partida Direta de Motor-freio Trifásico com Re-
versão por Botoeiras
5.8.1 Considerações sobre o Experimento
Basicamente é uma montagem semelhante ao experimento 5.7, porém
com a possibilidade de reversão de sentido do motor através de botoeiras
como realizado no experimento 5.5. O motor a ser utilizado é o mesmo do
experimento 5.7, ou seja, o motor-freio com dez terminais (6 de alimentação
+ 4 do sistema de frenagem). Para que o motor inverta o sentido de rotação
é necessário que ocorra a inversão de duas das fases alimentando o motor,
semelhante ao experimento 5.5.
As mesmas precauções do experimento 5.7 são pertinentes a esta monta-
gem. Novamente é importante salientar a importância da ligação correta do
sistema de freio, pois, caso não seja ligado corretamente, o disco de freio pode
travar o eixo do motor levando a sobrecarga do mesmo e consequentemente
ao aumento de corrente que levará ao aquecimento e estresse do motor além
de possı́veis danos ao mesmo.

5.8.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 01 Motor-freio trifásico (220/380 V) com 10 terminais (6 de força + 4


comando de retificação para a frenagem);

• Elementos de proteção do circuito (disjuntor motor);

• 02 Botoeiras NA;

• 01 Botoeira NF;

• 03 Contactores tripolares 220 V (com um contato auxiliar 1NA + 1


contato auxiliar NF);

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

29
5.8.3 Procedimento Experimental
O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor; Verifique se o esquema de ligação


da placa do motor confere com os esquemas de ligação apresentados na
Figura 19;

3. Caso os esquemas de montagem da placa e do guia sejam iguais, faça


as ligações elétricas adequadas, seguindo os esquemas de montagem
apropriado e apresentado na Figura 19;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1, observe qual o sentido de
rotação do eixo do motor;

5. Inverta o sentido de rotação do rotor acionando a botoeira S2, observe


que o sentido de rotação do eixo do motor será invertido, caso isto não
ocorra, verifique as conexões realizadas, possivelmente contém algum
erro de conexão;

6. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0(NF).

5.8.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 19. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

30
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 19: Diagramas do experimento 5.8.

5.8.5 Comentários Referentes ao Experimento


O acionamento tem fundamentos semelhantes aos apresentados nos ex-
perimentos 5.5 pelo o fato da possibilidade na reversão do sentido do motor
através da inversão de duas fases utilizando de uma botoeira, e do 5.7 visto
que o motor acionado é um motor-freio, então ao acionar a botoeira S0 o
motor para imediatamente.
Um procedimento experimental que pode ser adotado para garantir que
o motor não parta com o freio travado é a realização apenas do acionamento
do sistema de frenagem em separado através do acionamento de K3, para
após a verificação de seu funcionamento energizar o motor de fato.

31
5.9 Partida Direta de Motor de Duas Velocidades (Dah-
lander)
Os motores de dupla velocidade se destinam às máquinas operatrizes,
pontes rolantes, correias transportadoras, sistemas de ventilação, mistura-
dores, centrı́fugas, indústrias naval e alimentı́cia, madeireira, siderúrgica e
indústrias mecânicas em geral.

5.9.1 Considerações sobre o Experimento


O motor Dahlander consiste em um motor de dupla velocidade, onde a
maior delas é necessariamente o dobro da menor, isto se deve devido ao fato
do motor poder ser conectado com a possibilidade de variação do seu número
de pólos, onde a quantidades de pólos são, necessariamente devido a aspectos
construtivos do motor, o dobro uma da outra. A relação entre velocidade
angular e numero de pólos pode ser observada na Expressão 1.
120f
Ns = (1)
p
Onde:

• Ns - Velocidade sı́ncrona em RPM (Rotações por minuto);

• f - Frequência de alimentação em Hertz;

• p - Número de pólos.

Como pode ser visto na Expressão 1 ao se dobrar o número de pólos temos


uma redução da velocidade sı́ncrona do motor em 50% , ou seja, quanto maior
o número de pólos menor será a velocidade sı́ncrona da máquina para uma
mesma frequência de alimentação.
O motor de duas velocidades encontrado no laboratório C08 é apresentado
na Figura 20 e pode ser encontrado na bancada didática Automatus. O motor
apresenta 6 terminais, onde dependendo da forma de conexão o numero de
pólos é variado. A Figura 21 apresenta os bornes de conexão, bem como uma
representação gráfica do modo de ligação das bobinas do motor para cada
uma das velocidades.

32
Figura 20: Foto do motor Dahlander a ser utilizado.

(a) Representação do modo de conexão (b) Bornes de conexão do motor Dahlan-


para cada velocidade. der.

Figura 21: Dados de conexão do motor-freio.

5.9.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:
• 01 Motor trifásico de dupla velocidade (220/380 V) com 6 terminais;

33
• Elementos de proteção do circuito (disjuntores);

• 02 Botoeiras (com dois contatos 1NA+1NF);

• 01 Botoeira NF;

• 02 Contactores tripolar 220 V (com dois contatos auxiliares 1NA+1NF);

• 01 Contactor tripolar 220 V;

• 01 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

5.9.3 Procedimento Experimental


O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados do motor, nela devem estar contidos todos


os parâmetros necessários ao funcionamento perfeito do motor. Os
parâmetros devem ser seguidos a rigor;

3. Verifique se o esquema de ligação da placa do motor confere com o


esquema de ligação apresentado neste guia; Caso os esquemas de mon-
tagem da placa e do guia sejam iguais, faça as ligações elétricas ade-
quadas, seguindo os esquemas de montagem apropriado apresentado;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor para funci-


onar, através do acionamento da botoeira S1(NA);

5. Após o passo anterior coloque o motor para funcionar com maior velo-
cidade, através do acionamento da botoeira S2(NA);

6. Desligue o motor, através do acionamento da botoeira S0 (NF) e ob-


serve que os circuitos de comando e de força (motor) serão desenergi-
zados.

34
5.9.4 Diagramas do Experimento
As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 22. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 22: Diagramas do experimento 5.9.

5.9.5 Comentários Referentes ao Experimento


Ao pressionar a botoeira S1 a bobina do contactor K1 é energizada co-
nectando os bornes do motor de maneira a funcionar com o maior número de
pólos, logo com a menor velocidade. No momento em que S2 é pressionado
o contactor K1 é desenergizado e os contactores K2 e K3 são energizados
fazendo com que o motor funcione com o numero de pólos reduzido pela me-
tade e, consequentemente, com uma maior velocidade. Perceba que selos são
utilizados para manter as bobinas energizadas e um sistema de intertrava-

35
mento é responsável por fazer com que os K1 não atue juntamente com K2
e K3.

5.10 Partida Direta Consecutiva de Motores Trifásicos


5.10.1 Considerações sobre o Experimento
Em algumas aplicações existe a necessidade de realização da partida de
diversos motores de maneira consecutiva, ou seja, um motor apenas começa
a funcionar após um tempo depois que outro motor começou a girar. Para
que isso seja possı́vel um temporizador será utilizado para partir um motor
após um tempo pré-setado do começo do funcionamento do motor anterior.
Os motores utilizados serão os mesmos motores trifásicos apresentados na
Figura 7. Também podem ser utilizados os motores trifásicos das bancadas
didáticas Automatus, lembrando sempre de verificar os dados de placa, bem
como tomar todas as precauções necessárias para realização do experimento
em segurança.

5.10.2 Material Utilizado


Os materiais necessários para montagem do experimento são:

• 02 Motores trifásico (380/220 V) com 6 terminais;

• Elementos de proteção do circuito (disjuntor motor);

• 01 Botoeira NA;

• 01 Botoeira NF;

• 02 Contactores tripolares 220 V (com um contato auxiliar 1NA cada);

• 02 Relé térmico;

• 01 Multı́metro ou voltı́metro de teste;

• 01 temporizador TON;

• Fios ou cabos.

Todos os materiais supracitados podem ser encontrados no laboratório C08.

36
5.10.3 Procedimento Experimental
O procedimento experimental a ser seguido é apresentado a seguir. É
bom lembrar que as precauções apresentadas na Seção 4 também devem ser
seguidas e respeitadas.

1. Verifique com auxı́lio do multı́metro (voltı́metro) qual é o nı́vel de


tensão da rede;

2. Verifique a placa de dados de cada um dos motores, nela devem estar


contidos todos os parâmetros necessários ao funcionamento perfeito dos
respectivos motores. Os parâmetros devem ser seguidos a rigor;

3. Verifique se os esquemas de ligações das placas dos motores conferem


com os esquemas de ligação apresentados neste guia; Caso os esque-
mas de montagem da placa e do guia sejam iguais, faça as ligações
elétricas adequadas, seguindo os esquemas de montagem apropriado
apresentado;

4. Depois de concluı́das as ligações elétricas, coloque o motor M1 para


funcionar, através do acionamento da botoeira S1(NA).

5. Após um tempo perceba que o motor M2 será acionado. Caso isso não
ocorra provavelmente existe algum erro nas conexões, ou no tempori-
zador utilizado. Verifique, corrija e tente novamente;

6. Desligue os motores através do acionamento da botoeira S0 (NF) e


observe que os circuitos de comando e de força (motor) serão desener-
gizados.

5.10.4 Diagramas do Experimento


As ligações devem ser realizadas em conformidade com os diagramas apre-
sentados na Figura 23. Em caso de dúvidas peça ajuda ao responsável por
supervisionar o experimento.

37
(a) Circuito de Força. (b) Circuito de Comando.

Figura 23: Diagramas do experimento 5.10.

5.10.5 Comentários Referentes ao Experimento


Perceba que é possı́vel realizar a partida de diversos motores consecutiva-
mente de maneira simples, basta, ao acrescentar mais um motor juntamente
com seus respectivos elementos de proteção, assegurar que o acionamento da
bobina do contactor que permite a alimentação do motor implicará no aci-
onamento de um temporizador no mesmo instante e, após um certo tempo,
um contato deste temporizador acionará o contactor responsável pela ener-
gização do motor seguinte e assim sucessivamente.

38
6 Conclusões
O presente material apresenta uma série de montagens interessantes para
verificação do funcionamento e consolidação da teoria apresentada em sala
de aula no que se refere ao acionamento de motores de maneira direta, ou
seja, sem nenhum mecanismo na redução da corrente de partida.
Diversos dos experimentos aqui apresentados podem ser combinados para
formar novas montagens, como por exemplo se pode citar uma montagem de
uma partida consecutiva de um motor trifásico com um motor-freio, ou então
a partida de um motor trifásico com o desligamento temporizado, ou ainda a
partida de um motor trifásico apenas se o motor de duas velocidades estiver
funcionando na maior velocidade, várias são as possibilidades. Existem ou-
tros tipos de acionamentos de motores, nos próximos guias serão abordados
as partidas indiretas do motores, bem como as partidas indiretas de motores
através de um dispositivo eletrônico (soft-starter ou inversor de frequência).
Qualquer dúvidas, erros, sugestões ou problemas oriundos desta apos-
tila devem ser informadas aos responsáveis para serem tomadas as medidas
necessárias.

39
7 Referências
[1] Souza, R.T. e Costa, E.G. – Instalações Elétricas Industriais UFCG;
[2] Godoy, M. V. – Exercı́cios de Fixação Circuitos Trifásicos, 2011
[3] Fleury, A. – Apresentação sobre linguagem LADDER, De Lorenzo.

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